Um Sonho Realizado - 5º ano escrita por Miss Evans


Capítulo 16
Capitulo 16




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Chegando no meu quarto, depois da janta, eu fiquei lá, brincando um pouco com o Félix, que parecia estar precisando disso. Antes que Cass ou Ann entrasse, eu já tinha ido "dormir", fechei as cortinas da minha cama, peguei o livro em cima da minha mesa de cabeceira e comecei a ler, ele era realmente animador, então depois de ter lido dois capítulos, eu estava dormindo, num sono muito pesado, que se houvesse uma guerra ali, eu morreria dormindo.

No dia seguinte, eu fui a primeira a acordar, então fiz o que tinha que fazer por lá, peguei a coleirinha de Félix, coloquei em seu pescoço e fui dar uma volta pelo jardim, antes de tomar o café e ir para as aulas. Depois do passeio, Félix estava muito mais calmo e feliz e eu... bem, eu? Estava meio depressiva, pelas descobertas da noite anterior, mas consegui reprimi-las ao máximo, sem muito esforço.

Chegando na mesa do café, meus amigos ainda não tinham descido, então resolvi esperá-los sentada na mesa mesmo. Olhando pelo Salão Principal, eu vi Jhon, sentado à mesa da Corvinal também sozinho, então resolvi ir até lá, para falar um pouco com ele, chegando lá, me sentei na frente dele, que estava com a cabeça baixa e falei:

– Bom dia, Jhon! Como você está? Espero que melhor!

– Ah, bom dia, Kath! Ah... tô indo, pelo menos a mão já está melhor, e você? Não parece estar muito bem! - ele falou, olhando para mim.

– Não se preocupe, estou ótima! Que bom que a sua mão está melhor... - eu disse, mais fui interrompida por ele, que notou o meu braço engessado e disse:

– O que foi que houve com o seu braço?

– Ah! Conhece aquele almofadinhas do Malfoy? Então, ele não gostou que eu supostamente roubei a vaga dele como apanhadora do time de quadribol da Sonserina, e depois dos testes, me atacou em um dos corredores para as masmorras! - eu resumi bem o que tinha acontecido, pois começavam a chegar o restante dos alunos, e ficavam me encarando, afinal de contas, Sonserinos não eram muito bem vindos na mesa das outras casas.

– Poxa, mas você acha que vai poder jogar a primeira partida? - Jhon perguntou.

– Segundo a Madame Ponfrey me disse, da última vez que eu fui lá, que se eu continuasse no ritmo em que eu estou, sem forçar muito estarei pronta bem antes disso! - eu respondi, com um sorriso. Estava muito ansiosa pela minha primeira partida, embora ainda não tivesse comprado uma boa vassoura, coisa que eu tinha que fazer o mais rápido possível e imaginável.

Assim que percebi que eu realmente não era muito bem vinda na mesa da Corvinal e que meus amigos já tinham chegado, me levantei despedindo-me de Jhon, e ao virar, encontro Luna vindo.

– Bom dia, Kath! Tudo bom? - ela disse, ao chegar mais perto, naquele seu tom calmo e meio infantil.

– Olá Luna, bom dia, tudo sim e com você? - eu respondi, com o mesmo entusiamo que ela, sorrindo.

– Eu estou indo super bem! Preparada para assistir as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas hoje? - ela disse, me lançando um olhar do tipo: "Vê se não apronta mais nada!"

– Na real? Tô não, mas fazer o que? Tem que assistir né? - eu falei dando um sorrisinho e indo para a minha mesa.

Chegando lá, Flint disse:

– E aí? Como tá o seu braço?

– Bom dia, pra você também Marcus! - eu falei me sentando ao lado de Peter e sorrindo.

– Ah, bom dia, como está o seu braço? - ele disse meio sem graça.

– Está indo! Se eu continuar a não forçá-lo, Madame Ponfrey disse que no meio da semana tira o gesso e eu vou poder treinar e jogar o primeiro jogo! - eu falei, me servindo de suco de laranja, torradas com geleia e um pão com manteiga. (que por incrível que pareça, tinha lá!)

– Excelente! - Marcus disse feliz da vida, olhando para Stewart.

– O que houve com o rosto do Malfoy? - eu perguntei, quando eu me virei para pegar o açucareiro, para por açúcar no suco, e reparei que o olho dele estava roxo e o lábio estava meio cortado

– Ah! - Stewart disse olhando para Draco e rindo. - Isso foi o que o Peter fez, depois de Snape ter te levado para a enfermaria!

Eu olhei para Peter do meu lado, meio assustada, geralmente ele era muito calmo e sereno, nunca se metia em brigas e em nada do tipo e sempre que havia uma com seus amigos, ele sempre tentava acalmá-los e se não fosse com os seus amigos, saía de perto e iria chamar um professor.

– Ah, não aguentei o que ele fez com você, Kath! - Peter respondeu, desviando o seu olhar, e voltou a olhar para o prato de ovos com bacon que ele tinha em sua frente.

Não tocamos mais no assunto do Malfoy, ao invés disso, resolvemos falar sobre o primeiro passeio para Hogsmead no próximo final de semana.

– Você vai com a gente né Kath? - Ann perguntou.

– Ué... se eu não for com vocês que são meus amigos, eu vou com quem? Com o Malfoy e os amigos dele? - eu falei rindo, e fazendo com que todos, menos Ann risse junto.

