Ensina-me escrita por apenasmika


Capítulo 2
Otimismo


Notas iniciais do capítulo

Capitulo 1 um pouco maiorzinho, espero que gostem



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Alice sabia que dessa vez daria certo, acordou com um sentimento novo e com vontade de seguir em frente, por algum motivo sem medo algum de fracassar, acordou incrivelmente confiante, provavelmente nos dezoito anos de sua vida nunca tinha acordado assim, era seu melhor dia, não sabia ao certo com o que havia sonhado, mas por algum motivo acordará feliz e animada, alguma coisa naquele dia daria certo.
Ela se arrumou para mais uma entrevista procurou a roupa mais próxima que tinha de social no seu guarda-roupa, prendeu o seu cabelo em um coque e saiu do quarto, a bolsa preta sobre ombro, sorriu para a mãe e ela lhe retribui um sorriso caloroso e gentil.
– Já vou.
– Boa sorte, filha. Espero que consiga, estou torcendo por isso.
– Eu vou conseguir. - Afirmou e a garota sorriu, deu um beijo na testa da mãe e foi.
Ela estava sendo otimista, não sabia ao certo se era bom ou ruim por que se por acaso falhasse ela se machucaria muito mais, quando um fracasso é esperado talvez não seja tão ruim, mas quando ele não é ai que vem o problema acompanhado por algumas ilusões que simplesmente foram despedaças e jogadas dentro de um poço que não tem fundo e que muitas vezes parece sem volta. Mas naquele momento, Alice pouco se importava com isso, na verdade não pensava em nada além de conseguir.
De sua casa ate onde ia fazer a entrevista era de aproximadamente trinta minutos, rapidamente chegou ao local se localizava no centro da cidade, oemprego era para ser recepcionista em um prédio comercial, era um lugar perfeito principalmente por que se localizava perto de casa, ao chegar próximo se surpreendeu como o lugar era chique, não importava quantas vezes fosse de uma forma ou de outra continuava a se surpreender, as pessoas iam e viam no prédio era um lugar movimentado, logo foi para uma pequena fila para fazer o cadatro e ter permissão para subir, após um três minutos foi sua vez.
– Boa tarde - A atendente lhe cumprimentou educadamente.
– Boa tarde. Eu vim fazer uma entrevista de trabalho.
– Ah, sim. - A mulher esboçou um sorriso - Seu nome é?
– Alice - A mulher já ligava, falou algumas coisas no telefone, pediu para ela tirar uma foto em um computador que se encontrava a sua frente, lhe entregou um cartão verde e pediu para que subisse.
–"Logo estarei fazendo a mesma coisa". - Pensou, o andar que devia ir era o sexto, era em uma sala no final do corredor, ao chegar ao local, havia mais três garotas tão arrumadas quanto ela, devo ressaltar também tão lindas também. Não que nossa protagonista fosse feia muito pelo contrário a garota que falo ela demonstra força, simpatia e beleza, mas é aquela beleza simples que não chama muito atenção, se por acaso um dia você a ver na rua e nota-lá passará por sua cabeça:
"Que garota bonita..."
E então seguirá em frente e pronto, nada mudará em sua vida, muito menos na dela, porém essa garota é tão bonita fisicamente quanto no coração, mas se estiver curioso falarei sobre sua aparência, enquanto ela espera se chamada para a entrevista.
Seus olhos e cabelos são castanhos, a boca carnuda e avermelhada, sua cor é um morena claro, o rosto demostra juventude, os olhos é a coisa que mais lhe chama a atenção por que são sinceros mesmo que não queiram ser, é como se eles tivesse vida própria e embora a garota tente controla-ló, ás vezes tentando camufla a tristeza ou os sentimentos que sente, seus olhos lhe traem, eles sempre a trai e continuará assim por várias vezes, por que aqueles castanhos é de outro mundo, por ai dizem que os olhos é o espelho da alma, mas se for, a alma dela é a mais linda de todas.
