Capitulo 1 (a ruina)

Kai estava sentando com as costa apoiadas na parede, que um dia havia sido uma lareira, agora a realidade era outra, tijolos caídos junto com reboco e o preto do carvão espalhava-se pelo chão, junto com os destroços.

Suspirou fundo não gostava da visão, uma casa em ruínas, com o assolhado arrancado em alguns lugares e a única coisa que tinha de bonito era o abajur, com estampa de pássaros.

Fazia o lembrar de liberdade, voar pelo céu livre, era isso que ele tanto almejava, está livre, mais Kai já não conhecia o sabor desde que foi tirado por anos pelo seu pai e a traição da Jo.

Mais conseguira escapar, estava orgulhoso, nada podia o deter, era forte, e tinha o posto que era predestinado a ser, era o líder da convenção.

Mais alguém havia o prendido de novo, não sabia como chegou naquele munquifo velho, tentou repassar suas memorias na cabeça, Kai não lembrara de nada que pudesse ajudar a saber quem o colocou ali e o porquê.

Pegou um pedação de carvão da lareira e tentou jogar no corpo estendido a sua frente.

Nada aconteceu, o carvão voltou violentamente para ele, quase o atingindo e ela permaneceu imóvel, não sabia se estava viva ou morta.

Desde que Kai acordou naquela ruina ela estava lá, deitada, seus cabelos pretos cobria a metade do rosto que estava exposto, sua roupa era de um lã grosso se estivesse viva, ele não teria como saber com tanto pano em volta daquele ser.

–acorda! Ei-Gritou impaciente jogou mais um pedaço de carvão, mais se debateu com a barreira invisível que os separavam.

Tentou fazer algum feitiço mais aquele lugar o bloqueava, a porta estava longe do seu alcance, estava do lado dela, e ele preso no seu espaço reduzido a uns dois metros da lareira.

Tapou os olhos com as mãos, isso era horrível mesmo depois dele aguentar a prisão, colocada por seu pai, ser preso no mundo da mãe de Damon. Esse nome fazia ele sentir raiva, vai ver que ele estaria por trais disso, afinal Damon o deixou lá com um monte de vampiros/bruxo, ele pode até tido alguns sentimentos novos, mais a raiva de ser enganado por Damon e ela, estava lá esmagando sua alma, Kai sentia um nó na garganta só de pensar neles o deixando.

Ouviu um gemido, seus olhos pousou nela.

Estava com a cabeça levemente levantada, podia ver sangue seco na sua testa, ela o encarou desorientada, seus olhos tentaram identificar algo familiar naquele lugar, uma casa pequena, com moveis muitos gasto e alguns quebrados bloqueando a porta dos fundos

–Até que fim- disse Kai

–aonde eu estou? – perguntou ela, seus dedos finos tocaram o sangue seco, ela gemeu de novo

–Boa pergunta- disse ele

–O que você fez?- ela o encarava se não tivesse tão fraca daria um soco nele.

–Deve ter batido bem forte com a cabeça-Kai fez uma pausa, levantou-se e caminhou até o limite da barreira –O plano deu errado? Ou só veio aqui pra conferir se estou preso.

–Do que você está falando?

– bom Bonnie, estamos presos, não consigo passar para esse lado, pra chegar até uma das portas.

–Eu sei- respondeu ela tirando o cabelo do rosto, seu rosto estava cansando.

–como você sabe?

–Posso sentir- respondeu Bonnie

–Isso é interessante, será que pode me tirar daqui, esse lugar tem um tipo de bloqueio e...

–por que deveria te ajudar? Quem te colocou aqui preso, deve ter um bom motivo e se eu não estivesse aqui até o agradeceria- Interrompeu ela.

–Não seja idiota, sou uma vítima aqui tanto quanto você

–Hum sei, de vítima você não tem nada, seu sociopata

–eu mudei, Bonnie eu realmente sinto muito pelo que eu fiz, mais agora estamos quites ou não não se lembra de me deixar lá.

