The Rose escrita por Eyelins Skye


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, não esqueçam de comentar ok? Obrigada, vejo vocês nos comentários.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/613754/chapter/1

Depois de todo o bullying, mais uma vez ela se corta e chora. Seu irmão que sempre cuidava dela, a protegia e batia nos outros por ela, não está ali agora.

Ela corre para casa, ignorando o coro de "vadia", "piranha", "puta", "feia" e em sua mente entoa "eu sou um monstro, eu sou um monstro" até chegar em casa.
Sua mãe grita com ela antes de sair para seu trabalho, seu pai já morreu, sua empregada aproveita que a mãe dela saiu e vai para o quarto transar com o mordomo.

As vozes ainda ecoam em sua cabeça, enquanto os gritos de sua empregada ficam mais altos, ela coloca os fones e não vê um garoto do outro lado da janela a olhando.

Ele pensa em como ela é linda e que não deveria chorar tanto assim, ele bate na janela tentando chamá-la, mas como sempre ela não o escuta. Então ele tem que sair, mas deixa uma rosa no parapeito da janela dela, ela fecha a cortina tomada por lágrimas e não vê a rosa.

No dia seguinte, ela foge da aula e se corta no banheiro, três garotas populares entram, começam a zombar dela e ela tenta sair. Mas uma delas puxa seu cabelo enquanto a outra a joga no chão, elas batem nela, quando terminam jogam algo nela e então saem rindo. Ela corre para casa desesperada, apenas para encontrar a empregada e sua mãe se beijando enquanto um cara fica sentado no sofá, ela corre escadas acima e grita de dor, raiva, mágoa e todos os turbilhões de sentimentos misturados. Sua porta está trancada.

O garoto não pode ir hoje e se pergunta se ela encontrou a rosa, ele quer vê-la sorrindo.

Ela fecha a cortina quando chove, mas ela tomou tantas pílulas que sua visão está quase apagando, seus braços já não doem mais e seu corpo está mais leve. Ela cai na cama e só acorda no outro dia, de novo. Tudo a mesma coisa, os mesmos rostos, as mesmas pessoas, os mesmos problemas... Não, ela não aguenta mais.

Dessa vez ela chega em casa e a cena é estranha, sua mãe está chorando, ela tenta abraçá-la e perguntar o que foi mas sua mãe a afasta com raiva e bate nela até que seu corpo fique cheio de hematomas. Depois sua mãe sai pela porta da cozinha e ela sobe para seu quarto, tão acabada, seu corpo todo dolorido... Ela deita e dorme.

Ele entra pela sua janela e a cobre, mas ele não pode tocá-la, seria muito inapropriado. A rosa permanece no parapeito de sua janela, molhada e sem uma pétala.

Ela passa dia após dia, sofrendo bullying de todos na escola, sua mãe nunca mais voltou para casa, seu corpo é uma mistura de hematomas e cortes; seus remédios acabaram e seu dinheiro também.

Ela fecha a janela, ela vê um garoto loiro ao longe, então fecha a janela e não vê a rosa que começa a murchar em baixo do sol.

Ela não vai mais a escola, mas isso não impede que na saída os alunos não venham até a casa dela, atacar pedras, paus...

Passou um mês, um mês de sol, chuva, sol, chuva, sol e chuva como sua constante troca de humor.

Faz sol e chuva dentro dela. Os alunos desistiram dela, alguns dizem que ela morreu, ninguém se atreve a entrar na casa para ver se é verdade, ela não se corta mais mas sua dor continua a mesma.

Ela toma um banho agora, tão magra e ferida que não sabe se é viva ou morta, ela se troca enquanto a chuva cai lá fora, ela pega seu guarda chuva azul escuro e sai de casa pela primeira vez em dias. Depois de tanto andar, com fome, com frio e com dor, ela se ajoelha.

-Oi irmão, as coisas não tem sido fáceis -ela diz entre as lágrimas misturadas a chuva. -Eu sei que eu não fui forte, mas você também não foi não é? -ela coloca uma flor no chão e suspira. -Vim ficar com você, eu posso? Sabe que sempre pode contar comigo né? Eu também posso contar com você não posso? Obrigada por sempre ficar do meu lado, eu sempre vou ficar do seu, você sabe disso.

Um vento toca-lhe o rosto suavemente.

-Eu estou cansada agora irmão.

Um dia depois o garoto soube, ele foi até ela e se deitou ao seu lado na grama.

-Oi linda, vim aqui para ficar com você. OH sim, minha vida também é uma merda. Por falar nisso, cadê a rosa que eu te dei? Sim, fui eu que te dei a rosa e meus olhos estão pesando muito.

No dia seguinte à notícia era "Jovem casal se mata na frente do túmulo do irmão, um único bilhete foi encontrado no bolso do garoto. 'Tiram seu irmão, tiraram tudo que ela tinha e depois me tiraram ela e tudo o que eu tinha. Vocês são cruéis, todos vocês desta cidade'".

Você deve estar se perguntando e a rosa? A rosa? Oh, sim, eu já estava me esquecendo da rosa... Ela ficou no parapeito da janela, mas quando o casal morreu, ela murchou tanto que virou pó e voou com o vento.

Alguns dizem que antes de um casal se matar eles vêm a rosa e que logo depois, a rosa vira pó e voa para longe mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Rose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.