O que você seria capaz de deixar por uma amizade? escrita por Anaju


Capítulo 55
Será que eu consigo?


Notas iniciais do capítulo

Olá, meus queridos leitores e leitoras. Gostaria de informar que dei uma pausa nas postagens por conta do natal, ano-novo e férias, só que eu esqueci de avisar, parei de postar um pouco antes do natal. Mas agora voltarei a postar normalmente com no máximo de quinze dias entre os capítulos, obrigado pela compreensão e paciência.

Obs: Se ocorrer alguma coisa com que eu não possa mais estar postando os capítulos com no máximo de quinze dias de intervalo entre eles eu prometo avisar.

Será que Laura é mesmo capaz de causar a tristeza de seus amigos?



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Três dias depois:

Laura:

Chega, eu não aguento mais adiar, já faz dezessete dias que estamos nessa viagem e eu tenho sempre adiado: o dia de cumprir mais uma parte de minha vingança, mas agora já chega, hoje eu vou cumprir mais um pedaço do meu plano inicial, o pedaço do plano: Paulícia já era, começa agora mesmo.

Afinal agora que eu sou magra e bonita o Paulo vai gostar de mim, apesar de eu não estar nem aí para ele.

De manhã nós demos um pulo na praia, depois almoçamos e agora há tarde o pessoal ficou na sala vendo tv e eu vim para o jardim, afinal o Paulo está aqui também, é o momento perfeito para começar meu plano.

Ele estava no computador e eu estava fingindo escrever no meu livro de músicas.

Fase um, em andamento.

Eu sorri para ele discretamente, como quem não quer nada e decidi inventar uma desculpa para iniciar uma conversa, com a desculpa na cabeça eu fui até onde ele estava.

— Oi, e aí, tudo certo? – Ele, perguntou.

— Olá, sim e você?

— Melhor agora. Aconteceu alguma coisa? – Ele, indagou.

O que foi esse melhor agora, hein?  Se eu conheço alguma coisa sobre meninos, ele está dando em cima de mim, e porque ele está assim tão nervoso? Ao que me parece pelo menos.

— Não, eu só estou meio entediada e eu queria te propor algo.

— Eu aceito fazer qualquer coisa com você. – Ele, falou, sorrindo de um jeito diferente.

— Então.... Eu pensei em jogar cartas, talvez? Podemos chamar o resto do pessoal também.

— Gostei da ideia, estou super entediado também, é melhor se formos só nós dois. – Ele, disse.

Será que o Paulo está a fim de mim? Se estiver será tudo muito mais fácil, porque se ele estiver apaixonado vai se machucar muito mais no final.

— Está bem, eu vou pegar as cartas e já volto.

Agora era só pegar as cartas, ir jogando e beijar ele quando eu ver a Alícia chegando. 

— Ok. – Ele, falou, parecendo animado. Coitado, nem sabe o que está prestes a acontecer.

Subi pelos fundos, para que ninguém me visse, peguei as cartas e desci correndo.

Meu deus!! Bateu uma insegurança, será que vale mesmo a pena magoar a Alícia para cumprir minha vingança contra o Paulo.

Aí eu me lembrei de tudo que ele fez para mim.

Tomei coragem e saí para o jardim em direção à Paulo.

Me sentei e sorri para ele com um lindo sorriso bem falso.

— Então, vamos começar? – Ele, perguntou, se aproximando de mim.

Aí eu pensei: começar o jogo ou a paquera? Deu até vontade de rir.

— Claro.

Começamos a jogar...

— Ganhei. – Eu, disse, no fim do jogo.

— Vamos jogar de novo e dessa vez eu ganho, hein... – Ele, afirmou.

— Eu ganhei de novo. – Eu, falei, para ele, rindo, depois de mais uma rodada.

De repente eu vi a Alícia chegando e cheguei bem perto dele.

— Eu acho que eu deveria ganhar alguma coisa, por ter tem ganhado duas vezes, né? – Eu, sussurrei, no ouvido, de Paulo.

Como ele é um idiota e nem se importa em magoar a Alícia ele me beijou.

Alícia foi chegando perto e quando saímos do beijo ela estava lá olhando e chorando.

Fase um concluído.

Apesar de ser um idiota, até que ele beija muito bem.