–foi um dos meus melhores dias, bom não vou dizer que foi bom te ver mais estou indo.

–Bonnie você tem que ajudar, não posso ficar preso de novo, Bonnie

Ela sorrir

–até mais nunca, kai.

Kai praguejou maldiçoes a ela, pegou tudo que tinha ao seu redor e jogou, mais tudo voltou, ele ficou de costa pra ela não queria que o visse chorando.

Bonnie tentou juntar todas as forças pra se por de pé, até levantar sua cabeça a deixava tonta, respirou fundo conseguiu ficar sentada com a ajuda de um centro de mesa, mais algo estava errado.

–não! Gritava entre os soluços. Kai virou se para olhar, pudia ver o desespero da bruxa, sua mão estava na boca tampando seus gritos, lagrimas percorria pelo seu rosto, Kai se aproximou da barreira a joelhou-se e sussurrou seu nome.

–Não, isso não pode está acontecendo- Repetia ela com as mão agora cobrindo o rosto.

–Bonnie o que foi, está sentindo dor? - disse ele

–Eu não...eu...ai ....

Gaguejou ela

–O que houve? Kai voltou a perguntar, se não tivesse fundido com Luke teria gostado daquela choradeira, mais tinha esses sentimentos e era tão inritante.

Bonnie respirou fundo enxugou as últimas lagrimas em seus olhos.

–Eu não sinto minhas pernas, eu não posso...

–Andar- Disse ele boquiaberto- como assim?

– eu não posso andar- choramingou ela

–me tira daqui pra te ajudar

–vá pro inferno- respondeu ela-Não preciso da sua ajuda.

Bonnie entoava todos os cânticos que sabia, mais nada mudava no seu quadro, ainda estava na casa de ruinas e ainda não sentia suas pernas, e não queria e nem conseguiria a ajuda de Kai, ela não iria confiar nele.

–Não seja tola, está frio você não pode andar, eu posso te carregar - Kai resmungou mais uma vez- Você pode sair pela aquela porta e eu não, então vamos fazer um acordo.

Bonnie pesou os pros e os contras sobre aquele acordo, mais os contra são muitos e ao invés de responde-lo, se arrastou com dificuldade até a porta, parou no meio do caminho, tinha feito muito esforço, ainda estava fraca.

–O que vai fazer se arrastar até sua casa? Falou Kai

–Se... preciso- respondeu com dificuldades. Bonnie brigava pelos ar nos pulmões tentou se manter calma, mais seu corpo não obedecia, suas pernas não respondia a vontade que ela possuía de andar, e as lagrimas caíram, ela virou o rosto pro chão pra Kai não perceber, mais foi um segundo atrasado, ele havia visto.

Ela continuava com rosto no chão

“Vamos Bonnie você consegue”

Pensou ela, tirou o grosso casaco com dificuldade. De costa pro chão, se apoiou no sofá queimado e sentou –se no chão.

um som por trás da porta principal fez os dois prisoneiros se olharem, um frio passou pela espinha de Bonnie.

–Se esconde Bonnie- avisou Kai, o som estava mais forte, uma mistura de grito animalesco com um uivo agudo e forte, vindo de fora da casa, por um momento tudo se tornou silencioso, o silencio incomodou kai, tentou chegar mais perto de onde Bonnie estava, ele pode ver o medo no rosto paralisado da bruxa

–Bonnie, pega esse pedaço de madeira ao lado- Sussurrou ele, a bruxa o obedeceu.

– se escond...

O barulho de algo arranhado a porta interrompeu Kai que estava tremendo, aconteceu tudo muito rápido, primeiro foi a porta da frente foi feito um buraco podia se ver um grande foucinho preto com dentes branco no buraco da porta, e os destroços que segurava a porta dos fundos estava sendo empurrados, o horror e o medo estampava os rosto dos prisoneiros.