Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 31
Time to Go


Notas iniciais do capítulo

MINHAS FOFINHAS OLÁ E EU ESTOU SUPER HIPER MEGA FELIZ. Ontem foi... ainda nao achei palavras para descrever. Nao fui à sessão porque nao queria perder o lugar na fila, mas para me alegrar fiquei lá à frente nba primeira fila. De frente para o palco todo. Ainda lá gritei umas quantas vezes pelo Georg, enquanto estavam todos em silencio a ouvir o Bill falar, mas o Georg não me viu :'(.
Agora vou me calar xD AAAH nao, durante a noite em que lá dormir conheci uma brasileira que mora cá. Ela era super querida. Mas depois nunca mais a vi quando entrei no pavilhao.
Agora sim vou me calar. ESPERO QUE A VOSSA OPORTUNIDADE DE OS VER CHEGO O QUANTO ANTES. Porque vale a pena, vale mesmo a pena
BEijinhos

Ps: acho que nao vao gostar do capitulo :P



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[Maria Madalena/Lisboa/18 de Dezembro de 2009/Sexta-Feira/14:46H]



MARIA MADALENA! – Alguém gritava aos meus ouvidos.

Eu não queria acordar, pois sabia que a dor de cabeça iria bater bem forte quando o fizesse. Também sabia que, quem estivesse a gritar comigo, pelo seu tom de voz, iria ser uma descasca do pior.

MARIA! Eu não te chamo mais vez nenhuma! – Continuou, fazendo-me acordar definitivamente.
Deixa-me em paz. – Resmunguei ainda ensonada.

Senti ser puxada para fora da cama e, de seguida senti logo uma dor no braço, por ter amparado a queda. No chão, finalmente abri os olhos e, não pude deixar de soltar uma gargalhada. O meu quarto havia sido invadido pelos meus pais e amigos. Sim, até o meu pai estava cá. Soltei mais uma gargalhada, sob o olhar atento de todos eles.
Apenas quando senti uma dor forte na cabeça e, no estômago é que cessei o riso. Levantei-me rapidamente, dirigindo-me até a casa de banho e acabando caída ao lado da sanita a vomitar. Senti-a espasmos agoniantes no estômago, com a força que fazia para vomitar. Só depois de sentir-me mais leve é que voltei ao quarto.
Observei todos os presentes melhor: a minha mãe, o meu pai, a Maria, a R, o Gonçalo e, com umas olheiras enormes, o Pedro. Estavam todos atentos e, não aparentavam só um rosto atento, como também furioso, preocupado e triste. Ri-me outra vez sem qualquer motivo.

Já chega! – Exclamou o meu pai. – Precisamos de falar Maria Madalena.
Posso ter uns minutos? – Perguntei, tentando dirigir-me à cama, acabando por cair neste com uma tontura.
A isso chama-se ressaca. – Disse a minha mãe, abanando a cabeça negativamente. – Vou te buscar um café. – E saiu do quarto.
E um comprimido! – Tentei gritar, mas a dor de cabeça atacou novamente.
Acho melhor deixares o comprimido. – Disse o Pedro a meu lado, baixo de mais para que o meu pai pudesse ouvir.

Não foi preciso muito tempo para que a minha mãe voltasse com uma chávena de café numa das mãos e, uma caixa de comprimidos na outra.
A minha mão deu-me as duas coisas e, sem os meus pais verem meti dois comprimidos à boca e bebi um golo de água. De seguida peguei na chávena de café e comecei a beber.

Então família, contem-me coisas. – Disse forçando um sorriso e, tentando afastar toda a carga negativa que pairava sobre aquele quarto.

Os meus pais lançaram-me um olhar reprovador e, os meus amigos tentaram sorrir. Passava-se algo, definitivamente.

Maria, eu vou passar já ao assunto que me fez apanhar um avião para Portugal e, tentar esquecer o estado em que te encontrei esta manhã. – Disse o meu pai firmemente.

Lancei um olhar ao Pedro, não me lembrando de como tinha ficado. Aliás não me lembrando de nada do que se havia passado depois do quinto copo de vodka. O Pedro sorriu de uma forma reconfortante, fazendo-me ficar mais calma.

