Irony escrita por Lovely Dragon


Capítulo 1
Um pouco de amor e humor.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ OLÁ OLÁ! EU NÃO MORRI O/ Eu estou viva gente, calma lá. Eu finalmente acabei essa one-shot, pedido de minha psicóloga (Sem perguntas).Espero que gostem o/ :3



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Era uma tarde fria na pacata cidade, o ar gélido que soprava furiosamente fazia com que todos os moradores se acomodassem em suas casas com lareiras e também deliciosos chocolates quentes.

Sun, uma mulher de vinte e cinco anos tratava de cuidar das coisas para sua primeira apresentação em um bar no centro da cidade, seria uma comediante quase mágica naquela noite.

A mulher tinha seu cabelo curto e um tanto bagunçado, negro e olhos da mesma cor, sempre energética e persistente, alta e bem magra.

Corria de um lado para o outro, tentando ajeitar tudo como queria, sua equipe tentava ajudar, mas acabava fazendo tudo sozinha.

– Está quase na hora... – Olhava para onde logo estariam seus espectadores, o bar era movimentado. As várias mesas pareciam não ter fim e o lugar era imenso, isso dava um sentimento de desconforto em Sun.

Seus olhos reviravam o local freneticamente, tentando achar um ponto de seu interesse.

Um pouco nervosa por ser sua primeira apresentação, andava de um lado para o outro, fitando o chão.

Logo daria o horário que a apresentação começaria, então foi rapidamente se trocar.

Vestiu sua calça longa boca de sino preta que também tinha alças para a camisa, um sapato formal preto igualmente e uma camisa social branca e logo ajeitou as alças.

– Psiu! Mais cinco minutos. - Um homem de sua equipe veio lhe chamar.

Sun conseguia ouvir os murmúrios ansiosos de sua primeira plateia, suava frio, mas tentava andar com calma.

– Olá, olá, olá! – Gritou enquanto adentrava graciosamente o palco, como uma criança animada.

Foi recebida com uma enxurrada de palmas e assovios. Sun percebeu os olhares apaixonados de algumas garotas, mas uma lhe chamou atenção.

“Tão linda...”

Ficou um pouco perdida naqueles olhos âmbares, antes de começar o show.

– Estão prontas... – Deu uma pausa dramática – CRIANÇAS? – Sun praticamente gritou.

– ESTAMOS CAPITÃO! – Responderam animados e em uníssono.

Sun reparou que a maioria da plateia eram garotas... Sun sempre atraía garotas. Por quê? Talvez seu jeito meu “garoto”? A própria admitia, ela adotava o estilo de “tomboy”.

A comédia de Sun rolava tranquilamente.

– Para a próxima... Eu preciso de uma ajudante. – Disse, com uma piscadela.

Pode ouvir suspiros vindos de umas garotas, outras levantaram suas mãos e as balançaram feito loucas.

– Hum... – olhava por todas as extremidades do lugar, até reencontrar a menina dos olhos âmbares. – Você! De olhos âmbares e óculos!

A menina abriu um sorriso de orelha a orelha, estampando sua infinita felicidade.

Ela caminhou calmamente pelo salão até subir no palco com ajuda da mão de Sun.

– Seu nome? – Perguntou com um sorriso torto. – Acho que o meu já sabe.

– Pode me chamar do que quiser... – Respondeu a garota misteriosamente.

– Moon. – Sorriu ironicamente. – Seu nome será Moon.

Moon apenas sorriu de volta, um sorriso de lado e irônico, chegando quase a ser malicioso.

Ela tinha estatura baixa, 1,60 no máximo, enquanto Sun tinha 1,70. Seus olhos eram de um âmbar misterioso e escondido por um óculos de armação vermelha, uma pele levemente rosada com o cabelo ruivo até metade das costas.

– Vamos começar! – Gritava animadamente, abrindo seus braços com um sorriso largo para a plateia, abruptamente Sun virou-se para Moon. – Gata, você é padeira?

– Não, por quê? – Perguntava soltando um risinho.

