Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 14
I Love You Too


Notas iniciais do capítulo

Ooooh, o titulo do capitulo da logo a entender a coisa toda :P



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(Pim / Algures no meio do Oceano Atlântico / 8 de Julho de 2006 / Sábado / 15:11H)

“Até que enfim. Queres que eu comece por onde? – Perguntou, agora exibindo um rosto sério.
Pelo fim Bill. – Revirei os olhos, dando ênfase ao sarcasmo patente na minha voz.”


Ok. Pelo inicio que seja. – Ele riu-se e, depois de um breve suspiro começou a falar calmamente – Naquela noite em que te vi pela primeira vez foi se todos os laços de amizade e amor que existiam dentro de mim, deixassem de fazer sentido. Sabia apenas que um novo laço de paixão ou quiçá amor, estava a nascer dentro de mim. - Não consegui deixar de sorrir abertamente, com tal afirmação – E naquelas horas em que tiveste lá comecei mesmo a passar-me com o meu subconsciente. Por um lado dizia-me para ficar calado no meu canto e ignorar-te, por outro dizia-me que devesse ir ter contigo e tentar descobrir tudo acerca de ti. Acho que já sabes qual foi a parte que escolhi até hoje. Está bem que já me apaixonei antes, só que… – nesta parte tive de intervir.
Tu estás apaixonado por mim? – Perguntei assumindo uma expressão de espanto e felicidade, ao mesmo tempo.
Não me interrompas. – Disse, não se importando sequer de me responder.
Desculpa. – Pedi e, baixei o rosto até ao chão.
Continuando – parou para poder me levantar o rosto com ambas as suas mãos, obrigando-me assim a encará-lo –, eu já me tinha apaixonado antes, mas nunca tinha batido tão forte como desta vez. Bem, passei a noite toda desse dia a pensar em ti e, o dia. – Acrescentou sorrindo – E ficar sem ver a tua cara irritante, fez-me mesmo começar a passar-me. Tenho mesmo de admitir que não dormir, só porque estava demasiado embrenhado nos pensamentos que havia formado sobre ti. E cheguei mesmo a achar-me ridículo por causa de tudo isso. – Pude vê-lo a esboçar um tímido sorriso – Depois o dia passou, e o teu pai ligou para o Jost a perguntar se tu poderias ir comigo até a Nova Iorque. – Fez uma pausa para respirar fundo – Quando mo disseram só me faltou mesmo chorar de felicidade. Desde que nos despenhamos aqui tenho andado a tentar expressar o que sentia por ti, mas essa tarefa revelou-se um pouco complicada. Eu também começo a achar que somos incompatíveis, consegues ser um pouco difícil ás vezes. – Acrescentou, fazendo-nos rir aos dois.
Eu? Que lata. – Dei-lhe um soco sem qualquer força no braço – Já que estamos numa de admitir coisa, explica-me o porque de me tratares mal. – Pedi sinceramente e, com medo da resposta.
Talvez por não querer admitir a mim próprio, o que estava a nascer cá dentro – apontou para o seu coração –, por ti. Então achei melhor tratar-te abaixo de cão para ver se todo este novo sentimento não passava de uma mera atracão.
E não passa de uma mera atracção? – Perguntei a medo, não querendo sofrer nenhuma desilusão.
Madalena, acabei de dizer que estou apaixonado por ti e, tu no final só perguntas se é uma mera atracção? – Perguntou, rindo-se e voltando a pegar no meu rosto com as suas mãos.
Desculpa. – Pedi num sussurro, que eu própria quase nem ouvi.

Olhei para os seus olhos castanhos hipnotizantes e, bloqueie por completo. Todas as minhas dúvidas e incertezas tinham acabado de se extinguir, tinha a plena certeza que ele era o rapaz por quem eu estava completamente apaixonada.

Mas agora existia apenas uma pequena duvida: o que iria acontecer depois de todas estas afirmações? Continuávamos como antes, como cão e gato? Começávamos uma amizade? Ou algo mais? Ele pareceu conseguir ler parte dos meus pensamentos e, lentamente, começou a aproximar-se de mim.

