Miles Apart escrita por rutepim


Capítulo 11
Falling in Love


Notas iniciais do capítulo

tantantantan. E é isto, espero que gostem. Estão a ver o titulo do capitulo? Ahhhh pois é, tirem as vossas conclusoes xP



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/61411/chapter/11

(Pim / Algures no meio do Oceano Atlântico / 25 de Junho de 2006 / Terça-Feira / 21:53H)

Senti ele aproximar-se de mim e, corei ainda mais. Sem dar por isso ele colocou a sua mão no meu queixo para fazer-me olhá-lo nos olhos. Estava simplesmente lindo, os seus cabelos pretos esvoaçavam, devido à brisa da noite que insistia entrar pela caverna, o seu rosto, sem maquilhagem, estava iluminado pela luz proveniente da fogueira. Eu não podia negar: ele parecia perfeito.

Sorriu-me abertamente e, juntou mais a sua cara à minha. Com os braços livres tentei-o afastar-se de mim, empurrando-o. Ele impediu-me, colocando as suas mãos em volta dos meus ombros, puxando-me ainda mais para junto de si. Voltou a colocar a sua mão no meu queixo e, colou a sua boca à minha.

Eu acho que… – tentei dizer, mas fui rapidamente interrompida por um suave beijo.

Ao princípio debati-me sobre ele, mas rapidamente deixei tudo acontecer. As minhas mãos voaram para a sua nuca, puxando-o mais para mim. Queria poder exprimir tudo aquilo que sentia naquele simples beijos, queria poder dizer-lhe que odiava quando discutíamos, queria dizer que gostava do beijo, queria pedir que nunca mais parasse, queria poder traduzir todos os meus sentimentos em relação a ele naquele simples beijo. Mas não podia, eu sabia que aquilo que estava a nascer dentro mim era demasiado forte para se poder traduzir num simples beijos ou em simples palavras, era muito mais que tudo isso.

Quando dei por mim estava a deitar-me na pedra dura com ele sobre mim, apreciando todos aqueles segundos e, não querendo deixar de esquecer nenhum deles. Eu sabia que queria aquilo desde o primeiro dia em que o tinha visto. Podia mesmo afirmar aqui e agora que foi o melhor beijo que já tinha recebido na minha curta existência na Terra.

Quando o beijo parou, desejei continuar mas agora existia a dúvida e a confusão estampada no meu rosto.

Eu… – comecei por dizer, mas não haviam palavras que pudesse dizer agora.
Tu? – Perguntou, sorrindo timidamente.

Por momentos, deixei-me ficar a olhar para aquele sorriso. Era um novo sorriso. Uma nova sensação dentro de mim. Borboletas? Não, uma sensação ainda mais devastadora, uma sensação que me tinha deixado sem palavras, uma sensação que me fazia querer nunca mais largar o Bill. Dei mesmo por mim a apreciar todos os traços do seu perfeito rosto e a imaginar mil e uma perguntas que queria saber a seu respeito.

Mas depois fui invadida por um pensamento, embora verdadeiro, bastante aterrador: eu tinha acabado de me apaixonar pelo o Bill de uma forma arrebatadora, com apenas um beijo. E com apenas esse mesmo beijo, pude ver para além de toda aquela imagem que tivera dele durante anos.

Isto não está certo. – Disse-lhe, tirando-o de cima de mim e sentando-me.

Por muito forte que pudesse ser o sentimento que tinha em relação a ele, eu ainda tinha em Portugal namorado. Havia passado muito tempo com o Pedro e, sempre achara que ser o único com quem eu alguma vez iria sentir uma coisa tão forte, até ontem eu continuava a pensar assim. Mas hoje, tudo havia mudado. Todos os sentimentos que existiam dentro de mim, agora estavam todos baralhados e nenhum tinha sentido.

Isto não está certo. – Continuei a dizer.

Levantei-me da pedra fria e, comecei a nadar pela gruta às voltas sem qualquer destino em mente. Tentava pensar nos prós e nos contras que trazia este novo sentimento, mas nada conseguia vir-me à cabeça de forma organizada. Tudo estava confuso, nada fazia sentido. Só ele, ali à minha frente, fazia sentido.

Ele reagiu a toda aquela situação, levantando-se da pedra e dirigindo-se até mim, abraçando-me. E, no fundo, acalmando-me.

Está tudo bem. – Disse, afagando-me os cabelos – Desculpa. – e pude reparar que a culpa invadia a sua cara. – Eu não volto a fazê-lo. – Repetiu mais para si próprio do que para mim.

