Crônicas de Arkauss escrita por Annonnimous J, Aline Shintaku


Capítulo 1
Capítulo 1 - O Inicio de uma história


Notas iniciais do capítulo

Fala galera, bom essa obra não é somente minha agora, não sei se eu comentei antes, mas eu estava planejando fazer uma historia em parceria com uma grande amiga minha chamada Aline Shintaku(procurem historias dela aqui porque ela é fera nisso), que compartilha desse mesmo hobby. Bem, modéstia parte está aí essa obra de arte feita em dupla, espero que gostem. Abraços!!



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 O vento soprava de uma maneira agradável naquela tarde, um sentimento de paz iria tomar conta de qualquer um que passasse por aquele lugar. Para onde quer que se olhasse poderia se ver uma grande pradaria verde que se estendia até a linha do horizonte, onde as montanhas mais altas daquele reino se erguiam, a Cordilheira da Neblina. Partindo a pradaria em duas havia um rio de águas calmas no fundo de um profundo cânion, se chocando contra suas paredes e modelando vagarosamente sua forma de uma maneira imperceptível a olho nu.

 Das entranhas do cânion, podia-se ouvir o barulho de cascos andando sobre pedras. O som ficava cada vez mais alto à medida que a montaria se aproximava da borda. Ao chegar ao topo do cânion, o cavaleiro para sua montaria e aprecia a paisagem verde cortada apenas por essa grande rachadura.

 O jovem fica por longos minutos olhando para aquilo.

 Em um gesto repentino, mas gentil, vira o cabresto do animal e o conduz a caminhar em direção as formações montanhosas no final do vale. Aos poucos, ele instiga o animal a trotar mais rápido e mais rápido, até que em instantes ele dispara em uma corrida veloz através da vegetação rasteira. Seu mestre solta urros de alegria e adrenalina enquanto se abaixa para ter mais aderência ao animal. Em questão de minutos, talvez uma hora, eles alcançam as montanhas que há algum tempo pareciam pequenos morros, e agora têm um tamanho descomunal erguendo-se diante deles. Chegando lá, eles param diante do pé da cordilheira. Ambos examinam o ambiente e o solo, depois caminham calmamente em direção a uma placa ao lado de uma íngreme trilha que corta a montanha de lado de uma forma precária e perigosa:

 - Pronto para descansar meu amigo? – Diz o jovem enquanto olha uma placa que indica que um vilarejo está próximo.

 O cavalo relincha como se entendesse as palavras de seu dono e golpeia o chão com os cascos, o apressando. O cavaleiro apenas ri, dá dois tapas amistosos no lombo do animal e ambos começam sua subida perigosa pela a montanha.

 À medida que sobem, a paisagem muda junto com os raios de sol: no início, a montanha era menos íngreme, a trilha era mais larga e a vegetação, apesar de escassa, era verde e viva, balançando de forma majestosa a cada brisa que passava. No ponto que estão agora, porém, a vegetação rara dá lugar a uma que parece ter sido queimada há pouco. As árvores eram pequenas e retorcidas, com seu tronco negro e fino; o chão está agora coberto não por gramíneas, mas por rochas sedimentadas e escorregadias, o que fazia volta e meia o animal escorregar em direção ao abismo que se formava abaixo deles. A cada passo, o chão do vale se torna mais distante.

 A noite já avançava quando eles alcançam o cume da montanha, de lá, podiam ver as luzes da cidade à meia distância. O que separava os companheiros dela era apenas a descida, que parecia mais convidativa agora que estavam exaustos.

 Após um abreve pausa para retomar o fôlego iniciam, então, sua descida para chegar logo à cidade. Os primeiros metros de descida foram facilmente vencidos apesar do cansaço da viajem até ali, mas após algum tempo algo estranho acontece, um animal selvagem dá um bote no cavalo, que com o susto empina e derruba seu mestre de costas no chão rochoso da montanha. Com o impacto das pernas do rapaz, os objetos que estavam presos na garupa do cavalo são derrubados também.

 Ainda no chão, o jovem percebe o motivo do susto do animal que montava: um puma. Calmamente o cavaleiro inicia a procura de sua espada, mas sem perder de vista o vulto negro que os rodeia com olhos amarelos malignos. Não demora até que o animal se mostre por inteiro, saindo de por detrás da pedra em que se escondia. Sua pelagem negra se camufla na escuridão que agora já está tomando conta de tudo até onde se podia ver, suas presas reluziam de uma maneira sombria à luz da lua que nascia tímida por entre as grossas nuvens de chuva, e agora podia-se notar um outro brilho também perigoso, mas que seria a salvação do cavaleiro. Sua espada.

