Thorns escrita por Kamereon


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Ok, ok... A verdade é que eu não betei o capítulo. Apesar das férias, eu ainda estou estudando algumas coisas (pois é!), por isso o tempo me falta. SEMPRE me falta, hahaha. Mas enfim, boa leitura pras vcs. E LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOOOR!!!



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Sakura's P.O.V

Chegamos à casa dos meus pais razoavelmente nervosos. Não sabíamos o que deveríamos dizer ou não. Meus pais nos olhavam estranhamente... Eu não sabia que olhares eram aqueles. Não sabia se eles estavam curiosos, assustados, se estavam magoados comigo por não ter falado nada. Sasuke os cumprimentou primeiro, já que eu estava nervosa e nem sabia direito onde por as mãos. Sasuke aparentava estar muito menos nervoso que eu, mas acho que na ocasião ele apenas estava psicologicamente melhor preparado.

– E a Ino, onde está? - Eu perguntei. Ela me daria força também, se estivesse lá.

– Ela, o Sai e o Inojin jantaram mais cedo e foram passear um pouco... Não temos espaço para todos na nossa mesa. - Minha mãe respondeu.

– Nossa, sério? Mas só por nossa causa? Mas e a mesa da sala? Acho que caberíamos todos lá.

– A sala está em reforma, se lembra? Teremos que jantar na cozinha, mas isso não vai ser um grande problema. - Ela respondeu mais uma vez. Meu pai ainda continuava calado. Estávamos já na cozinha, sentados à mesa de quatro lugares.

Minha mãe havia finalmente cozinhado algo que me agradava. O cheiro estava realmente bom, mas eu não conseguia me acalmar. Não que eu estivesse absurdamente nervosa, mas falando sério... É normal você ir até a casa dos seus pais pra comunicar que seu ex noivo a traiu, e agora você estava namorando com o seu então melhor amigo? Até hoje penso que isso não é uma situação muito comum.

Seguimos comendo em silêncio até que meu pai finalmente disse algo, pela primeira vez na noite.

– E então... Vai nos contar o que anda acontecendo?

– Bem... Sim. - Eu disse. Como eu começaria? Por qual parte? Meu pai não parecia exatamente feliz - Desculpe por que eu não disse nada antes, mas é que o assunto é um pouco complicado pra mim... Vocês se lembram do motivo principal pelo qual eu não apareci aqui durante todo esse tempo, não é?

Meus pais afirmaram, e dessa vez eu senti um certo espanto vindo de Sasuke. Eu via minha família quando eles me visitavam, mas eu não visitava a minha cidade. No fundo eu tinha medo do que sentiria se visse Sasuke novamente, mas eu cobria esse fato de mim mesma com a desculpa de que tinha raiva dele e não queria mais vê-lo, além disso, eu precisava estudar e trabalhar. Se alguém de fora perguntasse, eu diria apenas que trabalhava demais, mas minha família sabia que eu na verdade não queria ver Sasuke. Quando voltamos a nos falar, nem passou pela minha cabeça que eu deveria contar isso a ele. Revelei a ele toda a história, mas acabei não contando esse pequeno detalhe, que o motivo pelo qual eu não apareci por todos aqueles anos foi por ele; por ele e pela minha teimosia. Observei seu olhar de espanto e dúvida pelo assunto, mas apenas segurei sua mão, murmurando um "desculpe" bem baixinho. Ele entendeu que eu explicaria depois. Segui contando tudo aos meus pais... Sobre como me senti, como comecei a namorar Sasori, como as coisas eram entre nós. Depois contei sobre a conversa ao telefone e o devido flagra (se é que posso dizer assim). Disse que Sasuke e eu nos reaproximamos de modo diferente dessa vez e por fim, revelei que estávamos juntos. Namorando. Lembro que senti um comichão na barriga e um calorzinho nas maçãs do rosto ao dizer essa palavra pela primeira vez, referindo-me a ele.

–--x---

– Eu te disse que não deveria confiar nos homens de lá, eu não disse?! Mas você não nos escuta! - Foi o que eu meu pai disse quando eu terminei de falar. Realmente, eu fui teimosa, cabeça dura, emotiva demais, agi por impulso. Tanto na decisão de ir pra capital quanto em meu relacionamento com Sasori. Sempre fui um pouco assim, às vezes mais, as vezes menos.

– Querido, tenho certeza de que não são palavras assim que a Sakura precisa ouvir agora. - Minha mãe disse. Ela estava certa, eu já havia notado a burrice que havia feito.