Os seus braços sobre o meu corpo apertaram-me contra si, formando um abraço desajeitado, mas que me fez sentir protegida. Tudo o que se passava à nossa volta era como se tivesse desaparecido. Era, apenas, eu e ele.


(11:23)

Hey Bela Adormecida. – Ouvi alguém chamar por mim, enquanto recebia pequenas e suaves festas sobre a cabeça. – Está na hora de acordares.

Aos poucos e poucos fui abrindo os olhos, deixando que a claridade invadisse os meus claros olhos. À minha frente estava a personagem principal dos sonhos que tivera durante a noite.

Ele sorriu-me e, eu não pude de deixar de sorrir também.

Bom dia. – Disse, levantando-me e relembrando a noite anterior. Ri-me envergonhada.
O que foi? – Perguntou ele curioso e, a rir-se também.
Desculpa. – Falei num tom muito baixo, mas suficientemente alto para que ele conseguisse ouvir.
Não precisas de pedir desculpa. Eu percebo. Afinal tu tens… - pude vê-lo a engolir em seco. – Namorado. – Completou, forçando um sorriso – Bem, vamos procurar por comida?
Oh, hoje era eu. Não precisas de ir Bill. – Disse-lhe, com a intenção de poder estar um pouco sozinha para pensar em tudo o que se estava a passar comigo.
Achas que te deixo mais alguma vez sozinha? – Perguntou a rir. – Ainda podias encontrar uma minhoca e perder os sentidos ou então vias um passarinho e, ai ias desta para melhor.
AHAH, que piada. – Olhei-o, tentando manter uma postura séria. Mas ambos acabamos por rir.
Não. – Disse num tom sério. – Eu vou contigo, não quero que nada te aconteça porque… – deixou a frase por acabar e sorriu timidamente para o chão da gruta. Não podia mesmo negar que ele ficava adorável quando estava tímido.
Porque… – disse, num tom bastante curioso.
Bem… vamos? – Perguntou, tentando mudar de assunto.
Sim. – Levantei-me rapidamente, ficando a cm de distância dele. – Se calhar… - disse sem conseguir acabar o que ia dizer. Aquela sensação tinha voltado novamente, tão forte como na noite anterior.
Pois. – Disse e, não percebi muito bem ao que estava a responder.
Preciso de… – olhei para baixo, para aquilo que tinha vestido. Umas calças que pareciam coladas às minhas pernas e uma camisa também ela apertada, não eram propriamente roupa para se usar numa selva.
Roupa. – Completou-me ele, olhando também para aquilo que eu vestia.
Sim. – Afastei-me repentinamente dele, acabando por cair no duro chão da gruta. – AU! – Gritei. Ele aproximou-se de rapidamente de mime pegou na minha mão.
Aleijaste-te? – Perguntou, visivelmente preocupado.
Não Bill, já passa. – Disse, afastando-me novamente dele.- E que tal irmos embora, para descobrir comida. AH! – Exclamei – Também temos que fazer qualquer coisa para que, se um barco ou um avião passar, saber que cá estamos. Lá por gostares muito de mim, eu não tenho de te aturar para sempre. – Conclui, não deixando de sorrir bem-disposta. Ia-me a lançar para a rua quando o Bill me chama a atenção. - O que foi? – Perguntei.
Primeiro isso do aviso já está tratado. – Ele parou para se levantar e, vendo que eu estava confusa, acrescentou. – Depois vês. Segundo eu é que te vou ter de aturar Pim. Em terceiro e último lugar… não querias trocar de roupa? – perguntou, rindo-se logo de seguida.
Ah... pois. Esqueci-me. - apressei-me para as minhas malas com a intenção de vestir qualquer coisa mais confortável. - Não vais ficar ai´à espera que eu troque de roupa pois não? - peguntei-lhe, vendo que não tinha arredado pé do sítio onde se encontrava.
Oh, pois. Eu espero por ti lá fora. - disse, visivelmente atrapalhado. Sorriu-me uma ultima vez e, saiu.

Abri as malas em busca de uns calções de uma t-shirt. Quando as encontrei, escolhi também um biquini para poder vestir por baixo da roupa. Depois de me vestir fiquei a pensar se levaria umas botas de montanha ou ia descalça, mas acabei por escolher as botas, não querendo acabar o dia sem pés.

Fechei as malas e dirigi-me para onde o Bill, à momentos atrás tinha saído. Pronta para começar uma aventura com O Rapaz..

Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Miles Apart" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.