E se... escrita por Virgo


Capítulo 8
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

Eu até considerei reescrever a Batalha do Santuário (época linda e maravilhosa que você não sabia se torcia pro seu signo ou pro seu personagem favorito), mas depois de rever meus mangás para corrigir esse cap, eu conclui que é melhor não porque a Esmeralda não influência diretamente, ela vai sim estar presente, mas a presença dela não vai fazer muita diferença não, viu? Desculpa Camus, eu queria te salvar, mas não tem jeito :(
Bem, tenham uma boa leitura :)



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Antes mesmo da noite se tornar soberana, as velas da trirreme estavam cheias e seguiam a toda velocidade de volta para Ilha da Rainha da Morte.

Conseguira enganar as pessoas do Santuário e até mesmo seus homens quanto a seu desconforto, no entanto jamais conseguiria enganar seu anjo.

¬ O que houve?— perguntou-lhe em tom de preocupação. – Porque está tão perturbado?

¬ Podemos conversar disso em casa?— não queria mostrar seu lado mais frágil justo ali.

¬ Tudo bem.— sabia que ele não gostava de falar do que lhe afetava na frente de todos. – Ao menos descanse um pouco.— beijou-lhe o rosto.

¬ Eu vou sim.— esboçou um sorriso. – Mas mudando de assunto. O Cavaleiro de Virgem lhe tratou bem em minha ausência?

¬ Foi tão educado quanto era possível e sempre se manteve atento ao que eu fazia, mesmo reclamando por não poder meditar em paz.— riu divertida. – Sempre que me pegava fazendo algo supostamente errado ele vinha repreender e dizer para eu pensar no bebê porque aquilo não faria bem para nenhum de nós. É um pouco agitado e quando passava estava sempre arrumando alguma coisa.

¬ Ele tem TOC?— não tinha outra explicação.

¬ Talvez. Mas acho que ele foi muito fofo e educado comigo, além de estar sempre preocupado com meu estado e com o que sentia.— respondeu. – Uma pessoa dedicada em minha opinião. E não me venha com ciúmes, sabe que meu coração é seu.

¬ E sabe que sou muito desconfiado.— rebateu.

¬ Deixa de ser bicho do mato.— sorriu.

Após três dias estavam em casa. Somente quando entraram na pequena, mas confortável, construção foi que o leonino decidiu relatar o que acontecera e qual era o motivo de sua inquietação. A menor ouviu tudo com atenção, sem deixar de se atentar a nada.

¬ O que eu faço?— perguntou ainda mais aflito. – Eu não tenho ideia do que fazer, Esmeralda. Eles são meus irmãos e a ideia de que vou perdê-los para sempre mexe comigo de alguma forma. Mas se eu trair o Santuário, eu sei que eles virão atrás de você e nosso bebê.— bagunçou os cabelos num sinal de estresse. - Não quero perder nenhum de vocês.

A virginiana o abraçou e ficou fazendo carinho em suas costas.

O mais velho tinha tentado matar os próprios irmãos antes, disso todos sabiam, no entanto, percebeu quão tola era sua razão e decidiu abandoná-la para que um dia, talvez, pudesse construir um futuro em que os irmãos estivessem incluídos. E agora, diziam-lhe para matar todos eles, do contrario, era a vida de seus homens, mulher e filho que entrariam no jogo, não precisavam dizer-lhe tais coisas para saber que esse era o preço de sua traição.

¬ Ikki...— começou a menor. – Você tem que ajudar seus irmãos. Eles são fortes, mas sem você não iriam resistir.

¬ Mas...— a incerteza o corroía.

¬ Ikki.— o cortou. – Ficaremos bem. Está é nossa casa, nosso lar, nossas vidas. Não só nossa, mas como de todos os outros que vivem nesta ilha.— se afastou e afagou seu rosto. – Vamos nos proteger enquanto você protege seus irmãos. Por favor, pense bem. Eles são seus irmãos e mais do que nunca precisam de sua ajuda.

Nunca se viu tão perdido na vida quanto daquele momento. Se houvessem escolhas ainda piores para se fazer na vida, preferia passar por ela sem conhecê-las.

Por fim, acabou por decidir trair o Santuário e ir ao socorro de seus irmãos. Comunicou seus homens, que mesmo um tanto desgostosos com a possibilidade de serem atacados o apoiaram em sua escolha, os instruiu para o caso do tão temido ataque e partiu sozinho poucas horas depois.

Quando o moreno chegou ao Japão, onde os demais Bronze aparentemente estabeleceram uma base, a primeira leva de ataques já tinha acontecido e eles conseguiram se defender. Mas agora a segunda leva de ataques era muito mais brutal e eles certamente não aguentariam, tanto que o último dos Bronze tinha acabado de tombar quando chegou.

¬ Você veio nos salvar neste momento de perigo, Ikki?— pergunto Saori Kido, a causa de todo aquele problema.

