It's You escrita por Malina


Capítulo 10
Kill me instead


Notas iniciais do capítulo

hey hey hey. Demorei um pouquinho né? Era só pra fazer suspense. Mentira, é que eu não sabia como terminar esse capítulo. Mas como sempre, eu dei um jeito ~humilde~

Boa leitura. E obrigado por todos os comentários



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Jane estava cansada, o tempo parecia nunca passar, não sabia se era dia ou noite, que dia era, muito menos o horário. Ela estava presa com Maura em o que parecia ser um porão totalmente escuro. A legista estava com medo, mas não queria demonstrar, assim como Jane. Eles iriam fazer algo com Maura e a detetive estava determinada a impedir.

– Jane? – Maura chamou com a voz rouca.

– Sim?

– Não faria mal se dormirmos, né?

– Eu não sei Maur... – Respondeu com a voz sonolenta.

– Eu estou com tanto sono.

– Durma, eu vou ficar acordada. Pode dormir.

– Tem certeza?

– Absoluta.

Maura apoiou a cabeça no ombro de Jane e fechou os olhos, logo pegou no sono. E o plano de Jane de ficar acordada não dera muito certo, não notara quando adormecera de repente.

Acordou com algo tocando sua face, abriu os olhos lentamente, estava mais claro o local, olhou para o lado e a cabeça de Maura já não descansava mais em seu ombro. Olhou ao redor, mas estava tudo embaciado, piscou algumas vezes e petrificou ao ver a imagem em sua frente. Maura presa em uma cadeira, seu rosto inchado entregava o fato de que havia chorado, Jane tentou levantar de onde estava, mas se viu também amarrada a uma cadeira.

– Jane? – Chamou Maura com a voz tremula.

– Vai ficar tudo bem Maur, não se preocupe, eu estou aqui.

– Jane... – Chamou novamente, prestes a chorar.

– Olha quem acordou! – Uma voz grave atrás de Jane disse isso. Ela conhecia essa voz.

O homem mascarado.

– Solta ela! – Ordenou a detetive – Faça o que quiser comigo, mas solte ela.

– E qual seria a graça nisso? E então detetive. Pronta pra começar a falar?

– Não Jane. Não fale nada – Maura falou entre soluços

– Calada! – Ordenou o homem. – Jane?

A detetive olhou para o homem, depois para Maura que fazia um negativo com a cabeça, e disse:

– Eu não vou dizer nada.

– Acho que vai sim – Sorriu

Ele caminhou até Maura, e puxou a saia de seu vestido para cima.

– TIRE AS MÃOS DELA! – Jane gritou.

– Assim que você me falar o que eu quero, eu tiro.

– Está tudo bem Jane. Por favor, não diga nada.

O homem então saiu de perto da doutora, e voltou sua atenção para Jane.

– Eu não vou estupra-la, eu quero tortura-la e não fornecer prazer. – Disse soltando um riso abafado pela máscara.

– Seu nojento.

– Já ouvi coisas piores – Então se afastou de Jane e se dirigiu para uma mesa ao lado da porta, onde tinha uma lâmpada que fornecia pouca iluminação.

Jane podia ouvir barulhos de metal, mas não conseguia se virar para ver do que se tratava. Ela em vez disso olhava fixamente nos olhos de Maura que a olhava com um certo medo e desespero. Novamente a detetive tentou se soltar, mas de nada adiantou. Logo os passos do homem foram ouvidos novamente. Ele se aproximou de Maura e tocou a perna nua da mesma. A legista fechou os olhos, não queria ver aquelas mãos lhe tocando. Jane também não queria ver, então virava o rosto.

– Não, não, não. Quero você olhando – Ele disse batendo suas mãos três vezes.

Assim apareceram os dois homens fortes, que seguravam a cabeça de Jane, fazendo-a olhar cada segundo.

– Muito bom. Última chance de falar antes de eu começar.

– Não Jane.

– Maur...

– Não Jane!

– Você ouviu a doutora – Jane disse decidida, porém por dentro estava receosa.

E então ele mostrou o objeto em sua mão. Um objeto que Maura conhecia muito bem. Um bisturi. Quando Jane reconheceu o objeto brilhante tentou sair da cadeira. Mas os homens a segurava fortemente na cadeira. O mascarado pressionou a lamina na carne branca de Maura e arrastou ainda pressionando, fazendo pequenas gotas de sangue aparecer, a legista soltou um pequeno gemido de dor, que fez o sangue de Jane ferver e de novo tentando sair da cadeira, sem sucesso.

– E então detetive? Pronta pra falar?

– Não Jane, não.

– CALA A BOCA VADIA! – Gritou o homem, depois limpou a garganta e com um tom mais leve continuou – Vamos tentar isso de novo.

E mais uma vez ele pressionou e arrastou o bisturi na pele da doutora. Jane não aguentava ver a cara de dor de Maura, porém havia prometido que não falaria nada. E ta ai uma coisa que Jane não entendia, essa obsessão do Homem Mascarado por esse caso, e o assassino. Era simples, ela só precisava falar, mas não podia, ela não descumpriria uma promessa feita para Maura, porém não poderia ver sua amiga ser machucada.

– Vamos lá Jane, só diga o nome do assassino é simples – Ele disse.

– Mas nós não temos o assassino, o máximo que temos são os suspeitos.

– Eu estou ouvindo.

– Não posso afirmar algo que não sei – Ela riu em sua mente. Estava passando muito tempo com Maura.

