Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 28
Not Alone


Notas iniciais do capítulo

Oláááá fofinhas. Eu sei que estou de férias e que devia postar mais vezes, mas não tenho andado com muito tempo. Mas se tudo correr bem esta semana posto capitulos todos os dias, porque para a semana e para a outra vão ficar sem mim. E agora voces pensam "estava a ver que nunca mais" xD Para a semana vou ver os Tokio Hotel, por isso devo de ir para o pavilhao dois dias mais cedo xP e na outra vou para à alemanha e à romenia. Sou uma rapariga de negocios portanto xD
Espero que gostem do capitulo e nao sofram tanto, como eu sofri a escrever.
Beijinhos



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[Bill Kaulitz/ Hamburgo / 10 de Dezembro de 2009 / Quinta-feira / 14]


Bill! Acorda! – Ouvi alguém gritar aos meus ouvidos, enquanto me abanava freneticamente – Dou-te cinco segundos!

Quem poderia ser o atrasado que me vinha acordar? Olhei por entre os lençóis, de olhos meio abertos e, consegui ver. Só podia mesmo ser este parvalhão.

Sai daqui Tom! – Gritei, mandando as almofadas para a sua cara – Quero dormir. – Continuei a gritar.
Bill, já estamos todos no estúdio prontos para gravar. – Disse num tom de voz calmo, que me deu ainda mais vontade de lhe espancar.
Tom… – Comecei a falar, tentando que a raiva não trespassa-se na minha voz –, juro que se não saíres daqui, dentro de dez segundos, eu próprio corto esse ninho de ratos que tens na cabeça! – A minha voz para além de sair ensonada, saía também fria. – 1,2,3,4… - Iniciei a contagem, enfiando-me de novo debaixo dos lençóis.
Apareces lá? – Perguntou-me o meu irmão e, senti-o levantar-se da cama.
Sim! 5,7,9… - Continuei a contar e, quando na minha mente ouvi o número dez, a porta do quarto bateu.

É claro que estava com sono e cansado, pois no dia anterior tinha ficado acordado a escrever musicas… ou a tentar faze-lo. Tudo me fazia lembrar ela, logo as musicas também saíam todas sobre ela. Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela! Ela!

AAAAAAAAAH! – Gritei de raiva, batendo com os braços na cama e tentando afastar o pensamento dela.

Porque razão ela não me saía da cabeça? Eu podia amá-la como nunca tinha amado ninguém, mas isso não era motivo para ter de estar sempre a pensar nela, nos seus lindos cabelos vermelhos, nos olhos azuis, no seu rosto, em tudo. FUCK! Eu também amava o meu irmão e, até mais que ela, no entanto eu não estava sempre a pensar nele, no seu ninho de ratos, na telepatia que tinha comigo e nos seus olhos, que eram também os meus. FUCK! FUCK!
Quando dei por mim, estava de novo a adormecer e, como é obvio… a pensar nela.

**[16:12]**



Tinha acordado a apenas alguns minutos, mas já andava de pé à procura de alguma comida e a tentar não pensar nela.
Na cozinha havia de tudo, menos comida. Ri-me com isso, mas logo parei quando ouvi o meu estômago a roncar. À vários dias que já não comia nada de jeito e, por muito que o meu irmão tentasse que eu comesse melhor eu não conseguia.
Hoje a fome apareceu e, com força! Comecei a percorrer os corredores, tendo como destino o estúdio e, pedindo por tudo que lá houvesse comida. No caminho para lá, comecei a ouvir risos altos. Certamente eram eles, mas isso queria dizer que iriam me chatear por não chegar a horas para gravar.
Abri a porta lentamente e espreitei lá para dentro, acabando por ser revelado, devido ao meu enorme e desgrenhado cabelo. Jurei mentalmente que o iria rapar. Forcei um sorriso para os três presentes e, fui logo recebido com três sorrisos muito mais felizes e sinceros. Estranhei rapidamente, até porque quando me viram pararam logo de conversar.

O que é que se passa? – Perguntei entrando no estúdio e dirigindo-me à mesa grande da ponta.
Nada. – Ouvi os três dizerem em coro.
Vocês é que sabem. – Murmurei para mim, trazendo uma caixa de pizza e sentando-me ao pé deles.

Quando me sentei olhei para eles muito atentamente, enquanto comia. Não paravam de soltar sorrisos indiscretos e, de olharem para mim. Estranhei ainda mais, mas não me apeteceu ligar. Se tinham alguma coisa para me dizerem, mais tarde ou mais cedo teriam de o fazer.
Continuei a comer, mas a uma dada altura farte-me de tantos sorrisinhos e mandei a caixa de pizza de volta para a mesa, para depois os olhar.

Preferem que eu faça uma birra para me contarem o que se passa, ou ir-me embora de mau humor dá vos mais jeito? – Perguntei, fazendo-os para de rir abruptamente.

Todos me olharam espantados e, como não estava com a mínima paciência para fazer birra, levantei-me e saí, voltando para o quarto, de onde devia ter saído.
Foram precisos apenas alguns segundos para que os três aparecessem no meu quarto, entrando por ele a dentro como se fosse o seu próprio quarto.

Puto, andas muito irritadiço! – Disse o Hobbit, enquanto se sentava no sofá. – Peace and Love! – Gritou, mandando os braços para o ar e desmanchando-se a rir, o que fez com que o Gustav e o Tom o fizessem também.

