Arrhythmia escrita por greyanatoms


Capítulo 1
001 - First Day Of School


Notas iniciais do capítulo

HEYYYY ESPERO QUE GSOTEM DO PRIMEIRO CAPÍTULO E POR FAVOR, CONTINUEM ACOMPANHANDO



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Chapter 001 – First Day Of School

– Não acredito que vamos trabalhar juntos. – Mark Sloan comentava animado, enchendo mais uma vez a taça que Scarlet segurava.

– Nem eu! – Scarlet deu um logo gole no vinho. – Eu estava amando a Alemanha, mas eu sinto muita falta do Derek e da Amelia, eles são minha segunda família.

– E minha falta? Não sentiu? – Mark parecia decepcionado. Scarlet explodiu em uma gargalhada e dois segundos depois a campainha tocou.

– Você sabe bem do que eu senti falta em você. – Sorriu maliciosa, levantando para abrir a porta.

Scarlet Hills encontrou uma garota atrás da porta. Seus olhos amendoados estavam inchados embaixo da franja que quase atrapalhava sua visão. Ela apertava um casaco ao redor do pequeno corpo. Ela encarou a Dra. Hills de cima a baixo, dando conta que ela usava apenas uma lingerie e segurava uma taça de vinho, provavelmente uns dos vinhos caros que Mark adorava comprar. A garota da porta, era Lexie. Scarlet a conheceria em qualquer lugar do mundo porque Dr. Sloan falava dela 24 horas por dia.

Lexie não queria acreditar no que estava vendo. Ela estava pronta para reatar com Mark e quando finalmente tomou coragem, uma mulher apenas de lingerie a recebeu. Agora ela estava ainda mais certa de que Mark jamais mudaria, continuaria sendo um cafajeste.

– Você é um galinha nojento! – Foi a única coisa que Lexie disse quando Mark apareceu atrás de Scarlet na porta, vestindo apenas uma cueca, em seguida, foi embora, dando pesados passos até o elevador.

– Eu acho que ela entendeu errado. – Hills fechou a porta, acompanhando Sloan até a bancada da cozinha. – Nós sempre tivemos essa mania de ficar apenas de roupa íntima sem fazer absolutamente nada.

– Olha como atendemos a porta. – Mark riu malicioso. – Nós não transamos faz o que, dois anos?

– Acho que sim, a última vez foi quando vim visitar os Shepherds no ano novo. – Deixaram seus copos na bancada.

– Quer repetir? Aquela noite foi divertida. – Mark rapidamente abraçou-a pela cintura, beijando-a no pescoço.

– Mark, você me disse que esta focado em conquistar a Lexie, não devemos fazer isso. – Tentou empurrá-lo, mas a vontade de ficar em seus braços firmes era maior do que a vontade de afastá-lo.

– Estamos separados, e ela não demorou muito para dormir com o primeiro que apareceu quando terminamos. – Disse arrastando-a até o quarto. – E eu não digo isso só porque quero transar com você, agora.

– Essa vai ser a última vez e se Derek souber, ele te mata. – Scarlet jogou-o na cama. – Eu sou como uma irmã para ele.

– É sempre a última vez. – Dr. Sloan arrancou a lingerie de Scarlet. – E Derek sabe desde a primeira vez, não é como se Amelia conseguisse manter a boca fechada.

O despertador tocou extremamente alto. Scarlet levou um susto quando acordou e não estava em seu quarto de hotel. Estava nua, no quarto de Mark Sloan. O que sempre acontecia quando se encontravam. Ela, depois de muito esforço, saiu de seus braços e foi até o banheiro para tomar um banho.

– Vai ser um grande dia. – Mark conversava com Scarlet enquanto ela tomava banho. – Mal posso esperar para estarmos juntos no hospital. Eu, você, Derek e Amelia, vamos voltar a ser o que éramos antes de ficarmos velhos e chatos.

– Velho aqui é só você. – Ela desligou o chuveiro.

– Quer fazer de novo? – Ele ficou deslumbrado quando ela parou nua e molhada na frente dele.

– Eu disse que ontem foi a última vez, e dessa vez é sério. – Deu-lhe um selinho. – Vai se arrumar. Temos muita coisa para fazer hoje, inclusive reconquistar a Lexie. A garota já deve me odiar.

– Ela não te odeia. – Sloan deu de ombros, entrando no banho.