– Minha intenção não é brigar com ela. Eu só queria que ela finalmente visse que nós sempre a alertamos, sempre quisemos seu bem e ela parecia não se importar com isso. - Ele respondeu.

– Me desculpem... Me desculpem por tudo. - Eu disse. Não cheguei a chorar, não gostava muito de chorar na frente dos meus pais. Mas cheguei a embargar a voz. Não era fácil olhar pra trás e ver que muito poderia ter sido evitado se eu desse ouvido aos meus pais e se eu obedecesse ao meu coração, dizendo logo ao Sasuke que eu o amava.

– Não é hora pra isso, querida. Já passou. - Minha mãe sempre colocando panos quentes na situação. - Mas e você e o Sasuke, hein? Finalmente estão namorando? Confesso que achei que isso nunca fosse acontecer, que vocês seriam dois bobos pra sempre!

– Eu sempre disse que vocês deviam ficar juntos, não sei por que demoraram tanto. - Meu pai disse. Meu rosto tomou uma cor bastante avermelhada, e vi Sasuke sorrir de canto, completamente sem graça. - Eu confio muito mais em você, rapaz. - Meu pai disse a ele. - Mas escute bem, não a magoe como o outro fez. Mostre que você é diferente dele e tome conta dela.

– Pode deixar senhor Kizashi, eu vou fazer isso. Eu prometo. - Sasuke disse, com um sorriso tímido nos lábios, mas firmeza suficiente para afirmar que era isso mesmo que ele queria fazer.

Conversamos algumas banalidades por mais algum tempo e depois voltamos para a casa de Sasuke, afinal o dia foi longo e cheio de acontecimentos. O céu estava bonito, o tempo estava agradável. O calor de alguns dias atrás deu uma trégua e uma brisa gostosa vinha refrescar toda noite. Andávamos de mãos dadas e dávamos risada feito dois idiotas. Não eram risadas "fofas", era um riso idiota mesmo, como dois malucos. Motivo? Exatamente o fato de que estávamos de mãos dadas. Acho que ambos imaginamos isso acontecendo muitas vezes, e finalmente não estava mais acontecendo apenas na imaginação. Olhávamos para nossas mãos dadas e ríamos. Não era preciso esconder de mais ninguém. Aquele riso solto parecia uma crise de bobeira, o que realmente pensamos primeiro. Mas era felicidade, eu sei que sim.

De certo modo era estranho rir assim no meio da rua, mas situações estranhas sempre fizeram nosso estilo.

– Ah, é mesmo. Eu lhe devo uma explicação, não é? Eu deixei de vir à cidade por todo esse tempo realmente porque, como o principal motivo foi tentar esquecer você, como eu já disse, eu não queria voltar e vê-lo, era meio complicado por que...

– Não fique tão nervosa. - Ele disse, e riu. Sasuke sempre soube que quando eu começo a falar enrolado é por conta de nervosismo.

– Não, eu só...

– Não precisa me explicar se não quiser, sério. Eu posso imaginar bem os seus motivos. - Ele falou, e nós paramos em frente à porta da casa dos Uchiha. – Você não vinha pra cá porque não queria me ver, não é? Eu ficaria bravo com você por causa disso e por não ter me falado nada, mas tudo isso já passou.

– Então está tudo bem? - Perguntei sorrindo.

– Sim, está tudo bem. O dia de hoje já foi cheio de altos e baixos, eu realmente não vou brigar com você por causa disso. Seria ridículo.

– É, foi. Acho que é melhor nós irmos dormir. - Eu disse. Eu estava cansada, porém não estava morrendo de sono, havia dormido um pouco de tarde. Mas eu sabia que Sasuke não tinha descansado nem um minuto, ele precisava de um bom sono muito mais do que eu.

Subimos e parando em frente ao quarto que eu estava ocupando, me virei para dar boa noite. Mas Sasuke me abraçou, e não foi um abraço rotineiro. Foram aproximadamente uns 20 segundos ou até mais, esse foi o tempo em que fiquei completamente imersa em seus braços. Foi como se ele precisasse me abraçar para que nós pudéssemos recarregar as energias, expulsar os resquícios de preocupações, nervosismo e sentimentos ruins. Minha nossa, Sasuke era realmente... Confortável. Foi um abraço reparador, eu diria. Depois de um breve beijo, praticamente ordenei que ele fosse dormir e descansasse bastante. O dia seguinte seria um novo dia, totalmente diferente desse feriado maluco.