– Não né? Pensamos que talvez você fosse com o seu primo e os amigos dele! - Peter respondeu me dando um tapa na cabeça e rindo.

Sorte a dele eu não estar com o copo de suco, pronto para beber, se não teria feito um estrago lindo e ele teria apanhado muito.

– Ah engraçadinho! Não... aliás faz tempo que eu não falo com o Harry e os outros, acho que eles não gostaram que eu entrei na Sonserina! - eu falei, olhando para a mesa da Grifinória, para ver onde Harry e os outros estavam.

Depois do café da manhã, fomos juntos para as aulas. Chegando na primeira aula que era Trato das Criaturas Mágicas, eu esperava ver Hagrid ali, porém quem estava lá era a Profª Grubby-Plank; e ao fundo, quase que imperceptível a Profª Umbridge, sentada num tronco de árvore ali caído, com o seu suéter rosa, com uma prancheta com alguns papéis e uma pena, tomando nota de alguma coisa.

Assim que todos já tinham chegado, a Profª Grubby-Plank disse:

– Bem, hoje aprenderemos mais sobre os tronquilhos e... - mas foi interrompida por um barulho que não era normal das aulas, um: hem, hem vindo de onde Umbridge se encontrava sentada.

Ao ouvir aquilo, eu olhei para Peter e cochichei:

– Eu não acredito que ela vai assistir às aulas!

– Não se esqueça, que isso aparece no livro, e sim, ela irá assistir às aulas! - Peter falou no meu ouvido, para que mais ninguém pudesse ouvir.

– Ai não! - eu murmurei, um pouco alto de mais, que fez com que Umbridge voltasse sua atenção para mim.

– Algum problema Srta. Evans? - ela perguntou me encarando, louca para mais uma detenção.

– Nada, só que eu acho que eu esqueci o meu tinteiro, professora! - eu falei, fingindo estar procurando meu tinteiro na mochila. - Ah! Achei! - eu disse, pegando-o e mostrando-o para ela, antes que ela pudesse falar mais alguma coisa.

A aula decorreu calmamente, exceto por Umbridge que ficou andando em volta da turma, fazendo umas perguntas a alguns alunos.

– E então, Sr. Malfoy, como o senhor descreve as aulas do Prof° Hagrid? - ela falou, parando onde Malfoy, Pasy e seus amigos estavam sentados, fazendo o que Grubby-Plank tinha nos passado.

– Ah, são horríveis e muitas vezes ele intimida os alunos por sua... aparência! - ele falou, me olhando nos olhos. - E sem contar que ele traz criaturas perigosas para as aulas! Uma vez ele trouxe um hipogrifo, que me atacou fazendo com que eu ficasse na enfermaria por uma semana! - e dizendo isso, ele deu um sorrisinho para mim e para Harry, que estava próximo.

– Ah, vê se fala a verdade ao menos uma vez na vida, vai Malfoy! - eu não me contive.

– Ta falando do que Evans? Você nem estudava aqui quando isso aconteceu, como você pode me acusar assim? - ele falou, com um sorriso de deboche no rosto.

– Eu tenho minhas fontes, seu mentiroso de uma figa! - eu falei, encarando ele com um ódio que se ele tivesse mais perto, teria transformado ele num churrasquinho.

– Já chega! Contenha-se Srta. Evans, quando eu chegar até aí, a senhorita vai poder dar a sua opinião! - Umbridge disse me olhando com uma cara do tipo: "Tente me contradizer que você vai ver!"

Fiquei quieta, não por que ela mandou ou por medo, fiquei calada, por que Peter, Ann, Cass, Hermione, Rony e Harry me olharam de um jeito, e então eu resolvi ficar quieta.

Ela tentou ao máximo chegar em nossa direção, e quando chegou, foi direto para Parvati.

– E a senhorita, Srta. Patil, o que tem a dizer sobre as aulas? - ela perguntou, sorrindo doce e enjoativamente para Parvati.

– Ah, eu acho as aulas bem legais! - Parvati disse sorrindo.

Ao ouvir aquilo, todos pareciam estar surpresos, inclusive Umbridge que ficou meio sem ação, e então depois disse:

– A senhorita tem certeza disso, querida? Não está sendo intimidada por ninguém não é mesmo? Se estiver, me fale, que o culpado será punido! - ela disse, e ao falar do culpado, ela olhou imediatamente para mim.

– Não senhora! E sim, senhora, eu tenho certeza do que eu estou falando! O Prof° Hagrid pode ter os seus defeitos, mas jamais colocaria a vida de um aluno em risco. E o que houve com o Malfoy, foi porque ele não obedeceu o que o Prof° falou sobre os hipogrifos! - Parvati disse, olhando com total desprezo para Draco, que estava visivelmente irritado por ter sido desmascarado.

Umbridge não argumentou nada, simplesmente fez que sim com a cabeça e saiu, indo falar com a professora que estava à frente da turma, após alguns minutos, Umbridge passou por nós, se retirando da clareira da Floresta meio enojada com o ambiente.

Assim que ela saiu, a sala que se encontrava em total silêncio, começou a falar e a se agitar, Grubby-Plank não fez e nem falou nada, ela sabia que isso era necessário, desde que a resposta de Malfoy foi dada.

Após o término da aula, estávamos num grande grupo: Eu, Peter, Cass, Ann, Harry, Rony, Hermione, Neville, Parvati, Padma, Dino e Simas, assim que Malfoy e seu grupinho passou, eles pararam na nossa frente, impedindo que passássemos.

