Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 22
Take My Hand


Notas iniciais do capítulo

Nhéééééé, não devia estar a postar um capitulo novo porque tenho teste de alemao amanha... mas é que voces sao taoooooooo fofinhas Obrigada por gostarem e comentarem... é  só por voces que continuo a postar, espero é que nao me queiram matar. Beijinhos



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(Pim / Num avião, algures no meio do Oceano Atlântico / 11 de Agosto de 2009 / terça-feira / 20:15)




Eu e o Bill tínhamos sido acordados com leves batidas na porta, por volta das oito da manhã e, a partir desse momento tudo se passou muito rapidamente. Desde a chegada do barco ao Rio de Janeiro, onde fiz questão de me despedir do Comandante que me voltou a reconfortar com as suas palavras, até à minha entrada no avião com o Bill. Eu e ele não havíamos ainda trocado uma única palavra desde a nossa noite passada.
Já só restava apenas mais uma hora para aterrarmos no aeroporto da Portela, em Lisboa.
Agarrei fortemente na sua mão, fazendo-o olhar para mim e, ver-me com os olhos inundados de lágrimas.

Não é altura para chorares. – Disse numa voz quase inaudível e, com uma amostra de sorriso. Este não era o meu/seu sorriso.

Como viu que eu não tinha ligado às suas palavras, pegou no meu rosto com ambas as suas mãos e, beijou-me suavemente na testa.

Por favor. – Pediu e, no seu tom de voz pude ver que a súplica estava presente.
E se nunca mais nos virmos? E se quando eu te perder, perceber que foi um grande erro? E se tu te apaixonares por outra rapariga? Ou se mesmo… tu me esqueceres? – Falei muito rapidamente e, em tom alto. Mas na última parte baixei o tom de voz e falei muito debilmente.

Esse era o meu maior medo: ele esquecer-se de mim. Era ainda maior do que o medo que eu tinha dele arranjar uma nova namorada. Pensar que ele alguma vez me pudesse esquecer, fazia-me pensar nas maiores atrocidades para fazer comigo… ou com ela.
Neste momento já me encontrava a desabar por dentro e, não estava a gostar mesmo nada dessa sensação. Fazia-me querer arrancar o coração, na esperança que a dor física doesse menos.

Madalena… – O seu tom de súplica continuava patente na sua voz.
Responde-me. – Falei agressivamente.
Talvez é melhor não nos vermos por enquanto, talvez um dia mais tarde, quem sabe. Não, não vai ser um erro, ambos sabemos que é o melhor que temos a fazer. – Fez uma pausa, enquanto me acariciava suavemente o rosto. – Se eu me apaixonar por uma outra rapariga, fica já a saber que nunca vou gostar dela, nem mesmo metade, de como eu gostava de ti. – Fez uma outra pausa para engolir em seco. – E eu posso não saber o dia de amanha, mas eu nunca te hei-de esquecer. O meu coração nunca o permitiria.
Ainda mesmo agora me disses-te que não sabias o dia de amanhã. Para a semana não sabes se o teu coração não começa a bater por outra. – Disse-lhe secamente.
Para mim não foram certamente três anos de brincadeira. – Falou sinceramente, enquanto se sentava de frente, mas ainda segurando na minha mão com a sua. – Para ti foram?
Sabes bem que não. – Respondi verdadeiramente e, demos por terminado o assunto.

A minha cabeça começou a trabalhar a 100 à hora, pensando naquilo que ele acabara de dizer. É claro que não tinham sido três anos de brincadeira, se tivessem sido, não existia a dor no meu peito. A dor que me fazia querer chorar, ou até mesmo chorar. A dor que eu sabia estar a matar-me, literalmente, por dentro.
Talvez a ideia de arrancar o coração não fosse má de todo, se não o tivesse certamente que não podia viver, mas certamente que não iria haver mais dor.
Com a cabeça a divagar por campos longínquos, onde a felicidade existia para todos, adormeci com a cabeça encostada no ombro do Bill.

***



Bill Kaulitz com nova namorada! – Lia numa revista de mexericos. Não podia acreditar no que acabara de ler, não podia se verdade. E, com as lágrimas a caírem-me pelo rosto, abri a revista e comecei a ler.

