Um Sonho Realizado - 5º ano escrita por Miss Evans


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/612921/chapter/6

Quando eu ia perguntar uma coisa pra ele, nós dois colocamos a mão em cima da ‘Marca Negra e estava tão forte a dor que eu não aguentei e sentei na guia da calçada, me contorcendo toda.

Assim que a dor passou, Snape ficou preocupado e quis que eu mostrasse pra ele, assim que eu levantei a manga da minha blusa de lã, parecia que tinham queimado meu braço com ferro quente, estava todo vermelho e parecia que a Marca iria saltar para fora do meu braço.

Snape achou melhor me levar imediatamente ao Dumbledore, pois ele com certeza saberia o que fazer.

Chegando a uma travessa sem muito movimento, Snape me segurou pelo braço e fomos encontrar Dumbledore.

Assim que desaparatamos, eu pude reconhecer o lugar em que estávamos e disse:

– Aqui é Hogsmead não é?!

– É sim... mas como você sabe disso?! – Snape perguntou sem entender como eu sabia.

– Ah, eu ouvi um monte de gente falando sobre aqui! – eu menti descaradamente.

Snape pareceu não acreditar muito dessa vez, pois ficou me olhando com um jeito tão sério, que deu até medo.

Mas depois disso, ele me levou até Hogwarts, onde Dumbledore estava, assim que estávamos chegando, deu para ver o castelo com suas torres e suas luzes acesas, assim que eu vi aquilo, eu parei do nada, e fiquei olhando para cima, feito uma retardada, e Snape continuou indo, sem dar atenção, ele só foi se dar conta de que eu não estava ao seu lado, quando ele fez uma pergunta e eu não respondi.

Assim que Snape viu que eu não estava ao seu lado, ele foi até mim, saber se eu estava bem, daí eu falei que estava, que eu só estava admirando o castelo.

Snape achou tudo muito estranho, mas não falou nada, com certeza, ele iria pedir explicações ao Dumbledore mais tarde.

Assim que entramos no castelo, eu fiquei observando tudo, e por incrível que pareça, era exatamente tudo igual ao que J. K Rowling escreveu em seus livros.

As escadarias de mármore sem dúvida alguma davam pra passar vários alunos juntos, sem se baterem; os corredores eram largos e enormes, dava pra ter uma bela briga ali sem ninguém se machucar por ter caído em cima de uma estátua ou coisa do tipo!

Eu, obviamente, tinha parado para dar uma olhada no Grande Salão, enquanto Snape andava, sentido ao escritório do Dumbledore.

Assim que Snape viu que eu não estava ao seu lado, ele começou a me procurar, e assim que ele me achou já foi falando:

– Você quer fazer o favor de ficar perto de mim Evans? Essa escola é muito grande e se você se perder, vai me dar um trabalhão pra te encontrar de novo!

– Não se preocupe Prof° Snape... eu não irei me perder! – eu respondi dando um sorrisinho para o professor e comecei a andar sentido ao escritório do Dumbledore.

Assim que chegamos lá, Snape disse a senha para a gárgula que guardava a entrada do escritório do diretor e eu, sem perceber e instintivamente, falei junto.

Snape olhou para mim com cara de intrigado, e eu percebendo o que tinha feito, olhei pra ele e disse:

– Algum problema?

– Foi impressão minha ou você disse a senha junto comigo? – ele perguntou, olhando pra minha cara e levantando uma de suas sobrancelhas.

– Foi sua impressão, professor, eu não sei a senha, mesmo porque, essa é a minha primeira vez aqui em Hogwarts! – eu desconversei, mas eu senti que ele ainda estava intrigado.

Subimos, assim que chegamos à porta, Snape bateu, e Dumbledore respondeu:

– Entrem!

Entramos; assim que eu pisei naquela sala, era como se eu estivesse em um dos filmes do Harry, gravado nos estúdios de Leavesden!

Tudo, absolutamente tudo que Rowling e os filmes mostravam, estava lá, desde os globos flutuantes, até a penseira, dentro de um armarinho do lado direito da porta!

Dumbledore ficou me observando, depois que eu me juntei ao Snape, ele disse:

– Boa noite Katherine! A senhorita aprova o meu escritório?

– Boa noite, professor! Ah, sim! É fantástico e igual... – mas não tive coragem de terminar, pelo menos não na frente de Snape, e é claro, Dumbledore percebeu, porque ele disse:

– Seus sonhos?!

– Sim! Meus sonhos... Ando tendo uns sonhos meio esquisitos... No sentido de coisas e objetos! – eu respondi, entrando na deixa do diretor.

Snape pareceu não acreditar muito, mas não falou nada, mesmo porque, Dumbledore perguntou:

– O que vocês fazem aqui a essa hora?