– Adorou isso não foi Potter? O seu amigo bobão parece que não se deu mal dessa vez, mas da próxima... - Draco falou, mais eu, pra variar um pouco, não me aguentei e falei:

– Da próxima o que moleque? Vai querer apanhar de nós doze? Por que se você quiser, acho que aqui, ninguém vai se opor!

Sem graça e com medo, Malfoy saiu com seu grupinho, deixando o nosso em paz.

– Você realmente odeia ele não é Kath? - Mione falou pondo a mão no meu ombro e rindo.

– Magiiiina, você acha isso?! Não sei por que!? - eu falei ironicamente e comecei a rir.

Fomos para a próxima aula que era da Minerva. Ao chegar lá, sentamos em nossos lugares habituais e assim que eu me sentei, vi que Umbridge estava lá também, do mesmo jeito que estava na aula anterior.

– Ah, não é possível, ela ta me perseguindo né? Fala que tá, por favor Peter! - eu falei baixinho para Peter, que sentava ao meu lado.

– Desculpe Kath, não! - ele falou rindo baixinho.

A aula foi até legal, Minerva estava ensinando pra gente, como bruxos e bruxas se transformam em animagos.

– Bem, como todos vocês devem saber, animago é aquele bruxo que pode se transformar em um animal de sua escolha, por meio de feitiço... - mas foi interrompida por um hem, hem bem incomodo:

– A senhora acha prudente ensinar esse tipo de coisa para seus alunos Profª McGonagall? - Umbridge perguntou se levantando e começando a andar pela sala.

– Mais é lógico, isso poderá cair nos testes dos N.O.M.s, Profª Umbridge! - Minerva respondeu meio sem entender o por que daquela pergunta estúpida e ao ver que a outra não ia continuar, ela continuou a sua aula: - ... por meio de feitiço que é altamente perigoso, por isso, o bruxo tem que se concentrar ao máximo para...

– Hem, hem!

Minerva olhou para os lados e viu Umbridge parada perto de uma prateleira de livros, no final da sala.

– A senhora está a quantos anos aqui na escola Profª McGonagall? - ela perguntou, olhando interessada em Minerva.

– Há bastante tempo, Dolores! - Minerva respondeu em um tom que mostrava que já estava começando a ficar irritada em não poder dar sua aula normalmente.

– Sim, mais há quantos anos precisamente? - Umbridge insistiu na pergunta.

– Há mais de vinte anos! - Minerva respondeu, lançando a outra um olhar que ela lançava quando o aluno ultrapassava seus limites. - Bem, continuando, o bruxo ao tentar realizar o feitiço de transfiguração, tem que se concentrar muito, para fazê-lo, pois qualquer coisa errada, o dano pode ser irreparável! Existem casos de bruxos e bruxas que...

– Hem, hem!

– Mais o que você quer agora? Será que você não vai deixar eu dar a minha aula em paz? - Minerva falou, perdendo agora toda a sua postura de seriedade e calma.

Quando ela respondeu aquilo, não teve como conter, todos os alunos, principalmente os da Grifinóra riram pois nunca tinham visto ela daquele jeito, eu, Peter, Cass e Ann, fomos os únicos sonserinos que riram junto com os outros.

– Calma Minerva, você não quer passar a imagem de uma pessoa que não consegue controlar o que está sentindo na frente de seus alunos, não é? - Umbridge provocou ainda mais Minerva.

– Eu não ligo para o que os meus alunos pensam ou deixam de pensar de mim, Dolores, eu quero que eles aprendam a minha matéria sem interrupções, agora por favor, saia da minha sala! - Minerva retrucou extremamente nervosa, apontando o dedo para a porta, no fundo da sala.

Umbridge não respondeu, ficou meio sem graça, mais altamente satisfeita ao anotar alguma coisa na prancheta dela.

Ao sair, Minerva foi aplaudida pelos alunos, obviamente puxado por mim e Peter, que adoramos, o ocorrido, mais que qualquer outro.

Depois de finalmente termos tido as duas aulas de transfiguração em paz, tocou o sinal para o almoço.

O almoço foi só alegria, afinal, tivemos que contar com todos os detalhes do ocorrido para Marcus, Stewart e Milla, e com isso, estávamos dando altas gargalhadas, eu estava bebendo suco, quando bem atrás de mim eu ouço alguém dizer:

– Na minha sala agora Evans!

Ao ouvir aquilo, eu engasguei com o suco que eu estava engolindo, salva por Peter, que assim que viu, bateu nas minhas costas.

Levantei e segui o professor, até a sua sala, chegando lá, Snape abriu a porta e entramos.

Eu estava meio apreensiva com o que poderia acontecer lá, afinal, depois do que tinha acontecido no escritório de Dumbledore, essa era a primeira vez que ficávamos, frente a frente sozinhos.

– Espero que você não tenha se esquecido de que a senhorita tem uma detenção comigo não é Evans? - ele falou apoiando os braços em uma bancada e me encarando de frente, seus olhos frios penetrantes, perfurando os meus cheios de vida e brilho.

– Ahn... na verdade senhor... eu tinha me esquecido! - eu falei baixando os olhos, alguma coisa ali eu sabia que não ia dar muito certo.

– Eu sabia! Assim como Potter e Black, você foge de seus compromissos! - ele falou sarcasticamente, sorrindo triunfantemente.

