"Enquanto não superarmos a ânsia do amor sem limites, não podemos crescer emocionalmente. Enquanto não atravessarmos a dor de nossa própria solidão, continuaremos a nos buscar em outras metades. Para viver a dois, antes, é necessário ser um."

DANIEL P.O.V.S

Cinco dias. Cinco dias que eu e a Nicole terminamos. Cinco dias sem saber noticias dela.

–Qual é Daniel ainda pensando naquela aproveitadora metida?-Lucas falou entrando na sala.

–Eu amo ela! Eu vou ficar maluco brother.

–E quanto a Tris?

–Sei lá. Eu achava que não sentia mais nada por ela, mas quando eu a vi... Sei lá, eu deixei ela me dominar.

–Eu nunca achei que fosse dizer isso, mas eu conversei com a Sophie e ela me falou que a Nicole tá super-mal e acho que... Ela gosta mesmo de você.

–Eu nunca duvidei disso, mas eu vacilei feio com ela! Acho que ela nunca mais vai querer me ver.

–É. Só que você continua saindo com a Tris, esqueceu? Ontem mesmo a Maya me falou que ela esteve aqui.

–Eu amo a Nicole... Mas acho que ela deve estar me odiando agora.

Escuto a Campânia tocar, levanto-me do sofá e atendo a porta. Era Tris que acaba me surpreendendo com um beijo demorado.

–Oi Dani, passei aqui pra te chamar pra almoçar comigo. -Ela falou entrando.

–Foi mal Tris, mas o Lucas tá aqui e...

–Eu tava meu caro. Marquei de sair com uma garota. Até mais. -Lucas disse retirando-se do apartamento.

–Bem, qual a desculpa agora?

–Tris... -Disse sendo interrompido logo em seguida.

–Vamos. -Ela disse

Fomos até um restaurante, nos sentamos em uma mesa bem exposta.

–Sabe Dani, você já viu os comentários das nossas fotos?

–Não por quê? -Perguntei sem vontade de saber a resposta.

–Bom, pelo que vi algumas pessoas estão achando que nós voltamos. -Ela falou me olhando.

–O quê? -Perguntei confuso.

–Nossa Daniel, até parece que você não sente mais nada por mim. -Ela falou me fazendo sentir culpado pela tristeza que vi em seu olhar.

–Claro que não Tris, nosso namoro foi único. Mas acabou. -Falei fazendo com que ela abaixasse a cabeça. Não posso negar que sinto alguma coisa por você, eu só não sei definir. -Falei deslizando minhas mãos pelo seu rosto.

Ela era muito bonita, com certeza chama a atenção de qualquer homem... Mas a Nicole, ah a Nicole, ela é tão linda, nenhuma mulher pode ser comparada a ela...

Ela aproximou seu rosto do meu e me beijou lentamente, eu retribui o beijo.

–Daniel... Eu nem sei o que dizer, eu não queria que você terminasse com a Nicole, digo, não dessa maneira.

–Tris. -Digo repreendendo a mesma. -Não gostaria de falar sobre isso.

–Tem razão. -Ela disse voltando a me beijar.

–VOCÊ NÃO PASSA DE UM COVARDE MESMO NÉ DANIEL? -Gritou uma voz em minha direção.

Afastei-me de Tris e vi que era Henrique.

–Henrique eu não tenho mais nada com a sua irmã. -Ela terminou comigo. Falei me aproximando. -Ou será que você esqueceu?

–O que significa que eu sempre estive certo sobre você! Você só queria me divertir com a Nicole. -Ele falou se aproximando mais ainda tentando me intimidar.

–CARA VOCÊ É...

–Sabe Daniel, minha irmã estava chorando ontem à noite. Você sabe o que ela fez nesses últimos dias? NADA Á NÃO SER SE TRANCAR E CHORAR. Mais você liga? CLARO QUE NÃO. MAS EU VOU TE ENSINAR A SE IMPORTAR. SABE POR QUÊ? PORQUE NINGUÉM FAZ MINHAS IRMÃS SOFREREM.

–AH É HENRIQUE? ENTÃO VEM CÁ ME ENSINAR. -Gritei segurando a jaqueta dele.

Henrique acabou me atingindo com socos contínuos, em seguida afastei-o com um chute.

–PAREM JÁ COM ISSO! -Tris gritou tentando me puxar.