Em apenas uma fracção de segundo, o tempo para eu poder fechar os olhos, os seus finos lábios moldaram-se perfeitamente aos meus, como duas partes de uma só coisa. Foi um beijo simples, literalmente. Pois todo o beijo transportou o amor que sentíamos um pelo outro e, que pela dimensão dos nossos sentimentos, podíamos admitir que não era apenas mais uma paixão, era sem duvida amor. Amor não só bastante verdadeiro, como também bastante especial.

Depois daquele primeiro beijo, muitos outros se seguiram, acabando connosco deitados sobre a pedra fria, a aproveitar todos os segundos e minutos que nós tínhamos. Mas devido à nossa pequena situação, ainda teríamos muito para aproveitar, ou quem sabe teríamos o resto das nossas vidas.


(19:03)

Madalena. – Disse o Bill, ao fim de varias horas. Afastou-se ligeiramente de mim, pondo-se de lado a olhar para o meu rosto.
Diz. – Disse.
Tu tens o Pedro, eu tenho os Tokio hotel e nós temos países diferentes… – começou ele, mas acabou por deixar a voz extinguir-se ao longo da frase.
Como é que sabes que eu não vivo na Alemanha? – Perguntei-lhe, relembrando de trás para frente todas as conversas que havia tido com ele e, ao pé dele.
Tu disseste-me. – Disse ele atrapalhadamente.
Não, não disse. – Falei num tom ainda confuso, tentado me lembrar se alguma vez o teria dito. Mas não, nada. Nunca lhe havia contado que não morava na Alemanha.
Ok, não disseste. Eu fiz uma pequena pesquisa na Internet na manhã a seguir à noite em que te conheci. – Confessou ele um tanto ou quanto envergonhado.
E o que é que descobriste mais sobre mim? – Perguntei-lhe sorrindo.
Ah, nada de especial. Moravas em Portugal, num apartamento em Lisboa. Tinhas um grupo de quatro amigos, um deles o teu namorado. Já criaste alguns problemas aos teus pais. – Disse, tentando não demonstrar qualquer interessa pelo que dizia. – Mas como eu estava a dizer, nós não funcionamos separados. – Disse, mudando de assunto.
Han? – Agora sim estava realmente confusa.
Eu pelo menos não me vejo sem ti – disse descontraidamente, parecendo tratar-se de um assunto banal do seu dia-a-dia -, mas também não te vejo a largar tudo o que tens em Portugal por mim e, sinceramente, uma relação à distancia não resulta. – Acrescentou no mesmo tom de voz.
Relação? Nós temos uma relação? – Perguntei surpreendida, pela positiva é claro.
Não temos? – Inquiriu, levantando-se, para assim ficar de pé.
Eu não sei de nada. – Ri-me.
Então espera. – Pediu, enquanto se dirigia a uma das suas malas pretas de viagem, começando a remexe-la.

Momentos depois voltou até mim, trazendo consigo uma pequena caixa azul de veludo na mão. Sentou ao meu lado e, colocou a caixinha num dos seus joelhos.

Sei que não é muito, mas é para te lembrares sempre de mim. – Disse, sorrindo.

Abri aquela pequena caixa azul e, fiquei espantada por uma coisa tão pequena poder ser tão linda. Lá dentro havia uma fina pulseira, que eu deduzi ser de ouro branco pelo peso, com um pequenas pedras de um tom esverdeado e bonito. Tinha de admitir que as jóias nunca me haviam interessado, mas aquela pequena preciosidade era a mais bela pulseira que alguma vez tinha visto.

Gostaste? – Perguntou me o Bill, num tom curioso e ansioso, enquanto a tirava da caixa. – São esmeraldas. E, era da minha avó.

Abanei a cabeça negativamente, ainda de olhos postos na pulseira.

Então? – Perguntou esbugalhando os olhos, eu ri-me da sua expressão e apressei-me a acalma-lo.
Amei. – Sorri para ele. – Mas não posso aceitar. Era da tua avó
É claro que podes. – Disse calmamente.

Com a mão que tinha livre da pulseira, pegou na minha outra mão direita e levou-a até aos sues lábios, onde depositou vários beijos bastante doces.

Madale…
Bill Kaulitz. – Interrompi-o severamente, rindo logo de seguida.
Pim, desculpa. – Pediu, sorrindo – Pim, queres ser a minha namorada? – perguntou o Bill com um sorriso de felicidade e esperança na cara.

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Notas finais do capítulo

Obrigado a todas as fofinhas que tem comentado



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