– Não fala mal do meu padrinho! Não na minha frente! - eu falei voltando a encarar ele nos olhos, sem medo.

– Ora, ora... já esta assim Evans? - ele falou mais sarcasticamente que antes. - Cuidado para não se apegar de mais e ele não poder corresponder as suas expectativas! - ele falou parando de rir, e me encarando seriamente nos olhos.

– Eu não tenho medo! E eu sei que ele irá sim, corresponder com minhas expectativas, que são de simplesmente, ele ser meu padrinho e a única família que me resta! - eu falei, ainda encarando ele nos olhos, sem desviar por um minuto.

Snape se calou ao ouvir aquilo, como se ele tivesse ficado sem graça, e então disse, menos sarcástico e irônico:

– Na minha sala amanhã as oito para a sua detenção, e tente não chegar atrasada, Evans, se não serão mais dois dias!

– Sim senhor! - eu falei, me virando para a porta da sala.

– E Evans?! - ele chamou, antes que eu pudesse sair.

– Sim!? - eu me virei e olhei para ele, que continuava apoiado na bancada, porém com os braços cruzados à frente.

– Cuidado com o seu jeito de me responder, eu ainda sou seu professor e tenta não se meter em confusão!

– Sim senhor! - eu respondi dando uma risadinha e saindo da sala.

Voltando para o Salão Principal, ouço a seguinte discussão:

– Ah qual é Harry, pra que você quer saber de uma coisa que você já tem certeza da resposta?

A voz era de Rony, falando com o Harry, então eu decidi me mostrar.

– Nossa, o que vocês fazem aqui embaixo?

– Viemos atrás de você Kath... a gente ouviu um papo do Malfoy que deixou a gente meio preocupado! - Harry falou.

– E o que vocês ouviram? - eu perguntei curiosa, franzindo a testa.

Harry olhou pra Rony meio sem graça antes de responder e Rony fazendo que sim com a cabeça timidamente, Harry disse:

– Ouvimos que o Snape ia te... - Harry começou a falar mais ficou sem graça e parou.

– Ía te torturar! - Rony completou por Harry falando mais rápido possível e fazendo uma careta.

– Me... torturar?! - eu falei sem entender e assustada pela resposta de Harry.

– Isso! Ah... você sabe como... - Harry disse, com cara do tipo: "Não se faça de burra!"

Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo, eu na hora, fiquei "P" da vida.

– Onde o Malfoy está, Harry?

– Ahn... calma Kath! - Harry disse, meio preocupado com o que eu pudesse fazer.

– Calma os escambau, ele ta mexendo comigo! E com o Prof° Snape também! - eu falei desesperada e nervosa. - Agora me diz: aonde aquele filho da mãe está?

Harry e Rony se entreolharam e depois disse:

– Ele ainda está no Salão Principal, mas Kath...! - ele começou, mais assim que eu ouvi onde ele estava, eu fui direto pra lá, como Harry e Rony no meu encalço.

Chegando na porta, eu localizei imediatamente Malfoy e fui direto, feito uma flecha certeira, passando pelos meus amigos sem responder nenhuma pergunta e indo direto pra cima dele. Assim que ele percebeu, ele olhou pra minha cara rindo, debochadamente.

– Nossa, você consegue andar ainda Evans? Então o que me disseram era mentira! Disseram que depois do que ele faz, a pessoa não consegue nem andar! - e dizendo isso, ele e os outro caíram na gargalhada.

Sério, não pensei duas vezes, assim que ele falou aquilo, eu desci a mão na cara dele, num tapa que fez muito barulho, fazendo com que todos se calassem e olhassem na nossa direção, para ver o que estava acontecendo e o por que daquele tapa. Assim que eu dei o tapa na cara do Malfoy, ele se levantou de pressa, e começou a vir pra cima de mim, e eu não estando nem aí, fiquei imóvel, se não fosse o Peter me tirar dali, Malfoy teria me dado o maior soco, mas eu me desvencilhei de Peter e voltei pra cima do Malfoy, dando outro tapa na cara dele.

– Seu ridículo! Você não passa de um monte de porcaria, Malfoy! - eu disse, indo pra cima de novo.

Quando eu ia bater nele de novo, uma mão segurou o meu pulso e Minerva veio atrás de Malfoy, pra segurar Draco. Assim que a situação foi "controlada", Dumbledore que estava atrás de Minerva, falou olhando para todos:

– O show acabou, todos para os seus dormitórios! Agora!

Eu tentei me soltar, mas Snape ainda estava segurando no meu pulso com força e não me deixou sair.

– Menos vocês dois! - Dumbledore falou, apontando pra gente. - Pra minha sala AGORA! - ele completou meio furioso, nos olhando muito sério.

Quando soltaram a gente, a gente foi um pra cima do outro, mas Snape e Minerva agiram rapidamente e nos seguraram, e nos arrastaram até o escritório do Dumbledore.

– Acho melhor a gente ficar Alvo! - Minerva disse. Snape concordou com a cabeça, ainda me segurando.

Chegando lá, Snape tava tão furioso comigo, que me empurrou pra dentro, logo atrás de Dumbledore. Minerva foi mais calma, entrou segurando Draco pela gola da camisa.

– Agora, quero saber o que está acontecendo, entre vocês dois! - Dumbledore disse, se sentando.

– Ela é maluca! Ela me odeia, então tudo o que acontece com ela, ela vem e desconta em mim! - Draco falou, parecendo a vítima ali.