–--x---

Sasuke's P.O.V

O sábado de manhã começou completamente preguiçoso. Enquanto minha mãe fazia alguma coisa na cozinha e administrava as roupas na máquina de lavar, eu estava jogado no chão da sala assistindo qualquer coisa na tv, e Sakura estava exatamente como eu, mas no sofá. Nosso estado era como se tivéssemos voltado de um campo de batalha. Não estávamos tão cansados assim do dia de ontem, uma boa noite de sono foi o suficiente para recuperarmos o cansaço. Mas agora era aquela preguiça esmagadora, rotineira de fins de semana, que tomava conta de nós dois. Eu devia varrer o quintal como todos os fins de semana, e Sakura comentou algo sobre ajudar minha mãe com a casa. Mas só saímos da sala às 13h30 da tarde, quando minha mãe anunciou que o almoço estava pronto. Nós comemos e Sakura se ofereceu para ajudá-la, mas minha mãe recusou na hora.

– Descanse querida, não se incomode com isso não. Não tenho tanta coisa pra fazer em casa hoje. - Ela disse.

– Não quer nem que eu lave a louça? Sério?

– Volte para o sofá, sim? Mas Sasuke, vá varrer o quintal pra mamãe, tá bom? - Minha mãe disse, se voltando para mim.

– Ah, mãe... - Isso não era justo, não mesmo.

– Não precisa regar as plantas hoje, só dê uma varrida. Ande logo antes que chova!

O dia estava um pouco nublado. De tarde, depois que eu terminei minha tarefa, a chuva caiu. Não era uma chuva forte, mas era volumosa o suficiente para fazer aquele barulho bom, de quando as gotas batiam na janela. Tomei um banho rápido e quando cheguei na sala novamente, Sakura estava no meu lugar, deitada no chão. Mas a espertinha havia pegado dois edredons lá em cima, um para cobrir o chão e outro para se cobrir, e ainda pegou as almofadas do sofá. Sorri com a cena, resolvi me juntar a ela e me sentei ali perto.

– Está confortável aí?

– Sim. - Ela respondeu, quase fechando os olhos.

– Vai dormir de novo? Sua folgada.

– Não... Só estou com preguiça, mas não estou com muito sono.

– Ah sim... - Eu disse, olhando pra tv.

– Sasuke.

– Hum?

– Fica aqui comigo.

A olhei bem nos olhos, ela não parecia bem. Parecia um pouco triste, distante... Não sei dizer ao certo. Temi que ela ainda estivesse mal pela discussão com Sasori ontem, mas ela não parecia tão triste na noite anterior. Resolvi perguntar o que havia acontecido.

– O que houve? Por que essa carinha triste? - Perguntei, me deitando ao lado dela e ficando bem próximo.

– Não é nada. - Ela disse, bem baixinho.

– Nada mesmo?

– É só impressão sua. Eu estou bem. – Sakura falou, e abriu a boca num bocejo.

Senti um pequeno aperto no coração. Ela disse que não era nada, mas eu podia jurar que ela estava me escondendo algo. Aquela falta de brilho nos olhos me dizia alguma coisa.

– Tudo vai dar certo, tá? - Eu falei, acariciando o cabelo dela.

– Do que está falando?

– De nós. Tudo vai dar certo. Eu prometo. – O que eu podia fazer? Queria dizer qualquer coisa que a fizesse melhorar um pouco, quem sabe sorrir brandamente pra mim. Isso já me deixaria em paz.

– Promete? - Ela disse. Dessa vez, com os olhos brilhando.

– Prometo. Agora mude essa expressão que eu gosto de ver a senhora sorrindo, entendeu?

Ela sorriu singelamente, e eu continuei acariciando o cabelo dela. Depois o rosto, até que finalmente lhe dei um beijo. Ela era tão importante pra mim que eu nem sabia como descrever. Quanto tempo ela estava em casa? Uns 15 dias? Talvez um pouco mais... Sinceramente, não fiz questão de contar. Sei que pra mim parecia que fazia meses, e eu não sabia como levaria a vida quando ela precisasse ir embora. Tentei não ficar pensando muito nisso, pra não estragar o momento.

– Eu te amo.