Mas não melhor que o Mário.

Laura off

Alguns minutos antes:

 

Paulo:

Eu tenho certeza agora que o que eu sinto pela Laura é muito mais que amizade, se não fosse pela Alícia eu investiria nela, mas quem sabe posso investir mesmo assim, não, não seria certo.

Pela Alícia é mesmo amizade, e até rolou um clima com a quinquina, como eu chamava a Maria Joaquina quando éramos crianças, e com a Valéria, mas não passou disso, um clima totalmente passageiro, já com a Laura é diferente.

Eu estava super entediado no jardim, queria ficar um pouco sozinho, pois toda vez que eu olhava para a Alícia, lembrava que eu não a amava e o pior era quando eu a beijava e imaginava que ela era a Laura, me sinto muito culpado.

Estava mexendo no meu computador e Laura estava do outro lado do jardim, com seu caderno de músicas na mão, eu imagino que escrevendo algo, ela me olhou e riu e eu fiquei meio nervoso.

Então de repente ela veio em minha direção e se sentou do meu lado, ela estava tão linda, como sempre.

Ela não falou nada, por isso eu decidi começar a conversa.

Nós estávamos conversando e decidimos jogar cartas, mas eu desconfio que era só uma desculpa para ficar comigo, será que ela está gostando de mim? Porque eu morro por ela, se sim, eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo inteiro.

Ela foi pegar as cartas e eu fiquei super ansioso por sua volta.

Quando ela voltou ao meu encontro, estava com o sorriso mais lindo desse mundo.

Jogamos duas rodadas e ela me ganhou nas duas, também olhando para ela, não dá para prestar atenção em nada mais que em seus doces olhos.

Eu mudei tanto, cadê o Paulo Guerra que adorava zoar todo mundo e nem ligava para os sentimentos dos outros?  

Ela se aproximou de mim e ela estava tão perto, que eu podia sentir seu doce hálito de morango, então eu não resisti e a beijei apaixonadamente.

Quando paramos o beijo eu ouvi um barulho, olhei para o lado e vi a Alícia, ali parada chorando, meu deus o que eu fiz? Ela nunca vai me perdoar e eu também nunca me perdoarei.

— O que é isso, Paulo? – Ela, me perguntou, entre soluços.

— Me desculpa Alícia. – Eu, disse, levantando.

— Eu não quero explicações, vocês são uns falsos, principalmente você, Laura, está tudo acabado entre nós. – Ela, falou, e entrou na casa, ainda chorando muito.

Eu olhei a Laura e ela estava chorando, eu não acredito que eu consegui magoar as duas.

Me sinto horrível, mas isso não vai me impedir de ficar com quem eu realmente amo.

Paulo off

Laura:

A Alícia entrou correndo na casa chorando e eu me senti a pior pessoa do mundo e eu era mesmo, então eu comecei a chorar e ele me olhou triste, aí eu comecei a ficar contente.

— Não fica triste, tudo vai se ajeitar, e só a gente se apoiar e ficar junto. – Ele, disse.

— Quando você diz ficar junto, você diz? – Eu o instiguei a falar e se fosse o que eu estou pensando, o plano deu mais certo do que eu imaginava.

— Namorar. – Ele, falou, meio constrangido.

— Mas e a Alícia? – Eu, perguntei, me fingindo de inocente.

— Esquece ela, a gente já terminou mesmo. – Ele, respondeu, com certeza.

— Então... você aceita? – Ele, perguntou, me parecendo, ansioso pela resposta.

Ele deve estar gostando muito de mim para nem ligar para a tristeza de Alícia, pena que eu nem ligo se ele gosta ou não de mim, afinal ele nunca ligou para me magoar, não é?

Laura off

Paulo:

— Sim. – Ela, respondeu, e eu fiquei imensamente feliz.

Eu sei que ficar feliz à custa da dor de Alícia era horrível, mas eu amo muito a Laura, tanto que eu não consigo pensar em mais nada.

Eu a abracei desejando que aquele momento nunca terminasse.

Paulo off

Laura:

Plano concluído, com resultados bem melhores do que o esperado.

Laura off


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Notas finais do capítulo

Será que a galera vai aceitar esse novo casal?

Obrigada por ler



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