– Isso é mentira! - eu retruquei imediatamente, indo em direção a ele, mas Snape me segurou pela gola da camisa, me fazendo recuar.

– Se acalme Katherine, deixe eu ouvir o lado dele! - Dumbledore falou olhando pra mim.

– Mas senhor... Ele vai falar só o que lhe convém! - eu falei desesperada, começando a andar de novo, e Snape de novo, me segurando, me fazendo parar.

– Todos terão chances de falar, Katherine! Relaxe! - Dumbledore falou, voltando sua atenção para Malfoy. - Agora continue, Sr. Malfoy!

Antes de ele falar, eu me sentei no chão, em um dos degraus e fiquei ouvindo a mentira.

– Bem, assim que ela saiu para ir para a sala do Prof° Snape, eu ouvi Potter e Weasley indo atrás, rindo. Ouvi dizer que eles tinham falado que o Prof° Snape iria fazer alguma coisa errada com a Evans, depois de quinze minutos, ela voltou e começou a me bater e a me ofender! - ao falar isso, eu bufei no meu canto um típico: "Ridículo!" e levei o maior tapa na cabeça de Snape, que estava ali do lado, para me impedir que eu voasse no pescoço de Malfoy.

Dumbledore ficou em silêncio, considerando o que ouviu.

– E o que seria essa coisa errada que o Prof° Snape supostamente faria com a Srta. Evans? - ele perguntou, olhando nos olhos de Malfoy.

– Ah, disseram que o Profº Snape iria torturá-la, uma vez que ele estava furioso com ela. - Malfoy falou sem encarar Snape nos olhos, que com certeza fuzilavam o garoto.

Dessa vez, foi Snape quem bufou.

– Tudo bem então, pode ir Sr. Malfoy! - Dumbledore falou, dispensando ele e Minerva.

Na hora que ele desceu a escadinha que tinha lá, ele se virou para mim e sorriu maliciosamente. Como eu não tenho sangue de barata, eu voei em cima dele, e antes que Snape me segurasse, eu dei outro tapa em Malfoy falando:

– Você vai se dar mal dessa vez, seu cretino! - assim que eu falei isso, Snape me segurou, e Minerva puxou Malfoy que estava rindo, para fora.

Após Snape me levar de volta pra frente de Dumbledore, ele exclamou:

– A mãe dela não era assim tão arisca, era Alvo?

– Olha, não começa você também hein? Já me encheram a paciência hoje! - eu retruquei de qualquer maneira. E por conta disso, ganhei mais um tapa na cabeça. (Já tinha virado um hábito de Snape para comigo ¬¬")

– Já chega os dois! Agora, Katherine, me fale a sua versão! - disse Dumbledore olhando meio feio para o Snape.

– Bem, eu fui resolver uma detenção pendente com o Prof° Snape, ao sair da sala dele, eu ouvi Harry e Rony lá perto, falando sobre uma coisa, chegando perto, eu perguntei o que eles estava fazendo lá, e eles me disseram que é porque eles tinham ouvido Malfoy falar uma coisa sobre o professor, e resolveram ir me "ajudar", quando eu perguntei o que era, eles ficaram meio sem graças de falar, mas Rony disse que eles ouviram Malfoy dizer que o Profº Snape me torturaria, uma vez que ele estava furioso comigo. - eu falei, corando que nem uma pimenta e então abaixei a cabeça. - Quando eu soube que era isso e onde o Malfoy estava, eu fui voando pra la, chegando la, ele me perguntou, coisas que não se diz numa conversa civilizada! - eu falei, corando mais ainda, pensei que iria explodir, de tão vermelha que eu estava.

Eu aproveitei o momento e contei para Dumbledore por pensamento, não tinha coragem de pronunciar aquelas palavras na frente de Snape. Ao ouvir isso, Dumbledore olhou pra mim sério e fez que sim com a cabeça.

– Bem, então teremos que chamar o Sr. Potter e o Sr. Weasley aqui também, para ver se bate! Não que eu esteja duvidando de você Katherine, isso é mesmo típico do Sr. Malfoy, mas você sabe... - Dumbledore falou.

– Temos que ouvir todos os lados da história, sim eu sei! Minha mãe vivia me falando isso. - eu completei, olhando para o lado.

– Certo! Severo, leve a Srta. Evans para o seu dormitório e peça para que Minerva chame os Senhores Potter e Weasley aqui! - ele falou olhando para Snape, que parecia estar morrendo de raiva de mim e de Malfoy.

Uma vez fora da sala do Dumbledore, Snape me pegou pelo braço e me fez ficar frente a frente com ele.

– O que Malfoy disse?

– Dumbledore vai te contar! - eu falei, olhando pra ele, tentando me soltar.

– Não! Você, vai me contar, Evans! - ele disse me olhando sério no olhos.

– Não vou não, quer fazer o favor de me soltar? Está me machucando! - eu falei, mais uma vez tentando me soltar, mais cada vez mais que eu fazia força para me soltar, mais força ele fazia para me deter.

– Não Evans, você vai me contar, e vai ser agora! - ele falou me puxando mais para perto dele, tão perto que eu podia sentir de novo o cheiro de canela exalando de sua roupa.

