Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 3
2º Capitulo


Notas iniciais do capítulo

Bem... como descobri alguem interessado na Miles Apart vou mesmo continuar.



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(Pim / Berlim / 22 de Julho de 2006 / Sábado / 03:46H)

Sim mãe,eu porto-me bem(…) [b]sim, já cheguei a Berlim. Estou só à espera do pai e das minhas malas (…) desculpa não te ter avisado, mas eu pedi a Maria que o fizesse. Paguei o bilhete com o teu cartão porque não sei do meu (…) não pedi ao pai porque já não tinha tempo (…) mãe para! Tenho de ir, quando chegar a Nova Iorque ligo-te. Beijo

Não cheguei a ouvir qualquer resposta que pudesse surgir do outro lado da linha e desliguei o telemóvel, mandando-o directamente para dentro da grande mala vermelha que estava pendurada no meu ombro.

Passados apenas dois ou três minutos, duas malas verdes e grandes começaram a surgir pela passadeira rolante, levando apenas alguns segunda até chegarem ao pé mim.

Comecei depois a minha caminhada pelo aeroporto Tegel, na esperança de poder esbarra com o meu pai. Mas só passados 10 minutos o avistei.

Lá estava ele, de braços abertos como sempre. Corri até ele, não me importando se as minhas malas passassem por cima de alguém, e abracei-o. Sempre tivera uma grande amizade com o meu pai, e já tinha saudades dele.

Oh meu amor, estás tão grande. – Disse-me, afagando-me suavemente a os meus cabelos ruivos.
Pai, tira a mão! Não sou nenhum cão. – Protestei enquanto me afastava dele. – Leva-me para casa, que tenho sono. – Acrescentei, dando-lhe para a mão as minhas malas.
Sim e, tu que não tivesses sono. – Percebi na sua voz que usava um certo tom de sarcasmo, levando-me instantaneamente a sorrir. – Como está a tua mãe? – Perguntou-me, enquanto já nos dirigíamos para o carro.
Bem! Ela vai fazer outro filme lá em Portugal e, já abriu a galeria lá em Lisboa com os seus quadros e esculturas. Passei lá no outro dia … – fiz uma breve pausa para poder entrar dentro do carro – Porque é que saí a ti? Sem qualquer jeito para a arte. Oh, olá Frank. – Disse ao mesmo tempo que esboçava um grande sorriso para o motorista do meu pai.
Olá pequena – saudou-me o Frank.
Não tens jeito para a Arte mas tens jeito para outras coisas – disse o meu pai, abrindo uma revista que estava pelo carro perdida.
É, fazer compras. Mas mudando de assunto. Pai ainda te dás com o Benjamin? – Perguntei ao mesmo tempo que me lembrava da conversa que havia tido com a R na tarde de sexta-feira.
Com qual deles? O Ward, o Ebel ou o Lavender? – Perguntou sem me prestar qualquer atenção.
O Ebel– Respondi
Sim, ainda ontem me ligou a dizer que está cá e que devíamos ir beber um copo – Informou-me, mandando de volta a revista para o banco da frente do carro. – Mas porque esse interesse todo no Ebel?
É que sabes, os Tokio Hotel vão dar um concerto aqui em Berlim e, eu queria muito ir vê-los…
Sim, queres que eu te arranje um bilhete é isso? – Interrogou-me
Não só. Mas sabes outra coisa? Eu gosta muito, mas mesmo muito, de ter um daqueles passes bonitinhos que dão para entrarmos lá no camarim ou o raio c’o parta.
Maria Madalena, tento na língua – Falou num tom autoritário, fazendo-me lembrar a manha anterior
Mas papá podes arranjar? – Perguntei usando o meu melhor sorriso
Se prometeres não te meteres lá com nenhum, posso tentar arranjar alguma coisa para ti .
Claro que não. Eu tenho namorado pai. – Disse-lhe, fazendo-o olhar rapidamente para mim.
O QUÊ? – Perguntou o meu pai um tanto escandalizado – Qual é o seu nome todo?
Não pai, não vais por ninguém a investigá-lo. E pronto!– Finalizei, vendo que ele iria provavelmente começar a discutir.

Foram precisos apenas mais alguns minutos para que chegássemos a casa, duplex enorme situado mesmo no meio de Berlim.Como estava muito cansada da viagem dei um beijo ao meu pai e subi logo para o meu quarto, levando comigo as minhas malas.

Acabei por adormecer vestida em cima da cama, a olhar uma fotografia que havia sido tirada no dia do casamento dos meus pais. Tinha seis anos quando aconteceu a união entre os meus pais, mas depois de quatro anos essa mesma união desfez-se, dando lugar a um divorcio onde meses mais tarde eu viria a escolher um deles para ficar. Acabei por escolher a minha mãe, afinal se ficasse com ela não me teria de despedir de todos aqueles que eu amava.

(9:16H)

Senti uns abanões não muito fortes sobre as minhas costas e, ouvi uma voz falar perto do meu ouvido.

Filha, acorda. Sou eu.
Eu quem?– Murmurei ainda de olhos fechados.
O teu pai!
Ah!– Abri os olhos, mas rapidamente os fechei ao ser atingida pelos raios solares que passavam pela janela. Tentei abri-los novamente e, quando pareciam que já estavam pronto para receber a luz de um novo dia, olhei para o relógio pousado na mesa-de-cabeceira – NOVE HORAS? PAI, NOVA HORAS? É de madrugada! – Protestei, enquanto enfiava a minha cabeça por baixo dos lençóis.
Então não queres saber das novidades não é? Ok. – Ele ia a sair do quarto, quando eu fiz questão de me sentar na ponta da cama, dando um breve suspiro, fazendo-o virar-se para trás e encaminhando-se de novo para a minha cama – Então hoje já tive a falar com o Ebel e, combinámos de ir beber um copo logo à noite com…
Blá blá blá, passa à frente. – Disse-lhe, tentado acelerar toda aquela conversa para que pudesse voltar a dormir.
Então eu arranjei-te um bilhete para o concerto e passe para que possas ir ter com eles depois do concerto lá ao camarim.
BOA! – E pus me aos saltinhos pelo quarto, como se tivesse recebido a melhor noticia do mundo. De facto era.
Pronto, agora tenho de ir trabalhar.– Disse ao mesmo tempo que depositava um pequeno beijo na minha testa, encaminhando-se de seguida para a porta. – Até logo. – E saiu.

Como estava de pé aproveitei de fui fechar os estores, para que pudesse voltar a dormir. Encaminhei-me para a cama e saltei para cima dela, puxei os lençóis para cima e comecei a pensar no que se passaria amanha e, acabei por voltar a adormecer com um enorme sorriso na cara.

(14:57)

Uma guitarra eléctrica fez-me despertar do meu bonito sonho com o Kaulitz mais novo, fazendo-me querer amaldiçoar a pessoa que se estava a atrever a incomodar-me.

(chamada)

Eu dou-te o hallo, dou-te(…)sim, estava a dormir (…) não, com o Bill (…) vá diz-me o que é que queres R (…) Sim, estou bem. (…) Por falar neles, eu vou conhece-los (…) Não grites! Eu vou conhece-los porque o meu pai está mais Natal que sempre (…) Sim, amanha. (…) Sim, vai lá ter com os patetas. Beijinhos (…) eu não te odeio.

E sem mais ter mais sono, levantei-me pronta para ir aproveitar um dia de Verão em Berlim.

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Notas finais do capítulo

Quero saber o que acham. Beijinho



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