Tales of the Supernatural escrita por Sr Mistério


Capítulo 3
Caso I — Primeiro contato com o Sobrenatural


Notas iniciais do capítulo

Pessoal!!! Finalmente pude postar outro capítulo dessa fic!! Eu peço MIL DESCULPAS para demorar a postar um capítulo! É que eu estava doente(acabei pegando ZICA! É, "Zica") e depois que melhorei da Zica, acabei ficando resfriado(foi um semana MUUUUITO difícil, acreditem).
Mas agora já melhorei! E não se preocupem! Irei postar mais capítulo a partir de agora! Acho que não terá dias de postagens, serão aleatórios, mas irei pensar nisso.
Ah, vou parar de encher vcs! Leiam e comentem!



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Lucy, que continuava a analisar os restos mortais de John, estava ficando entediada. Realmente, entediada? Lucy Heartfillia? Não. Ela não podia acreditar naquilo. Deveria colocar tudo o que tinha para conseguir finalmente resolver esse caso. Pegou sua Lupa e começou a analisar o corpo do cadáver mais de perto, para ver se achava algo. Nada. Nada além do que ela via de longe.

— Nada? Não pode ser! – a moça ficou indignada. Até o melhor assassino do mundo deixaria uma pista para ela. Uma coisa que a ligasse ao assassino. Mas não havia nada.

Virou-se para ver o que acontecia atrás dela, quando foi surpreendida com um vulto negro que passou na sua frente, a fazendo cair. A loira, que havia ficado meio tonta, se levantou, se apoiando nas paredes. O que tinha sido aquilo? Coisas estranhas estavam acontecendo com ela desde que ela chegou àquela cidade.

Mas não podia deixar algo simples como um vulto atrapalhar o seu momento de investigação. Aproximou-se do cadáver novamente, mas, dessa vez, sentiu um cheiro muito forte vindo do corpo. Levou as mãos às narinas e as tampou, tentando bloquear o fedor que saia daquele defunto. Mas nada adiantou, o fedor continuava.

Tentou se afastar, mas uma pedra solta na calçada a fez cair e olhar atentamente para o corpo. Pôde notar que várias aranhas negras saiam de dentro dele e começavam a andar pra cima dela, subindo em suas pernas e braços. Mas, como Lucy era cética demais, não acreditava que ter medo era racional, mesmo que ela tivesse o medo de aranhas.

— A-Aranhas...! – tentou gritar para alguém ajudá-la, mas foi inútil. Uma das aranhas havia entrado em sua boca, e as outras entravam pelos outros orifícios em seu rosto, sufocando-a e a fazendo cair no chão, inerte.

15h00min – Quarto de Lucy - Prefeitura

— Lucy! Lucy! – uma voz familiar a chamava. Era Erza. Estava tentando acordar a irmã, que havia ficado inconsciente.

— Erza...? – a loira foi abrindo os olhos lentamente – Onde estou? – ela se levantou bruscamente.

— Calma! Estamos na prefeitura! Eu a encontrei desmaiada e a trouxe para cá – explicou a ruiva.

— D-Desmaiada? Eu desmaiei? – parou para refletir. Foi quando se lembrou das aranhas e começou a gritar – As aranhas! Onde estão? Eu as vi! Elas subiram em mim! Entraram na minha boca!

— Lucy, Lucy... Tenha calma! Não há aranha nenhuma! Eu apenas a encontrei desmaiada lá, naquele beco – a ruiva tentava acalmar a irmã. Com cuidado, pegou os ombros de Lucy e a empurrou lentamente, para que se deitasse novamente – Acho que essa cidade não está lhe fazendo bem... Vamos embora!

— Nunca! Irei só depois que terminar esse caso! – a loira se exaltou um pouco – Eu prometi ao prefeito desse lugar que terminaria este caso! E eu vou! – Lucy se levantou de sua cama, indo em direção à porta.

“Lucy...”— Erza pensa.

A loira, que já não estava muito amigável, desceu as escadas com raiva e se dirigiu até a cozinha da prefeitura. Mas, antes de chegar ao seu destino, acabou se esbarrando com Natsu, que a segurou pelos ombros e a perguntou o motivo daquela raiva e frustração toda.

— Nada... – a loira respondeu sem nem ao menos olhar para o rosto do rosado – Agora poderia me dar licença? Quero beber um pouco d’água.

