Afire Love - Cobrina escrita por Mandy


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Ok, primeiramente eu tenho que agradecer a linda, maravilhosa, da Bruna Montenegro, de novo.
Pensa em uma pessoa que ficou mega feliz ontem? Euzinha! Por que? Pois essa autora fantástica indicou a minha fanfic naquela perfeição que é a fanfic dela! Fiquei chocada, mesmo! E muito grata! Não canso de dizer muito obrigada a ela por todo o apoio que me deu desde o começo, sem contar a atenção dela desde que eu mandei a primeira mensagem privada pra ela elogiando Wrong.
Bru, você é uma pessoa muito fofa e merece todo o sucesso que tem!
Por fim, eu fiquei cho-ca-da também quando me deparei com as pessoas que favoritaram a minha fic. As autoras que escreveram as melhores fanfics Cobrina que li/estou lendo! Só quero que saibam, vocês me inspiraram e me entretêm muito! Continuem com o lindo trabalho!
Beijo a todos



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P.O.V. Karina

Eu estava no QG, conversando com Cobra, mas me sentia totalmente perdida. Não sabia se tinha tomada a decisão certa. Pedir um tempo ao Pedro foi aquele tipo de coisa impulsiva que você faz e se arrepende no momento seguinte. Mas eu não ia voltar atrás.

Pude ver a dor em seus olhos e sua expressão parecia dizer “você me traiu”, no momento em que eu disse que não estava aguentando aquele ciúme dele. Entre todas as pessoas, Pedro era uma daquelas que eu nunca queria magoar na vida. Ele era muito especial para mim, meu primeiro namorado e uma pessoa com coração bom. Depois de tudo o que passamos separados e de finalmente termos superado o que aconteceu, pelo menos parte de mim já o havia desculpado por ter aceito namorar comigo devido a demo de sua banda, eu realmente acreditava que nós estávamos felizes. Acreditava que continuaríamos assim, para sempre. Como com Bianca, eu aprendia a confiar nele novamente a cada dia que se passava. E ele fez várias surpresas e passeios românticos para garantir que minha confiança seria recuperada, a ponto dele agora me contar até mesmo quantas vezes foi ao banheiro.

Sim, eu achava aquilo um exagero e estava começando a ficar cansada de ser tão mimada. Agora, nós passávamos quase todo o tempo em que eu não estava treinando e ele na Ribalta, juntos. Na escola nós ficávamos juntos, no ônibus, ele queria sempre almoçar na minha casa ou no Perfeitão, nos intervalos dos ensaios ele ia até a academia e ficava a noite em minha casa até que o "Mestre Cruel" o expulsasse. Eu o amava, sem dúvida disso, mas aquele tempo todo "sem desgrudar" estava começando a me incomodar e sufocar.

Cobra colocou um sorriso sarcástico no rosto e com isso chamou minha atenção para o presente, não consegui fazer nada ao vê-lo daquele jeito além de imitá-lo. Sorri marotamente pra ele e debochadamente o questionei sobre sua sanidade mental.

Ele se aproveitou do momento para se aproximar de mim.

– Louca é você, Karina. – disse em tom baixo, próximo ao meu ouvido.

Eu congelei. Aquela voz rouca dele tinha efeitos estranhos sob o meu corpo, eu não pensava direito quando ele fazia isso.

Cobra percebeu que eu havia ficado tensa, mas ele permaneceu onde estava, bem perto de mim, me olhando de forma intensa. Parecia observar qual seria a minha reação. Reação essa que se negou a aparecer e então ele resolveu agir.

Numa rapidez surpreendente, até mesmo para um lutador, ele me “jogou” em um de seus ombros, como se eu fosse um saco de batatas, e depois me depositou no tatame que ficava ao redor do saco de areia.

Eu estava atordoada, parecia uma boneca sujeita a sua vontade, não conseguia entender ou parar o que estava acontecendo naquele momento, só conseguia olhá-lo. Ele ficou ajoelhado ao meu lado e sorriu sarcástico.

– Se prepara, pequena. Você vai pagar pelo seu desrespeito – ele disse.

Ok, admito que nessa hora eu senti uma mistura de medo e excitação. Podia jurar até que senti o momento em que a adrenalina foi liberada no meu corpo, ainda assim, a única coisa que me permiti fazer foi aguardar seu próximo movimento com curiosidade.

Cobra continuou de joelhos, colocou cada mão sua ao lado de meus ombros, de forma a me "prender" em baixo dele e foi abaixando a parte superior de seu corpo devagar, até ficar rente ao meu. Aquele maldito sorriso debochado não saiu de sua cara em nenhum momento. Ele parecia tão calmo e seguro de si com o que fazia, que eu tinha vontade de socá-lo, só pra ver ele perder a linha. Resolvi que iria tirá-lo de cima de mim, mesmo ele não tocando nenhuma parte do meu corpo, eu começava a reagir com a proximidade dele. Quando ia levantar minhas mãos para afastá-lo, ele colocou todo o seu peso em um braço e com a mão que ficara livre começou a fazer cócegas por toda a minha região abdominal, fazendo com que eu me contorcesse incontrolavelmente, sendo impossível parar de gargalhar.

– Pá... Pára, seu... Idiota! – eu tentei dizer em meio aos risos.