– Ah, ela odeia. Eu abri a porta da casa do homem que ela ama só de lingerie. – Pegou a roupa nas malas. – Ela me odeia.

– Não avisei para o Derek e para Amelia que já cheguei, queria fazer uma surpresa. – Scarlet parecia nervosa, agora já no elevador do hospital. – Espero que eles não fiquem bravos por eu ter encontrado com vocês antes deles.

– Você esta muito neurótica Scar, relaxa. – Mark deu-lhe seu melhor sorriso com o canto dos lábios, aquele que fazia Scarlet derreter.

Ela já havia tido uma queda por ele, mas sabia que isso não iria para frente nunca e saiu a tempo de não se machucar. Agora, ela tinha certeza que ele tinha mudado. Ele ama Lexie.

– E aqui, a sala dos atendentes... – Sloan apresentou, abrindo a porta da sala.

– Scar? – Derek parecia confuso quando viu a amiga de infância.

– SHEP! – Scarlet não conseguiu conter a alegria, pulando no colo do amigo, que tirou-a do chão e girou-a, assim como fazem com as crianças pequenas.

– Quem é essa? – Uma voz feminina ecoou na sala. Scarlet saiu do colo de Derek e virou-se para encontrar a dona da voz. Era Meredith Grey, ela reconheceria em qualquer lugar. Era quase como se a Dra. Hills fosse casada com ela também, já que Derek havia lhe contado absolutamente tudo sobre a esposa.

– Ah desculpa, Dra. Grey. – Esticou a mão. – Sou Scarlet Hills, a nova chefe do setor de cardiologia e melhor amiga do McDreamy aqui.

– Até você usando esse apelido? – Derek não acreditava naquilo. – Vamos, vamos procurar Amy, ela está surtando esperando por você.

– Ela deve estar com nossa paciente, iremos operar juntas. – Dra. Hills estava animada por voltar a operar com Amélia depois de tanto tempo. Elas tinham costume de fazer isso juntas quando eram residentes em Boston. – Minha primeira cirurgia aqui será um transplante e Amélia irá tentar corrigir um aneurisma na mesma paciente, uma menina de 17 anos que tratamos juntas há alguns anos.

– Um transplante no primeiro dia? – Derek chegou com Scarlet até o quarto da paciente. – É bom ter você de volta.

– Senti tanto a sua falta. – Amélia quase sufocava Scarlet em seu abraço.

– Eu também Amy, mas você esta me sufocando. – Disse sem querer parecer grosseira.

– Desculpa, você sabe como eu fico quando estou empolgada. – Começaram a caminhar juntas para se prepararem para cirurgia. – Então, como foi o sexo com Mark ontem?
– Como é que você sempre sabe quando transamos? – Scarlet estava indignada, ela não havia dado um sinal de que havia tipo um maravilhoso sexo com Mark Sloan no dia anterior.

– Eu sempre sei Scar, e Derek também. – Deu de ombros. – Faz tempo que eu e Mark não dormimos juntos, eu sinto falta porque é tão bom.

– Eu sei, mas Derek odeia quando acontece. – Completei sua frase.

– Exato. – Concordou e começaram a se lavar para a cirurgia.

Scarlet’s POV

– A cirurgia não podia ter sido mais perfeita. – Amelia comentou animada quando saímos da sala de operação, em direção ao refeitório. – Eu só queria um pedaço grande de bolo de chocolate.

– Eu queria uma pizza gigante, com uma tonelada de queijo. – Suspirei, sentindo minha boca salivar. – Mas parece que teremos salada. - Amelia me devolveu uma careta e rimos andando na fila.

Sentamos em uma mesa no meio, Amy apontava para os internos e dizia cada apelido que ela tinha dado, eram engraçados. Ela me contou algumas histórias do hospital, e como todos ali eram como uma família.

– Olha, aquele é o Dr. Owen Hunt, o chefe. – Apontou para um ruivo que conversava com alguns internos.

– Meu deus, ele é gostoso. – Olhei-o de cima abaixo. – To pensando em mil maneiras diferentes de tirar aquele jaleco dele.

– Concordo. Você já o conheceu? – Antes que eu pudesse responder, ela gritou o nome dele e chamou-o para vir até a nossa mesa. – Se arruma, ele ta vindo.

– O que? – Sem que eu pudesse ter uma reação, ele chegou a nossa mesa.