O outro nada respondeu, apenas largou seus ombros e a deixou ir até a cozinha, beber um copo d’água. A garota percorreu o longo corredor que dava até o cômodo em questão, mas acabou se esbarrando – outra vez – com mais alguém, levando-a ao chão. Repreendeu a si mesma mentalmente por ser tão desatenta e não prestar atenção para onde vai.

Levantou o seu rosto para ver quem era a pessoa com que havia se esbarrado. Era um homem. Um homem com cabelos negros e olhos castanhos, branco. Deveria medir uns 2 metros, de tão alto que era. Assustou-se com o tamanho do “armário” que estava à sua frente.

Mas, para mostrar que não era mal educado, o homem estendeu a mão direita para ajudar a loira a se levantar. Quando o fez, Lucy percebeu uma estranha tatuagem em sua mão. Parecia a figura da noite, com um céu escuro , a lua cheia e as estrelas ao seu redor. Cobria as costas de sua mão direita inteira.

— Me desculpe, senhorita... – o homem alto esperou que a menor falasse o seu nome para ele.

— Lucy. Lucy Heartfillia – ela pronunciou – E o senhor quem é? Poderia me dizer o seu nome? Se é que possui algum... – foi meio grossa, quase que como sempre.

— James Maxwell. Sou o conselheiro do prefeito – ele se apresentou – É um prazer conhecê-la, senhorita Heartfillia – beijou a mão da loira.

— E para que o prefeito precisa de um conselheiro? – perguntou com desdém – Ele anda fazendo coisas erradas? – a loira fez uma cara um pouco sacana.

O mais alto deu risada.

— Claro que não! Mas eu o aconselho sobre o que deve fazer – explicou – Mas não que ele esteja fazendo coisas erradas, claro – ele devolveu o olhar e sorriso que a loira havia dado para ele.

— Ótimo! Agora poderia sair da minha frente? Preciso ir para a cozinha, beber um copo d’água – a loira tentou empurrar o “armário” que estava na sua frente, porém foi inútil – Saia! Já!

— Para que isso, senhorita? Está nervosa com alguma coisa? – ele perguntou, preocupado.

A loira abaixou o rosto e o respondeu que não havia nada acontecendo. Porém, Maxwell não conseguiu aquele cargo de conselheiro acreditando no que as pessoas dizem de primeira. Perguntou novamente à loira. Dessa vez, Lucy respondeu que, desde que havia chegado àquela cidade estavam acontecendo coisas estranhas com ela.

— Coisas estranhas?

Ela explicou sobre a queda que teve assim que chegou à prefeitura, enquanto subia as escadas para o salão principal. Também explicou o cheiro forte que começou a sentir emanando do defunto que estava examinando. E, logo depois, das aranhas que havia visto saindo do cadáver e entrando em seus olhos e boca.

O conselheiro se admirou. Parecia, realmente, que a garota estava perturbada. Mas, de jeito algum, Lucy explicou sobre a sombra de olhos vermelhos e imensos chifres que havia visto no seu quarto, no dia anterior. Achariam que ela havia ficado maluca de vez.

— Sabe, eu acho que conheço alguém que pode ajudá-la – o conselheiro pegou Lucy pela mão e a levou até onde queria.

A levou até fora da prefeitura, onde uma carruagem os estava esperando. Lucy estava perguntando pra onde iriam, mas Maxwell apenas respondeu que eles iriam fazer uma visita a uma velha parenta sua.

Entraram na carruagem e se dirigiram ao destino. No caminho, Lucy pôde ver um pouco mais da cidade de Magnólia. Suas ruas não eram tão extensas, mas dava-se para aproveitar o máximo possível delas. As casas tinham um estilo muito antigo – até para o século XVIII – e eram coladas umas nas outras.

Mas havia uma casa que chamou a atenção de Lucy. Uma imensa casa no final de umas das ruas de Magnólia. Parecia uma mansão. Com a sua aparência mais velha e acabada do que as casas em geral. O portão que a protegia estava velho e enferrujado; seu gramado estava seco e sem vida; e sua estrutura parecia que não iria aguentar muito mais tempo, parecia que ia desabar.

A loira estava tão distraída observando aquela casa, que nem percebeu quando a carruagem parou e James a pediu para descer. Pararam em frente a uma tenda lilás com estrelas amarelas. “Deve ser a tenda de alguma cartomante maluca” pensou Lucy.

Adentraram a tenda e deram de cara com exatamente o que Lucy havia pensado. Era a tenda de uma cartomante. Madame Hyuga era seu nome.

