Tudo por causa do Luigi escrita por Leitora da madrugada


Capítulo 5
Procurando Luigi


Notas iniciais do capítulo

Muito obrigada ao favorito que a fic recebeu, tipo eu já fico vomitando arco-íris com comentários.
Ah, já ia me esquecendo sobre o sobrenome de tia Anna não é "Gray" como me lembro de ter colocado no capítulo 2, mas sim Grey.
Boa leitura o/



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Por Frederick Hanks

Aquela era uma manhã tranquila, pelo menos até agora. Eu estava comprando na livraria alguns livros para o trabalho da faculdade quando vi um vulto laranja passar como uma bala pelo lado de fora da janela. Encostei minha testa na vidraça observando o gato dobrar a esquina.
" Ele me lembra alguém " pensei e forcei a minha mente a procurar alguma coisa relacionada a gatos laranjas, mas não encontrei nada " deve ser só um gato de rua "
Assim voltei minha atenção aos livros das prateleiras até escutar uma voz feminina que gritava incessantemente por um tal de Luigi. Novamente desviei meus olhos para a janela de vidro e vi bem na hora que uma garota corria na mesma direção que o gato havia ido, também tinha algo de familiar nela, mas eu realmente não conseguia lembrar de onde. Foi então que vi um rapaz a seguindo embora andando mais calmamente, aquele eu reconheci. Se não me falha a memória talvez aquele fosse Louis sobrinho de Anna...
– Grey - falei finalmente me lembrando da garota e do gato. Foi exatamente aquela garota que invadiu a fazenda do papai e agora analisando melhor a cena talvez aquela história da ratazana realmente era verdade.
– Alan, guarda esses livros para mim ok? - falei para o caixa da livraria que assentiu, dei um aceno para meu sobrinho antes de sair e ir em direção a esquina que todos haviam dobrado. Toda aquela situação havia despertado a minha curiosidade.

...

Por Amélia

– Luigi - chamei pela sei lá que vez, eu parei de contar pela milionésima terceira... não, na verdade eu não contei, mas eu acho que é mais ou menos isso. Enfim, o importante é que eu estou chamando esse gato por todos os cantos, mas nada de encontrar.
– E se ele foi atropelado? - perguntei já um pouco desesperada para Louis que continuava caminhando de modo descontraído. Ele deu de ombros.
– Duvido muito, aquele gato é esperto demais para isso.
– E se ele saiu da cidade?
– Isso é mais provável - falou Louis incrivelmente calmo enquanto eu praticamente me desesperava em via pública por causa do meu lindo e agitado Luigi. Continuei correndo pelo cidade chamando atenção pelo meu desespero e o pior era que ninguém dizia ter visto um gato laranja pela rua. Eu já estava desistindo quando vi um homem passar por mim, vi de soslaio quando Louis o olhou e virou o rosto com uma expressão indiferente.
– Quem era? - perguntei me lembrando vagamente do rosto do rapaz.
– O filho daquele fazendeiro que a tia não gosta - falou Louis dando de ombros.
– Ah, o cara da fazenda vizinha - falei me dando conta de que era o mesmo cara que me pegou na fazenda. Eu até poderia ter lembrado antes, mas eu tinha deixado a lanterna cair na lama e estava complicado em ver-lo a luz da madrugada. Suspirei e continuei caminhando e procurando por Luigi.

Caros amigos que leem estes meus relatos diários devo lhes dizer uma coisa: Luigi é realmente um gatinho muito traiçoeiro. Lhes explicarei melhor isso agora.
Eu em toda a minha existência só tive um bicho de estimação, um gato, vulgo Luigi, o qual recebi de uma estimada amiga nominada Elle. Este mesmo gato que ganhei no meu aniversário de 14 anos vem me dando trabalho e inúmeras dores de cabeça à exatos 2 anos, isso se resume em fugas e de perseguições a animais indefesos que sempre resulta em eu me ferrando de alguma forma. Me chame de super protetora, mas meus caros amigos vocês realmente, totalmente e completamente não sabem o que é ser responsável por Luigi. Ele quando menor até que era uma graça, mas o problema começou quando ele pareceu entender o que não era para fazer.
Ainda lembro de Hanny, o pequeno e indefeso canário da namorada de Louis que no fim do passeio por casa acabou sendo cruelmente morto por Luigi bem na minha frente, não foi uma cena muito agradável e desde esse dia eu prometi a mim mesma que eu deixaria mais Luigi aprontar alguma que resulte na morte de algum bicho indefeso. Até agora. E agora onde estamos? essa é uma ótima pergunta.

Meus olhos se arregalaram quando olhei para a minha frente e vi uma pequena cena do passado se repetir em minha frente. Luigi estava parado olhando para um pequeno pássaro no ombro de uma garotinha que devia ter mais ou menos uns 5 a 6 anos.
– É muito bonito não é Chester? - ela falou acariciando a cabeça do bichinho. Luigi continuava imóvel olhando de vez em quando para as pessoas ao redor, mas seu foco estava sem dúvidas no pequeno pássaro castanho.
– Isso não vai ser nada bonito - comentou Louis no meu ouvido me assustando, só então voltei a realidade em que o bichinho iria ser morto por Luigi.
– Garota cuidado - gritei, mas ao invés de alertar eu acabei assustando a garota e o pássaro que voou em direção a rua.
– Chester - gritou a garotinha correndo atrás do pássaro, mas só tinha um problema: a via era movimentada. E nesse exato momento vem em direção um carro bem na direção da garota.
– Meu Deus - foi a única coisa que se formulou em minha garganta. Eu só tinha um minuto para pensar no que fazer e então saí correndo atrás da garota, mas eu não seria rápida o suficiente para ao menos empurrar-la para a calçada sem ser atingida. Então eu vi um vulto passar por mim e me empurrar para a calçada, vi o rápido momento em que Louis conseguiu empurrar a garota e cair na calçada.
– Ivy - ouvi uma voz masculina gritar do outro lado da rua. Rapidamente um aglomerado se formou e não pude mais ver ou ouvir o que acontecia do outro lado da rua.

Antes de atravessar peguei Luigi no colo e o segurei bem firme ignorando as arranhadas e mordidas que ele me dava na tentativa de me soltar-lo. Assim que atravessei reconheci rapidamente a figura do rapaz que segurava ainda nervoso a garotinha no colo, era o cara da fazenda.
– Ivy nunca mais saia do meu lado sem minha permissão. E a você muito obrigado - ele agradeceu a Louis - sou Frederick Hanks - ele estendeu uma mão a Louis que a apertou somente porque lá ainda havia muitas pessoas.
– Louis Williams - respondeu Louis largando finalmente a mão de Frederick. Me abaixei perto de Louis para ver o ferimento na perna que somente agora eu tinha notado.
– Ele salvou a garota, ele é um herói - gritou numa voz na multidão.
– Herói, herói - repetiram os outros formando um coro de vozes.
– Eu te ajudei, e agora você vai fazer tudo o que esse herói quiser durante um mês - sussurrou Louis. O olhei e ele tinha um sorriso zombateiro em seus lábios.
– Herói, até parece - resmunguei, já sabendo de antemão que aquilo ainda iria render quando chegássemos na fazenda.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro e não sejam fantasmas, pois já bastam o da minha vida .
Inté o/



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