– Hunt, essa é a Dra. Scarlet Hills. – Amelia me apresentou, eu ainda estava com um pouco de vergonha, ela sempre fora assim escandalosa.

– Dra. Hills, estava procurando por você. – Estendeu a mão para apertar a minha. – É um prazer finalmente conhecê-la. Como foi a primeira cirurgia?

– Um sucesso. – Respondi com o melhor sorriso que eu tinha.

– Ótimo, ótimo. – Ele parecia tão sem jeito, isso tornava-o uma graça. – Passe mais tarde na minha sala para acertamos os últimos detalhes do contrato, pode ser?

– Claro, passarei sim. – Concordei com um aceno de cabeça antes de me sentar novamente.

– Últimos detalhes do contrato é? – Amelia não tirava o sorriso malicioso do rosto enquanto comia sua salada.

– Cala a boca. – Revirei os olhos.

– Olha se não são as duas garotas mais lindas dessa mundo! – Sloan chegou em nossa mesa, acompanhado de Derek.

– Então Scar, como foi o sexo com o Mark ontem? – Derek perguntou, se divertindo com meu rosto que agora ficava cada vez mais roxo.

– Não acredito que você contou para ele. – Comecei já pronta para uma discussão com Mark.

– Ele não disse nada. Eu apenas sei. – Deu de ombros e pedi para encerrarmos o assunto. – Então, onde você está ficando?

– Em um hotel, aqui perto do hospital. – Espetei o garfo em uma folha de alface.

– Por que não fica lá em casa? Você pode dormir com a Amelia, Meredith nem vai se importar. – Ele parecia todo animado, como se reunisse a família novamente.

– Não vou me importar com o que? – Meredith apareceu do nada, atrás de Derek. Segurava a mão de uma criança que imediatamente eu soube que era Zola.

– Se a Scar passar algum tempo lá com a gente. – Ele olhou para esposa, eu conhecia aquele olhar, o olhar de filhotinho, que ele só fazia quando queria alguma coisa.

– Você nem vai notar que eu to lá. – Tentei, piscando para ela.

– Engraçado, Amelia disse a mesma coisa. – Levantou as sobrancelhas rapidamente. – Mas claro, pode ir.

No mesmo segundo, todos os nossos celulares começaram a receber mensagem, avisando que um trauma estava a caminho. Nos olhamos por alguns segundos, e todos juntos, saímos correndo para emergência. A ambulância estaria ali daqui a cinco minutos, só por causa disso, o elevador parecia estar demorando uma eternidade. Prendi o cabelo enquanto descíamos e respirei fundo. A porta de metal maciço se abriu e entramos em direção ao caos. Logo uma enfermeira chegou com a roupa descartável, colocando-a em mim. Fomos até a entrada, esperar pela ambulância. Dr. Hunt já estava lá junto com um punhado de residentes do terceiro ano.

– Dra. Hills, sou a Dra. Torres. – Uma morena sorriu animada.

– Ouvi falar muito de você, criação de cartilagens não é? – Respondi, colocando as minhas luvas. Ela nada disse mas pareceu muito feliz quando mencionei seu trabalho.

– Eu não acredito que ela é mesmo. – Ouvi uma voz cochichando atrás de mim.

– Nem eu, ela é tipo a deusa da cardio. – Outra voz sussurrou. – Ela tem que me escolher.

Virei pegando as duas de surpresa, elas pareciam espantadas. Começaram a balbuciar pedindo desculpas e tudo que consegui fazer foi rir.

– Isso vai ser muito divertido. – Estalei os dedos e esperei pela ambulância.

As sirenes começaram a ficar cada vez mais altas, até que cinco delas apareceram uma atrás da outra. Um grande capotamento havia ocorrido devido a um caminhoneiro bêbado. Abriram a primeira ambulância e um senhor foi tirado de lá. Ele já estava tento parada cardíaca, então não tinha muito o que fazer. Pulei em cima da maca, sentando-me em cima do abdômen machucado, e comecei a massagem cardíaca.

– Temos que ir direto para cirurgia, faremos os exames possíveis lá. – Relatei e todos ficaram escutando. – O QUE ESTÃO ESPERANDO? RÁPIDO! – Dois segundos depois, todos começaram a se mexer.

