Amigos? escrita por jadepattinson


Capítulo 22
E Agora? [Rob]




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/61346/chapter/22

0% Interest - Jason Mraz (traduo)

Nossos amigos no alpendre contando piadas e eles se divertem

Rapidamente para tempos mais felizes

Expandindo linhas e achado mais energia para o esforo e

Ficando a distncia do maior holofote

Mas ns encontramos paz nas sombras a tempo suficiente para ver os monstros

Surgirem

Candy tem algum espao para preencher os seus sonhos dirios e altos

A mentira de ontem

Falando comigo com zero por cento de interesse e como ela tem um melhor

Acordo que o prximo cara

E a maneira como os relmpagos nos chocaram quando ns estvamos perdidos e

Olhando a longa rodovia do Missouri seu cabelo era maior

L e agora eu me lembro

Oh as estradas construdas por gatos esto queimando como molhados

Fsforos atravs da minha milagrosa e miraculosa mente

Voc deixou sua marca dentro de mim agora por meses aparentemente mas

Eu s escovo a sua suave superfcie

E de algum modo me deixa indiferente, a minha lngua se curva entre meus lbios

Oh sim

Ento eu no posso falar para voc dos meses qntes de te conhecer

E o jeito que a verdade nos trancou exatamente no momento seguinte

Os relmpagos nos chocaram

Quando ramos jovens e desaparecidos

Atravs daquela rua Nova Inglaterra onde nossas vidas foram esculpidas

L e agora eu me lembro

Bem, mesmo no sendo sobre voc mais eu tenho que te deprimir

Esses minsculos fragmentos de perfeio me satisfazem por agora

Inalterados quando no o mesmo nicio

Ou ao longo do aguardado final.. se eu soubesse todas as palavras que eu iria escrever

Eu mesmo fora daqui

Seu eu fosse todas as cores eu pintarua voc lindamente em ouro em uma

Foto foi isso que me disseram irmzinha

Agora estou vendido irmzinha por que voc no me fala sobre os

Pres-do-sol na Sucia e as leis do den

E como voc foi a pedra de Gibraltar e de como eles chamavam-lhe

Foxy

Bem est outra caixa de pandoras, outra caixa

Caixa de laos

Deslize o p para fora do gs antes de bater sontra mim

Mediano

Separa a nossa casa a partir do meio da rua .. falando

Sobre a nossa casa

Est no alpendre sontando piadas e eles de divertem suavemente

Rumo a tempos mais felizes

Expandindo linhas e achando mais energia para o esforo e

Ficando a distncia do maior holofote

Mas ns encontramos paz nas sombras a tempo suficiente para ver um monstro

Morrer.

Todos ns precisamos de encontrar um pouco de espao em nossos sonhos dirios, longos o suficiente

E to longos

Longo o suficiente, to longo, longo o suficiente como o longo to longo

Longo suficiente?

longo o suficiente para mim? Longo suficiente para que eu possa pensar sobre isso

Se no for .. se for .. se no for, se no fizer, se no puder

Ento no ir

-------------------------------------------------------------------

Sofrimento, dor, agonia, desespero, tudo isso pouco comparado com o que eu senti naquela semana, eu estava l, a apenas alguns metros dela, e no podia fazer nada, alm de esperar noticias dos mdicos que iam e vinham com cara tdio.

E o pior que eu sabia que a culpa era toda minha, da minha burrice, eu sempre me odiei, e agora me odiava mais ainda, eu no merecia todo esse tempo que eu tinha ficado ao lado dela, eu no merecia nem sequer um nico sorriso que ela j tinha me dado, e que provavelmente... nunca mais daria

"o estado dela muito grave" "vai ser muito difcil ela sair dessa viva" "estamos fazendo o possvel e o impossvel" Esses foram os comentrios alegres que eu estava ouvindo todos esses dias, e eu simplesmente no me conformava, no me conformava mesmo, eu j tinha quebrado coisas, gritado com todo mundo, chorado, mas eu ainda estava com dio de mim mesmo, ningum mais aguentava a minha companhia, e com razo.

Eu estava cansado, e ao mesmo tempo no estava, estava cansado por que estava no hospital desde que tudo aconteceu, e no estava por que se me pedissem para passar mais um ano aqui com ela eu passaria, a Jade era tudo na minha vida e eu passaria quanto tempo tivesse que passar para ela se curar, mas parece que no estava ajudando muito, pois a cada minuto ela piorava.

As lembranas do acidente ainda estavam fervendo na minha mente, cada vez que eu ficava sozinho elas vinham e me faziam sofrer mais.