Assim que ele me puxou para mais perto dele, ele olhou bem fundo nos meus olhos e tentou ler minha mente, porém eu que também estava olhando para ele, pensei: "Quer fazer o favor de sair da minha mente e me soltar, que está me machucando?!" e ele retrucou: "Não enquanto eu não souber o que houve, o que Malfoy falou pra você no Salão Principal!" Quando ele ia forçar mais e eu sabia que não iria aguentar, ele me largou, me empurrando para a parede, com a mão no antebraço esquerdo, e eu também, só que devido a força que ele me empurrou, (pois foi como se tivesse ocorrido um choque entre a gente), eu cheguei a encostar na parede e me desequilibrei e nisso, eu caí de joelhos, porém foi meio rápido: eu caí de joelhos olhando para o chão e com a mão no antebraço esquerdo e logo em seguida fiquei olhando para Snape na minha frente: encostado na parede, com a mão no antebraço esquerdo e olhando para mim assustado mais com a mesma expressão de dor que eu; logo depois disso, ele desencostou da parede e foi saindo sem dizer nada, porém me olhando meio assustado.

– Ele tá chamando você né?! - eu falei ainda no chão.

– Não se meta nisso Evans! Você tem sorte dele não saber sobre sua existência! - ele falou, continuando a se afastar, sem se virar.

Quando eu achei que ía desmaiar de tanta dor ali mesmo, a dor parou e Peter estava lá, abaixado do meu lado.

– Você tá bem?!

– Estaria melhor se esse cretino estivesse morto! - eu falei bufando, apontando para a Marca.

– Hehehe... - ele deu uma risadinha meio sem graça. - Relaxa, vamos nos livrar dele em breve! Vamos Kath! - ele falou, me ajudando a levantar.

Chegando na sala comunal, Peter me colocou no sofá e sentou do meu lado, por sorte a sala estava vazia, todos estavam dormindo ou no Salão Principal, não sabia ao certo, que horas eram.

– E aí? Como foi lá? O que houve?! - Peter perguntou.

– Nossa foi horrível, Draco é nojento! - eu falei, pronunciando o nome dele com desprezo e nojo.

– Ele mentiu, com certeza né? - Peter disse.

– Han, o que você acha? - eu falei olhando pra ele, levantando uma das sobrancelhas.

– Que você é uma vaca, Evans! - Malfoy apareceu do nada sozinho.

– Que eu sou o quê?! - eu perguntei me levantando do sofá e fiquei frente a frente com ele.

– Uma vaca, Evans; e uma das melhores, é melhor até que a Pansy Parkinson! - Draco falou com pouco caso.

– Olha aqui, seu filho de uma mãe, a única coisa vaca que eu conheço, ou é a sua mãe ou é a Pansy mesmo, seu cretino! - eu respondi, dando um soco com a mão do braço quebrado no nariz dele, que tombou no chão com o nariz sangrando, assim que ele se levantou para vir pra cima de mim, Peter se colocou na minha frente, dizendo:

– Vai querer encarar mesmo assim, Malfoy?!

– Vai pro inferno Evans, você e o seu namoradinho! - Malfoy disse isso saindo da sala.

No dia seguinte, Draco tava com o nariz meio inchado graças ao meus "super" soco e o olho inchado, devido ao soco que o Peter tinha dado no dia anterior de manhã.

Ninguém comentou mais nada no dia seguinte, nem sobre o que tinha acontecido com o Draco e muito menos sobre o que houve com a gente na sala do Dumbledore.

As aulas poderiam ter sido melhores se Umbridge não estivesse assistindo junto e interferindo nas aulas. Creio eu que depois da aula com a Minerva, a aula com o Snape seria perfeita, não pelo fato de ser ele, mas sim por Umbridge, que iria levar outra "bofetada", um pouco pior que a da Minerva!

Assim que entramos na sala, eu pude notar (assim como todos os outros), que Umbridge estava num canto sobrio da masmorra, com a mesma prancheta, apoiada nas pernas.

– Bem, como os senhores podem ver, hoje teremos uma convidada conosco. - disse Snape, com sua voz baixa e desdenhosa.

Eu podia estar ficando louca, coisa que seria muito possível, a julgar o meu estado, mas Snape estava meio diferente... meio alegre! Mais uma coisa que eu notei, e que eu tinha certeza, era de que ele estava me evitando, pelo menos ele não me olhou por um bom tempo.

– Hoje vamos continuar a nossa Solução para Fortalecer. Vocês encontrarão suas misturas como as deixaram na aula passada; se foram feitas corretamente, elas deverão ter maturado o conteúdo durante os últimos dias... as instruções... - ele acenou com a varinha - ... estão no quadro. Podem começar.

Peter pegou pra mim a minha poção, eu não estava em condições ainda de fazer esforço com o braço.

Umbridge passou metade da aula, só tomando notas em sua prancheta. Assim como eu, Harry também estava muito interessado em começar ver Umbridge a questionar Snape, porém ele se descuidou da sua poção e teve que ser alertado por Mione, já eu não, estava concentrada mais na minha poção do que na professora, pois não queria dar mais um motivo para que Snape me olhasse torto, afinal de contas, eu ainda tinha uma detenção com ele para cumprir.

– Bom, a turma parece estar bem adiantada para o seu nível - disse Umbridge animada, para as costas de Snape. - Embora eu pergunte se é aconselhável lhes ensinar uma poção como a Solução para Fortalecer. Acho que o Ministério preferiria que fosse retirada do programa.

Snape se endireitou lentamente, e se virou para encarar Umbridge. (Era agora que a "diversão" iria começar!)

