Happiness escrita por cerlunas


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Tenho um fraco terrível pelos anos 80. Não olhem para mim.
Gostaria de me desculpar se ficou OOC ou meio corrido, fiquei com medo de passar do limite de palavras - e com razão, porque mais um pouco e eu passaria. Ops.
Boa leitura.
PS. A Bonnibel é loira na fanfic porque naquela época as pessoas não costumavam tingir o cabelo. E se tingissem, era para aqueles loiros beeem amarelados.



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Bonnibel guardou seus livros no armário e colocou uma mecha do seu cabelo loiro — sempre quando mexia no seu cabelo lembrava-se de quando era criança e queria pintá-lo de rosa, uma pena que não era possível — atrás da orelha.

Mesmo sendo do clube de debates, queria ganhar mais créditos extras, por isso falou com seus professores e todos concordaram que seria uma boa ideia ela dar aulas de reforços. Há um ano fazia isso, e ajudava as pessoas em qualquer matéria que precisassem, desde artes a física.

Por isso nem foi uma surpresa muito grande quando o professor de biologia falou para ela passar na sua sala na hora do intervalo porque teria que ajudar uma “aluna problema” durante o último semestre, cujas notas estavam horríveis e a chance de passar era mínima.

E naquele momento, já estava a caminho.

Andou pelo corredor até a sala 217, cumprimentando algumas pessoas que conhecia. Principalmente os garotos do time de futebol, que sempre tentavam xavecá-la.

Se ela algum dia se mostrou interessada por algum deles e flertou de volta, pode ter certeza que era por obrigação.

Bateu na porta quando chegou. Ao ouvir o “entre” do professor, pediu licença e já aproveitou para dar uma olhada na garota que teria que ajudar nos próximos meses até o fim de ano.

A moça em questão estava de pé em frente à mesa do professor com os braços cruzados e mascando chiclete, entediada. Usava uma saia preta, blusa branca e jaqueta de couro. Tinha uma pele pálida e seus longos cabelos negros estavam apenas enfeitados por uma faixa ao seu redor, diferente dos seus, que estavam presos de lado. Ela também usava delineador, lápis e batom vermelho.

Já ouviu falar da garota. Era do clube de músicas e faltava aulas às vezes — as suas colegas diziam que era para dar um tapa —, mas as duas não tinham aulas juntas.

Bonnibel desviou o olhar. Por algum motivo, achou a garota intimidadora, mas não no sentido que todos a achariam.

O professor de biologia cumprimentou a aluna e logo pegou algumas folhas do armário. Eram as provas da garota. A sua nota mais alta foi um C na primeira prova que fizeram: era a revisão da matéria que tiveram no ano interior.

— Essa é Marceline. — A expressão da garota continuou entediada, principalmente quando olhou para si. — Marceline, essa é Bonnibel.

A loira não soube o que fazer, por isso acabou dando um sorriso torto.

O professor começou a falar para estudarem principalmente genética e afins, mas ela não conseguiu prestar atenção. Se sentiu distraída pela garota.

Seria um longo semestre.

***

Lidar com Marceline era a pior coisa do mundo. Principalmente no início.

As duas costumavam se encontrar depois da aula nas terças e quintas, e a garota sempre chegava atrasada, mascando chiclete ou comendo maçã.

Como se isso não bastasse, ela nunca prestava atenção quando Bonnibel explicava a matéria, e não importa o quão fácil seria a pergunta, sua resposta sempre era “não sei, me responda você”.

Foi aí que ela decidiu que o método deveria ser mudado.

Sabia que Marceline não a detestava — ou achava que sabia­ —, e tinha certeza que a garota não era tão ruim — na real ela era, mas isso era apenas um detalhe —, e se o método de explicar normalmente fosse monótono demais e funcionava então ela usaria algo que a morena gostava: música.

Ela fazia parte do clube de música, e tocava baixo, então por que não?

Bonnbiel também pensou em usar o cinema, mas não era como se tivesse muitos filmes em cartaz sobre o tema. E nas locadoras de vídeo cassete não existia nenhum que realmente valesse a pena ser visto.

Ela teve que admitir, fazer a música foi mais difícil do que pensara. A loira passou quase duas noites acordada tentando achar as rimas ideias, e talvez ela estivesse levando tudo a sério demais.

Na outra quinta-feira, quanto tinha aula com Marceline, chegou mais tarde que o usual. Ao entrar na biblioteca, notou que a garota já estava na mesa com a sobrancelha franzida, como se só ela tivesse o direito de atrasar-se. A loira sorriu e andou até a mesa.

— Hoje vamos estudar lá fora. — Informou.

