Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 23
Goodbye My Lover


Notas iniciais do capítulo

Gente fofinha... Agora daqui para a frente se houver comentarios posso postar duas vezes por dia, porque os testes acabaram Finalmente! AAAAh e mais uma coisa... hoje quando re-li este capitulo, acabei por chorar. É tão triste. Espero que gostem



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(Pim / Aeroporto da Portela, Lisboa / 11 de Agosto de 2009 / terça-feira / 22:35)


Todos se olhavam, com a expectativa que alguém desse o primeiro passo e se aproximasse de nós.
Sem aviso prévio a minha mãe encurtou o espaço que existia entre nós com duas longas passadas, abraçando-me logo de seguida enquanto grossas lágrimas brotavam do seu rosto. Pelo canto do olho, pude ver a D. Simone e o Tom a abraçarem o Bill.
Não conseguia largar a sua mão, pois sabia que seria mesmo o fim. E, por enquanto não queria ter que passar por isso. Quanto mais tempo em contacto com ele, melhor. Muito melhor.
De seguida o meu pai, afastou suavemente a minha mãe para me poder abraçar também.

Ai Madalena nem sabes no estado em que me puseste. Pensava que nunca mais te iria voltar a ver. – Disse a minha mãe, com as suas suaves mãos nos olhos, limpando-os das lágrimas que ainda insistiam em brotar.

A minha atenção, por momentos, descaiu sobre o Bill e a sua família. Todos abraçavam o Bill, tornando a tarefa de me segurar a mão, bastante difícil. Voltei a prestar atenção à minha família.

Sim mãe, eu agora estou. Não precisas de te preocupar mais. – Disse, com uma voz bastante débil.
Juro Pim! Se me fazes mais alguma destas, eu esfolo-te viva. – A R aproximou-se de mim falando e abraçando-me apertadamente.

Depois de muitos abraços e beijos, olhei para o relógio pregado na parede à minha frente e, reparei que o Bill voltaria a embarcar rumo à Alemanha dentro de apenas uma hora. Iria existir apenas mais uma hora. Uma hora que em relação a 3 anos não era nada.
Sem querer deixei cair uma lágrima pelo rosto a baixo, chamando a atenção de todos, mas apenas o Bill me tentou alcançar muito alarmado.

Por favor Maria Madalena. É o melhor para nós. – Pegou no meu rosto e, beijou suavemente a testa.

Por entre olhares indiscretos e confusos, tivemos que nos despedir. Estava na nossa hora.
Para além de toda a dor que estava a sentir dentro de mim, também a dor do Bill não me era alheia. As saudades também já estavam estampadas em ambos os nossos rostos.
Deixei cair mais uma lágrima, que foi rapidamente seguida por muitas outras. E sendo discreta, para que não fosse preciso ninguém me ver naquele estado lastimável, enterrei a cabeça no peito do Bill. Não resultou, pois todos os olhos ainda se fixavam em mim e no Bill, fazendo-os ver as lágrimas que brotavam violentamente pelos meus olhos. A dor que estava a sentir só me fazia querer chorar e, se possível agarrada ao peito do Bill.
Ninguém se atrevera a soltar qualquer comentário sobre aquela pequena cena que eu e o Bill estávamos a fazer. Eles não compreendiam, ninguém compreendia. Não era uma situação agradável, nem de se ver, muito menos de se sentir.
Quando dei por isso, os braços do Bill estavam entrelaçados nas minhas costas e os meus braços em volta das suas e, não querendo largá-lo por nada, apertei-o ainda mais contra mim.

Meninos, temos que ir. – Disse uma voz em alemão que eu não reconheci, muito perto de mim.

NÃO! Queria gritar que não, que não iria conseguir sequer pensar numa vida sem o Bill. Queria poder pegar nele e, levá-lo de nosso para a ilha. Aí sim poderíamos ser felizes, sem qualquer tipo de impedimento com a fama do Bill e a diferença de km entre a minha casa em Portugal e a casa dele na Alemanha. Queria simplesmente continuar a ser feliz, como o era naquela ilha perdida no meio do oceano atlântico. Isso seria pedir muito? Eu tinha eu teoria há cerca disso. Como tinham sido os melhores três anos que alguma pessoa poderia alguma vez ter, agora tinham acabado pois estava na altura de outra pessoas poderem ser felizes.
O meu mundo estava a desabar e, o meu coração estava a ir pelo mesmo caminho. Não o podia deixar ir, não depois daqueles três anos a seu lado, eu não podia nem queria. Era contra todas as regras e leis e tudo. Uma pessoa não podia estar a sofrer daquela maneira, era desumano.
Abracei-me com toda a força que tinha ao seu corpo, que já por si era fraco, e sem qualquer vergonha, chorei. Chorei como nunca tinha feito chorado em toda a minha vida, nem mesmo quando os meus pais se haviam separado. E mesmo sabendo que não podia estar assim, pelo Bill, a dor do coração era tão grande que não me importei com mais nada, a não ser expulsar as lágrimas que se formavam nos meus olhos, em maior intensidade a cada momento que passava.
Ele começou a afastar-se lentamente de mim, olhando para os meus olhos, que agora se encontravam bastante vermelhos.