— Madame Hyuga, já chegamos – Maxwell se pronunciou, fazendo a madame “acordar”.

Ela levantou a cabeça e olhou atentamente para Lucy, fazendo com que a loira se assustasse um pouco.

— Aproxime-se... Heartfillia – pronunciou a madame, fazendo um sinal com o dedo indicador para que Lucy se aproximasse.

A loira, hesitante, se aproximou da madame, se sentando numa cadeira que o assistente da cartomante havia trazido.

— O que a traz aqui, detetive? – perguntou à Lucy.

A loira não pronunciou nenhuma palavra. Apenas ficou olhando atentamente para as cartas e a bola de cristal que estavam em cima da mesa. Não acreditava, de jeito nenhum, que alguém pudesse ler o futuro de outras pessoas apenas vendo a palma de sua mão.

— Besteira... – pronunciou quase inaudível.

— O que disse? – a madame havia se aproximado um pouco mais de Lucy, para poder ouvir o que a loira dissera.

— Besteira! – ela gritou – Eu não acredito nisso. Ler meu futuro? Isso é impossível para a ciência.

— Garota... Nem tudo pode ser explicado pela sua maravilhosa ciência – Hyuga espalhou as cartas sobre a mesa, pedindo para que Lucy escolhesse uma.

A outra se negou a escolher uma carta. Mas, foi como se alguma coisa puxasse a sua mão e a colocasse em cima de uma das cartas sobre a mesa. A loira se admirou. Mas não era a primeira vez que algo do tipo tinha acontecido com ela, naquela cidade.

— Ótimo... – a madame virou a carta e se espantou.

A loira, que até então não estava interessada naquilo, fez uma expressão de curiosidade e se aproximou um pouco mais da mesa. Queria saber o que aquela carta significava. Não conseguira ler de primeira, mas, assim que a madame a virou em sua direção, pôde ler claramente.

“Maldição”.

— Maldição? – pergunta Lucy.

— Criança... Sabe o que isso significa? – a outra balançou a cabeça, negativamente – Você está amaldiçoada! Amaldiçoada!

— Não fale asneiras! Eu? Amaldiçoada? Como? Por quê? – eram muitas perguntas que Lucy fazia para a cartomante.

— Desde que você veio para essa cidade, uma maldição caiu sobre ti! – a cartomante se exaltou – Sua alma! Sua alma é o que eles querem! Eles não vão descansar até que você seja arrastada para o além!

“Eles”? Eles quem?

— As criaturas da noite...

— Criaturas da noite? Não! Você é louca! Está me ouvindo? Louca! – Lucy se levantou da cadeira, com os nervos à flor da pele. Não poderia acreditar no que estava ouvindo.

— Eu não sou louca! Eu posso ver e falar com as criaturas do além! E eles me dizem que querem você! A sua alma! – Hyuga se levantou, com as mãos no alto, indo para cima de Lucy. A loira empurrou a cartomante, para que se sentasse novamente na cadeira, e saiu correndo dali.

Saiu daquela tenda a procura de Sir Maxwell, mas não encontrou nada. Apenas a escuridão da noite que insistia em aparecer. Olhou para os lados para ver se via a carruagem na qual havia chegado àquele lugar, mas nada.

Gritou algumas vezes o nome de Sir Maxwell, mas não teve resposta. Começou a andar até a prefeitura, sozinha, no frio da noite. Não queria admitir, mas estava com medo. Continuou a caminhar, por aquelas ruas vazias e sombrias.

Começou a andar um pouco mais rápido. Porém, enquanto tentava caminhar mais rápido, acabou vendo um vulto negro passar pela sua frente e recuou um pouco. Acabou caindo no chão com a velocidade que recuou.

Balançou sua cabeça algumas vezes, tentando ignorar o fato de aquilo estar acontecendo com ela. Apenas fechou os olhos por um segundo e quando o abriu, viu uma criatura enorme na sua frente. A criatura possuía longos chifres e uma boca com enormes dentes. Sua barriga era rasgada, mostrando seus ossos e nervos. Seus longos braços e pernas possuíam garras nas pontas de ambos, fazendo com que fosse mais fácil tocar Lucy.

A loira nada fez. Ela não conseguia mexer suas pernas. Estavam trêmulas. Não podia acreditar que uma coisa monstruosa daquela estava na sua frente. Tentou se levantar com o impulso de seus braços no chão, mas acabou tropeçando nas garras da criatura e caindo no chão novamente.