Eu disse, sem pensar muito. Eu finalmente disse, nunca tinha dito pra ela com todas as letras. Estamos "namorando" desde ontem, e estamos juntos há alguns dias. Porém o amor que eu sinto pela Sakura já vem de anos, e só agora tive coragem suficiente pra dizer. Essas três palavras saíram tão facilmente da minha boca que cheguei a duvidar se eu realmente tinha dito. Mas vendo Sakura arregalar levemente os olhos, e depois exibir um sorriso lindo, daqueles que iluminam o ambiente inteiro, eu percebi que eu realmente falei.

– Eu te amo também. Muito.

Ela disse e se aconchegou em meu peito. Ficamos abraçados no chão, assistindo tv a tarde inteira. Não pensamos nem dissemos mais nada, talvez nem tenhamos prestado muita atenção ao programa que passava. Cheguei a desejar imensamente que todos os dias fossem assim.

– Os dois pombinhos vão ficar aí por muito tempo? - Minha mãe chegou na sala, sorrindo como uma boba. Sakura tratou de tomar certa distância de mim, acho que essa situação era embaraçosa para ela.

– Vamos sair mais tarde. Por quê? - Respondi.

– Vim para avisar que vou até a confeitaria... Tenho uma encomenda grande para o fim de semana que vem, e preciso adiantar a produção da semana para ter tempo de dar conta de tudo. Essas encomendas vêm se tornando bastante frequentes ultimamente, não quero nem pensar na hora em que terei de recusá-las. - Ela desabafou.

– Quer ajuda Sra. Uchiha? - Sakura falou.

– Já disse pra você ficar aí quietinha. - Minha mãe respondeu, fingindo que dava uma bronca na Sakura e sorrindo ainda mais. Acho que ela estava gostando da ideia de nos ver juntos. - Aproveite a companhia do seu amor. Mas confesso que se você quiser aparecer por lá durante a semana vai ser de grande ajuda!

– Então está combinado. - Sakura respondeu.

Minha mãe sorria tanto por nos ver juntos que eu até fiquei com vergonha. Com muita vergonha. E a Sakura pelo jeito ficou também, porque eu reparei no sorriso sem graça que ela deu. Minha mãe saiu depois disso, nos deixando a sós novamente.

– Eu fiquei com vergonha. - Sakura disse. Eu sabia!

– Não se preocupe. - Falei dando risada.

– Parece que ela gosta bastante de mim. - Ela disse sorrindo também. - Sua mãe gosta da namorada do seu irmão assim, desse jeito?

Fazia tempo que não falávamos de Itachi. Meus pais se separaram quando eu era bem pequeno, e meu irmão, quando ficou mais velho, foi morar com o meu pai em outra cidade. Ele foi embora há alguns anos, antes até da Sakura ir embora. Ele é mais velho que eu, e foi morar lá por causa de um ótimo emprego que arrumou. Ele vem em casa de tempos em tempos, geralmente vinha de mês em mês. Mas tem vindo menos por que se casou e sua esposa está esperando um bebê. No início eu e minha mãe não gostamos dele ter ido embora, mas hoje vemos que ele está feliz lá. Hoje entendemos melhor a situação dele. As pessoas nem sempre estão destinadas a fazer suas escolhas do jeito que nós queremos que elas façam.

– Bom, meu irmão se casou. Ele vai ser pai, sabia? E a minha mãe gosta da mulher dele sim, mas pelo tanto de sorrisos que ela deu acho que ela gosta mais de você.

– Nossa, seu irmão vai ser pai? Eu estou ficando velha mesmo... Ai, você vai ser titio! Que fofo, tio Sasuke! - Ela disse e apertou minha bochecha. Me esqueci de como a Sakura deixava toda delicadeza de lado em certos momentos... O aperto dela doeu bastante, mas não disse nada.

– Pois é, muita coisa mudou desde que você foi embora. - Eu disse, esfregando minha pobre bochecha.

– Ei... Aquela sua cartinha, que eu encontrei, sabe? O que ela estava fazendo no quarto do seu irmão? - Por que ela teve que lembrar disso? Constrangedor.

– Você é curiosa demais, hein? Eu dormia lá de vez em quando por causa do ar condicionado. Eu não tinha um no meu quarto naquela época. Mas o dia em que eu escrevi aquilo, foi um dia em que ele estava aqui em casa. Ele tinha vindo nos visitar, mas voltaria pra casa do nosso pai naquela noite. Eu entrei no quarto dele pra conversar um pouco, pra ver se eu me distraía e esquecia que você tinha ido embora. Acabei contando sobre o que eu sentia, enfim... Sobre tudo. Ele foi legal comigo, me deu alguns conselhos. Depois que ele saiu do quarto eu fiquei lá por um tempo ainda, e acabei tendo a brilhante ideia de escrever aquela carta. - Sorri, debochando de mim mesmo.