Podem chutar. – Disse.
Madalena precisas de… – Começou o meu pai.
Blá blá blá. Eu já ando num psicólogo e, como vêem não resolve nada. – Interrompi-o, não querendo se quer pensar no que ele iria propor. – Aliás eu estou bem. – Falei firmemente, tentando mentir a todos os presentes e, a mim própria.
Maria Madalena, eu e o teu pai só queremos o teu bem! – Exclamou a minha mãe bastante exaltada.
Nós queremos que mudes de ares. – Disse o meu pai calmamente. – O que me dizes?
O que me dizes a ires dar uma curva? – Perguntei, fazendo o meu pai ficar bastante enervado.
Maria… – Avisou-me a minha mae num tom autoritário.
Desculpa pai. – Pedi, apercebendo-me daquilo que acabara de dizer.
Não faz mal. – Resmungou o meu pai. – O que me dizes da Austrália? Sidney?

Estaquei. Sidney? O outro lado do mundo? O outro lado do mundo sem os meus amigos e sem a minha família? Olhei para os meus amigos e, não estavam surpresos. Eles sabiam que a minha família queria me mandar para o outro lado do mundo e, não me haviam dito nada.

Vocês sabiam… disto. Desde quando? – Perguntei, tentando esquecer a garganta que ardia violentamente.
Desde que entraste no psicólogo. – Respondeu a Maria num tom sincero, que me fez ficar ainda com mais raiva de todos eles.
Saiam todos. JÁ! – Gritei enquanto abria a porta, para que todos me pudessem deixar em paz.
Mas… – Começou a R.
AGORA! – Voltei a gritar e, vendo que o Pedro não saía gritei outra vez – TODOS!

Quando todos haviam saído, deixei-me cair sobre a cama, com grossas lágrimas a rolarem pelo rosto.
Eu já ficara sem o Bill, como é que agora me iriam abandonar também? Como é que poderiam que eu seguisse em frente? Era completamente ridículo.
Eu não era uma rapariga de ferro, antes pelo contrário. E agora o único motivo por ainda conseguir aguentar muitas coisas, iria me ser retirado. Os meus amigos, ficaria sem eles.
Dei por mim já com as lágrimas secas e, com os pensamentos muito longe dali. Num mundo onde eu era feliz, com a minha família, os meus amigos e, o meu Bill. Um mundo que me convidava a fechar os olhos e, a poder aproveitar cada momento.
Adormeci. Adormeci no meu mundo encantado, sem tristeza ou desespero.

[19:21]



Pim, acorda. – Senti ser abanada ao de leve por alguém, cuja voz me era bastante familiar.
Madalena, já chega de dormir não? – Outra voz, outro tipo de abanões, muito mais fortes. Um rapaz de certeza.

Com os pés empurrei os lençóis de algodão, para o chão, ficando com o meu corpo exposto ao frio. Tremi instantaneamente. Abri os olhos e, tentei olhar à volta, não obtendo grandes resultados. Levei as mãos à cara e esfreguei os olhos, já obtendo depois uma visão de todo o quarto e, de todas as pessoas que nele estavam presentes.
Eram quatro. Os meus melhores amigos. R, Gonçalo, Pedro e Maria. E estavam todos reunidos à minha volta, a olharem-me muito atentamente.
Com muita calma, levantei-me e sentei-me, preferindo encarar a parede da frente aos meus amigos.

Pedro? – Inquiri, ainda fitando a parede – Os meus pais viram-te aqui de manha?Não, eu saí de madrugada ainda. – Respondeu-me tranquilamente.
Hum… – Soltei um grunhido estranho, continuando a fitar a parede e, não tendo quaisquer motivos para não o fazer.

Eles sabiam da minha suposta viagem a Sidney e, não mo tinham dito. Estava magoada, como é óbvio. Como poderia não estar? Porra, eles tinham de me ter dito, não só pela razão evidente de serem os meus melhores amigos, mas também por ser eu a pessoa em causa.