– Alice. - Uma mulher charmosa chegou na porta, lendo um papel que tinha em mãos, a garota rapidamente se levantou, o nervosismo começava a aparecer, o estômago se revirou e ela como sempre começou a apertar os dedos, ao adrentar ao pequena escritório sentou na cadeira que a mulher indicou, ela agora analisava seu curriculum - Primeiramente boa tarde, Alice, se você passar na entrevista eu serei sua chefe, meu nome é Maria.
– Boa tarde, muito prazer Maria - A mulher sorrio, os olhos verdes a analisou e notou que ela estava nervosa, nela tudo era muito fácil de ler, se você a analisasse por um segundo sequer perceberia e tudo estava ali assim como um livro aberto, fácil e claro para poder se entender. - Vejo que está meio nervosa.
– Sim. - Ela tentou se acalmar Maria ainda lhe olhava com um olhar divertido, estava sendo ridícula sabia que estava, apesar de não ser sua primeira entrevista agia como se fosse, grande imatura, grande idiota que era.
– Por que você nunca trabalhou até agora?
– Eu e minha familia fizemos um acordo para eu comecasse a trabalhar apenas quando terminasse os estudos - Aos poucos sentia-se perdendo o nervosismo isso sempre acontecia com ela, não deveria ficar desesperada . - Mas quando acabei não foi fácil encontrar, hoje em dia apenas o ensino médio não é o suficiente, não importa que emprego seja. - A mulher acentiu.
– O que você deseja ao conseguir o emprego?
– Independência, eu quero parar de depender de minha familia, agora eu quero ajuda-lós.
– Como sua familia é?
– Eles são legais. São gemtis na hora de ser e rigosos também. Até meu irmão que antes viviamos brigando nos damos bem.
– Irmão mais velho?
– Sim. - A mulher sorriu quase como se a entendesse, seguiu-se então mais algumas questões se sua mãe trabalhava, se sim em que, como era o convívio em familia e o que queria ´ao ser aceita na empresa, mas então quando ela perguntou seus pontos negativos e positivos não soube responder e demorou mais do que as outras, deixou um escapar:
"Falo muito e esforçada" - Mas ela sabia que não soou com tanta convicção.
A mulher após as questões encarava a folha, lendo o que havia anotado, decidindo se a aceitava, se seria a primeira a lhe dar uma aportunidade, a conhecê-la melhor, ser a pessoa que pela primeira vez não a rejeitaria.
Enquanto aguardava o coração batia forte, ás vezes se remexia na cadeira, em outra batia a perna nervosamente, depois de um momento de silêncio Maria finalmente começou:
– Então você pode trazer as cópias dos seus documentos amanhã? Para que semana que vem você comece a trabalhar? - Os olhos castanhos se arregalaram e um sorriso sincero brotou em seus lábios.
– Sim, posso sim.
–Você vem amanha umas três horas e traz essas cópias para mim - Ela lhe mostrou uma folho e lhe explicava o que deveria trazer, porém Alice não prestava atenção seus pensamentos estavam longe, ou melhor, estavam em casa onde sua mãe caminhava de um lado para outro, rezando mais uma vez naquela semana para que a aceitassem, pensou em que pela primeira vez as preces de sua mãe foram atendidas. Que pela primeira vez... - Você entendeu?
– Sim. - Mentiu - Trago tudo amanhã sem atraso.
– Se você se atrasar amanhã nem precisa mais vir.- Maria brincou, elas levantaram-se, Alice teve a sensação de que se dariam bem em uma relação de chefe e empregada, não sabia por que simplesmente sabia.
– Muito obrigada pela oportunidade.
– Me agradeça com o seu esforço.
– Certo. - Ela sorriu e foi embora quase saltitando a cada passo dado no meio do centro da cidade super movimentado, teve medo se sorrir e os estranhos que iam e viam pensar que era louca, porém ela podia ser mesmo, já que sua felicidade era tanta que não se importava com mais nada muito menos com as pessoas ao seu redo e ao entrar no ônibus, enfim desistiu de tentar se controlar e acabou o caminho todo sorrindo sozinha.
***