– Você deve ter sofrido muito. - Ela disse, baixando o olhar.

– Sim, eu sofri. Eu cheguei ter raiva e achar que eu realmente tinha esquecido você. Mas eu não quero que você se sinta mal por isso, eu sei que deve ter sido ruim pra você também... E hoje eu entendo um pouco as suas razões.

– Foi muito ruim, o começo foi difícil demais. Eu fazia de tudo pra não pensar em você. – Sakura suspirou pesadamente. - Devíamos ter resolvido logo isso. Às vezes não me conformo que perdemos tanto tempo.

– E o casamento da Ino e do Sai? Lembra? - Eu sorri, e ela sorriu de volta. - Você estava tão linda que mal consegui fingir que eu ainda estava com raiva.

– Lembro, foi o único dia que voltei à cidade depois que me mudei. Nós só dissemos "oi". Você estava tão bonito de terno... Me peguei pensando em como seria se estivéssemos lá nos casando, igual a minha irmã e o Sai. - Foi a vez dela dar risada. - Precisei forçar minha mente a esquecer que você estava lá. Ino queria me colocar pra ser madrinha com você, sabia?

– Sabia, Sai me falou e eu recusei. Depois fiquei sabendo que você recusou também... Espera, você pensava em nós nos casando? - Perguntei. Foi surpreendente ouvir isso direto dela.

– Ah... Sim. Quer dizer, às vezes. Ai, eu não devia ter dito isso! - Ela respondeu, escondendo o rosto com as mãos.

– Um dia será nossa vez. - Falei, e abracei-a bem forte.

–--x---

Sakura's P.O.V

A noite chegou e nos arrumamos. Finalmente faríamos algo que anima completamente uma mulher. Compras! Fiquei feliz só de imaginar que poderia comprar algumas roupas novas. Eu sabia que não haveria nenhuma loja muito requintada na cidade, mas mesmo assim a situação era boa e favorável para mim. Seria muito bom poder sair e esquecer algumas preocupações.

À tarde, quando Sasuke insistiu em me perguntar se havia acontecido algo, a verdade é que eu havia recebido um sms de Sasori com a seguinte escrita: “Acha que isso tudo acabou? Só espere pra ver.”. Fiquei com medo do que poderia acontecer. O que aquele maldito faria dessa vez? Pensei em abraçar Sasuke e contar tudo pra ele, pra ver se me sentia melhor. Mas lembrando de como Sasuke ficou quando Sasori disse aquelas coisas sobre mim, achei melhor esconder dele. Nunca havia visto Sasuke com tanto ódio quanto no dia anterior. Ele não iria gostar caso descobrisse depois, mas por enquanto era melhor assim. Desabafaria com Ino assim que pudesse.

– Ah! Eu esqueci de te contar, amanhã provavelmente eu termino o serviço no seu carro. - Sasuke me disse enquanto estávamos na caminhonete, nos dirigindo ao centro da cidade. - Você... Vai embora?

– Acho que já conversamos sobre isso, não? Eu ainda não sei quando vou embora. Não estou mais dependendo apenas do carro. Não se preocupe porque eu ainda vou ficar mais um tempinho com você. Tenho férias acumuladas. - Contei sorrindo.

– Ah, eu acho bom mesmo! - Ele suspirou aliviado.

– Você não se cansa de mim não? Você me vê todos os dias. - Comentei com ele.

– Mas que bobagem é essa agora? - Sasuke disse, como se eu tivesse dito alguma coisa extremamente absurda. - Você por acaso está enjoada de me ver?

– Hum... E se eu estivesse? Só um pouquinho? Hein? - Perguntei, só pra ver qual seria a reação dele. Acho que não fiz bem, ele fez bico, fechou a cara e ficou chateado.

– Pensei que você tivesse dito que me amava. - Ele respondeu, todo bravinho. Eu não me contive! Dei risada e ele ficou sem entender nada.

– Eu estava brincando Sasuke, por favor, né?! Por que eu enjoaria de você? Não tenho motivo pra isso. Nem quero pensar em me afastar de você durante muito tempo, devem ter várias mulheres só esperando a chance de tocar esses bíceps. – Falei, cutucando o braço dele.

– O piadista da relação sou eu, não tente roubar o meu posto. - Ele disse, dando risada e bagunçando meu cabelo com uma mão, e continuando ao volante com a outra.

