Ele a estava observando,como sempre... de sua pequena sala com vista pra bela cidade o chefe da perícia observa sua parceira enquanto a mesma tenta lhe dar com a bagunça de sua sala...

O mesmo ao menos se dá conta do sorriso que toma seu rosto...

Ele a conhecia a tão pouco tempo,mas de uma forma tão completa ele a amava,como amiga... era assim que sua ética pessoal dizia,mas e seu coração?

Ao menos ele tem um coração? Sua mente sempre lhe disse que seu coração fora esmagado junto a sua esposa no 11 de setembro...

Mas seus negros cabelos o fizeram reviver e o brilho de seus olhos o trouxe de volta a vida...

Ela mal sabia do poder que tinha sobre ele,ela ao menos sabia o quanto era importante pra ele...

O detetive abaixa os olhos até a hora no canto de seu computador 20:43... pegando seu casaco e desligando a luz do abajur o detetive segue pro corredor...

Ele deveria seguir pelo corredor,pegar o elevador e ir pra casa com seu carro... como sempre,rapidamente...

Mas... ele se vê vencido ao ver a sulista de cabelos negros sorrindo com seus brancos fones de ouvido,seu movimentos discretos em uma tentativa básica de dançar a deixa encantadora... como sempre...

Deixando seus planos de lado e jogando seu auto controle pela janela ele segue até a sala da mulher... batendo com os dedos no vidro devagar

_Mac?... ei,não sabia que você estava aqui ainda_ ela fala tirando os fones e desligando a música no celular...

_eu estava... estava,estava te observando_ ele havia tentado formular uma resposta melhor,porém... não obtendo muito sucesso...

_estava... me observando?_ ela pergunta rindo da situação

_é... eu realmente não sou bom nisso_ ele fala sem jeito,coçando a própria nuca...

Jo apenas se aproxima do homem e lhe oferece um sorriso...

_bom em quê Mac? está tudo bem?_ ela pergunta sem ao menos entender as atitudes do chefe

_bom... em_ ele morde o cando da boca e se chuta mentalmente ao ver o quanto está enferrujado em fazer isso _bom em dizer eu te amo_ ele fala devagar,calmo... olhando nós olhos brilhantes da sulista...

Ela está sem reação... sua boca está entreaberta e suas mãos procuram um lugar para se segurar...

_Por favor,diga alguma coisa Jo_ ele está apavorado,apavorado com a possibilidade de não ser um sentimento mútuo... de que ele mais uma vez fique sozinho e magoado... apavorado de não pode tê-la em seus braços

_eu amo você_ ela consegue sussurrar de uma forma audível...

Ele consegue sentir o casaco que estava dobrado em seu braço cair lentamente no chão,uma cena que rodou em câmera lenta... o mundo parou neste momento,quando suas mãos grossas e cheias de cicatrizes tocaram a pele tão macia da sulista ele quase não acreditou,ele a segurou como uma jóia preciosa,como se ela fosse feita de vidro e que a qualquer momento fosse quebrar...

_apenas me prometa uma coisa?_ ele sussurra calmo,mas suas mão tremem

_claro,oque?_ ela pergunta colocando suas mãos em cima das dele,as fazendo parar de tremer

_que eu não vou acordar de manhã e vê que tudo isso não passou de mais um sonho_

_eu prometo_ ela fala cedendo ao desejo mais profundo que ele tinham de ser um do outro... um beijo... um beijo no meio da cidade que não dorme,um beijo no meio daquele laboratório cheio de gente... um beijo apenas isso...