"Ela estava to perto agora, h apenas poucos metros de distancia de mim, ela havia me visto e isso estragaria o meu plano de aparecer de surpresa, mas quem liga?! Ela estava l e era s o que importava, a mala que eu segurava caiu da minha mo e eu no conseguia mexer um msculo, s conseguia olhar pra ela e ver que ela no havia mudado em nada, continuava linda... mas antes que eu pensasse em outra coisa ela correu at onde eu estava, eu no sabia como, mas eu j sabia o que ia acontecer, quando ela deu o seu primeiro passo at a rua eu senti um aperto no corao, mas infelizmente eu no pude fazer nada, foi tudo muito rpido e quando eu dei por mim ela j estava cada..."

J fazia uma semana que isso tinha acontecido, no havia mais nada a se fazer, ela estava em coma profundo e ningum sabia quando ia acordar ou... se ia acordar, mas eu tinhas esperanas. os mdicos j tinham dito que o melhor agora era rezar muito, ou... desligar os aparelhos, no, no, eu nunca ia deixar fazerem uma coisa dessas, nunca.

Tudo estava muito confuso para todo mundo, eu tinha falado pouqussimas palavras desde que ns chegamos ao hospital, o Jorge tambm no teve como explicar alguma coisa, ningum sabia porque eu tinha voltado e muito menos porque o Jorge estava comigo, ele o pai dele s tinham trocado alguns olhares, a Cibelle estava inconsolvel e para piorar o Daniel no saia daqui, a minha me tinha voltado no mesmo momento que eu contei pra ela o que aconteceu.

Rob querido, voc no acha que melhor voc ir para casa? - Perguntou a tia Simone

No. - Respondi. - Eu j disse que s saio daqui com a Jade. - Falei secamente. Eu estava sendo muito mal educado, mas quem se importava com isso numa hora dessas?

Ento v comer alguma coisa, se no voc que vai ter que se internar. - Disse ela.

Eu no estou com fome. - Falei. E ali se encerrou a nossa conversa.

A culpa era minha, a culpa era toda minha, como eu posso ter feito isso com o amor da minha vida? Eu sou um monstro, eu... no mereo nem a amizade que ela me dedicou todos esses anos. Talvez fosse mais seguro pra ela, se ela ficasse com o Daniel, eu podia odiar ele, por ele se apaixonar justamente pela minha bailarina, mas... ele nunca fez ela sofrer, e com certeza nunca ia deixar acontecer uma coisas dessas com ela, ele ia proteger ela de um jeito que eu no consegui. Aquele pensamento s me trouxe mais sofrimento, mas aquilo no era nada mais do que a verdade, uma verdade triste, uma verdade sufocante, uma verdade que eu no queria que fosse real.

Era o que eu ia fazer, quando ela acordar, se ela acordasse, eu ia me afastar da vida da Jade, seria melhor pra todo mundo, sim, ela poderia sofrer um pouco, afinal eu fui o seu "melhor amigo", mas ela ia superar, ela tinha que superar, e eu... bom, eu ia sofrer mais do que tudo, mas... eu faria qualquer coisa pelo bem dela, at.... sair completamente da vida dela.

Eu comecei a pensar nos momentos em que passamos juntos, na nossa viajem a Paris, em todas as vezes que eu dormi da casa da Jade, nos poucos dias em que ns ficamos juntos de verdade, mas esses pensamentos foram logos substitudos por todas as vezes que eu fiz ela sofrer, eu no conseguia nem sequer imaginar que foi eu mesmo que joguei ela nos braos do Daniel.

Eu tinha feito tudo errado!! Primeiro por eu ter me declarado tarde de mais e ter feito ela acreditar que eu s na enxergava como amiga, depois quando eu fui embora e fiz ela acreditar que eu no a amava e agora ela estava aqui! Por minha culpa! Eu sabia disso e todos que estavam nesta sala sabiam tambm mas ningum coragem de dizer!

Amor, vamos? Muita gente aqui s vai atrapalhar. - Disse a minha me para o meu pai.

Tudo bem... Rob... voc quer ir conosco? - Perguntou ele. E eu fiz que no com a cabea.

Cinco minutos depois os meus pais j haviam ido e s quem havia era: eu, o Jorge, a Cibelle, os pais dela e... o Daniel!!

Rob... eu acho que ns precisamos conversar. - Disse o pai dela pra mim. Eu s fiz um sinal com a cabea dizendo que sim.

Bom... ser que agora voc pode me explicar o que aconteceu de verdade e porque... o irmo da Jade esta aqui. - Era deprimente o fato dele no se referir ao Jorge como seu filho.

Bom... - Eu no sabia nem por onde comear, era uma histria to louca que me dava tontura s de lembrar.

