Tudo era branco e gelado. Pelo céu desciam pouquíssimos raios solares, revelando que mais uma manhã aparece derrubando a fina camada de gelo da grama que cercava a casa. Christian olhava o lento processo da chegada do inverno pela janela de seu quarto. Mesmo estando frio, ele, sentado na larga cama, apenas trajava uma calça cinza de moletom, deixando assim, meio corpo exposto para a dengosa brisa matinal.

A porta, que ficava ao lado direito da cama, abriu-se, revelando uma jovem de longos cabelos lisos castanhos. Ao contrário do homem, esta estava apenas coberta por uma camisa social dele, que lhe escondiam até metade das coxas. O moreno deslizou os olhos cinza pelas finas pernas de Anastásia e com esse simples gesto, fez ela se arrepiar. Christian olhou sua mulher carinhosamente.

- Não está sentido frio? – Perguntou ele.

- Sim –Respondeu a morena simplesmente, ainda parada em seu lugar. Ao escutar a única palavra proferida por Anastásia, o homem levantou-se e foi de encontro a ela. Abraçou-lhe e enterrou seu rosto na curva do pescoço da mulher.

- Você sabe – começou Christian sussurrando no ouvido da Anastásia, fazendo-a se arrepiar mais ainda – Que não pode se arriscar...

- Sei... -A calça dele esquentava as pernas dela. Anastásia abraçou Christian e a blusa social que ela vestia esquentava o tórax dele.

Ficaram assim por algum tempo, até Christian passar sua mão esquerda no rosto de Anastásia. Em seu anelar descansava uma grossa e brilhante aliança dourada. Ela então levou sua mão, também esquerda, para de encontro com a dele, ao aperta-lhe, a aliança da mão do homem, bateu contra a mesma da mão da mulher, fazendo um breve som. Ambos sorrirão seus olhos cravados um no outro. Eram assim suas vidas, um sempre completava o outro de todas as maneiras possíveis. Cada um vestia apenas uma peça era muito pouco, para nada serviam, nada lhe protegiam. Mas juntos se completavam, eternamente entendidos, combinados...

Completos.

Eram simples, assim como um mais um são três.

Eram assim suas vidas, como a matemática da vida. Duas pessoas que se encontram se conhecem se tornam inseparáveis, se tornam necessitáveis para elas mesmas, se eternizam, se amam, se concretizam a partir de uma nova vida. Hoje, ela o tinha. Ele a tinha. Eles se tinham. Escondido de mais para se vê pequeno de mais para se notar, suficiente amado para se sentir.

- Precisamos pensar em um nome – Christian disse suave passando sua mão, que antes estava entrelaçada com a de Anastásia, no ventre arredondado da mesma.

- Sim... – a morena estava com poucas palavras nessa manhã, mas ela não tinha muito que dizer a penas a...

Sentir.

Sentir o sol nascendo, a neve derretendo, o vento arrepiando, o abraço do marido, a pele dele por debaixo da flanela, o jeans do mesmo roçando dos seus joelhos e coxas, o sangue que lhe corriam pelas veias indo direto para a alimentação de seu amor maior.

O amor dentro de si, de baixo da mão masculina de Christian, o amor que crescia lentamente a cada divisão celular...

Seu filho.

-São tantos nomes... –Christian leva Ana ate a cama e os dois voltam para de baixo do edredom.

-Mais ainda tempos um tempinho pra isso... né garotão do papai... –Christian fala todo babão passando a mão pela barriga de Ana.

-Quem disse que vai ser um menino... –Diz Ana divertida.

-Não e você que escolhe... –Christian fala desvia sua mão da barriga dele e começa a passa pela cintura e bumbum de Ana.

-Ah... como se fosse você também que escolhesse... –Anastásia põem uma de suas mãos no peito dele arranhando ele provocando arrepios em Christian.

-Mas não meus meninos lá de baixo e eu sei que ele nunca me decepcionam... –Diz Christian com um sorriso malicioso.

-Hum... você não iria gostar se você uma menina em isso? –Pergunta Ana com a voz cheia de triste e os olhos marejados por lágrimas.

-Não amor não e isso, eu também adoraria uma menina principalmente se você parecida com a mãe... só não o sei gênio forte dela, sabe como e... você e muito teimosa já pensou duas mulheres para mim cuidar... –Ana solta uma risada deixando Christian muito feliz, ele estica um pouco a cabeça e beija os lábios da esposa. -Só que para começo e queria um menino assim eu poderia lhe ensinar coisas de meninos como jogar bola, baseball, poderia ensinar ele a como assumir a GEH, ensinar ele a como paquera as meninas... –Christian recebe um tapa na bunda de Ana o fazendo gargalha.

-Engraçadinho... –Fala Ana fazendo biquinho.

-Ai eu teria outro para me ajudar a fica de olho em você... –Christian se vira ficando por cima de Ana. –Ensinaria ele a não deixar marmanjo nenhum chega perto de você... que você e só minha e dele... –Christian beija Anastásia. –E para finalizar Theodore, além de fica de lho em você poderia me ajudar a fica de olho na irmã dele para gavião nenhum fica rondando ela, porque se ela for igual à mãe vai atrair tanto garotos quanto a mãe dela só espero que não me de tanto trabalho quanto a mãe me deu.

-Theodore é...? –Ana pergunta passando a mão pelos cabelos de Christian.

-E esse nome me veio na cabeça agora, o que achou? Se não gostou podemos escolher outro... –Fala Christian.

-Theodore Raymond Steele Grey. –Fala Anastasia.

-Achei lindo o nome. –Fala Christian.

-Então vai ser Teddy.

-Ótimo... Se vier uma menina ai pensamos de novo em um nome. –Os dois se beijam apaixonadamente, mas são interrompidos por alguém entre os dois.

-Acho que ele acordou... –Anastásia fala sentido seu bebê chuta e logo depois sua barriga roncar. -Acordou com fome meu bebê... deve ser faminto como o pai. –Anastásia fala passando a mão na barriga.

-Ainda bem... Vamos toma café, tenho certeza que Gail deve ter preparado um verdadeiro banquete como sempre.

-Vamos... –Eles se levantam e seguem para mais um dia de família.