E sem deixar Marceline falar mais nada, saiu do local. Espiou para ver se a garota estava a seguindo, e foi com satisfação que viu que sim, mesmo que ela estivesse parecendo contrariada e suas mãos estivessem enfiadas no fundo do bolso da sua jaqueta vermelha.

As duas logo chegaram ao pátio da escola, Bonnibel sentou-se em um dos bancos e esperou que Marceline fizesse o mesmo. A morena olhou-a com as sobrancelhas franzidas. Ninguém precisava ser muito inteligente para saber que ela estava se questionando o que estavam fazendo ali.

— Você não presta atenção quando eu apenas explico a matéria. Talvez seja realmente entediante. Mas sei que você gosta de música, então eu fiz uma. Se você não gravar a matéria depois disso, eu juro que desisto.

Marceline arqueou as sobrancelhas, não estava acreditando naquilo.

Bonnibel separou um pouco as pernas — por sorte não tinha vindo de saia, mas sim com shorts de cintura alta — e começou a bater na madeira do banco, logo fazendo a melodia do Every Breath You Take, do The Police.

Ela limpou a garganta e começou a cantar. A letra falava sobre grande parte do conteúdo de genética, mas teria compor outra música para conseguir explicar o que ficou de fora, como as leis de Mendel. Sua ideia era as duas fazerem as próximas músicas juntas, assim ela teria que estudar os livros para achar as rimas e no dia da prova, se tivesse as canções decoradas, iria bem.

Quando terminou de cantar, olhou para Marceline. Ela a encarava de uma forma que a loira não sabia explicar. Era de uma forma que fazia seu coração falhar uma batida. Era estranho.

A loira esperava muitas dúvidas, mas a única coisa que saiu da boca da garota foi:

— Você... Você fez isso para mim?

Bonnibel revirou os olhos.

— Duh. Por que mais eu faria uma música? Sei o conteúdo.

Marceline não respondeu, mas ela podia ter jurado que viu a garota sorrindo.

***

Depois daquilo, as duas tinham criado uma amizade estranha.

Marceline, pela primeira vez, estava disposta a tentar passar na prova, e ela parecia satisfeita quando criavam músicas para estudar. Mesmo que passassem mais tempos juntas do que passariam se estudassem normalmente.

Bonnibel não estava reclamando.

E, ela sabia que tinha conseguido fazer a garota parar de implicar tanto consigo quando a morena passou a esperá-la sair da sala de debates escoradas nos armários. Na primeira vez que fizera isso, suas colegas ao verem a morena logo se despediram de Bonnibel. As pessoas tinham medo de Marceline.

Provavelmente pela sua atitude de não ligar para as coisas, ou a forma que se vestia.

Ou os boatos que tinha sobre si.

Entretanto, ela não parecia ligar. A loira foi andou até onde a menina estava parada segurando seu contrabaixo.

— Você precisa de ajuda em mais alguma coisa? — Perguntou.

A morena pareceu meio sem jeito.

— Quer ir à loja de vinil comigo? Podíamos ver algumas músicas que seriam legal para adaptar, mesmo que não seja o nosso dia de estudos...

Bonnibel aceitou com um sorriso.

As duas foram na loja de discos.

E depois daquilo, elas não passaram mais a se ver apenas nos dias de estudos. Elas saiam por aí depois da escola. Algumas vezes almoçavam juntas ou trocavam algumas palavras na hora do intervalo.

E seus estudos não eram mais apenas no pátio da escola. As duas iam a lanchonetes, ao parque, às vezes até faziam trabalhos juntas na biblioteca pública.

O progresso que Marceline estava fazendo era excelente. Bonnibel tinha certeza que ela passaria.

Mas por mais que as duas fossem próximas, a morena agia de uma forma estranha cada dia mais. Era como se estivesse escondendo algo.

Bonnibel resolveu não perguntar. Às vezes, sentia que estava andando na corda bamba com Marceline. No mais, não desejava ser invasiva.

***

O tempo passou, e logo era domingo à tarde. No outro dia Marceline teria sua prova final. A prova que fez as duas passarem um semestre inteiro estudando juntas.

Naquele domingo, tinham se encontrado no parque da cidade e Marceline refez todas as atividades avaliativas e tinha acertado pelo menos 80% de tudo. Bonnibel se sentia orgulhosa pela sua...

Ela chamaria Marceline de amiga?

Parecia meio estranho pensar nela dessa forma. Ela não queria ver Marceline como apenas sua amiga.

Mas se ela não fosse sua amiga...

Não gostava de pensar sobre isso.

Depois dos estudos no parque, foram para a livraria e folharam alguns livros com capas estranhas, até Marceline se cansar e dizer que precisava de um milk-shake.