– Nunca mais provoque o invencível Ricardo Cobreloa – disse ele, fingindo que estava bravo.

Ele voltou seu corpo para a posição vertical, ficando sentado sob os joelhos novamente. Me olhou sério por mais um tempo e então toda aquela pose se desfez em seguida, quando ele sorriu. Não aquele sorriso sarcástico que eu estava habituada, e sim um riso genuíno. Como se a minha gargalhada tivesse contagiado ele, que sem escolha, se rendeu a minha felicidade. Era assim que eu me sentia agora, leve, completamente feliz e em paz.

E foi nesse momento que eu entendi o que Pedro havia dito e travei. Um jato de lembranças da briga mais cedo voltou com força total e eu me assustei com a possibilidade dele estar certo. Eu tinha sentimentos pelo Cobra.

Flashback

Eu me aproximava correndo de casa, quando avistei Pedro saindo do Perfeitão e resolvi ir até ele para combinarmos sobre nosso passeio a tarde ao zoológico. Ele havia dito que iria fazer um piquenique romântico para nós e eu pensei que seria melhor ajudá-lo se quisesse ingerir qualquer coisa comestível, afinal, não dava pra considerar salgadinho e bala como comida.

Estava cansada e com dores musculares pelo excesso de exercício praticado, o aplicativo em meu celular apontava que eu havia corrido 20.87 quilômetros, em uma hora e quarenta e oito minutos. Sentia minha blusa molhada encostar em meu corpo, meu cabelo estava grudado em minha face e havia pingos de suor escorrendo por ela.

Pedro me olhou com uma cara de nojo e depois riu ao dizer:

– “Esquentadinha” hoje você tá de parabéns, deve estar fervendo mais do que o normal. Meu coraçãozinho não aguenta tanto calor assim, amor. Podíamos ir pra minha casa agora e botar fogo na minha cama, o que acha?

Idiota.

Eu senti minha cara esquentar mais, se é que era possível, depois desse comentário. Olhei ao redor para verificar se alguém tinha ouvido e me senti mortificada ao ver Dona Dalva fingir abrir uma revista.

– Pedro, para de ser besta! Você quer me matar de vergonha? – disse e depois desferi um tapa fraco em seu braço.

Ele abriu um sorriso maior ainda.

– Não precisa ter vergonha de demonstrar o nosso amor, quando nossos filhos nascerem todo mundo vai saber que a gente transa. Ninguém vai achar que foi a cegonha que trouxe, né “esquentadinha”?! Só não fala isso pra Tomtom! – disse ele, movendo sua mão, com o dedo indicador erguido, em frente a boca em gesto de silêncio ao final da frase.

Revirei os olhos e resolvi que iria ignorá-lo. Não adiantava, aquele imbecil não tinha salvação. Alguns anos de terapia, intensiva, talvez o amadurecesse no futuro. Só que eu é que não ia ter paciência pra esperar até lá.

– Tá Pê, chega disso – disse, já irritada – vim aqui pra combinar com você sobre o nosso piquenique – terminei, enquanto me sentava no banco, com os braços cruzados, para evitar bater nele.

Eu estava virada de frente para o QG e podia ver perfeitamente pela porta de vidro que Cobra e Jade estavam “se pegando”, pra não dizer engolindo, lá dentro. Soltei o ar, bufando.

Pedro parecia falar alguma coisa e então voltei minha atenção para ele.

– ... maracujá, pra te deixar mais calminha, e bala de minhoquinha! Não, minhoca não, aquele lá já se intromete demais entre a gente. Vai ser bala em formato de dentadura! Pra gente poder assustar as pessoas com brincadeiras depois também. Podíamos colocá-las em nossas gengivas e fingir que deixamos as "dentaduras" caírem dentro do cativeiro das onças! – Ele riu incontrolavelmente com a própria piada e eu sorri ao ver sua cara de felicidade, mesmo achando tudo aquilo extremamente infantil. Quem acreditaria que dois adolescentes usariam dentaduras de verdade? E que além disso eram burros o suficiente para derrubá-las dentro do cativeiro?

– Tudo bem Pê, mas vai ter o que pra comer, que sustente? – perguntei, não sabia se ele já havia dito, e eu estava distraída demais prestando atenção na “movimentação” dentro do QG, ou se ele não levaria nada que não fosse “porcaria”.

Percebi, com a minha visão periférica, algo mexendo no QG e olhei para o local, percebendo que Jade havia saído mais rápido que “uma bala” de lá, e a segui com o olhar até que entrasse em sua casa. Reparei que ela não havia olhado para trás nenhuma vez e estranhei, ela sempre se virava para jogar um beijinho de provocação para Cobra.

Voltei a olhar para o QG com a testa já franzida em sinal de preocupação. Será que eles tinham brigado? Vi Cobra lá dentro parado no meio do local, estático. Ele estava com uma cara estranha, não sabia dizer exatamente do que, frustração, talvez, ou raiva. Podia ser os dois. Acho que eles realmente brigaram. Eu deveria ir até lá para perguntar se ele está bem.

Me levantei rápido e já tinha dado dois passos até o QG quando senti um puxão forte em meu braço, fazendo com que eu fosse virada e parada na direção de quem havia me segurado.

Pedro.


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