“Ela é loira, ela é bonita e, ela é a nova namorada do Bill. O casal foi visto a passear, numa tarde solarenga, pelas ruas de Berlim. Ao que parece, fontes seguras, o cantor da banda alemã mais conhecida do mundo, esqueceu a rapariga por quem se apaixonou quando ambos caíram numa ilha deserta. E para provar isso, no sábado passado, o Kaulitz mais novo pediu em casamento a sua namorada. Amigos próximos do casal chegaram mesmo a afirmar que Bill “nunca esteve tão feliz como agora”…”

Não consegui acabar de ler a noticia e, varias lágrimas começaram a cair pelo rosto, de uma forma bastante violenta. Isto não podia estar a acontecer. Não! Não! NÃO!

NÃOOOOOO! – Gritei desesperadamente, enquanto grossas lágrimas brotavam dos meus olhos.

Tinha sido apenas um sonho, um sonho não, um pesadelo. E a confirmação disso é que tinha o Bill ao meu lado a tentar acalmar-me, acariciando suavemente o alto da minha cabeça e, murmurando palavras para me acalmarem.
Por breves momentos deixei-me ser acalmada por ele, mas depois mandei a calma à fava e beijei-o fugazmente.
O beijo foi rapidamente correspondido por ele, mas também rapidamente interrompido por aquela voz que eu não queria ouvir, a voz que dizia estarmos a aterrar e, que dentro de breves instantes nos iríamos separar.
Começamos a afastar-nos lentamente um do outro e, quando nos olhámos nos olhos pudemos ver que ambos tínhamos a tristeza e a dor estampada no rosto.
Apertámos o cinto, poucos momentos depois aterrámos e, não pude deixar de evitar que uma pequena lágrima brotasse do meu rosto. Com a mão que não segurava na do Bill, limpei rapidamente essa pequena e solitária lágrima, pois precisava de ser forte. Por mim, mas acima de tudo pelo Bill. Apertei fortemente a mão Bill.
Tudo o que se passou a seguir foi estranhamente muito melancólico. Saímos do avião, fomos buscar as malas e, agora encontrávamo-nos sentados numa sala para onde nos tinham mandado, pois muitos jornalistas já haviam descoberto que chegávamos hoje e, estavam de plantão lá fora.
Estávamos também à espera da nossa família, pelo que nos haviam dito já estavam todos à nossa espera: os meus pais, a R, os restantes elementos dos Tokio Hotel, a mãe e o padrasto do Bill e, mais algumas pessoas, incluindo seguranças.
Fitei-o suavemente e, pude ver que ele olhava o vazio com uma expressão desolada no rosto. Queria chorar e, pedir-lhe, se não mesmo implorar-lhe, que não me deixasse, que o amava acima de tudo e que preferia morrer a ficar sem ele. Mas tudo isso não passaram de pensamentos, pois na altura em que me ia começar a exprimir, a porta que estava a nossa frente, começara-se a abrir. E todas as pessoas que eu mencionara antes estavam agora a entrar pela sala a dentro, fazendo-me agarrar ainda mais a mão do Bill.
A minha mae vinha de mão dada à R, as duas a chorar, de alegria supus eu. A mae do Bill também chorava agarrada ao seu filho mais velhos, Tom, que vinha com um enorme sorriso nos lábios e, uma pequena lágrima no canto do olhos. Depois destes quatro entrarem, foi a vez do Gustav, do Georg, do meu pai e do Jost entrarem, todos com um sorriso de orelha a orelha na cara.
Por instantes permiti-me soltar um pequeno sorriso aos presentes. Olhei para o Bill e, ele também sorria. Não aquele seu sorriso genuíno, o meu sorriso, mas um sorriso que me permitiu ver que estava feliz por estar de volta para junto dos seus familiares e amigos, mas acima por poder estar de novo com o seu gémeo. A sua metade.

“Take my hand tonight
Let's not think about tomorrow
Take my hand tonight
We can find some place to go
Cause our hearts are locked forever
And our love will never die
Take my hand tonight one last time

Close your eyes and please don’t let me go
Don't, don't, don't let me go now
Close your eyes and don´t let me let you go
Don't, don't, don't”

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Notas finais do capítulo

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