– Okay, lá vamos nós de novo.

– Espera, espera! – Jane gritou e ele desencostou o bisturi da doutora.

– Sim?

– Por que você quer saber tanto desse assassino?

– ELE MATOU PESSOAS IMPORTANTES PRA MIM!

– E o jeito não é descontar em nós! Nós estamos desvendando esse caso, você está nos impedindo de botar o assassino daquelas meninas atrás das grades.

– Aí é que tá detetive, eu não quero ele atrás das grades. Quero que ele queime no inferno

Ele forçou novamente o bisturi na coxa da doutora, mas dessa vez com mais força... muito mais força.

***

Na BPD os rapazes já estavam preocupados não sabiam onde Jane ou Maura estavam. Haviam ligado diversas vezes para as duas, Angela já estava indo à loucura não recebendo notícias sobre sua filha e sua quase filha. Frost tentava rastrear seu celular, mas sem sucesso até agora, Korsak fazia o possível para descobrir locais possíveis de onde elas poderiam estar, e Sam estava perdido, não sabia o que fazer, todos estavam preocupados, mas tão elétricos, não paravam quietos, nem um intervalo para comer eles faziam. E Sam estava por fora, apenas observando atônito toda aquela movimentação, tudo o que queria era ajudar, porém não sabia como.

– Consegui rastrear meu celular! – Gritou Frost.

– Ótimo, o que você vê? – Perguntou Sam se aproximando. Tentando ser útil.

– Está em movimento... bem aqui, vê? – Frost apontou para a tela.

– Sim. Agora iremos atrás dele?

– Pode apostar que sim

Eles se levantaram e se prepararam para o que acontecesse.

***

Já com seis cortes em sua coxa Maura já se acostumara com a dor e, a sensação, mas a única coisa que podia pensar era nas cicatrizes que ficariam, que não poderia mais usar alguns vestidos sem se sentir desconfortável.

– Okay, eu estou ficando entediado – Disse o homem mascarado – E vocês meninos?

Os capangas que seguravam Jane afirmaram com a cabeça,

– Acho que vou mudar um pouco... – Ele se afastou de Maura e balançando o bisturi ele disse – Sabe Jane, eu sei muitas coisas sobre você. Principalmente quando se trata de Hoyt.

Jane se arrepiou ao ouvir o nome do desgraçado que tentara tirar sua vida milhares de vezes.

– Sei que ele já atacou sua namoradinha aí... eu tenho minhas fontes e você detetive, já teve várias oportunidades para mata-lo, mas foi só ele tocar na doutora e você o matou... é aterrorizante a ideia de alguém ter a vida de Maura em suas mãos, não é? Você talvez ache que eu sou inofensivo já que não ouvira falar de minha pessoa... – Ele chegou perto do rosto da detetive e sussurrou – mas eu te garanto detetive, eu posso impressionar.

O homem voltou sua atenção para Maura, observou os olhos agora negros da doutora.

– Você tem medo. Posso dizer que sim, você pode fingir que não, doutora, mas eu sei o que se passa em sua cabeça. O que eu não entendo é: Por que você não quer entregar o assassino?

– Eu não sei quem é o assassino – Respondeu entre dentes.

– Mas você tem suas desconfianças, e eu sei que você não pode afirmar nada sem saber se está certo ou não. – A medica o olhou espantada por ele saber esse fato sobre ela. Ele riu – Eu sei muito mais do que você imagina. Eu observei e estudei vocês, eu sei como agem, o modo de pensar. Afinal, eu também faço pesquisas antes de realizar meu trabalho. E no momento doutora... meu trabalho é arrancar informações de...

– Não lhe darei informação alguma. – Ela disse interrompendo

– Mas eu não quero que a informação venha de você. E sim... dela – Apontou para Jane com o bisturi. – Vamos nos divertir mais um pouquinho...

Ele segurou o bisturi com mais força, sorrindo e olhando para Jane ele moveu o objeto cortante para a coxa da doutora, porém sem encostar na carne. E então moveu mais para cima, pousando no pescoço de Maura. Jane lutou para sair da cadeira, conseguiu escapar da mão de um guarda, mas o outro a segurou fortemente.

– Isso te traz lembranças detetive? – Sorriu.

– Solta ela desgraçado! – Disse travando a mandíbula.

– Eu solto... quando me der um nome.

Ele pressionou o bisturi no pescoço de Maura e Jane interveio.

– Okay! Eu... eu digo.

– Ora, ora, ora... então vamos lá.

– Primeiro solte o bisturi.

– Você sabe fazer negociação detetive... – Soltou o objeto.

– Temos um nome, mas não é certeza de que seja o assassino.

– Estou ouvindo... – Disse em sinal para que continuasse.

– Tyler Branst... ele é nosso principal suspeito.

– Tyler? – Perguntou não sabendo se ouvira certo.

– É, ele é o irmão adotivo das vítimas.

O homem parecia zonzo, ele andou perplexo até uma cadeira perto de onde estava.

– Pode nos soltar agora? – Jane perguntou.

Ele permaneceu em silencio. Olhou para os homens atrás de Jane e ordenou.

– Levem-nas de volta para o porão!

– Esse não era o trato! – Gritou Jane.

– O trato era você me contava e eu parava de machucar sua namoradinha.

– Eles vão nos achar!

– Eu não contaria com isso detetive. Deixei uma distração como presente.


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Notas finais do capítulo

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