Ligações escrita por Something Incredible


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Bem, espero que gostem da fic. Foi mais algo rápido que eu escrevi ontem antes de dormir porque não escrevia uma fic há séculos, achei uns prompts muito bons no tumblr e resolvi dar uma treinada na escrita.
Qualquer coisa errada na fic, por favor, avisem.



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Elizaveta pegou seu celular. Sem pensar duas vezes, ela discou o número de Gilbert Beilschmidt, seu antigo amigo de infância e, atualmente, namorado.

Enquanto o telefone chamava, Eli relembrava dos bons momentos que passara com Gilbert, antes de ele sair em uma viagem com seu irmão mais novo, Ludwig. Eles ainda não haviam retornado, mas Ludwig mandava cartas semanalmente a todos os amigos deles.

Finalmente, a voz animada que Eli tanto ansiava ouvir falou ao telefone.

— Olá!

— Gilbert! — respondeu Elizaveta, animada por ouvir a voz dele. — Finalmente, eu estava...

— Essa é a caixa de mensagens da minha incrível pessoa! Deixe um recado e eu lhe darei a honra de receber uma resposta! — continuou a voz, para o desespero da garota húngara.

Ela desligou o celular, deitou-se no sofá e começou a chorar. Ela sabia. Sabia que qualquer tentativa de ligar para Gilbert seria completamente inútil. Não que ele não quisesse lhe responder. Ela tinha certeza que ele adoraria falar com ela mais uma vez.

O problema, porém, era que o alemão estava morto.

Ela recebera as notícias em uma das cartas de Ludwig, falando que o irmão mais velho dele morrera por causas ainda desconhecidas durante a viagem, pouco após eles partirem.

Aparentemente, o cérebro dela ainda não havia processado tudo corretamente, uma vez que ela continuava tentando inutilmente ligar para o falecido, como se esperasse que fosse tudo uma brincadeira de Ludwig e que Gilbert atenderia o telefone para falar com ela.

Como um ciclo contínuo, isso se repetia diariamente, sem falta. Também se repetia a dolorosa resposta que Eli recebia, que só servia para lhe dar um choque de realidade e fazê-la voltar ao estado de tristeza que estivera no dia anterior. Ela sabia disso, mas, talvez por ter esperanças que Gilbert pudesse retornar à vida ou algo do tipo, não conseguia interromper esse ciclo.

Também sabia que o resto de sua vida passaria com algo faltando. Como um buraco em seu coração, que apenas o alemão albino conseguiria preencher. Ela já saíra com outras pessoas, claro. Mas, apesar de tudo, Gilbert era especial para ela. Ele esteve com ela durante boa parte de suas vidas, sendo amigos de infância que viviam brigando. Mesmo quando ela estava com muita raiva dele, seu sorriso sempre a fazia feliz, por mais que ela negasse.

Resolvendo ignorar esses pensamentos, ela engoliu o choro e resolveu tomar um banho para se acalmar. Após isso, ela deitou-se na cama, pegou o celular, encarou o objeto por um tempo como se alguém fosse lhe ligar do nada, suspirou levemente, sorriu e caiu no sono.

Na manhã seguinte, Roderich, seu ex-namorado que estava preocupado com ela, bateu na porta. Como não recebeu resposta, entrou na casa, uma vez que a porta estava destrancada, chamando o nome dela. Ao ainda assim não receber resposta, ele entrou no quarto dela, perguntando se ela estava bem.

Elizaveta Héderváry foi encontrada morta em seu quarto pelo seu vizinho e ex-namorado Roderich Edelstein. A causa não foi identificada. Por pedidos de amigos, seu corpo foi enterrado ao lado do de Gilbert Beilschmidt, que era seu namorado até sua morte.

Gilbert estava observando o enterro de Elizaveta, agradecendo pelo fato que, em sua atual forma espiritual, ele não conseguiria chorar nem se quisesse, pois tinha medo que se afogaria nas lágrimas se pudesse.

Porém, seu momento de tristeza foi interrompido bruscamente por uma sensação parecida com a de um soco em sua cabeça. Ao se virar, ele surpreendeu-se ao perceber que quem estava ali era ninguém mais ninguém menos que Elizaveta Hérderváry, em espírito e... Bem, espírito.

Por que Elizaveta havia se tornado um espírito, ao invés de reencarnar ou ir para o Céu, lugar que ela, certamente, merecia? Ela não tinha nenhum assunto não resolvido... Tinha?

— Por que está chorando, idióta? — ela perguntou, sorrindo. — Eu estou aqui.

— Eli! — exclamou Gilbert, ainda um pouco chocado por vê-la ali, mas feliz de qualquer jeito. — Você... Eu... Nós...

— Não precisa surtar — ela falou, rindo. — Dessa vez, você não irá a lugar nenhum, entendeu?

— Claro que não irei — ele se acalmou e riu também, tomando a húngara em seus braços. — Nem eu, nem você. Ich liebe dich, Elizaveta.

— Szeretlek, Gilbert.

Os dois finalmente puderam se reencontrar, e enfim puderam encerrar o ciclo contínuo de ligações inúteis e resolver seus assuntos pendentes.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a quem leu até aqui~ De novo, se tiver alguma coisa errada, comente, por favor. Eu escrevi quase tudo isso ontem e era quase meia-noite, e mesmo agora eu estou no nervoso de ter errado algo XD



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