Maria Madalena. – A R falou com um tom de autoridade patente na voz – Nós podemos te pedir desculpa, mas era para o teu bem! Aliás, nós continuamos a achar que é a melhor coisa que tens a fazer.
Sim Pim, precisas de mudar de ares. Conhecer novas pessoas, ia te fazer bem. – Opinou a Maria.
E nada melhor do que Sidney para o fazeres. – Disse o Gonçalo, com um rosto bastante pensativo. – Talvez te visite, pois há imenso tempo que não vou lá.
Mas e vocês? – Perguntei, já cedendo. – Eu não quero ir propriamente… abandonada. – Parei para respirar fundo – Podiam vir comigo.
Por muito que goste da ideia, eu acho que tens de te afastar de tudo. – Disse o Pedro bastante desmotivado – E quando eu digo tudo… é mesmo tudo. – Apontou para eles os quatro.
Madalena é o melhor! – Exclamou a Maria.
Vou para Sidney se vocês me forem visitar muitas vezes. – Disse, não pensando duas vezes.
FEITO! – Gritaram todos ao mesmo tempo, fazendo-me soltar uma gargalhada bastante sonora.
Vocês querem-me ver mesmo pelas costas. – Disse ainda sorrindo – Pronto ok, convenceram-me.
E vais quando? Mais cedo melhor. – Perguntou-me o Gonçalo.
Sei lá, posso ir comprar o bilhete daqui a nada. Logo se vê. – Disse, começando a prestar uma estranha atenção às unhas.

Ia mudar-me para Sidney? O que podia piorar? Se já tudo estava mal, mais uma coisa não iria alterar muito. O Bill não ia estar comigo. Os meus pais não iam estar comigo. Os meus amigos não iam estar comigo. Pior seria continuar sozinha em Sidney.

Madalena, o teu telemóvel! – Ouvi o Pedro dizer, fazendo-me acordar do transe em que me encontrava.

Levantei-me rapidamente e, dirigi-me até à cómoda branca, onde estava o meu telemóvel. Olhei para o visor e estaquei atordoada.

“Tom Kaulitz Calling”



Comecei a lembrar-me da noite anterior e, recordei-me vagamente de uma conversa que havia tido… ou sonhado, com ele. Sonhei, de certeza.

Não vais atender? – Perguntou-me a R.
Ahn, sim… claro. – Respondo, muito atrapalhadamente.

Carreguei na tecla verde e, levei o telemóvel ao ouvido.

Miúda. – Ouviu, lá do outro lado com um tom de voz cansado.
Tom! – Exclamei pesadamente, fazendo com que todos os meus amigos me olhassem bastante curiosos – Tom. – Repeti mais uma vez, suavemente.
Lembraste de alguma coisa de ontem à noite? – Perguntou-me.
Então não foi um sonho, pois não? – Perguntei-lhe, fazendo-o rir-se do outro lado da linha.
Nem por isso. – Respondeu-me. – Mas ouve, liguei-te pata te pedir uma coisa.
Eu não o consigo esquecer, por isso não me peças isso. – Declarei, já sentido a garganta a arder.
Não miúda, eu não te ia pedir isso. Aliás, eu quero te pedir uma coisa totalmente diferente. – Fez uma pausa e, pude ouvi-lo respirar fundo – Eu estou em Portugal e, queria te pedir que viesse ter comigo para ter-mos uma conversa.

Parei por completo. Será que ele também estava cá? O que é que poderiam estar em Portugal a fazer? Porque é que me estava a ligar agora? Toda a minha cabeça foi invadida por uma série de porque, aos quais eu não tinha qualquer resposta.
O ar começou a falhar-me dentro dos pulmões e, quando percebi que não estava a respirar, voltei a inspirar fortemente, fazendo um barulho estranho.

Ele não está cá. – Ouvi o Tom dizer. – Vens? – Perguntou-me suavemente.
Hum… sim, vou. – Respondi-lhe, já menos nervosa mas mais desiludida.
Estou no Pestana.
Tom antes de ir para aí, tenho de passar por um sítio. – Disse-lhe, pensando que iria comprar o bilhete para Sidney – Vou chegar um pouco mais tarde. Até já.
Adeus!

Desliguei o télemovel e, respirei fundo varias vezes, ainda interiorizando o que havia acabado de se passar.

O Tom Kaulitz está em Portugal e, quer-me ver! – Anunciei para os meus amigos, deixando-me sair logo de seguida na cama, sem qualquer reacção.

But it’s time to go
Cause you’ve been around for so long
Now don’t be a fool just let it go
It’s never too late, oh I know

 


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