Snape olhou um tanto quanto sério pra mim e depois disse:

– Dumbledore, essa menina tem um sério problema de controlar a raiva que ela sente! Ela atacou Lúcio Malfoy na frente de um monte de gente, lá no St. Mungus!

Dumbledore não disse nada, só olhou para mim e depois para Snape e disse:

– Katherine, isso é verdade?

– Eu... Receio que sim, senhor! - disse baixando os olhos.

– Severo, será que você poderia nos deixar a sós?! - Dumbledore falou olhando fundo para Snape.

Snape me olhou com uma cara do tipo "me aguarde depois" e saiu.

Assim que Snape saiu, Dumbledore disse:

– Agora me conte, o que houve lá no hospital?!

– Bom, resumindo muito a história, eu só fiz o que fiz, porque Lúcio estava debochando da morte de minha mãe; sabe professor, eu não tenho sangue de barata, eu não consegui ficar quieta.

Dumbledore não disse nada, mas depois de um tempo ele disse:

– Eu sei, eu já sabia disso, Snape me avisou na hora do ocorrido.

– Como? - eu respondi sem entender.

– É, eu já sabia! O Prof° Snape já tinha me avisado, eu só perguntei para saber se você falaria a verdade ou não!

– Então porque eu estou aqui? - perguntei sem entender mais nada.

– Para isso que eu falei, e para mais duas coisas que eu gostaria de saber e falar! - ele falou, me olhando por cima daqueles oculozinhos de meia-lua.

– E o que é?! - perguntei meio desconfiada.

– Primeiro: como você sabia a senha de entrada para a minha sala? - ele perguntou sem mais nem menos.

– É que aparece no livro... Então.... - eu falei meio sem graça.

Dumbledore não disse nada, só ficou me olhando com aquele seus olhos azuis penetrantes e gentis, e depois falou:

– Então a senhorita é uma legilimente?!

– Eu receio que sim senhor. - eu respondi olhando para baixo. - Mas eu juro que eu não faço por mal, na verdade eu nem sei como eu faço!

– Então a senhorita está me dizendo que a senhorita lê o pensamento dos outros, mas não sabe como?! - Dumbledore perguntou me olhando por cima dos óculos com uma cara de cético.

– Sim senhor, eu juro! - eu falei, começando a ficar desesperada por ele não estar acreditando.

– Olha Katherine, eu não sou assim, acho que você sabe disso, mas eu preciso que você prove, eu preciso ter uma certeza de que você não sabe repetir isso! - ele falou calmamente.

Eu fiquei olhando pra ele sem acreditar no que eu estava ouvindo e nem de quem eu estava ouvindo.

Acho (tenho certeza), de que Dumbledore leu minha mente, porque ele disse:

– Vamos lá Katherine, leia!

– Eu não consigo! - retruquei.

– Vamos, tente!! - ele insistiu.

– Eu não consigo! - eu falei "desesperada"

– Anda! - ele meio que gritou.

Eu não sei como, quando já dei por mim eu estava na mente de Dumbledore, vendo o que ele fez aquela manhã, estava indo tudo bem, até que de repente eu "acordei" dessa " viajem" e quando abri os olhos, estava de volta na sala de Dumbledore; assim que me recompus, eu olhei para Dumbledore meio encabulada e disse:

– Desculpe professor, foi sem querer!

– Eu já sei porque você "invade" as mentes das pessoas, você não faz por mal e nem sabe como fazer, você só faz! - Dumbledore respondeu dando um sorrisinho. - Você só consegue isso, quando você: está sob pressão, está nervosa, zangada, chateada ou em perigo, que sua adrenalina está a mil.

Eu só fiquei olhando pra ele com cara de ponto de interrogação.

O silêncio foi tanto e tão intenso que eu tive que perguntar:

– E o senhor vai me ajudar a "resolver" esse "problema"? Para que eu possa ter controle sobre isso?!

Dumbledore ficou me olhando com cara de quem está te analisando internamente, e depois disso:

– Não creio que ainda seja a hora Katherine, mas assim que chegar o momento, você será a primeira a saber!

– Mas professor... Desculpa, mas Harry também terá que aprender oclumência, eu gostaria de saber isso, antes dele, para que se ele precisasse de ajuda, eu poder ajudá-lo! - eu falei.

– Tudo bem, talvez quando Harry "descobrir" isso, seja a hora de você começar também! - Dumbledore disse com a maior calma e tranquilidade; mas ele só falou isso, porque ele não sabia o que iria acontecer aquele ano!

Depois de um certo silêncio incômodo, Snape abre a porta sem bater e sem pedir licença e dizendo:

– Saia Evans, espere lá fora!

Fiquei olhando pra ele com cara de tipo "educação as vezes vai bem, sabia?", e então ele viu que eu não tinha saído, então ele olhou pra mim e disse:

– Agora!