 A arma jazia perto do pé esquerdo do homem, mas ele não conseguia alcançá-la facilmente com as mãos. Ele inicia uma série de movimentos curtos e vagarosos na tentativa de se aproximar dela, sempre observando o animal que agora caminhava em sua direção. O jovem suava frio, mas não parava de encarar o animal enquanto se rastejava com movimentos calculados.

 Em um bote preciso, o animal pula em direção ao jovem, esticando seus membros com garras o máximo possível e emanando um urro felino aterrorizante. Por sorte, quando o animal aterrissa sobre o cavaleiro, a espada já estava em suas mãos, que em um golpe hábil atinge a fera atravessando seu tronco, abrindo um buraco em sua pele até que a ponta da espada saísse pelas costas do animal.

 Agora sua pelagem não era mais tão viva e amedrontadora como antes.

 Ainda assustado, o jovem se levanta e inicia a busca por seus pertences. O cavalo vinha a passos temerosos naquela mesma direção, como se estivesse com vergonha. O cavaleiro se acalmando retira a sua espada do animal e a embainha, pega seu escudo que jazia no chão, sua sacola de couro com os demais pertences e amarra novamente tudo no cavalo, montando em seguida. Antes de retornar à caminhada, o jovem observa pela última vez a fera encostada em uma rocha com uma grande poça liquida ao seu redor, o olhar dele não é de superioridade, mas de pena. Sua consciência estava pesada. Ele não queria matá-lo, mas agora já era tarde.

 Já era noite alta quando ele enfim chega ao vilarejo, aquele lugar transmitia uma sensação de alegria, naquele momento ocorria a comemoração da colheita, que a julgar pela magnitude da festa, foi muito boa. Com cuidado para não esbarrar em ninguém, o rapaz desce da montaria e procura a pensão mais próxima para que possa descansar do dia de viajem. Em dois dias será convocado para se apresentar ao castelo de Lihlium.

 Com a ajuda de moradores locais, ele encontra a pensão rapidamente: é uma construção velha, mas firme, com paredes de madeira com alicerces sólidos e reforçados com barro; na parede que dava para a rua haviam janelas muito bem entalhadas, na entrada havia uma escada de pedra de três degraus que acabava em uma porta de uma madeira sólida e brilhante. O homem cansado amarra seu cavalo em uma tora que estava em frente a uma das janelas, sobe os degraus e bate na porta quase que no mesmo instante que uma senhora de cabelos brancos e postura curvada a abre:

 - Entre meu filho – diz ela educadamente, com a voz quase falhando.

 - Obrigado – responde o jovem entrando – com licença, mas há algum quarto para que eu me hospede essa noite?

 - Sim, mas é claro, minha pensão pode não ser grande, mas é segura e aconchegante, sempre cabe mais um forasteiro. – Responde a senhora com um sorriso banguela.

 - Que ótimo! Gostaria de um quarto com a janela mirada para a praça, se não for incomodar.

 - Sorte a sua, temos um ultimo sobrando – diz ela apontando o braço na direção de um pequeno corredor em que se podiam ver seis portas em sua extensão, três de cada lado – a segunda porta à esquerda.

 - Muito obrigado milady.

 A senhora sorri com o gracejo.

 Quando já estava entrando no quarto, a velha o chama:

 - Meu jovem, qual o seu nome?

 - Connor – responde ele – Connor Arkauss.

 O jovem entra no quarto, joga seu saco de pertences ao pé da cama e caminha em direção da janela. Ao abri-la, seu coração quase salta pela boca com tamanho susto: seu cavalo o encarava de perto com uma expressão que poderia ser quase humana, e não era de felicidade.

 - Mas que droga! Nunca mais faça isso! – Fala ele rindo de seu susto e esfregando o peito com uma das mãos – Agora boa noite. Amanhã temos um longo dia, adeus meu amigo.

 Connor acaricia o animal uma última vez e se afasta da janela, se jogando na cama em seguida.

 Ele queria se lavar antes de dormir, mas o cansaço lhe prega uma peça. Antes que tenha tempo de pensar em se levantar, sua visão se torna cada vez mais escura e ele adormece de roupas e tudo.

Em seus sonhos, uma pequena gata de um pelo roxo brilhante aparece para ele, arteira e cuidadosa. Connor queria saber o que era aquilo e porquê esse animal o trazia uma sensação tão calma, mas o sono muda e sua consciência se perde no mar de imagens disformes.


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Notas finais do capítulo

Fala galera, tá aí o primeiro capitulo. Interessado em sabe mais sobre o nosso herói? não perca na próxima semana o próximo capítulo (esperamos ser pontuais). Abraços meus e "Kissus" dela. Vlw galera!



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