– Porque seu pai é um sonho. – Sorria inocentemente e logo ouviu as risadas. – Oh, pera. – ria enquanto fazia uma cara confusa.

Ambas se entreolharam e soltaram boas risadas. A apresentação ocorreu bem, e no final todos haviam gostado e prometiam voltar para mais apresentações de Sun.

Antes de Moon ir embora, Sun segurou seu pulso.

– Ei, Moon! – A ruiva estremecia toda vez que ouvia aquela voz a chamando. – Você pode me passar seu número ou alguma coisa assim? Queria poder conversar com você, eu realmente gostei de você.

– Ah... Claro. – Respondeu com a voz doce.

Sun sorriu e trocaram os números de telefone.

. . . . .

Três meses passaram e as apresentações de Sun estavam em todos os lugares e em todas as noites, e agora, junto de Moon.

As duas se tornaram a melhor dupla de comediantes do ano, conquistando espaço na internet e nas televisões, quase toda noite elas passavam na TV.

O que incomodava Sun era que Moon não revelava seu nome de jeito nenhum, mas acabou se esquecendo disso com o passar dos dias.

Todos os dias conquistavam novos fãs por todos os lugares, o que começou em uma cidade pacata, em poucos dias foi para cidades grandes, conquistam mais e mais fãs com seus charmes.

Moon conquistando com seu balançar de cabelo e seus olhos misteriosos e Sun conquistando com seu sorriso e piscadelas.

Logo, era sábado e finalmente teriam um dia sem apresentações, um dia de folga.

– FINALMENTE! – Gritava Sun, segurando seu celular para poder falar com Moon.

– O que vai fazer hoje, Sun? – Perguntava Moon com sua voz doce.

– Nada... – Respondia pensativa. – Quer passar uma tarde aqui no meu apartamento?

– U-Uh... Eu irei passar aí mais tarde, ok? – Propôs, com a voz um tanto trêmula.

– Desde que venha! Tudo bem. – Respondeu Sun.

“Desde que venha!” Essa frase martelou na cabeça de Moon por um tempo.

A ruiva tomou um longo banho e depois de se secar, colocou uma calça jeans simples e esbranquiçada, uma camisa de manga comprida e gola preta e uma boina da mesma cor, para se destacar com seu cabelo.

Limpou seus óculos e logo o arrumou em seu rosto.

Pegou a chave de seu carro e foi em direção à casa de Sun.

– Que nervosismo é esse? – Sussurrava no sinal vermelho. – Eu nunca me senti assim... Eu só vou para o apartamento dela, um encontro casual, nada demais, calma coração.

Dirigiu mais uns quinzes minutos e chegou ao prédio, decorado em cores vivas que passava uma sensação boa de tranquilidade.

O prédio era de um apartamento por andar, era um lugar bem chique.

Falou com o porteiro e ele a deixou entrar. Pegou o elevador e foi para o sexto andar, durante o tempo sozinha no elevador, Moon podia escutar seu coração acelerado.

Chegou ao sexto andar e tocou a campainha, hesitante. Em poucos segundos Sun atendeu, prontamente.

– Você finalmente chegou! – Exclamava ao abrir a porta com um sorriso largo.

– Desculpe... – Murmurava Moon, encarando a parceira.

Sun vestia uma camisa preta larga com um short jeans curto, deixando bem amostra suas coxas, seu cabelo estava bagunçado, parecendo um leão de juba preta.

Moon a encarou por um tempo.

– Vai ficar me encarando ou vai entrar, Moon? – A mulher ria levemente, com as bochechas levemente avermelhadas.

A outra entrou quieta, um pouco vermelha de vergonha também.

– O que quer fazer durante um dia inteiro? Quer dormir aqui? – Sun parecia muito animada para apenas uma visita.

– Dormir? – Moon corou, ela tinha aquelas reações tímidas perto de Sun.

Nem ela entendia, mas a sensação de tranquilidade se misturando com a de nervosismo dava uma sensação boa até.

“Borboletas no estômago?”