– Agora... há quanto tempo você está ensinando em Hogwarts? - ela perguntou com a pena em posição sobre a prancheta.

– Catorze anos. - A expressão de Snape era indefinível (embora eu pudesse apostar que ele estaria querendo matar ela, ali mesmo).

Eu, como estava prestando atenção em Snape, descuidei um pouco da minha poção que de azul turquesa, estava ficando verde, se não fosse Peter me cutucar, não teria dado tempo de eu concertar minha poção.

– Você se candidatou primeiro ao cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, não foi? - perguntou a professora a Snape.

– Foi - ele respondeu em voz baixa.

– Mas não foi aceito?

O lábio de Snape se crispou, num claro sinal de: "Não, tô dando aula de poções porque eu quero!"

– É óbvio!

Umbridge fez uma anotação na prancheta. Enquanto ela fazia isso, eu ria discretamente e assim que eu olhei para o lado, Peter, Harry, Jhon e Rony também riam, com gosto. Snape pareceu perceber, pois ele lançou um olhar mortal pra mim, que parei na hora, embora fosse muito difícil o fazer.

– E você tem se candidatado regularmente àquele cargo desde que foi admitido na escola? - Umbridge perguntou sem perceber nada.

– Sim - ele respondeu. Snape quase não moveu os lábios, a voz baixa. Parecia estar muito irritado.

– Tem alguma idéia do por que Dumbledore tem recusado consistentemente a nomeá-lo? - perguntou Umbridge, olhando muito interessada.

– Sugiro que pergunte a ele - Snape respondeu meio agressivo. (a coisa tava começando a ficar boa!)

– Ah, perguntarei. - disse a professora com um sorriso meigo.

– Suponho que isto seja relevante? - perguntou Snape, estreitando os olhos negros.

– Ah é, é sim! O Ministério quer ter uma compreensão abrangente dos professores... hum... sua vida pregressa. - ela respondeu, se virando para Pansy Parkinson e começando a interrogá-la sobre as aulas. Snape olhou para a sala, e seus olhos encontraram os de Harry. Harry por sua vez, baixou os olhos para a sua poção, que congelara abominavelmente, soltando um cheiro forte de borracha queimada.

– Então, sem nota outra vez, Potter? - disse Snape maliciosamente, esvaziando o caldeirão de Harry com um aceno de varinha. - Você vai me fazer um trabalho escrito sobre a composição correta desta poção, indicando como e por que errou, para me entregar na próxima aula, entendeu?

– Sim, senhor. - Harry respondeu, furioso para Snape.

– Quanto a você Evans, Wood... Dez pontos para a casa de vocês! - Snape falou, lançando um breve olhar para nós dois. - Evans, gostaria de falar com você depois da aula! - ele disse, me encarando nos olhos.

Nem eu, nem Jhon falamos nada, simplesmente acenamos com a cabeça positivamente.

– E você Srta. Evans? O que acha das aulas do Prof° Snape? - Umbridge perguntou, parando ao meu lado na bancada, ela falou um pouco mais alto do que para os outros, para que Snape pudesse ouvir.

– São brilhantes! O Prof° Snape é muito competente no que ele faz! Não consigo imaginar professor melhor que ele! - eu respondi, olhando para os olhos de Snape, que tinha se virado um pouco apreensivo para ver o que eu responderia.

– E o que lhe faz acreditar nisso, Srta. Evans? - Umbridge perguntou levantando uma das sobrancelhas e obviamente querendo me deixar sem saída.

– Ora essa Profª Umbridge... é só a senhora assistir uma aula inteira com ele, que a senhora vai saber o porque! - eu respondi, corando um pouco e interrompendo o contato visual com Snape, olhando para a megera na minha frente.

Umbridge não falou mais nada, simplesmente se endireitou, olhou para Snape, acenou com a cabeça e saiu da sala.

Ao tocar o sinal, Jhon, que estava próximo da porta, veio até mim e disse:

– Bela resposta Kath!

– Ah, que isso! Só fiz o que devia fazer... mesmo porque, essa mulher é irritante! - eu falei rindo e dando uma piscadinha para ele.

– Kath, quer que a gente te espere? - Peter falou, pondo a mão no meu ombro.

– Ah... não precisa, Peter, a gente se encontra no Salão Principal! - eu falei, olhando para Snape, sentado em sua escrivaninha, observando cautelosamente a gente.

Assim que Jhon e Peter saíram, Snape fechou a porta com um aceno de varinha e disse, seco:

– Vejo que você já fez amizade com um outro familiar de seu padrinho, não?

– Ahn... como? - eu perguntei sem entender.

– O Sr. Wood, é primo de Black de segundo grau, por tanto, se a senhorita quiser chamá-lo de primo... Acredito que não haveria problema nenhum! - Snape falou.

Fiquei olhando para Snape sem acreditar no que ouvia.

– E o Jhon sabe disso? - eu perguntei, assim que consegui falar alguma coisa.

– Não sei, creio que não! - Snape falou.

– E aqueles que são meus quase-parentes? Belatriz? Sabe? - eu perguntei, ainda encarando Snape nos olhos mas um pouco assustada.

– Espero e acredito que não, se não... você está correndo um certo risco de vida! - Snape respondeu, preocupado, mas não alarmado.

Não respondi nada, só fiz que sim com a cabeça e olhei para o chão.

