Se eu fosse você escrita por Adri M


Capítulo 4
Território proibido


Notas iniciais do capítulo

Oiii Gente, desculpa a demora, juro que foi sem querer querendo. Mas, estou de volta com essa fic hahaha. Bom, espero que gostem do cap.
Uma dica: Não leiam o cap enquanto estiverem tomando refrigerante.
Depois não diga que não avisei.



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– Para de andar de um lado para o outro, você já está me deixando tonta Oliver. – disse Thea, com os braços cruzados, fazia alguns minutos desde que ela chegou em casa e encontrou o irmão dançando e fazendo faxina, nunca pensou que fosse presenciar isso, Oliver não sabia nem onde guardava os copos da casa. – Ser o arqueiro está mexendo com sua cabeça, acho...

– Não é isso, Thea. – interrompeu Felicity. – Depois conversamos, eu preciso ir ao banheiro. Não consigo mais me segurar. – saiu em disparada, entrou no banheiro e se trancou dentro dele.

Felicity havia passado o dia inteiro evitando ir ao banheiro, mas estava a ponto de explodir, sua bexiga parecia que a qualquer momento ia implodir. Não dava mais, não tinha mais como se segurar, não podia mais evitar o banheiro, o corpo de Oliver precisava eliminar o liquido presente em sua bexiga, e necessariamente Felicity também, já que agora o corpo de Oliver era o seu.

– Eu consigo fazer isso. Ninguém precisa ficar sabendo. Oliver não precisa saber. – ergue a tampa do vaso sanitário. Segurou o cós da calça de moletom que usava e abaixou ficando apenas com a box preta. – Vamos Felicity, você consegue. É moleza fazer isso, ou pode ser duro, argh. FOCO FELICITY. Com certeza é mais fácil que invadir o banco de dados da argus. – Felicity fechou os olhos e abaixou a cueca.

– Por que está falando baixo Ollie? O que está acontecendo ai? – Thea perguntou parada na ponta do corredor e escutando os murmúrios do irmão.

– Thea, preciso me concentrar aqui. – disparou Felicity.

– Okay, para mim já deu e eu preciso ir para a verdant, então, quando você resolver falar comigo, você me procura. – Felicity escutou os saltos de Thea batendo no chão, ela estava furiosa, Felicity sabia disso, mas não podia contar para ela, seria traumatizante. E, aliás, Diggle disse que é algo temporário, que amanhã tudo vai voltar ao normal.

Felicity retomou o que estava fazendo, aquilo não era mais fácil que invadir o banco de dados da argus, ou de qualquer outra agencia de segurança nacional, porem, era necessário. Fazer aquilo era totalmente estranho. Por que homens não sentam como mulheres? Por que tem que ser feito de pé? E como mirar no lugar certo? Felicity se questionava. Porém, ainda não tinha encostado a mão no dito cujo que seria usado para eliminar o líquido da sua bexiga.

Inspirar, expirar, inspirar, expirar. Inspirar novamente e expirar. Não podia só ficar nesse lance, tinha que expirar de outro lugar, e não era dos pulmões. Respirou fundo mais uma vez. Fechou os olhos e por fim conseguiu segurar o membro de Oliver, mas, ainda tinha uma questão. Acertar o alvo certo e não as paredes e para isso teria que abrir os olhos.

– Isso é muito constrangedor. – Felicity pensou em Oliver, e se por acaso ele descobrisse isso? Felicity não conseguia imaginar a cara de Oliver, não sabia nem se ia conseguir encara-lo depois disso. Enfim tomou coragem e olhou para baixo, apenas com um olho aberto.

– Uau. – foi apenas o que conseguiu dizer, suas bochechas logo começaram a formigar. Esqueceu até do que estava fazendo. – Uau. – entortou a cabeça para o lado, a encostando em seu ombro, e abriu o outro olho. Agora ela entende o porquê das mulheres gostarem de Oliver. – Foco! – disse. – Vamos lá. – mirou e mandou ver, claro que no começo um pequeno jato de xixi foi expelido na parede, mas depois contornou bem a situação, deu uma balançadinha e guardou dentro da cueca. Fechou a tampa do vaso e puxou a descarga. – Não faço isso nunca mais.

­­­_____________

– Ray, está tarde eu preciso dormir. – disse Oliver tentando se livrar de Ray.

– Está me mandando embora? – perguntou em tom de brincadeira.

– Exatamente. – disse Oliver, fazendo Ray encara-lo. – Quer dizer, preciso descansar. Minha cabeça parece que vai explodir.

– Eu posso passar a noite com você. – Ray levantou-se e se aproximou de Felicity, mas o problema é que ele não sabia que era Oliver e nem que estava pisando em território proibido.

– Não! – exclamou Oliver, espalmando a mão no peito de Ray.

– Você está estranha hoje, Felicity. – Ray se aproximou ainda mais.

– Não, por favor, fique onde está. – Oliver estava pensando seriamente em bater a cabeça de Ray na parede, levaria ele para casa depois e na manhã seguinte ele nem vai lembrar-se do que aconteceu. –É melhor você ficar ai, para o bem das nossas saúdes mentais.

