Entraram no parque, todos estavam eufóricos, olhavam ao redor procurando o primeiro brinquedo a ir, mas havia uma pessoa não tão animada assim.

— Vamos ao carrinho bate-bate! — exclamou Haruna.

O pequeno grupo acatou a ideia e dirigiu-se ao local, porém, um deles ficou, olhava para o céu perdida em pensamentos.

— Touko, vamos! — aquilo pareceu trazer-lhe de volta à Terra. Aki estava a chamando.

— Ah, desculpa. — coçou a cabeça, envergonhada.

— Está pensando nele?

Recebeu uma resposta positiva.

— Ele vai chegar mais tarde, não se preocupe. — sorriu — Vamos aproveitar o máximo possível esta tarde única!

Sorriu também.

— Você está certa, Aki. Muito obrigada. — puxou-a e correu. — Vamos!

“Mesmo que estejamos brigados, sinto muita saudade sua...” pensou enquanto alcançava os outros.

— Vamos de quatro em quatro! — avisou o capitão.

Todos assentiram. O grupo se dividiu, formaram três quartetos.

Esperou pacientemente sua vez de ir no brinquedo. Assim que sentou no carrinho, pode ver, do outro lado, um urso gigante distribuindo balões para as crianças. Lembrou-se da primeira vez que fora ao parque com Tsunami, ele havia lhe comprado um balão em formato de coração. Acabou sorrindo inconscientemente. Entretanto, acabou saindo de seus pensamentos ao sentir um impacto.

— Presta atenção. — e começou a rir.

— Ora, seu!

Encarou Kogure e passou a persegui-lo enquanto se divertiam.

[...]

Divertiram-se em mais e mais brinquedos, toda vez que iam a um novo, conseguia ver aquele urso, ele já estava começando a incomodar, parecia estar sempre os encarando.

Desceram da montanha-russa e dirigiu-se ao homem fantasiado.

— Com licença? — ele estava de costa.

Assim que se virou, encarou-o. Ele lhe estendeu um balão vermelho.

— Ahn? Obrigada, mas acho melhor deixar para as crianças. — respirou fundo — O senhor poderia...

Não pôde completar a frase, várias crianças cercaram-no. Suspirou e se afastou. Lika veio ao seu encontro.

— Tudo bem? — parecia preocupada.

— Está tudo ótimo, eu só estava achando que ele... — apontou — Estava nos seguindo.

A morena desatou a rir.

— O urso? Você deve estar paranoica.

— É... Você deve ter razão. — deu uma risada sem-graça.

— Pare com isso e vamos logo! — puxou-a.

Juntaram-se ao grupo.

[...]

Última parada: túnel do amor, afinal, a roda gigante tinha uma fila tão grande quanto.

Encarou aquela entrada em formato de coração e teve vontade de provocar, porém, segurou-se.

— Você vem? — perguntou uma das meninas.

Negou com a cabeça. Todos tinham se espalhado.

— Prefiro ficar aqui mesmo. — sorriu.

— Se você diz. — a morena de cabelos azuis atracou-se no braço do namorado. — Vamos, meu querido?

Ele assentiu, estava levemente vermelho.

— Até depois! — acenou.

“Tadinho do Ichinose. Sorte que deu tudo certo, eles formam um belo casal.” riu sozinha.

Colocou as mãos nos bolsos e se pôs a andar pelo parque, comprou algumas coisas para comer e tentou ganhar um pequeno polvo de pelúcia de olhos brilhantes, foi quase.

Olhava tudo distraidamente, acabou esbarrando em algo e quase caiu.

— Desculpe-me... — olhou e pôde ver um rabinho. Era o homem vestido de urso.

Ele se virou, estava somente com um balão na mão, este em formato de coração. Estendeu-lhe.

— Não, não, muito obrigada.

Ele aproximou mais o balão. Percebeu que havia um bilhete pendurado em sua ponta, pegou o balão.

Com cuidado, retirou o bilhete e abriu, começando a ler.

“Minha amada Touko,

Sei que pode estar com raiva de mim, mas eu não consigo parar de pensar em você, peço desculpas por ter começado aquela briga idiota, quero seu perdão.

Eu te amo.

Jousuke

P.s.: Pergunte do ursão onde eu estou.”

Terminou de ler a cartinha e encarou-o, recebendo como resposta uma direção.

Não pensou duas vezes e se pôs a correr. Chegou até uma espécie de cais. Não tinha uma alma viva ali. Olhou ao redor. Nada.

— Touko! — escutou um grito e virou-se para o caminho que tinha vindo, encontrando o moreno de cabelo rosados, ele estava sem-graça.

Correu e o abraçou.

— Eu também estava com saudades! Desculpe-me por ser tão cabeça-dura!

Sentiu-o corresponder.

— Tudo bem. Ninguém é perfeito, mas você é perfeita para mim.

Silêncio.

— Foi a Lika, né?

— Er... Sim...

Começou a rir.

— N-não ria! Sabe quanto foi difícil eu conseguir falar uma frase tão melosa?! — estava vermelho.

— Exatamente por isso que eu estou rindo, imagino o quanto treinou... Eu te amo, seu bobo. — apertou o abraço.

— Eu também amo você...

— Touko, cadê o balão que veio com o bilhete?

— Eu... Eu acabei soltando quando você apareceu...

Silêncio. Continuavam abraçados.

— Você ouviu um “click”?

— Deve ser a Lika, deixe-a, eu pego as fotos depois.

— Se ela está fotografando, eu vou querer uma especial... — a ruiva não teve tempo de falar, foi puxada para um selinho.