Olhei-os seriamente e, ao contrário deles eu não estava a achar piada. Não pelo meu mau humor andar negro, mas porque eles não me estavam a respeitar minimamente. Parecia que se riam na minha cara e, isso eu ano admitia.

Se querem rir vão para outro lado sff. – Pedi secamente – Georg, o peace and love é um mito! – Acrescentei e, vendo que já tinham parado de rir, forcei um sorriso amarelo.
Bill comporta-te! – Ordenou o Tom, com uma certa arrogância na voz.
Nós queremos falar contigo. – Disse o Gustav calmamente, não ligando à troca de olhares entre mime o Bill.
Agora já querem falar, é? – Perguntei, lembrando-me dos minutos anteriores. O Tom olhou-me ferozmente e, por momentos dei o braço a torcer – Digam lá, mas depois deixem-me em paz.
Nós estivemos a falar com a produção e a Universal e, disseram-nos que… – Começou o Georg.
…se fizermos versões das músicas em inglês, temos bastantes hipóteses… – Interrompeu o Gustav.
…de conquistar as Américas! E quem sabe a Ásia e a Austrália. – Finalizou o Tom, com um grande sorriso e, por momentos quase fiquei feliz.
Escrevi músicas novas. – Disse, não dando sequer importância ao assunto.

De que é que servia ter o mundo aos meus pés, se não podia partilhar isso com ela?
Todos me olharam e, perceberam que não tinha ficado entusiasmado como eles. Podia ser o meu sonho desde à altura em que comecei a cantar, mas agora já não fazia sentido.

Então Bill, onde está a excitação? Os foguetes? Nós vamos à conquista de novos continentes. – Disse o Tom muito alegre.
Fixe. – Eu queria partilhar essa mesma alegria com o meu irmão. A pessoa que esteve sempre a meu lado e, que sempre sonhou com aquilo como eu. Mas eu não conseguia.
Esqueçam, ele hoje está com a neura. – Gozou o Tom, fazendo-mo olhá-lo furiosamente, enquanto o Tom lhe dava um pontapé e o Gustav uma cotovelada. – Que é? – Ouvi ele perguntar aos outros baixinho. – É verdade!

Tinha sido a gota de água! Eu podia não estar com disposição para conquistar o mundo, mas o Georg também não podia falar comigo assim. Nem o Georg, nem ninguém. Está bem, eu não estava a ser pêra doce, mas eles também podiam ter paciência. Pois, a minha já se tinha ido à muito.

Epá, sabem que mais? – Perguntei furioso levantando-me da cama, enquanto pensava duas vezes naquilo que iria dizer. – Arranjem um novo vocalista, pois eu já estou farto! – Gritei.

Foram me lançados três olhares espantados e, ao mesmo tempo atónicos. Eu próprio estava espantado com aquilo que acabara de dizer.

TU ESTÁS MALUCO? – Perguntou o Tom, gritando. Pude sentir a raiva a nascer dentro dele, o que fez com que eu também a ficasse a sentir - SÓ PODES ESTAR! – Continuo a gritar, empurrando-me de volta para a cama.
E QUEM JULGAS QUE ÉS PARA ME ESTAR A EMPURRAR E, A GRITAR COMIGO? – Perguntei gritando, enquanto o empurrava também, mas contra a parede.
O TEU IRMÃO GÉMEO! – Respondeu no mesmo tom, agarrando nos meus pulsos, incapacitando-me.
LARGA-ME! ESTÁS A MAGOAR-ME CABRÃO! – Continuei a gritar, tentando com que o Tom largasse os meus pulsos. – EU ODEIO-TE! – As lágrimas vieram-me aos olhos e, senti ser abraçado fortemente pelo Tom – Larga-me. – Disse num tom de voz que eu próprio quase não consegui ouvir. – Larga-me – Finalizei enquanto as lágrimas me caíam dos olhos e, dando murros no peito do meu irmão.

Quando dei por mim, estava a descair sobre os braços do Tom, quebrando a promessa que tinha feito no mês passado, a promessa que nunca mais iria chorar por ela, muito menos à frente do meu Tom.
Abracei-o e não só senti lágrimas a caírem-me pelo rosto, como também pelos ombros ainda nus. Ele estava mal, porque eu estava mal. E pior que a dor que sentia em relação a ela, era a dor que sentia ao saber que o meu Tom também estava a sofrer. Eu era um invejoso, por querer saber só de mim e, naquele momento desejei poder morrer.
Senti ser abraçado por mais dois pares de braços e, aí percebi que nunca iria estar sozinho. Iria ter sempre o meu irmão e os meus melhores amigos a meu lado.

Bill… nós precisamos de ti… eu preciso de ti! – Disse o Tom, num tom de voz quase inaudível. – Por favor. – Murmurou ao meu ouvido.
Sim Kaulitz, nós não somos nós sem ti. – Pude ouvir o Gustav dizer muito firmemente.
Desculpa Bill. – Pediu o Georg bastante afectado. – Ficas não ficas?

Afastei-me deles e, olhei-os nos olhos. Nesse mesmo momento soube logo a minha resposta.

Eu…

Life is getting harder day by day
And I don't know what to do, what to say, yeah
And my mind is growing weak every step I take
So uncontrolable now they think I'm fake, yeah
'Cause I'm not alone, no no no
But I'm not alone, no no no
Not alone

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Notas finais do capítulo

quem mandar reviews eu prometo que para a semana envio para vossa casa um pote com gafanhotos do Bill xD LOOOL



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