A criatura apenas se aproximou de Lucy e, com sua boca aberta, começou a salivar em cima do braço da loira. Aquela cena era realmente nojenta. A loira conseguia sentir o cheiro vindo da boca da criatura. Tinha cheiro de gente morta. Exatamente o cheiro que ela havia sentido enquanto examinava o corpo de John.

Tateou o chão atrás dela para ver se conseguia achar alguma coisa para rumar na criatura. Acabou batendo com sua mão em uma pedra, um pouco grande demais para levantar com apenas uma mão. Sem que a criatura percebesse, ela levou a mão esquerda para trás de si e conseguiu pegar a pedra com as duas mãos.

Lucy ficou parada, inerte. A criatura se aproximou do rosto da loira, abrindo sua grande boca pronta para engolir a cabeça da mesma. Foi quando Lucy, reunindo suas forças, conseguiu arremessar a grande pedra na cabeça da criatura, a desnorteando por alguns segundos.

Foi quando Lucy conseguiu correr. Saiu dali em disparada, cambaleando algumas vezes, em direção a prefeitura. Suas pernas insistiam em fraquejar naquele momento, mas dizia para si mesma que não iria cair ali, no meio da rua. Acabou se esbarrando com alguma coisa. Foi quando levantou seu rosto e viu uma figura familiar.

— Natsu! – a loira gritou – A c-criatura! E-Está v-vindo! – a garota não conseguia parar de gaguejar.

— Calma. Estou aqui... – o rosado começou a afagar os cabelos loiros da menina, tentando acalmá-la – Nada de mal vai lhe acontecer.

— Você não entende! Um bicho enorme apareceu quando eu sai da tenda da madame Hyuga! – a loira tentava explicar.

— Bicho? Madame Hyuga? O que estava fazendo na tenda daquela bêbada? E como chegou aqui sozinha?

— Foi o James! Ele me trouxe até a tenda daquela mulher maluca! Eu não sei o por que! – a loira estava ofegante – E ele acabou me abandonando lá! Sozinha! E acabou escurecendo e... – foi interrompida por Natsu que tampava a boca dela com o dedo indicador.

— James? Quem é James? – pergunto o rosado confuso.

— James Maxwell! O conselheiro do seu pai!

— Conselheiro do meu pai? Meu pai não tem nenhum conselheiro – explicou Natsu – Lucy, não existe nenhum James Maxwell...

— Não! É claro que existe! Eu não estou maluca! Eu me esbarrei com ele no corredor da prefeitura, indo para a cozinha! – a loira gritava eufórica.

— Lucy... Acho que você está cansada. Talvez tenha imaginado tudo isso. Esse tal de James, a tal criatura.

Lucy se desvencilhou dos braços do maior, o empurrando.

— Eu não estou maluca! Eu não sou maluca! – gritou, dando ênfase ao “sou”.

— Luce...

— Não me chame de Luce! – e saiu dali correndo, indo em direção a prefeitura.

Assim que chegou à prefeitura, subiu correndo para o seu quarto, trancou a porta e se jogou na cama, afundando a cabeça no travesseiro. Queria que tudo que havia visto fosse mentira. Mas ela sabia que não era mentira. Ela não estava ficando maluca. Havia conhecido James; havia visto a criatura! Tudo estava tão confuso para ela naquele momento.

Caminhou até a janela para observar a lua cheia. Ficou observando a lua e admirando sua beleza. Foi quando olhou para baixo e viu dois olhos vermelhos a observando. Balançou a cabeça e eles tinham sumido.

Foi até o guarda-roupa e tirou uma camisola branca de dentro dele. Tirou as roupas que usava e a vestiu, se deitando na cama logo em seguida. Tentou adormecer, mas seus olhos se recusavam a fechar-se. Foi quando sentiu suas pálpebras pesarem e o sono chegar.

Adormeceu.

No dia seguinte, acordou com repetidas batidas em sua porta e uma voz a gritando do lado de fora.

— Lucy! Lucy! – era Erza.

— O que foi? – a loira perguntou do lado de dentro, ainda deitada em sua cama.

— Ocorreu outro assassinato!

Nesse momento, Lucy se levantou da cama e foi até a porta, abrindo-a.

— Aonde?

Continua...


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Me perdoe pelos erros(se houver algum, claro) acabei digitando na pressa '-'. Comentem dizendo o que acham ... e espero que alguém ainda acompanhe a fic!
Até o próximo!



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