–--x---

Logo chegamos à loja, era a maior da cidade, e tinha algumas roupas que me interessaram. Não procurei por nada muito caro, foquei em procurar roupas simples, até porque roupas mais chiques não seriam uteis para mim naquele momento. Precisava de shorts confortáveis e blusas fresquinhas. Fui separando algumas peças enquanto Sasuke me seguia, aparentemente entediado e perdido em meio a tantas peças de roupas femininas.

– Acho que terminei! Vou levar essas aqui. - Eu disse.

– Mas você não vai experimentar?

– Ah, não precisa... As roupas são do meu tamanho, e são bem simples. Talvez seja perda de tempo experimentá-las.

– Vá logo, deixe de preguiça! - Ele disse, praticamente me empurrando até o provador.

– Mas Sasuke, não precisa!

– Vá! Eu preciso de uns momentos sozinho.

– Por quê? O que houve? - Perguntei. Nesse momento eu realmente achei que tivesse acontecido alguma coisa.

– Ah nada... Eu preciso escolher uns sutiãs novos pra mim, e estou com vergonha de escolhê-los na sua frente.

"Mas o que?"

Olhei pra ele com a expressão mais estranha que poderia passar pelo meu rosto no momento. Que raio de piada bizarra era essa?

– Eu tô brincando, Sakura! Você achou mesmo que eu não ia dar o troco por aquela coisa de “enjoei da sua cara”? - Ele continuou sorrindo. - Vá logo, sim?!

Fiquei com medo de qual seria a próxima piadinha sem graça do meu namorado se eu ficasse por lá, e resolvi experimentar logo as minhas roupinhas novas.

–--x---

Sasuke's P.O.V

Difícil fazer essa garota se distanciar de mim! A verdade era que eu estive de olho em um vestido desde que cheguei na loja. Não, não era pra mim, ok? Era para Sakura. Eu pensei em comprá-lo e fazer uma surpresa pra ela. Era um vestido verde claro, de alças finas, com pequenas flores avermelhadas. Era a cara dela, Sakura ficaria linda usando-o. Rapidamente escolhi o tamanho certo para ela, passei no caixa - que por sorte estava vazio - e corri até a caminhonete para escondê-lo lá. Quando voltei à loja ela estava saindo do provador.

– Pronto! Ficaram todas ótimas. Podemos ir agora? Ah! Mas antes de ir pra casa eu queria ir até aquela sorveteria em frente à loja... O que você acha? - Ela pediu através do sorriso.

– Vamos sim. Mas eu pago!

Ela já pagaria as roupas. Eu insisti um pouco para ajudá-la com o preço, mas ela não quis. Pelo menos o sorvete eu poderia pagar, como um verdadeiro namorado. Ao sair da loja, eu peguei as sacolas dela e guardei no carro. Fiz questão de fazer isso para que ela não reparasse que havia uma sacola a mais lá dentro; ainda aproveitei para esconder a sacola do vestido no porta luvas. Tomamos sorvete tranquilamente, como um casal comum faria. Gosto de sair assim com ela e esquecer das situações difíceis que nos envolvem, ou problemas futuros com os quais eu me preocupava secretamente.

Adentramos a caminhonete e voltamos pra casa cantarolando algumas musicas antigas, da época da nossa adolescência. O vestido... Bem, eu daria somente no dia seguinte. Ali seria um bom lugar para guardá-lo enquanto eu pensava em um jeito legal de entregá-lo.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim? Não? Gente, sério... Tenho andado um pouco preocupada porque sei que a minha história não está de todo horrível, mas também não tenho certeza de quão boa ela está. Me ajudaria muito se vcs comentassem e recomendassem (aliás, fica a dica, eu não tenho NENHUMA recomendação em nenhuma fic T_T como é a sensação de receber uma? É boa? '-' UAHUAHAUH), se vcs dissessem o que estavam achando me faria muito feliz. Quem sabe até não vinha uma inspiração pra escrever outras histórias? Claro, às pessoas que comentam sempre, meu MUITO OBRIGADA, de coração. Vcs me fazem mtmtmtmtmt feliz. Eu sempre respondo alguns, mas juro que vou respondendo os outros com o tempo, tá? MAAAAAIS UMA COISA, vou viajar esse mês. Vou na segunda feira e volto só no ultimo fim de semana de julho (ebaa!), por isso as atualizações vão demorar um pouco. Mas como sempre, não vou abandonar vcs, haha.

Beeeeeeeijos!



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