Pandora’s Chaos escrita por Lia Kenoharu


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;3



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Antony P.O.V.

Aquele barulho infernal, somado ao frio de 3°C acorda-me um pouco antes do sol nascer. Eu novamente esqueci a janela do quarto aberta, um péssimo hábito. Levanto da cama e ando até a janela, logo percebo uma pessoa escondida nas sombras com algumas garrafas de bebida alcoólica ao seu lado.

—Bêbados…— murmuro.

Fecho a janela e vou para o banheiro, me olho no espelho, meu cabelo loiro está totalmente bagunçado. Depois de fazer a higiene pessoal, coloco o uniforme e ando para a cozinha e preparo um sanduíche simples. Percebo que o relógio que marca 07:00. Estou atrasado. Suspiro pesadamente e pego a minha bolsa. Saio de casa em direção ao metrô.

Assim que chego na escola, sinto uma pressão nas minhas costas, acompanhada por um perfume forte. Qualquer um pode sentir esse cheiro, mesmo que esteja do outro lado da escola.

—Olá Ashley.

— Bom dia Antony!— diz animada, pondo-se na minha frente— Estou feliz que você finalmente voltou da suspensão.

—É— digo com indiferença— O diretor disse que na próxima vez, serei expulso.

—Sério?— Ela começa a me puxar em direção à escola— Você tem que ter mais cuidado com essas brigas— Ela arruma o seu cabelo loiro antes de entrar na escola.

—Ok— murmurei. Por mais que eu queira discordar, Ashley está certa. Já fui suspenso três vezes por comportamento violento. A sorte é que minhas notas são realmente boas.

Enquanto os alunos arrumam suas bolsas, cada um gritando mais alto que o outro, faço uma manobra evasiva e saio da sala de aula. Depois de alguns minutos eu chego em casa, e passo a tarde lendo livros e escutando música. Quando olho para o relógio, já é 23:57. Vou para o meu quarto e me deito na cama, adormecendo rapidamente.

Acordo sentindo muito frio, o céu já está claro. Olho para o lado e vejo que o despertador está deligado. Levanto-me e ligo o fio na tomada. Sinto uma brisa fria tomar conta do meu corpo. Ando em direção à janela, que foi novamente esquecida, e observo a rua. Aquele bêbado não está mais lá. Escuto um “bip” e olho para o relógio que marca 08:19. Estou muito atrasado. Corro em direção ao banheiro, rapidamente faço a higiene pessoal e visto o uniforme, saio desesperadamente para a cozinha. Sinto um cheiro forte de ferro, mas ignoro esse detalhe. Enfio um pão na boca, pego minha mochila e abro a porta, me preparando para correr 3 km até a escola.

Vários carros pretos estão estacionados na frente da minha casa e alguns homens de termo parecem vasculhar o local. Uma mulher com longos cabelos castanhos que está conversando nota a minha presença e anda na minha direção.

—Você deve ser o Antony Aspen—fala sorrindo quando fica perto o bastante para ser ouvida.

—Sou. O que está acontecendo?—Alguma coisa, com certeza, não está certa.

—Coloquem as algemas nele!—grita. Eu recuo alguns passos, surpreso com as suas palavras—Você foi acusado de assassinato.

Dois homens pegam os meus braços e me algemam.

—Isso foi um engano! Eu não matei ninguém!— Contesto, mas sem sucesso. A mulher faz um sinal e os indivíduos me guiam até um dos carros. Quando fecho a porta e olho para trás, a morena acompanhada por quatro pessoas entram na minha casa. O motorista dá a partida no carro e eu me afundo no banco.

Depois de ficar uma hora vagando pela cidade, o sujeito que está dirigindo finalmente decide o que quer e entramos no estacionamento subterrâneo de um prédio. O motorista para o carro perto dos elevadores e os homens que me algemaram descem do carro e me levam junto. Entramos no elevador e logo chegamos em uma sala com uma mesa branca simples no centro e duas cadeiras, uma de cada lado. Um senhor que aparenta ter 60 anos está sentado em uma das cadeiras. A mulher que eu vi na porta da minha casa está em pé ao lado dele.

—Sente-se, por favor— O homem pede, mas sua voz grossa e a sua cara fechada transformam qualquer pedido em uma ordem. Enquanto pondero sobre sentar naquela cadeira, um garoto loiro entra na sala carregando algumas pastas. Ele anda a mesa e entrega o pacote ao velho. O loiro baixinho tenta sair às pressas da sala, mas acaba esbarrando em mim. Ele me olha e sai da sala. Suspiro pesadamente e sento na cadeira.

—Eu tenho certeza que isso é um engano, eu não matei ninguém—Falo sério. O velho abre a pasta e começa a ler alguns papéis.

—Thomas Smith foi encontrado morto em um beco na lateral da sua casa. De acordo com a perícia, ele levou algumas facadas no tórax e na perna esquerda. O crime aconteceu por volta de 02:00.

—Certo—Falo rispidamente—E qual deveria ser a minha participação nisso?

—A faca usada no crime foi encontrada embaixo da geladeira. O sangue nela é do Sr. Smith e suas digitais estão no cabo—Fico paralisado—Sua sentença é a prisão perpétua.

—O que?— Eu me levanto da cadeira, derrubando-a— Eu exijo um advogado!

—Seu caso já foi apresentado no tribunal. O júri já tem o veredicto—A mulher se pronuncia

—Mas eu…—Preciso de um álibi— Mas eu estava com…

—Ashley Gound— O senhor corta-me—Ela também foi acusada—Eu não consigo imaginá-la na cadeia—Porém—fala calmamente— Existe uma maneira de, digamos, não mandá-lo para a prisão.

—E qual seria?—Pergunto extremamente desconfiado.

—Você será mandado para outra cidade. É como um jogo. Você tem que coletar chips como esse— a mulher fala me mostrando um pequeno retângulo preto, do tamanho da unha do seu mindinho— Se você coletar vinte chips, vai ganhar uma chance de anular toda a sua sentença.

—E a Ashley?

—Também falamos sobre essa proposta para ela. Mas e você?—Aquela mulher está omitindo várias informações, mas as minhas escolhas são muito limitadas.

—Eu aceito.


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Notas finais do capítulo

Enfim, comentem o que acharam, porque isso ajuda muito.
Até o próximo capitulo o/
Jya ne



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