Para Oliver seria extremamente perturbador ser beijado por Ray. Só de pensar nele o beijando sentia náuseas. Ray não o obedeceu e continuou se aproximando, cada vez mais. Oliver andava para trás, até sentir a parede solida atrás de si, estava preso entre Ray e o concreto. Teria que tomar medidas drásticas.

– Eu lhe avisei. – segurou o ombro de Ray e pressionou com o polegar o nervo. Havia aprendido essa técnica com Yao Fei, sempre funcionava. O corpo de Ray ficou mole e ele caiu desacordado no chão, sobre os pés de Oliver. Agachou-se e jogou o corpo de Ray sobre seu ombro, saiu da casa.

– Você é pesado. – disse, mesmo não tendo dificuldade em carrega-lo.

Colocou o corpo de Ray no bagageiro, talvez ele acordasse no dia seguinte e pensasse que foi assaltado. Mas, talvez, explicaria para Felicity o que aconteceu e depois ela explicaria para Ray.

– Felicity Smoak?! – girou sobre os calcanhares e encontrou um garoto que aparentava ter apenas 19 anos, ele segurava uma caixa media na mão.

– Sim. – Oliver jogou a mão de Ray para junto do restante do corpo dele e fechou a porta do bagageiro.

– Sua pizza. – entregou a caixa. – Lombo e calabresa como pediu.

– Você quer ganhar 100 pratas a mais? – perguntou Oliver, tramando algo.

– O que tenho que fazer? – questionou o garoto.

– Levar esse carro para um beco qualquer. – disse. – E deixar o bagageiro aberto. – acrescentou com um sorriso de triunfo nos lábios.

– Tem um morto aí? – perguntou o garoto, cautelosamente, e com medo da resposta.

– Não, claro que não. – Oliver pensou em uma mentira que fizesse o garoto acreditar nele, mas era péssimo em mentiras. – 200 pratas. – aumentou a quantia. – E ele está vivo, apenas dormindo.

– Tudo bem. – aceitou o garoto. – Para que beco devo leva-lo?

– Em um beco qualquer que seja perto da Palmer tecnologias. Você conhece? – indagou.

– Sim, moça. Já fiz entregas nos arredores desse lugar.

– Ótimo. – Oliver sorriu. Entregou a chave e o dinheiro para o garoto e entrou na casa de Felicity que no momento é a casa dele. Sentou-se no sofá e abriu a caixa de pizza. Estava morrendo de fome, sua barriga chegava a emitir sons violentos. Enquanto comia pensou em Felicity, como ela estava se virando no corpo dele. Quem sabe ela esteja melhor do que eu. Pensou.

Oliver terminou de comer e guardou o restante da pizza que havia sobrado na geladeira, apagou as luzes da cozinha. Entrou no banheiro e concentrou-se em seu reflexo, não era seu rosto, era o rosto de sua parceira, o rosto de Felicity, da mulher que ele mais admirava no mundo, e que ele é apaixonado. Escovou os dentes e olhou para a privada, sentiu mais uma vez vontade de usa-la, mas já era terceira vez e era muito desconfortável o processo. Suspirou, e saiu do banheiro.

Entrou no quarto de Felicity e fechou a porta, era um lugar agradável, o perfume dela tornava-se presente no lugar, cada pequeno detalhe tinha a cara dela. Sentou-se na cama e jogou o corpo para trás, olhou para o teto e a imaginou dormindo ao seu lado, porém, chacoalhou a cabeça afastando o pensamento. Deitou-se na cama por completo e cobriu-se, ajeitou o travesseiro abaixo da sua cabeça e fechou os olhos, dormiu inalando o doce perfume de Felicity.

_________

O dia amanheceu, os passarinhos cantavam sincronizados do lado de fora da janela da casa de Felicity, os raios de sol invadiam o pequeno quarto, os galhos da enorme arvore do jardim desenhavam-se nas paredes de concreto. Estava tudo perfeito. Oliver abriu os olhos, sua visão ainda estava embasada, piscou algumas vezes e reconheceu o teto de imediato, sentou-se na cama e começou apalpar seu corpo.

– Não! – exclamou. Levantou abruptamente e saiu correndo. Pegou o telefone e seus dedos apertaram a combinação de números do celular de John.

“Alô” – escutou a voz sonolenta de Diggle.

– Nada mudou. – disse Oliver, olhando para o vidro de um porta retrato e vendo o rosto de Felicity. – Eu ainda estou no corpo dela. – disse rapidamente.

“Okay. Se eu já estava assustado com tudo isso, imagina agora... Estou acreditando em maldições.”

– Acredita mesmo nisso? – questionou Oliver.

“Olha, depois disso eu acredito até em papai noel.” – Diggle fez uma pausa e Oliver pode escutar seus passos apresados. “Estão batendo na minha porta, espera aí.” – Dig guardou o celular no bolso ainda ligado, e saiu de seu quarto, dirigiu-se até a sala da sua casa e abriu a porta.

– Diggle. – Felicity entrou apressada na casa de John. – Não acabou. – ela disse estupefata. – Eu ainda sou a Felicity no corpo do Oliver.


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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado. Para esclarecer, Oliver já foi ao banheiro no corpo de Felicity, mas resolvi não descrever. Não esqueçam de comentar. Bjooos.