Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 6
5º Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Desculpem ontem nao ter vindo cá postar... mas nao consegui mesmo.



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(Pim / Berlim / 24 de Junho de 2006 / Segunda-feira / 12:54H)

“I have something… I rape your mother today”

Um estridente barulho fez-me acordar do sono profundo em que me encontrava. Aquele mesmo som provinha do meu telemóvel que se encontrava em cima da mesa-de-cabeceira. Levei a minha mão até lá e, só depois de derrubar o candeeiro é que agarrei o pequeno objecto irritante.

Com um lento movimento carreguei na tecla verde e pus o telemóvel ao ouvido, deixando soltar um grunhido que eu própria não reconheci

(chamada)

Quem quer que seja, eu morri. (…) Olá Maria. Olá Rafa. (…) Digam (…) Já estão em Nova Iorque? (…) Ainda nem falei com o meu pai. (…) Talvez chegue amanhã durante a madrugada (…) ok, quando chegar ligo-vos. Adeus!

Desliguei a chamada e mandei o telemóvel para o chão, não me importando onde fosse parar. Precisava de dormir pelo menos, mais uma ou duas horas.
Voltei a enroscar-me nos lençóis ainda quentes e à memória veio a noite passada, fazendo-me rasgar um largo sorriso.

Ao menos não sou nenhuma pita. – Contrapôs, sorrindo maliciosamente. ”

Toda a nossa discussão da noite anterior invadiu-me a cabeça de uma forma que eu não gostei, fazendo-me perder todo o sono que podia ter. Levantei-me rapidamente e, a cambalear dirigi-me à casa de banho. Era disso mesmo que eu precisava, um banho.

***

Depois de um longo banho e de ter vestido uma roupa para ficar lá por casa, voei até à cozinha, na esperança de ainda poder encontrar o meu pai. Precisava de lhe falar sobre os anos da Rafa.

Quando cheguei à cozinha deparei-me com ele, sentado na mesa a almoçar e ler o jornal enquanto a Genéeve a arrumava alguma loiça.

Bom dia. – Cumprimentei-os, sendo respondida por um sorriso da Genéeve e um aceno do meu pai. Estava demasiado embrenhado no jornal para poder dizer um bom dia em condições. – Pai?
Diz filha – respondeu-me ainda de olhos postos no jornal.
Tenho uma coisa para te pedir. – Disse, sentando-me na mesa e sendo logo servida com um prato de comida – Obrigado – agradeci à Genéeve.
Pede. – Fechou o jornal e, finalmente, olhou para mim – Como correu ontem? O Bill já se declarou a ti, ou nem por isso? – Perguntou a rir.
Wer ist Bill? Foi lindo. – Limitei-me a responder, tentando não voltar a lembrar a parte má da noite anterior. – Preciso de estar amanhã em Nova Iorque. – Mudei de assunto.
E para que? – Perguntou desconfiado.
A Rafa faz anos. – Fiz uma pausa da levar uma garfada de arroz à boca – E… vamos… passar… lá… os anos… dela. – Falei, mastigando ao mesmo tempo.
Tens que perder o hábito de falares enquanto comes. – Disse, rindo-se logo de seguida.
Ok, eu prometo que vou tentar. – Bebi um pouco de sumo e recomecei – Podes me arranjar um voo ou nem por isso?
Vou ver o que posso fazer, mas vai ser complicado a esta hora. – Levantou-se, contornou a mesa e deu-me um suave beijo na testa. – Ligo-te assim que souber alguma coisa. Vou trabalhar, adeus pequena. – e saiu.

Acabei de almoçar e, decidi que iria fazer as malas para poder ocupar a minha tarde. Mas em menos de meia hora já tinha as duas malas verdes cheias de roupa. Era apenas um semana, mas sempre me tinham ensinado que mulher prevenida vale por duas. Acho que neste caso valia por umas três ou quatro.

(20:25)

Menina Pim? – Falou uma voz perto de mim.
Sim. – Disse.

Tinha acabado por escolher ficar pela sala a ver um filme, mas a meio do filme o sono foi mais forte e, acabei mesmo por adormecer.

O seu pai ligou e, disse que só conseguiu arranjar um jacto. E vai partilhá-lo com um rapaz, o seu pai não disse quem era. – Disse a Genéeve.
É a que horas Genéeve? – Perguntei, enquanto me levantava para poder-me espreguiçar.
Daqui a meia hora menina, vou já avisar o Frank. – Avisou-me, saindo logo de seguida.

***

Já estava sentada no jacto e, as malas também já estavam arrumadas. O tal rapaz ainda não tinha chegado, de certo que seria um dos amigos do meu pai, não sabia era qual. Havia me sentado junto à janela e, por momentos olhei lá para fora, relembrando a noite anterior e, não forma como aquele animal me tinha tratado.

Um pequeno barulho fez-me acordar dos meus pensamentos, virei rapidamente o rosto para a entrada do jacto.

TU? – Perguntei bastante espantada com a fúria a subir-me a cabeça, a minha sorte tinha ido pelo cano a baixo.
Olá pita. – Disse ele descontraidamente, arrumando a sua grande mala de ombro num compartimento qualquer.
Mas o que é que tu estás aqui a fazer? – Interroguei-o ainda espantada por o ter ali novamente à frente.
Olha estar contigo é que não é de certeza. – Respondeu-me, sentando-se no banco à minha frente.
Haha, que piada. – Ri ironicamente – Os outros não vêm? – Perguntei, olhando-o nos olhos e, sentindo logo um aperto no coração.
O que é que tu tens a ver com isso? – Riu-se. Eu fiz-lhe uma careta e, ele riu-se ainda mais. – Não, não vêm. Já foram esta manhã.
Ah, e tu ficas-te porque… – fiz um ar pensativo – Partis-te uma unha? – E mostrei-lhe um sorriso amarelo.
E que tal um acordo? Tu não falas para mim… – fez uma pausa para pegar no ipod – E eu não falo para ti.
Perfeito! – Respondi-lhe, olhando pela janela de seguida.

Antes de partir-mos ainda veio uma senhora falar comigo e com o Bill sobre as regras do jacto. Também nos disse que íamos apenas nós os dois, mais o piloto do avião, o co-piloto e ela. Se precisássemos de algo tocávamos num pequeno botão que havia nos braços do banco, que ela viria logo.

Falou sobre mais algumas coisa, mas eu já estava demasiado embrenhada nos meus pensamentos para lhe dar ouvidos.

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Notas finais do capítulo

Se quiserem posto outro mais tarde... Beijos



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