Olhei para Dumbledore, para ver se eu realmente saía ou não e este dando uma piscadinha acenou com a cabeça afirmativamente.

Saí, dizendo um breve: "Até logo!"

Assim que saí da sala, fui dar uma volta pelo castelo, pra ver se realmente eu conhecia todos os lugares que estavam lá; resolvi começar pela cozinha, onde eu sempre quis estar para poder conhecer Dobby, o elfo...

Chegando lá, eu fiz o que o livro manda e deu certo! Assim que eu entrei vários pares de olhos do tamanho de bolas de tênis ficaram me olhando, e dentre tantos, eu reconheci os de Dobby, e disse:

– Dobby, como vai você?!

Dobby me olhou muito surpreso e disse:

– A senhorita me conhece?

– Bem, já ouvi falar muito de você, afinal de contas, você tentou salvar a vida de Harry e conseguiu quebrar o braço dele... E no final do ano, ele "salvou" você dos Malfoy!

Dobby não sabia onde enfiar a cara, então ele perguntou:

– A senhorita conhece o Sr. Harry Potter?!

– Bem... Podemos dizer que sim! - eu respondi.

– Então se a senhorita é amiga de Harry Potter, é amiga de Dobby também! Diga, o que a senhorita quer?!

Eu na hora não ia pedir nada, mas minha barriga fez um barulho super estranho, então eu resolvi pedir um sanduíche, em menos de 5 segundos, eu já estava comendo o meu sanduíche. Assim que eu acabei de comer, achei melhor ir embora, porque era capaz de Snape estar me procurando (coisa que eu achava realmente muito difícil), então me despedi de Dobby e dos outros elfos e sai.

No que eu saí, um vento gelado me "pegou" de surpresa, e por mais agasalhada que eu estava, o vento estava frio!

No meio do corredor deserto, uma dor lancinante queimou meu braço, me fazendo cair no chão, encolhida de tanta dor, eu estava quase desmaiando quando de repente, eu sinto uma mão no meu ombro e e ouvi:

– Evans, você está bem?!

Quando eu abri os olhos, vi Snape do meu lado, todo preocupado, assim que eu levantei, eu coloquei logo a mão no meu pulso esquerdo e ameacei a cair de novo, mas Snape estava perto e me amparou, me "abraçando" pelos ombros; ele parecia estar preocupado, porque ele quase não falou nada, simplesmente me levou para a sala do Dumbledore, assim que eu entrei Snape me colocou sentada na cadeira e falou pro Dumbledore:

– Ela estava caída no chão, com a mão no ante-braço!

Dumbledore não falou nada, simplesmente me olhou e logo em seguida, Snape já não estava mais na sala. Assim que Snape saiu, Dumbledore perguntou:

– Pode falar Katherine!

– Professor porque eu tenho a Marca Negra?! - fui direto ao assunto.

Dumbledore respirou fundo e disse:

– Bem, pelo pouco que sua mãe me contou, foi porque quando você era pequena, com uns 4 anos, Voldemort foi atrás de sua mãe, mas não para matá-la, e sim para a tornar aliada a ele, assim que Voldemort ía lançar o feitiço que iria marcá-la com a Marca no braço, você com apenas 4 anos de idade, se colocou na frente de sua mãe e recebeu o feitiço, ficando assim, marcada!

"Sua marca é como a cicatriz de Harry, que como você já sabe, tem forte ligação com Voldemort!"

– E porque só eu tenho visões do que ele sente e faz? - perguntei intrigada.

– Bem, vamos dizer que pela mesma razão que Harry também os sente e os vê! - Dumbledore respondeu.

– Mas senhor... Harry só tem essa ligação com o Voldemort, por que ele é uma Horcruxes... Se eu também sinto o que o Harry sente... Então isso quer dizer que eu também sou uma Horcruxes?

Dumbledore sorriu gentilmente e disse me tranquilizando:

– Não Katherine, porque Voldemort não tentou matar você, ele apenas a marcou como uma igual... Agora, para ser sincero, eu não sei porque você também sente e vê as mesmas coisas que Harry...

Eu fiquei quieta, pra poder analisar as informações e as digeri-las, então depois de eu ter entendido eu disse:

– E existem outros como eu? Que não são Comensais mas que tem a Marca?!

– Sim, porém eles não a sentem queimar e não têm as visões, pois estão em países bem distantes daqui, então eles a usam como uma tatuagem! - ele falou calmamente sem desviar os seus olhinhos azuis de mim. - Assim como a senhorita fazia, quando morava no Brasil não é mesmo?! - e falando isso, deu um sorrisinho e uma piscadinha.

Eu fiquei olhando para Dumbledore, com uma expressão um pouco menos preocupada, até que o diretor disse novamente:

– A senhorita deseja me contar mais alguma coisa, Srta. Evans?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Um Sonho Realizado - 5º ano" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.