O dia seguinte o dia amanhaceu mais bonito que o normal, atrevo-me a me corrigir, hoje sim a garota está incrivelmennte confiante aquele era seu melhor dia, ainda mantinha o sorriso nos lábios pela proeza do acontecido no dia seguinte, podem pensar que não é grande coisa, afinal o que mais se tem por esse país é emprego, quem pensa assim nunca falhou muitas vezes na vida, nunca se sentiu a ponto de desistir, entretanto ter que acabar continuar tentando, por isso que ela tem tanto felicidade por que depois de tanto tempo alguma coisa enfim começava a dá certo para ela.
No inicio da tarde, ela se arrumou para levar os documentos, uma calça jeans, bluzinha e pronto já estava pronta, a pequena pasta com seus documentos embaixo do braço, a mãe estava na sala vendo um filme que repetia pela centessíma vez na tv e sorrio ao ver a filha passar.
– Vai com Deus - Sussurou, mais para ela do que para a filha ouvir, porém a garota ouviu e agradeceu intimimamente a benção da mae.
Mais ou menos trinta minutos depois, ela chegou ao local, ainda era cedo, sempre tinha o incrivel costume de ser adiantada, por isso resolveu da uma pequena volta pela centro da cidade, até o lugar onde trabalharia seria menos de dez minutos, encontrou uma pequena praça e sentou-se, do outro lado da rua o movimento das pessoas não parava sequer por um segundo, apesar do sol que fazia naquele dia pessoas iam e viam, algumas acompanhados de amigos, outros sozinhos, alguns sorriam e outros sempre de cara fechada, como se suas vidas fossem apenas infelicidade e estresse, Alice analisava tudo, os olhos castanhos admirava as pessoas, Alice também, mas logo sua atenção foi para um pequeno círculo de pessoas que se localivam á a alguns metros dela, no máximo cinco pessoas estavam em torno de algo, então quando as pessoas enfim decidiram se calar por um segundo conseguiu ouvir um pequeno e triste choro, ela levantou-se e foi em direção a algazarra a sua frente.
– O que aconteceu? - Ela perguntou para um homem que observava tudo de longe com os braços cruzados sobre o peito, ele a encarou, a analizou e logo começou a falar
– Um criança perdida.
– Criança?
– Sim, dever ter uns oito anos, está aqui há um tempo,uns vinte minutos talvez, não para de chorar e para piorar é estrangeira.
– Mas por que não a levam para uma delegacia?
– Você não acha que eu não tentei? Fui eu o primeiro a achá-lo, olhava de um lado para outro procurando alguém deduzi que deveria está perdido, falava com ele, mas não me respondia quando peguei em seu braço, me mordeu com toda a forca que tinha - Ele mostrou-me o braço que ainda tinha uma mordida avermelhada cravada nele, o homem voltou a cruzar os bracos novamente. - Agora ele chora todo assustado. Apesar da mordida que me deu, pobre criança.
– De que país ele parece ser?
– Ele deve ser coreano, chinês ou japonês, sei lá, deve ser um desses ai, afinal são todos iguais mesmo.
Não era, a garota sabia, ela olhou no relógia, faltava vinte minutos até a hora marcada para a entrega dos documentos, agora ela deveria esta indo para seu futuro emprego.
"Mas dependendo de sua nacionalidade eu posso ajuda-ló" - Pensou -" A criança perdida não é problema meu, tem pessoas ao seu lado tentando ajudar... Mas... é uma criança... estrangeira... Em um país que não sabe falar a lingua e em volta de pessoas desconhecidas...
Um soluço se dissolveu junto ao barulho da semi-multidão e não houve mais argumentos, ela se aproximou do círculo e gentilmente pediu licença as pessoas, uma criança de cabelos negros, pequena e de olhos puxados chorava, os olhos estavam inchados de tanto, olhos que demostravam medo, ela tocou em seu ombro, esperou uma mordida, mas nada aconteceu.
Pobre criança...
– Você entende o que estou falando? (Anata wa watashi ga hanashite iru ka o rikai shimasu ka?) - Alice falou em japonês, uma lingua que sempre souberá falar.
– Sim... - A criança acentiu e logo parou de chorar;
Alice estava com um pouco de medo, mas tentou se otimista, afinal aquele era um bom dia e nada poderia estraga-ló.
Foi o que pensou e teve medo de aquilo não fosse exatamente verdade.


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Notas finais do capítulo

bye



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