Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 8
S.O.S.


Notas iniciais do capítulo

Estou a ver que continuam a ler é pena é nao saber se gostam, mas oook xD



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(Pim / Algures no meio do Oceano Atlântico / 25 de Junho de 2006 / Terça-Feira / 10:21H)

Pim?

Alguém estava a chamar por mim e, eu reconhecia aquela voz de algum lado. Tentei abrir os olhos para perceber quem era a voz que me chamava, mas senti uma enorme dor de cabeça e, continuei sem abrir os meus olhos. Podia ser um sonho, mas aquilo que seria supostamente a minha cama, não passava de um chão duro e frio.

Pim acorda!

A voz que eu ouvia também não pertencia a Genéeve ou à Maria, nem ao meu pai ou à minha mãe. Não pertencia também a nenhum dos meus amigos ou do meu namorado. Eu não me lembrava de onde conhecia esta voz, mas tinha a completa noção que já a tinha ouvido antes.

PIM!

Levei com uma chapada na cara, com um tanto ou quanto de força, o que me fez rapidamente abrir os olhos.

O meu rosto transformou-se num misto de confusão e horror. Confusão talvez por desconhecer por completo o sítio em que me encontrava, não era com certeza o sítio onde tinha apagado. Horror por ver tudo destruído à minha volta. Depois de olhar para toda aquela destruição, apenas consegui distinguir as minhas malas todas abertas, uns bancos completamente destruídos e, um pé…

“UM PÉ?”, pensei alarmada e assustada enquanto me dirigia até esse mesmo pé. Estava debaixo de um grande ferro e, muito provavelmente o dono desse pé estaria morto.

BILL!

O meu grito saiu meio tremido devido às lágrimas que já se escorriam pela minha cara a baixo. Ele não podia ter morrido. Não aqui e, não agora!

Ele podia ser isto ou aquilo. Ele podia ser mal-educado, antipático, estúpido e anormal. Ele podia me ter magoado bastante. Ele podia parecer uma menina com a mania. Mas ele não podia morrer.

Hm Hm. – Alguém atrás de mim aclarou a voz, fazendo-me virar repentinamente para trás. Com as mangas do casaco que tinha vestido, limpei apressadamente as lágrimas que teimavam em cair me pelo rosto.
Bill? – Por momentos sustive a respiração.

Ele estava ali à minha frente, mais vivo até que eu. E ria-se, se calhar pela figura que eu tinha acabado de fazer. Chorar por ele!

Peguei num sapato que estava por ali perdido e mandei-o contra si, acertando-lhe na cara e fazendo-o parar de se rir.

Então? – Levou a mão à cara instantaneamente, mostrando que a raiva estava a nascer outra vez dentro de si.
É por estares a rir de mim! – Disse-lhe também já furiosa.

De repente e, sem eu esperar ele começou-se a rir. Não um riso daqueles falsos que ele me mostrara várias vezes nos últimos dias, mas um riso verdadeiro. Um riso que nunca vira nele, nem mesmo na televisão, um riso verdadeiro. Um daqueles risos que faz uma pessoa cair a seus pés.

Quando dei por mim já estava a rir também com ele. Era bom saber que mesmo naquela situação em que nos encontrávamos, podíamos rir daquela forma.

Sinceramente, eu não sabia qual era essa situação. Sabia apenas que estava dentro de um jacto todo destruído com um morto ao meu lado e … o Bill à minha frente.

O nosso riso foi cessando e, aí demos real importância àquilo em que nos encontrávamos e no estado em que estávamos.

A minha dor de cabeça voltou a atacar e, automaticamente levei a mão à parte em que doía, senti que aquela zona estava húmida e tirei apressadamente a mão da cabeça para poder ver o que era. Sangue.


Pois… isso. Desculpa. - Pediu atrapalhadamente o Bill, vendo a minha reacção ao sangue. – Quando embatemos com o jacto, a tua cabeça foi contra um ferro do banco. Por isso é que deves ter desmaiado. – Acrescentou.
À quanto tempo estamos aqui? – Perguntei ainda confusa, tentando limpar o sangue.
Não sei. – Disse, olhando à sua volta – Quando embatemos era de noite e, agora como vês já é de dia – Continuou, apontando para uma janela partido ao nosso lado.
E ficaste sempre aqui? – Inquiri espantada. – Ao pé de mim? – Voltei a inquirir mais baixo que o tom normal da minha voz.
Sim. – Respondeu simplesmente, mas apressando-se a acrescentar. – Mas dei umas voltas pelo jacto. Aquele pé pertence à senhora que ontem veio falar connosco e, ela está… – parou.
Morta. – Completei-o, baixando a cabeça de seguida.
O piloto do avião e o co-piloto… foram pelo mesmo caminho. – e deixou-se cair para trás, suspirando ao mesmo tempo
Então quer dizer que estamos sozinhos – conclui. – E agora?
Agora o que? – Perguntou, voltando a endireitar-se e a olhar-me nos olhos.
O que é que fazemos? – Voltei a perguntar, levantando me e dirigindo-me à porta meio partida.
Não sei. – Respondeu sinceramente e seguiu-me.

Com um ferro por ali caído, escancarámos o resto da porta e saímos para aquilo onde seria o nosso lar durante muito tempo.

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Notas finais do capítulo

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