– E era isso que o senhor queria falar comigo? - eu perguntei, sem encarar ele nos olhos, fiquei olhando para a boca dele... nada de especial, é que geralmente, a boca das pessoas (em geral, homens), me chamavam a atenção, assim como as mãos, mas as dele estavam dentro do bolso da capa, não me deixando visualizá-las.

– Sim e... Não... Falei para você esperar, por que queria agradecer o que você disse à Umbridge a respeito das minhas aulas e de mim! - ele respondeu, e pude notar um leve sorriso de canto. (ele até podia ler a minha mente, mais ficou muito claro o quanto aquele sorriso me deixava meio confusa).

– Ah... é... hum... não foi nada! - eu gaguejei, por causa do sorriso. - Só falei o que eu acho e o que é verdade! - eu completei, um pouco mais segura do que antes, pois eu olhei para o chão.

Depois disso, ele falou que eu podia ir, que ele já tinha me atrasado de mais para o almoço. Como não podia deixar de acontecer comigo, quando eu estava saindo da sala, tropecei no pé de uma cadeira, e quase cai de frente, porém consegui me conter, antes que o desastre ficasse completo.

– Tente não se matar Evans! - Snape falou, claramente se divertindo com o fato de eu ter quase metido a cara no chão. - Ah, e venha aqui às oito horas, para a sua detenção! Tente não atrasar e nem se matar, ouviu?! - ele completou, sério, porém seus olhos estavam meio que contentes, por ter me falado aquilo.

– Sim, senhor! - eu falei, dando um sorrisinho sem graça e sai da sala.

O almoço foi calmo, assim como as aulas depois dele.

Eu nunca tinha ido com a cara da Profª Trelawney, mesmo sabendo o que eu sabia, mas tive pena dela quando Umbridge foi inspecionar a aula dela, Trelawney ficou totalmente desconcertada com as perguntas que a outra fazia. Naquela aula, eu tive vontade de voar no pescoço da Umbridge, para ela parar de humilhar Trelawney na frente dos alunos de que tanto Sibila gostava.

Depois do jantar, eu fui direto para a sala do Snape, chegando lá, eu bati na porta e esperei resposta, demorou muito, então bati de novo, quando não veio resposta da segunda vez, eu me virei para ir embora, quando ouço uma voz às minhas costas:

– Fugindo do seu compromisso Evans?

– Não, senhor, só achei que o senhor pudesse estar ocupado com outra coisa, então eu... - eu falei, mais o olhar sério de Snape me fez calar.

– Entre. - ele disse se virando e entrando na sala.

Entrei na sala e fechei a porta, assim que me virei de volta, Snape estava encostado na primeira bancada perto de sua escrivaninha, olhando para mim.

– Quando você pretende começar a sua detenção, Evans? - ele disse sério e frio.

Fui andando em direção à bancada, chegando lá, Snape se desencostou da mesma, me mostrando dois recipientes: um com um monte de sapos mortos e outro vazio, suspeitei que eu teria que fazer alguma coisa nojenta.

– Sim. - Snape falou me olhando com um olhar que mostrava claramente que estava satisfeito com o meu olhar de nojo. - Sem varinha e sem luvas! Você vai ter que dissecar esses sapos, e colocar o coração deles, neste recipiente aqui. - ele falou, apontando para o recipiente vazio.

Assim que comecei, me veio até o meio da garganta uma ânsia que não sei como consegui evitá-la, mas consegui me segurar, porém, no segundo ou quarto sapo, não me lembro bem, foi só o tempo de me virar para trás e vomitei ali mesmo, dentro do caldeirão que estava atrás de mim. Snape veio caminhando devagar até onde eu estava, apoiada na bancada de trás com os cotovelos, respirando fundo.

– Você está bem, Evans? - ele perguntou, pondo uma das mão no meu ombro.

– Estaria um pouco melhor se ao menos eu tivesse luvas! - eu respondi, sem olhar para ele, com medo que a ânsia voltasse.

Snape deu uma risadinha sarcástica e disse sério, se afastando de mim:

– Sinto muito, isso não será possível, faz parte da sua detenção... Agora, se você quiser, posso fazer uma poção que possa fazer suportar isso, sem passar mal, você quer?

– Bom... Já é um começo, não? - eu falei rindo timidamente.

Em menos de dez minutos, a poção estava pronta e eu estava de volta ao trabalho, fazendo o que tinha que ser feito, sem o menor vestígio de nojo.

Passadas três horas, Snape disse de sua escrivaninha:

– Pode ir, Evans, já cumpriu a sua detenção!

Eu olhei para ele, meio que esperando para ele marcar o horário da outra detenção.

– Que foi? Tá esperando o que para ir para a sua sala comunal? - ele perguntou sério me encarando.

– Ah, nada! Boa noite senhor! - eu falei, pegando a minha varinha na mesa dele e saindo da sala, antes que ele mudasse de ideia.

Chegando na sala comunal, só tinha Peter de aluno acordado ali, assim que eu entrei, ele se levantou do sofá.

– E aí? Como foi? Você tá legal? - ele perguntou todo preocupado.

– Relaxa... eu tô legal, Peter! - eu falei sorrindo pra ele.

Fomos para os nossos dormitórios dormir. Confesso que meus sonhos não foram tão animadores assim, sonhei com o corredor escuro de novo, e quando eu chegava na porta, meu braço ardia e eu acordava suada e assustada, com Félix me olhando curioso e assustado também.


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