– Dormir! Não quer?... – Perguntava, abaixando a cabeça tristemente.

– Eu quero! – Exclamava gaguejando um pouco.

Sun comemorou internamente.

– Fico feliz. E aí, quer assistir alguma coisa? Comer? – Perguntava com um sorriso dócil.

– Um filme... – Moon colocou o dedo indicador em seu queixo, pensativa. – E brigadeiro.

– Vai ficar gorda! – Ria levemente, indo pegar uma panela para começar a preparar.

– Brigadeiro é minha vida. – Retrucou irritada.

–... – Sun colocou a ponta de seu dedo na bochecha da outra, apertando levemente. – Admita, eu sou sua vida. – Riu.

– É, é.

Sun sorriu ao olhar para o lado e ver Moon sorrindo bobamente.

Prepararam calmamente o brigadeiro, logo levaram a panela com duas grandes colheres, arrumaram os vários pufes que lá haviam e deitaram-se preguiçosamente.

Conversaram um pouco e acabaram por esquecer que iam ver um filme.

–... – Moon sorria bobamente para Sun, que retribuía com um olhar doce e um sorriso igualmente bobo. – O FILME! – Gritou pulando dos pufes com uma cara estranha de surpresa.

– Você tem as melhores reações, Moon. – Dizia Sun, levantando e segurando a risada.

– Deixe-me em paz, idiota. – Moon reclamava, com o rosto vermelho.

– Não.

Sun levantou-se lentamente e abraçou sua parceira por trás, curvando-se um pouco, apoiava sua testa no ombro de Moon.

– Desculpe... – Dizia com a voz chorosa.

Moon teve um sobressalto com uma atitude tão imprevisível.

– Por que pede desculpa? – Indagava enquanto se virava.

A ruiva encarava a maior olhando um pouco para cima, com uma expressão preocupada.

–... – Sun entrelaçou a sua mão com a de Moon. – Por isso.

Sun aproximou-se vagamente e com o olhar opaco, Moon apertava com força os dedos de sua parceira, ansiosa, com medo, e com os olhos brilhando em expectativa.

A ruiva não correu. Não se escondeu. Seus olhos âmbares brilhavam mais com a aproximação, estava envergonhada, mas não iria recuar.

“Um beijo?”

“Finalmente...”

O beijo foi selado.

Moon viajava em milhares de emoções, seus dedos ainda entrelaçados com Sun, suavam. Apertou de leve a mão da outra e soltou um suspiro pesado e abafado.

Sun não pediu que o beijo fosse adiante, era um simples selinho longo e amoroso, reconfortante.

Moon sentia todo o estresse acumulado se esvair em questão de segundos. Ficou na ponta do pé para um beijo mais próprio.

“Não tem problema você ser maior que eu Sun, eu posso me levantar para te alcançar.”

A ruiva voltava a sua posição normal e sorria como uma criança, suas bochechas vermelhas fazia a cena ser bela de se ver. A luz do luar se misturava com a luz artificial do apartamento.

– Por que pede desculpa? Eu sempre quis fazer isso... – Desviava o olhar, constrangida. – Com você.

Sun sorriu. Seus dedos ainda estavam entrelaçados.

– Só comigo? – Perguntava com um sorriso de lado.

– Apenas com você.

As duas colocaram um filme de comédia romântica e aproveitaram para trocar carinhos, deitadas nos pufes, uma abraçada na outra.

Ficaram lá naquela noite, apenas se abraçando e trocando palavras amorosas, ficaram lá, apenas sentindo o calor que cada uma emanava.

Ficaram sentindo a felicidade de corresponder um amor sincero.

“Eu te amo, tenho sua permissão para viver ao seu lado?”

“Você sempre terá, sempre.”


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Notas finais do capítulo

Eu espero de coração ter agradado os olhos de vocês o/ Provavelmente não, mas o que vale é a intenção! Fico feliz que tenham lido uma one-shot bem simples, fiz apenas para distrair um pouco minha cabeça :3 e até gostei um pouco do resultado.(Sun ♥)



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