Bonnibel não tentou contradizê-la dizendo que estavam ali apenas há meia hora, sabia que a garota não era a maior fã de livros.

As duas acharam um lugar onde podiam ir. Estava um pouco lotado, mas as garotas conseguiram achar uma mesa mais no canto. Logo a garçonete veio anotar seus pedidos. Bonnibel pediu um milk-shake de chocolate, enquanto Marceline pediu um de morango.

Elas não se falaram durante o tempo em que a garçonete ficou fora, e até mesmo depois de ela já ter aparecido com seus pedidos. Não havia necessidade de falar a todo o momento entre elas.

Bonnibel estava distraída, olhando para os ladrilhos azuis da parede.

Marceline batia os dedos na mesa, brincando com seu canudo.

— Bonnie? — Chamou a garota. Não sabia dizer quando exatamente a morena começou a chamá-la assim, mas sabia que no início era apenas para implicar. Agora era apenas algo natural entre elas.

— O quê?

— Você é feliz?

Aquela pergunta a atingiu como uma flecha.

Ela nunca fora muito de se perguntar sobre essas coisas.

Franziu as sobrancelhas.

— Bem, eu tenho uma vida boa. Meus pais são ricos e não são tão ruins, mesmo que às vezes tentem controlar minha vida. Eu tenho grandes chances de entrar na universidade que quiser, e se um dia sentir vontade de namorar não vai ser tão difícil arranjar um namorado...

Ela podia continuar citando todas as coisas que a satisfaziam em sua vida por um bom tempo, mas se interrompeu quando a morena parou de brincar com seu canudo e apenas a encarou como uma expressão que dizia “sinto muito”.

Mas diferente do que achou, Marceline não disse nada, e mudou o assunto sobre alguma notícia da rádio.

Bonnibel ignorou o fato de não ter respondido diretamente a pergunta da garota sobre a felicidade.

Não conseguia mentir para ela.

***

Na segunda-feira, Marceline estava a esperando na saída do clube de debates. Parecia orgulhosa.

Bonnibel não tinha dúvidas que a menina tinha ido bem. A última vez que tinham se falado fora no intervalo, e até então ela não tinha feito sua prova. Mas parecia nervosa.

— E então? — Perguntou com expectativa.

— Tirei um A-. Passei.

Sorriu, e por impulso, Bonnibel abraçou a garota lhe parabenizando. Por um momento desejou não ter feito aquilo, porque o cheiro que saía do cabelo da menina e do seu perfume eram inebriantes demais. Ela não aguentava.

— Posso falar com você a sós? — A morena perguntou quando as duas já tinham se separado, não parecendo mais tão feliz quanto antes. Bonnibel assentiu, e decidiram andar pelo parque que tinha ali perto onde seus colegas costumavam cabular aula.

Foram até a parte mais afastada, e Bonnibel começa a ter medo do que a menina iria falar. Elas acabaram num lugar coberto de árvores, e as costas de Bonnibel estavam contra o tronco de uma delas enquanto Marceline ficava a sua frente.

Enquanto não falava, aproveitou para observar a morena. Ela usava shorts desfiados, uma camisa preta e sua maquiagem aquele dia parecia com a de uma cantora. Estava bonita.

— Eu vou mudar de escola. — Falou, cortando os pensamentos da loira.

—... O quê? — Bonnibel respondeu. Era como se aquilo não fizesse sentido na sua mente. Não conseguia formar frases coerentes.

E por algum motivo, doía.

— Meu pai quer que eu faça o último ano em outro lugar. Ele... Ele não gosta muito de você. — Confessou.

A garota olhou para o chão. Bonnibel queria perguntar o porquê disso. Por que ele não gostava dela? Nunca tinham se conhecido, e ela ajudou sua filha passar de ano.

Ela queria saber como agir. Queria que seu peito não doesse tanto como naquele momento.

Queria gritar e socar o pai dela, um sentimento não muito comum para si.

Mas antes que pudesse fazer alguma estupidez, Marceline se aproximou ainda mais de si e segurou seu queixo, levantando seu rosto. Ela grudou os lábios das duas num beijo simples. Não houve línguas, e talvez nenhuma delas conseguiu expressar o que sentiam por meio daquele contato, mas...

Mas foi o suficiente para Bonnibel agarrar fortemente a bainha da sua saia, para seus pelos arrepiarem e a palma de suas mãos suarem.

Foi o suficiente para ela sentir seu mundo desabar. E se lembrar dos cochichos que as pessoas faziam sobre pessoas do mesmo sexo que se beijavam.

Mas acima de tudo — foi o suficiente para fazê-la se sentir viva.

Porém, tão de repente quando a garota se aproximou, já estava se afastando. Olhou para a loira com um brilho nostálgico, e sorriu.