Henrique apanhou algo no bolso, que de momento não consegui identificar. Quando ele chega mais perto, me dou por conta do objeto que ele tinha em mãos. Um canivete.

–HENRIQUE NÃO! -Tris gritou começando a chorar.

–SE AFASTA TRIS! -Ela continuou andando em minha direção. -QUE DROGA BEATRICE. AFASTE-SE.

–Daniel... -Tris falou levando as mãos a boca.

Os donos do restaurante acabaram puxando Henrique fazendo com que ele guardasse o canivete e saísse com ódio do restaurante.

Tris praticamente se jogou em cima de mim, me abraçando.

–Daniel... -Ela disse sendo tomada pelas lagrimas. -Eu tive tanto medo de te perder.

–Tá tudo bem... Tá tudo bem. -falei tentando acalmá-la.

NICOLE P.O.V.S

Esses últimos cinco dias podem ser resumidos em: Lagrimas, sorvetes, filmes e mais lagrimas.

Finalmente criei coragem e fui para o meu apartamento, Maya passou esses últimos dias juntamente comigo e Sophie.

Já era noite quando fomos surpreendidas com a entrada brutal de Henrique na sala.

–QUÊ ISSO? -Indaguei confusa.

–SABE QUEM EU VI HOJE A TARDE? O DANIEL SE AGARRANDO COM A BEATRICE. NICOLE EU JURO QUE TE AMO, MAS VOCÊ TÁ SENDO IDIOTA DE FICAR CHORANDO POR ELE. -Ele sai batendo a porta.

Vejo que Maya saiu atrás dele. Tentativa falha, pois ele pegou a moto e saiu feito um louco, deixando a mesma em um vácuo eterno.

–Nicole chega! Eu não aguento mais ver você assim! -Sophie falou levantando-se da poltrona.

–E o que você quer que eu faça?

–O mesmo que o Daniel tá fazendo oras. Deixa de ser anta amiga! A Tris não saiu do lado dele esses últimos dias e eu tenho certeza de que o Henrique não está mentindo até porque ele não viria até sua casa se isso não fosse verdade.

–Você tem razão. Eu não vou passar o resto da minha vida sofrendo por ele. -Digo.

–Balada? -Sophie me indagou.

–Com certeza! -Falei pulando do sofá. -Que horas são hein?

–21h34min. -Sophie falou consultando o relógio.

Subimos para o quarto para nos arrumar Sophie pegou uma calça preta colada com uma blusa curta de mesma cor e um salto em estilo fechado. Maya trajou um vestido preto curto e decotado com rendas atrás e um salto de cor preta. Eu por minha vez vesti uma saia curta em cor preta, com uma blusa colada que mostrava metade da minha barriga esta com um preto um pouco mais claro (Escolha de Sophie) e um salto. Escovei meu cabelo e o prendi fazendo um rabo de cavalo. Fiz uma make bem escura diferentemente da de Maya.

–Santo Deus! Eu virei uma perfeita Sophie. -Disse olhando para a roupa que vestia.

–O que significa que você tá linda.

–Sem ofensas amiga! Mas eu tô parecendo uma daquelas vadias de escola.

Rimos.

Pegamos um taxi em direção a boate.

Ao adentrarmos fomos até o bar e pegamos algumas bebidas e levamos para uma mesa ao lado. Alguns instantes depois dois garotos se aproximaram chamando Maya e Sophie para dançar e as biscates foram me deixando sozinha na mesa.

Eu é que não vou ficar aqui sozinha neh?

Sai da mesa e fui até o bar pegando mais um copo de bebida essa que por sua vez era rosa, fui até a pista de dança e comecei a dançar.

Eu estava dançando de bem com a vida até esbarrar em alguém fazendo toda minha bebida entornar.

–Ai caramba! Desculpa-me eu sou um desastre mesmo, sempre faço tudo errado. Vem deixa eu te ajudar. -Falei puxando o cara pela mão sem ao menos ver o rosto dele, a única coisa que percebi foi à camisa de cor gelo manchada por uma bebida de cor rosa.

–Tá tudo bem! Fica tranquila a culpa não foi sua você estava dançando não tinha como saber que eu vinha chegando, a culpa foi minha. Relaxa.

Espera um momento, eu conheço essa voz, e conheço muito bem! Eu não acredito que é ele, acho que eu bebi além da conta e estou tendo alucinações.

–Mas sobre seu pedido de desculpas eu aceito se você aceitar dançar comigo. Você aceita?