Zoro não iria perder, muito menos para um oponente tão inferior a ele.

Ele achou que acabaria facilmente com Cabeleira Negra e ainda está convencido disso. Sua força é obviamente superior e era pouco provável que ela tivesse todo o treinamento do esverdeado. Esta era uma luta que ele venceria em dois tempos. Então, por que ele ainda não a derrotou? Por que não conseguiu nem ao menos tocá-la? Se aquela mulher não fosse tão veloz...

Demorou a ele se tocar, mas Zoro percebeu que tinha de parar de ser impulsivo em seus ataques. Começou a observar mais os movimentos de sua adversária e atribuiu uma sequência a eles. O espadachim não gostava muito de usar o raciocínio lógico e também era muito bom nisso, mas essa foi à maneira que ele encontrou.

Esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda... Quando finalmente entendeu a sequência (o que levou algum tempo, visto que o esverdeado tem um péssimo senso de direção) tudo se tornou muito fácil. No momento em que iria para esquerda, dirigiu-se para direita, segurando-a por trás.

– Eu já entendi como você luta; fugindo. – disse para ela - Você sabe que vai perder, mas não quer admitir, então você foge, e ainda foge para os mesmo lugares.

– Eu estava me movendo na velocidade da luz, mas só me era permitido aquela sequência. – Cabeleira argumentou - A inteligência do ser humano evoluiu muito em quinhentos. – continuou - De quando eu vim, nós já sabemos que força não é garantia de nada, existem outros jeitos de se vencer uma batalha.

– Quem foge de uma luta não passa de um covarde e, mesmo assim, você perdeu.

– Eu sei que você jurou que nunca mais iria perder, mas quase perdeu para um oponente tão fraco.

– “Quase” não é perder, então eu mantenho minha palavra; eu nunca irei perder novamente.

– Agora é você que quer brincar comigo, Roronoa?

– Até queria, mas já me cansei, Cabeleira Negra. Já passou à hora de acabar com isso. – jogou a mulher contra a parede, fazendo a peruca cair de sua cabeça. – Oniguiri...

Não foi preciso mais nenhum esforço, com o impacto do primeiro golpe ela já estava inconsciente.

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– Moni-san, uma dama tão delicada com você jamais poderia quebrar essas...

Sansão, o coelhinho de pelúcia azul (e a melhor arma que já fora criada pelo homem), se chocou contra o cadeado que prendia as correntes que prendiam Sanji, libertando-o. Como cozinheiro ainda não havia se acostumado à grande força de Mônica, obviamente acabou entrando em choque ao ver aquela cena. Ele sempre se imaginava protegendo as mulheres, mas jamais em sua vida pensou que em algum dia seria salvo por uma mulher, e aquilo o fazia se sentir um tanto inútil.

– Mo- Mo- Moni-s- san... – e ficar choramingando em posição fetal só o tornava ainda mais inútil.

Mônica ignorou aquela cena ridícula (como quase sempre faz quando se trata de Sanji) e se concentrou em desamarrar o capitão, o que foi muito fácil devido a sua experiência com os nós que Cascão e Cebola, ou o ainda Cebolinha, faziam no pobre Sansão.

– Não é estranho ela colocar correntes no Sanji e usar só uma corda no Luffy?

– Antes eu tava acorrentado em Kairoseki, mas a Tia do Espaço tirou e me amarrou nessa corda. – Luffy lhes contou - Eu tentei chutar a bunda dela, mas eu caí.

– O que é Kairoseki? – a garota perguntou

– É única fraqueza dos usuários das Akumas no mi. – Sanji explicou, aparentando já ter se recuperado. – Como o Luffy, a Robin-chaaaaaaaaaaaaaaaan...

– E o Brook e o Chopper... Ah, é! Quase esqueci! – era como se uma lâmpada tivesse sido acesa na enorme escuridão de seu cérebro - Eu falei com o Chopper e ele disse que ia me ajudar. Onde é que ele tá?

– Ele estava fazendo dupla com o Marimo.

“Era para o Chopper ser dupla do Sanji, mas ele não parava de reclamar”, Mônica recordou.

Ela fez mais algumas perguntas aos garotos e pouco tempo depois os três decidiram que já era hora de pular fora daquele barco. Só precisavam se encontrar com Zoro e Chopper.