— Espero que um dia você seja tão feliz quanto você está pretendendo. Obrigada por tudo.

E como a bela covarde que era, Marceline fugiu.

Fugiu e deixou Bonnibel sem saber o que fazer, com uma sensação estranha de formigamento nos lábios.

Fugiu e deixou a garota com uma única certeza: não permitiria que aquilo fosse mesmo um adeus.

***

A possibilidade de elas terem qualquer coisa parecia irreal à loira — até pelo menos ela parar para pensar.

Vendo tudo que as duas passaram, notou que sua queda era óbvia. A forma que adorava seu cheiro, o jeito que sempre batia seu braço no dela quando andavam lado a lado, como ela admirava mais do que devia a beleza da menina...

Não sabia como agir — o que faria se qualquer pessoa descobrisse sobre o que sentia? Seus pais não eram religiosos, mas seria uma desonra para eles terem uma filha... lésbica.

Porque ser lésbica era uma coisa horrível, e só a palavra fazia as pessoas sentirem nojo. E como todos, ela também tinha sido ensinada a sentir nojo, porque aquilo era um fato social.

Mas não conseguia ligar.

Não se importava com os olhares que receberia, nem com os cochichos. Ela queria andar por aí com Marceline, segurar sua mão...

Foi quase vergonhoso a quantidade de tempo que ela demorou para tomar uma decisão.

(Um mês. Ela já estava de férias e não teve um dia que não pensou na morena)

E sua decisão não foi das melhores. Pelo contrário — foi o plano mais idiota e impulsivo que alguém poderia fazer.

Foi para sua escola em uma tarde, com a desculpa que iria para a biblioteca e invadiu a sala de arquivos. Quando a bibliotecária não estava olhando, roubou suas chaves de cima da mesa, e esperou o corredor ficar vazio para entrar na salinha claustrofóbica onde ficavam as fichas dos alunos. Fez a pesquisa mais rápida da sua vida, e quando achou o endereço da garota, saiu dali e devolveu a chave para a mesa da bibliotecária que não notou seu sumiço.

No fim, nunca tinha tido tanta sorte.

***

Bonnibel atirou a quinta pedra na janela que tinha certeza que era a do quarto de Marceline, cansada. Era noite, provavelmente mais tarde do que achava.

Recolheu todas da sua memória todas as informações que Marceline falou de sua casa, e duvidava que estava errada. Levando em conta que nunca estivera ali antes, claro.

Aquela tinha de ser a janela certa.

Mas, aquilo estava ficando tão cansativo.

Ia tocar outra pedra, quando viu a janela ser aberta e a cara irada de Marceline aparecer. Mas sua expressão mudou ao ver quem estava ali. O coração da loira falhou uma batida ao ver a garota. Finalmente.

— Bonnie...? ­— Ela ouviu a morena sussurrar, e lhe lançou um sorriso cansado. Seus ossos doíam. Não acreditava que tinha feito mesmo tudo aquilo. Provavelmente estava estressada.

Mas ver a morena...

A janela foi fechada de novo, e Bonnibel teve medo da garota ter decidido ignorá-la. Mas logo a porta foi aberta, e a morena saiu por lá.

“O que você está fazendo aqui?”, “Como me achou?”, “Por que você se importa?” eram questões que estavam estampadas no rosto da garota, mas Bonnibel não ligava. Nem sabia se a morena tinha falado-as ou não.

Ela andou na direção de Marceline, e fez a mesma coisa que ela: segurou seu queixo, puxou-a para baixo, e seus lábios logo estavam em contato de novo.

E por Deus — se beijar Marceline não era uma das melhores sensações do mundo.

— Como você se atreve de me beijar e sair sem dizer nada? Você não tinha o direito de largar aquela bomba e me deixar para trás!

Bonnibel estava brava. Mas naquele momento, não queria estar.

— Eu achei que você não gostava de mim. Você é tão bonita, inteligente, eu não faria falt...

Ela interrompeu a garota com outro beijo. Como sequer um dia ela podia pensar isso?

As duas se beijaram por mais alguns instantes, e Bonnibel decidiu que deixaria as conversas sobre o futuro — o que fariam com aquilo, como se encontrariam, se deveriam mesmo iniciar qualquer coisa por serem duas meninas — para depois.

No fim, não importava se Marceline fosse apenas uma quedinha passageira ou alguém que ela gostaria de levar pela vida inteira — quando estava com ela, sentia que poderia dizer um “sim” todas as vezes que alguém a perguntava se ela era feliz.

E isso não mudaria nem que elas ficassem apenas como amigas.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a todos que leram. Qualquer erro me avisem.



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