Amelia examinou rapidamente meu paciente. Owen e Meredith empurravam a maca para o elevador, onde colocamos soro e alguns remédios no paciente. A sala de cirurgia já estava preparada e agora, o paciente também. Eu não sabia o que me esperava, não sabia o que estava acontecendo dentro dele, mas sabia que ele precisava das minhas mãos, precisa de uma cirurgia e agora, sem tempo para exames, sem tempo para perguntas. Eu apenas sabia.

– Tem certeza disso? – Owen assustou-me, quando parou do meu lado para lavar-se.

– Acho que sim, ele precisa da cirurgia agora Hunt. – Olhei-o. – É meio que uma intuição.

Antes que ele pudesse responder, entrei na sala de cirurgia e pedi para que me vestissem. Parei ao lado do paciente, um ultrassom portátil em mãos. As imagens comprovaram o que eu já sabia: se eu não o abrisse agora, ele morreria. Sem contar dos fluídos no abdômen e em todas as lesões que apareceram.

– HUNT! TEMOS QUE COMEÇAR AGORA! – Gritei para que ele ouvisse e se apressasse.

Grey já estava pronta ao meu lado, pedi o bisturi e abri o peito que estava prestes a explodir. Respirei fundo, olhei para o coração e sabia tudo que tinha que fazer, o procedimento passou em um flash na minha cabeça, quando dei-me conta, minha mão já estava dentro do peito do paciente.

10 horas depois, minhas pernas começaram a ficar dormentes, mas a cirurgia tinha terminado. Tirei as luvas, a roupa descartável, a toca e sai devagar da sala. Caminhei lentamente pelos corredores, tentando absorver a ideia de que agora, ali, era meu novo lar, minha nova família, minha nova casa. Meu turno estava encerrado por hoje, fiquei feliz por isso, eu estava exausta. Os primeiros dias, sempre são os piores. Fui até a sala dos atendentes, ansiosa por um banho e foi o que eu fiz. Arrumei-me da melhor maneira que podia: minha saia longa e justa, minha camisa, meus sapatos de bico fino e meu pesado casaco de linha para me aquecer daquele frio de Seattle. Olhei para o relógio em meu pulso, estava atrasada para falar com Hunt. Andei apressada até sua sala e abri a porta sem nem bater.

Ele estava deitado no sofá, todo desconfortável, a coluna torta, as pernas quase toda para fora da mobília, os braços cruzados no peito. Ele parecia tão sereno, não queria acordá-lo. Dei dois passos para trás, da forma mais silenciosa que eu podia mas desastrada do jeito que sou, esbarrei em alguma coisa, que caiu no chão fazendo um barulho absurdo. Owen pulou em um susto do sofá, em alerta, como se alguém fosse atacá-lo. Suas mãos agarraram a borda do sofá com muita força, suas juntas ficaram vermelhas.

– Meu deus, mil desculpas, não queria te acordar, muito menos te assustar. – Pedi desesperada, ele não parecia bem.

– Está tudo bem. – Respondeu depois de respirar fundo algumas vezes. – Eu nem devia estar dormindo, mas faz três dias que estou fazendo plantão, então se eu parar por um segundo, eu durmo.

– Não tem problema, não precisa se explicar. – Falei sem graça. – Eu devia ter batido na porta.

Ele deu apenas um sorrisinho, colocando o jaleco de volta e passando a mão nos cabelos rebeldes para arrumá-los. Foi até sua mesa, pegando um pasta lotada de documentos.

– Preciso de algumas assinaturas, se não se importa. – Entregou-me alguns papéis e a caneta que estava em seu bolso.

– Com prazer. – Assinei rapidamente, devolvendo-o os documentos.

– Obrigado. – Guardou meu contrato. – Espero que goste de trabalhar aqui.

– Eu vou gostar. – Sorri abrindo a porta.

– Scarlet... – Chamou-me com uma voz diferente, fazendo-me parar imediatamente. – Obrigado.

– Você já disse isso Owen. – Levantei minhas sobrancelhas para ele. – Está precisando de uma consulta com o neuro?

– Não. – Sorriu sem graça, seu rosto todo começou a ficar rosa. – Quer dizer, obrigada por ter aceitado o convite. Foi ideia dos Shepherds, achei que você não largaria a Alemanha.

– Derek e Amelia podem ser bem persuasivos. – Dei de ombros e ele concordou, dando-me um aceno com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

espero q tenham gostado e deixem comentário viu!!! x@greyanatoms



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