Oxford, 16 de março, Dix.

“Bella”

O Dix estava quase vazio, tinham alguns poucos clientes nas mesas distantes. O dia tinha sido realmente cansativo.

Suspirei.

A pista de patinação estava vazia. Fechei os meus olhos. Eu estava com uma vontade incontrolável – para ser sincera desde a volta do acampamento furado – de voltar a patinar.

- E ai? Vamos dar uma volta - Edward falou do nada, me dando um susto. O encarei por alguns segundos e vi que ele trazia com ele dois patins. Balancei a cabeça negativamente – Qual é Bells?! Te vejo direto olhando a pista com quem está com vontade de dar uma volta... Se você não souber te ensino – com essa eu tive que rir, Edward Cullen acha que eu não sei patinar? Eu praticamente nasci na pista de gelo – Por que você está rindo? – ele parecia indignado.

- Você realmente acha que eu não sei patinar? – perguntei. Ele deu de ombros.

- Você quer patinar? – ele perguntou.

Olhei dele para a pista. Da pista para ele. Decidi que iria patinar. Peguei os patins oferecidos e me sentei no banco, onde tirei o meu All Star e calcei os patins.

- Você tem certeza que sabe fazer isso? – Edward perguntou, apenas o chamei com a mão e ele veio ao meu encontro, já com os patins calçados.

Entramos na pista. Agarrei delicadamente o braço dele. Se eu iria enfrentar o meu bloqueio – segundo Alice – tinha que ter alguém do meu lado.

- Você está se sentido bem amor? – ele me chamou de amor – Sua mão está gelada, suando frio!

- Eu acho que estou bem! – disse nervosa.

Ele deu um passo levemente e eu me arrastava com ele.

- Bells por que você está chorando? – passei a mão no meu rosto, enxugando as minhas lágrimas traidoras.

- Não é nada Edward!- neguei.

- Se você estiver com medo...

- Eu não estou com medo! – neguei o interrompendo – Só que tem uma coisa... – parei pensando se eu iria ou não confiar à verdade ou pelo menos meia dela a ele.

- Eu fiz patinação artística desde os quatro anos! – me encarou interessado na história – Ganhei vários prêmios, mas... – engolir o choro.

- Se você quiser, não precisa me contar...

- Eu quero – o encarei suspirando – Aconteceu um acidente de carro, há uns três anos, e o meu parceiro... – minha voz morreu e não pude mais conter as lagrimas.

- Ele morreu? – Edward perguntou. Balancei a cabeça negativamente e ele me deu um meio sorriso e enxugou as minhas lagrimas com a mão delicada, acariciando o meu rosto. – Tudo bem, me desculpe. – o encarei perplexa, ele estava me pedindo desculpas pelo o que?!

- Desculpa pelo que? – perguntei.

- Por ter te forçado entrar na pista... – o interrompi.

- Eu entrei com as minhas próprias pernas – falei – Agora vamos dar uma volta! – falei pegando na sua mão, mas ele permaneceu parado – Vamos Edward, não era você que queria patinar! - ele pareceu acordar do transe.

Oxford, 16 de março, pista de patinação do Dix.

“Edward”

Bella era incrível, patinava perfeitamente lembrava uma bailarina de caixinha de musica. Ela não soltou a minha mão em nenhum momento, eu me sentia o com se fosse o seu anjo da guarda particular.

- Sabe Edward... – ela começou assim quem nos encostamos à saída da pista – Eu queria saber se... – ela corou violentamente e suspendeu o cabelo para amarrá-lo num coque mal feito.

Observei-a em como ela fazia isso e reparei numa marca na sua bochecha bem em baixo, passei a mão onde estava à marca e a olhei nos olhos.

- O foi isso Bella? – perguntei, ela desviou o olhar.

- Eu cair! – ela estava mentindo, ninguém cair e fica com uma marca dessa. Alguém fez isso nela.  Mas antes de eu pressioná-la para contar a verdade à mesma colocou uma de suas mãos no meu pescoço e a outra ela apoiou no meu peito, passei a mão pela a sua cintura a puxando para mais perto de mim.

- O que você queria saber? – falei. Ela corou levemente.

- Era nada, não! – ela falou ainda mais corada.

- Como nada? – questionei.

- Eu... Queria... Saber... Se... Ainda... Você sabe! – eu não sabia de nada. Mas pelo constrangimento dela matei a charada.

- Você quer saber se eu ainda quero namorar você? – falei e ela concordou com a cabeça extremante corada. – Bella você é absurda, não escutou o que eu disse na cabana? Eu estou apaixonado por você...

Ela me interrompeu me envolvendo num beijo, delicado. Beijei-a de volta com a mesma intensidade. Nos separamos e ela se desvacilou de mim sorrindo.

- Bella! – chamei-a quando a vi saindo da pista. O que essa garota quer? Enlouquecer-me? Por que se for isso ela ta conseguindo.

A seguir e logo estava ao seu lado. Observei-a tirar os patins.

- Para eu aceitar namorar você, você tem que me prometer duas coisas... – o meu coração se encheu de esperança – A primeira é que de hipótese alguma você não deve me esconder nada. – ela falou calçando o ultimo pé do All Star – E segundo, como meu namorado você tem que me beijar quando eu quiser.

- Não tanto quanto eu quero beijá-la! – envolvi a sua cintura e a beijei.

- Edward... Falta... Prometer – ela disse entre o beijo.

Separei-me dela e me postei na sua frente de joelhos, um gesto típico de uma princesa, ou que seja de um príncipe de Genova e sua amada.

- Isabella Swan, eu lhe prometo nunca trair a sua confiança e lhe beijar quando a senhorita desejar. Então, aceitar namorar comigo?

- Mas é claro seu bobo! – ela se jogou nos meus braços e me beijou.

Oxford, 18 de março, portão da casa de Bella.

“Bella”

- Eu gostei do filme! – cometei na frente do portão dourado da minha casa.

- Sei... – ele ironizou.

Eu nem me lembro mais do nome do filme e nem tão pouco quem eram os atores principais e a historia de que se tratava. Eu estava mais interessada no meu namorado que não parava de me provocar passando a barba, que começava a nascer, no meu pescoço e depois distribuía beijos em toda parte do meu rosto.

- Você é que não deixou – o acusei e acabei com a pouca da distancia que tinha entre nós.

- Bem que você gostou! – ele falou e depois sorriu cafajeste.

- Eu não tive escolhas! – fiz a minha melhor cara de anjinho.

- Como agora? – ele colou nossos lábios e eu joguei os meus braços no seu pescoço enfiando as minhas mãos no seu maravilhoso cabelo. Ele passava a mão delicadamente nas minhas costas dentro da blusa.

- Posso saber o que está acontecendo aqui? – nós nos separamos assim que ouvimos a voz do Phil.

- Desculpa Sr. Davis! – Edward falou polidamente – Não era para o senhor saber assim...

- Vocês estão namorando? – Phil perguntou encarando-me perplexo, uma corrente de medo passou pelo meu corpo.

- Sim! – Edward respondeu todo animado e depois depositou um beijo na minha testa.

- Que bom crianças! Agora eu tenho que entrar e você também Isa, amanhã vocês têm aula! – ele cruzou o portão e entrou em casa.

- Impressão minha ou ele não gostou da novidade? – Edward me questionou e eu o beijei.

- Acho melhor você ir amor! Está ficando realmente tarde! – ele concordou com a cabeça.

- Te vejo amanhã! – ele falou me dando um selinho, esperei ele cruzar a esquina e entrei em casa.