Não chores, por favor. – Disse numa voz abatida e muito fraca.
Mas tu vais… embora e… eu vou ficar… cá – Disse entre soluços. – Eu não quero… por…favor. – Implorei.

Ele olhou-me nos olhos e, pude ver que os seus estavam com uma expressão magoada. Sabia perfeitamente que não podia pedir que tinha acabado de pedir. Eu sabia que isso iria o magoar muito, pois era o que ele mais queria, mas não o podia. Sabia que a resposta negativa também me iria magoar a mim. Sabia que eu não iria aguentar. Eu era fraca, sem o Bill.

Eu irei amar-te para sempre. – Fez uma pausa para reforçar a sua voz. – Sabes disso, não sabes? – Esforcei-me para abanar a minha cabeça em sinal positivo. – Então pronto.
Então pronto nada Bill Kaulitz! – Quase gritei e, só não o fiz por não conseguir. – Tu estás aí como se nada fosse. Como se pudéssemos ter um “happy end forever”. Acorda para a vida! – Afastei-me dosseus braços abruptamente, ao mesmo tempo que elevava o tom de voz. – O famoso “happy end forever” só existe nos filmes e, como podes ver isto é nada mais, nada menos do que a realidade.
Quem te disse? – Perguntou também já exaltado – Han? Como podes ter tanta certeza de tudo o que se irá passar no futuro? Acorda tu também para a vida. Não sabes o que se irá passar amanha, nem para a semana, muito menos para o ano.
Hey acalmem-se! – Disse o Tom ao nosso lado, bastante surpreendido.
NÃO TE METAS! – Gritei eu e o Bill para ele, ao mesmo tempo, num alemão perfeito.
Vocês precisam de espaço. – Interveio a R, enquanto já levava todo o publico lá para fora.

Esperei alguns momentos, para que todos pudessem sair e, quando já estavam todos na rua virei-me novamente para o Bill.

Desculpa. - Pediu-me, antes mesmo de lhe dizer alguma coisa.
Nã’ faz mal, desculpa-me a mim também. – Baixei a cabeça, preferindo fitar o chão. – Somos uns palermas. – Acabei por dizer, soltando depois uma gargalhada enquanto revia toda a discussão na minha cabeça.
Palermas é favor! – Olhei para ele e, pude ver que também sorria.

Aproximou-se de mim abraçando-me sem qualquer aviso prévio e, eu deixei-me ir, sorrindo ao sentir o seu toque sobre a minha pele.

Vou ter saudades tuas Maria Madalena. – Disse o Bill, ainda agarrado a mim.
Eu também Bill. – Fiz uma pausa e arrisquei fazer a pergunta que tinha deixado para a última da hora, pois o medo da sua resposta era enorme. – Posso… ligar? – Perguntei a medo.

Ele voltou-se a afastar de mim, não era bom sinal. Os seus braços descaíram ao lado do seu corpo e, o seu rosto que antes exibia um pequeno sorriso, agora exibia um ar angustiado.

É melhor… não. – Disse roucamente.
Percebo. – Disse, forçando um sorriso.

Na realidade eu não percebia. Porque acabar com tudo tão radicalmente? Porque? Uma coisa era podermos estar juntos como namorados ou até mesmo amigos, outra totalmente diferente, era cortar com todo o contacto que existia entre nós.
Ele não podia simplesmente pensar que depois de três anos a conviver com ele todos os dias, de um momento para o outro já nem sequer podia ouvir a sua voz de vez em quando. Mesmo a milhares de km de distancia. Era totalmente descabido!

Bill… – Tinha acabado de assumir uma atitude de súplica – Eu posso ir viver com o meu pai e…
Pim, não! - Disse já chateado – Como é que irias ficar quando eu não pudesse ir ter contigo, por causa de entrevistas… ou pior, o que irias dizer aos teus amigos que estão cá.

Assenti com a cabeça e, forcei um sorriso. Ele podia até ter razão, só que no meu interior nada disso fazia sentido. A única coisa que fazia sentido era que eu amava o Bill e queria-o a meu lado.

Acho que está na hora de irmos. – Disse eu, enquanto me afastava de si.
Sim.

Lancei-lhe um sorriso fraco e pus-me a seu lado, de frente para a porta que nos iria separar para sempre. Senti a sua mão pegar na minha, apertando-a fortemente. O seu toque deu-me força e coragem para seguir em frente.

Preparada? – Perguntou-me, não desviando os seus olhos da porta.
Nem por isso. – E por uma última vez, permiti-me olhar para o rapaz que eu amava e que ia deixar, sem qualquer luta.

“Goodbye my lover.
Goodbye my friend.
You have been the one.

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Notas finais do capítulo

.... reviews? ....



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