Eu contei pra ele e pra todos que estavam naquela sala tudo, tudo mesmo. Quando eu terminei o Tio Marco, a Tia Simone e a Cibelle estavam me olhando com as bocas abertas.

Ah! No vo me dizer que vocs acreditaram nisso??! - Disse o Daniel.

Eu no sei quem voc e nem o que voc esta fazendo aqui, mas o que o Rob disse a pura verdade. - Disse o Jorge se pronunciando pela primeira vez.

Ei, Ei, gente! Se vocs no perceberam a Jade t em coma e vocs esto brigando?? - Disse a Cibelle.

Estava de madrugada, o horrio eu no sabia, j fazia dias que eu no olhava no relgio, na verdade eu no fazia mais nada, s ficava sentado no mesmo sof com o mesmo pensamento de que eu perdi a Jade, e dessa vez eu no havia a perdido para o Daniel ou para qualquer outro, eu havia perdido ela para sempre.

A Cibelle tentava me animar dizendo que ela ia ficar boa, mas nem ela mesmo acreditava nisso, estava difcil acreditar em alguma coisa...

Todos haviam ido tomar um caf e me deixaram sozinho com o Daniel que me dava olhares mortais, mas eu no estava nem a.

Porque voc voltou afinal? - Perguntou ele.

Eu no respondi, eu havia me recusado a falar com a minha me! Porque eu tinha que falar com ele?

A Jade te amava. - Disse ele secamente. - E o que voc fez? Abandonou ela como se ela fosse qualquer uma!

Eu j sabia que a culpa era minha e no precisava que ele jogasse tudo na minha cara. Eu continuei sem falar nada e de cabea baixa.

Qual o seu problema afinal? Finge que ama ela, abandona e depois volta fingindo que esta arrependido e ainda faz o favor de fazer com que ela sofra um acidente! - Disse ele e eu no aguentei mais ficar calado.

Eu no fingi nada! Eu amo a Jade, e eu voltei justamente por isso! Porque eu amo ela e ela me ama! E por isso que voc me odeia! Porque ela me ama, de um jeito que ela nunca vai te amar. - Falei tentando me manter calmo.

Isso no importa mais, quando ela levantar daquela cama ela vai ficar comigo! Ela pode no me amar, mas ela sabe muito bem o que faz bem pra ela e o que faz mal! E o voc faz mal pra Jade.

Olha, porque voc no vai pra casa? - Falei.

Porque se voc ainda no sabe, ns estamos namorando. - Falou ele com um sorriso no rosto.

Eu no falei nada, aquilo era mentira! Claro que era mentira. Mas esse era o menor problema que eu tinha naquele momento. A Jade estava em coma a uma semana e a ltima coisa que eu queria pensar era que ela estava com o Daniel.

3 horas depois eu estava do lado de fora do hospital com a Cibelle.

Rob... no fica assim, ela vai melhorar, eu tenho certeza. - Disse ela tentando dar um sorriso.

Eu fiz tudo errado. - Falei.

Todo mundo comete erros.

Eu sei, mas eu nunca devia ter ido embora...

Esquece isso, voc j voltou. - Disse ela colocando uma mo no meu ombro.

Cibelle... voc a melhor amiga da Jade, e com certeza foi a pessoa que mais ficou do lado dela durante esse ms, ento... como foi esse ms pra Jade? - Perguntei sem saber se eu queria mesmo que ela me respondesse.

Voc quer mesmo saber? - Disse ela.

...Sim.

Bom... eu no passei muito tempo com ela essas frias, ela no saia do quarto, passava o dia trancada... chorando... eu s fui falar com ela mesmo na ltima semana de frias, quando ela comeou a namorar com o Daniel. - Ento era verdade... - Ela estava tentando levar uma vida normal, mas se voc quer saber ela no estava muito animada com esse namoro, e ainda sofria... - Ela ia continuar mas eu no deixei.

Ok... eu no quero mais saber. - Falei.

Rob... ela ainda te ama, ela pode namorar com quem for, mas ela te ama, e por favor quando a Jade sair daquela cama no desiste dela, eu tenho certeza que ela vai te perdoar. - Disse ela dando um sorriso e entrando no hospital novamente.

Eu fiquei l fora mais um tempo, pensando em tudo. Talvez a Cibelle esteja certa, eu j cheguei at aqui, desistir da Jade assim vai ser a maior burrice que eu posso cometer.

Aquele estava sendo o ano mais agitado de toda a minha vida, e eu esperava sinceramente que quando a Jade acordasse, eu pudesse ter uma vida mais tranquila, junto com ela claro.

Eu ainda no conseguia acreditar no que estava acontecendo! A Jade estava entre a vida e a morte e a culpa era minha. Mas ela ia superar, ela tinha que superar, se no quem morria era eu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amigos?" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.