Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 35
Moving On


Notas iniciais do capítulo

Olááá.
Pois ao que parece decidi mesmo que vou continuar a postar por causa das minhas duas fofinhas xD (annelisebttg e angelDevilish)
Não estou com muito tempo, porque tenho de ir estudar Os Maias... mas queria mesmo só vos deixar o primeira capitulo da segunda parte
Beijinhos e espero que nao tenham fugido :P



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4 Anos depois…

[Maria Madalena.Sidney.00:12h.26 de Novembro de 2013.Terça-feira]

Mais um dia duro de trabalho passado no estúdio de fotografia, onde deveria ter revelado as fotografias para serem expostas no futura galeria. Uma nova galeria onde iria expor as minhas fotos e, essa galeria era situada na Alemanha.
Há uns dias atrás havia sido surpreendida com uma excelente proposta, feita pelo meu pai. Uma proposta que me levaria de volta à Europa, o lugar que tinha evitado nestes últimos quatro anos. Levando-me a mentir nos natais, sobre o porque de não ir a casa, a fingir doenças ou a dizer que tinha demasiado trabalho para poder visitar a minha família. Com os meus amigos já não tinha esse problema, pois todos os meses eles faziam-me uma visita.
Mas a altura de voltar tinha chegado. Estava na hora de pegar em todos os meus trapinhos e fotografias e voltar para a Europa. Voltar a enfrentar tudo o que tinha deixado para trás… incluindo ele. Essa tinha sido uma das razões pela qual tinha escolhido Sidney como o sítio para viver e fotografar, pois a super banda ainda não era conhecida cá por estes lados do mundo. Mas pela forma como as fans estavam a crescer, não tardava muito para que eles aparecessem.
Quando dei por mim reparei que estava parada no sinal verde, com vários carros a apitarem trás de mim. Avancei, mais depressa que o necessário, rumo a casa.
A casa que eu havia comprado há quatro anos, continuava a mesma só que um pouco mudada na decoração. O meu quarto tinha tons neutros como o creme e o branco, numa das paredes havia ainda uma fotografia que eu tinha tirado à ponte de Sidney há uns tempos atrás. A cozinha e a sala juntavam-se numa só, formando no meio uma pequena ilha, feita por uma mesa onde se comia. As cores aqui eram escuras, as paredes estavam pintadas de vermelho e um sofá preto permanecia em frente de uma grande plasma. A norte, podia-se ver uma enorme janela, que se estendia de uma ponta da parede à outra, mostrando a Ópera de Sidney. Ao fundo do corredor ainda havia uma grande casa de banho e um pequeno quarto em tons de azul.
Estacionei o carro na garagem privada do prédio e, dirigi-me ao elevador, premindo o botão número 8. Enquanto o elevador subia, relembrei a altura em que tive de sair de Portugal.

“Ele jazia adormecido sobre a cama, com apenas um fino lençol a tapá-lo, mostrando maior parte das suas costas. Os seus cabelos pretos caiam sobre a almofada e a cara. Aproximei-me muito silenciosamente e, destapei-lhe a cara, ficando a olhá-lo por breves minutos.

Espero que algum dia me perdoes. – Disse numa voz débil, ao seu ouvido.

Uma pequena lágrima rolou pelo meu rosto, mas não querendo demonstrar parte fraca, limpei rapidamente as lágrimas que se haviam formado nos meus olhos. Tinha chegado o fim e, eu sabia-o muito bem. Beijei suavemente os seus lábios, saboreando pela última vez aquele toque doce e macio.
Dirigi-me à porta e, sem olhar para trás deixei aquele que eu amaria para sempre.”


2º Piso… 3º Piso…



Madalena, tens a certeza que é isto que queres? – Perguntou-me a minha mãe, enquanto me dava para a mão os sapatos que se encontravam no armário.
Tenho mãe. – Respondi-lhe, recebendo os sapatos e, atirando-os apressadamente e desajeitadamente para dentro da mala – Nunca tive mais certeza na minha vida. – Acrescentei, sentindo a mentira na minha voz.
Não achas melhor esperares um pouco? – Voltou a perguntar esperançosa.
Se eu ficar, provavelmente acabarei por ir para o hospital enfrascada em comprimidos. – Confessei, fazendo com que a minha mãe aceitasse a minha escolha sem mais objecções, acabando também por me ajudar a fazer as malas.”


4º Piso… 5º Piso…



Vou ter muitas saudades tuas Pim. – Disse a R, ao mesmo tempo que me apertava fortemente a mão. – Liga-me todos os dias.
Cuida-te ok? – Pediu-me o Pedro ao meu ouvido, enquanto me abraçava.
Vou cuidar. – Abracei-o mais uma vez e, acabando por ser abraçada por todos ao mesmo tempo.

A Maria começou a chorar e o Gonçalo abraçou-a, temendo que eu acabasse também a chorar. Não queria que estes o quatros tivessem vindo me por ao aeroporto, pois eu não estava lá muito virada para mais despedidas. Mas eles eram mais teimosos que eu e, acabaram por vir.
A despedida decorreu durante mais uma hora e, quando terminou dirigi-me até à porta de embarque, onde iria voar rumo a Sidney.”


6º Piso… 7º Piso…



Uma lágrima foi derramada pelo meu rosto, enquanto várias imagens eram reflectidas na minha cabeça.

8º Piso

Plim…



Limpei rapidamente essa lágrima e, comecei a percorrer o corredor.
O primeiro ano cá em Sidney tinha sido o mais doloroso de passar, pois quando cheguei tive que lidar um o meu pequeno problema que havia trazido de Portugal e, além disso foi no primeiro ano que tive que acabar com os comprimidos e, que comecei a fotografar.
Os três anos que se seguiram foram mais fáceis. O meu pequeno problema já estava resolvido. Tinha-me associado a uma boa galeria, onde expunha as minhas fotografias. Os comprimidos foram deixados para trás. E por muita falta que sentia do Bill, não só já tinha aprendido a lidar com isso como também com o amor que sentia por ele e, que iria sempre sentir. Tinha seguido com a minha vida para a frente, como de certeza ele também o tinha feito.
Quando cheguei ao 8º direito, enfiei a chave na ranhura e abri a porta. Assim que entrei dentro de casa, um cheiro agradável invadiu-me as narinas. Deveriam estar a cozinhar.

Amor, cheguei! – Gritei e, como resposta obtive um grito vindo da varanda do quarto – Quero comer. – Continuei a gritar, enquanto me descalçava e atirava a mala para o sofá. – Importas-te de me vir dar de comer?
Tudo o que a minha menina quiser. – Disse uma voz ao meu ouvido.

Esbocei um largo sorriso e, puxei-o para mim, beijando-o logo de seguida.

Not everybody knows that everybody goes to a better place
And not everybody knows that everybody could be living their lastdays
But the hard times will come, and we'll keep moving on
We're moving on, keep moving on

Life, hope, truth, trust
Faith, pride, love, lust
On without the things we've lost
But things we've gained we'll take with us


 


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