¬ Não teria tanta certeza.— respondeu-lhe olhando para os mais novos caídos ao redor. – Ainda não decidi se eu serei aliado ou inimigo de vocês. — até porque preferia ficar bem longe.

Logo sentiu mais três presenças ameaçadoras atrás de si, pelo cosmo pode identificá-los como Cavaleiros de Prata, com certeza eram os mesmos que, dias atrás, estavam ajoelhados perante o Grande Mestre assim como ele próprio. Agora não tinha mais como voltar atrás.

¬ Então por isso que Jamian foi derrotado, tinha outro Cavaleiro protegendo a garota.— comentou um deles.

¬ E um traidor ainda mais culpado que os outros.— completou outro.

¬ Quietos!— disse o que supôs ser o líder daquele grupo. – A nossa missão era destruir o Coliseu e ir atrás dessa menina. Eliminar os traidores era missão do Misty e dos outros. Não temos nada com isso.— sentia que estavam lhe mirando. – Por isso, podemos esquecer o que fez ao Santuário e poupar sua vida, se entregar a garota e acabar com os traidores.

¬ Eu é que digo isso.— respondeu mal-educado se virando para os adversários. – Se deixarem o Japão agora, posso poupar suas vidas.

Pisou com força no chão de pedra e arrastou o pé de forma que fizesse uma pequena vala. Logo tinha uma linha desenhada a sua frente.

¬ Não atravessem esta linha até que a moça e os Bronze saiam daqui em segurança. – ditou firme. – Quem fizer isso, vai morrer!— virou-se e pegou o Cavaleiro de Pegasus, o mais próximo, e o jogou sobre o ombro antes de sair andando. – Vamos senhorita. Podemos ir embora.

¬ NÃO BRINQUE COM A GENTE CAVALEIRO DE BRONZE!!— atravessou a linha.

No mesmo instante o leonino virou-se e com um único ataque fez da Armadura de Prata os pedaços. Assistindo seu dono cair inerte e verter sangue.

¬ CAPELLA!!— urraram os outros dois assustados.

¬ Eu avisei.

Enquanto o Cavaleiro de Fênix se ausentava e enfrentava suas próprias batalhas, todos os habitantes da ilha se atentaram ao mundo, principalmente ao Santuário, pois sabiam que a traição não demoraria a ser descoberta. Porém, por mais que tenham se preparado e procurado saber, jamais teriam sido capazes de prever o ataque que viria menos de dois dias após a partida do leonino.

Os ataques geralmente começam ao amanhecer, quando as vitimas ainda estão confusas, esfregando o sono dos olhos. Logo que ouviu o primeiro som de impacto, a virginiana saio correndo de sua casa para ver o que estava acontecendo.

Por entre a fumaça e a poeira, viu Dragão Negro se aproximando e se esquivando dos destroços de um prédio que caía. Ele desviou de mais destroços e agarrou seu pulso, tentando levá-la consigo.

¬ Haskel! O que está acontecendo?— tentava freá-lo com sua pouca força. – Haskel!

¬ Eles nos pegaram de surpresa.— respondeu continuando a levá-la. – São os soldados do Santuário e dois Cavaleiros de Prata!

¬ O que fazemos?— estava completamente perdida.

¬ O mais importante é evacuar a cidade. Levar os que ainda estão vivos e você para o mais longe possível.— respondeu seguindo para a cidadela que construíram. – Temos que conter os invasores até que o povo esteja a salvo. Se tomarem a cidade com as pessoas aqui dentro, matarão todos que encontrarem.

¬ Me deixe ajudar!— suplicou, não podia simplesmente fugir. – Conheço a rota de fuga, posso ir depois!

¬ Jamais!— um prédio explodiu acima deles e ele a protegeu com o próprio corpo. – Você vai com o povo! Eu e os outros vamos reunir todos e defender a cidade com tudo o que temos!

Dragão a puxou para o chão, na tentativa de escaparem de outro projétil, estavam atirando bolas de aço incandescentes contra eles, que atingiu as muralhas e incendiou a pouca madeira que existia na construção. Estavam travando uma batalha ao estilo medieval pelo que parecia. Estavam usando o que contra eles? Maquinas de cerco? Os próprios punhos?

Aproveitou esse pouco tempo para fugir do Cavaleiro Negro e ir fazer o que podia, ela loucura completa para uma grávida, mas ela tinha uma vontade desesperadora de fazer algo para ajudar.

¬ Onde pensa que vai?!— no entanto não era algo tão fácil assim. – Você não pode ir para batalha! Pense no seu bebê ao mesmo!

¬ Se o portão cair nunca mais poderei pensar no meu bebê!— revidou. – Eu não vou me afastar sem dar tudo o que posso para defender esta cidade! A minha casa! Agora você vem comigo ou vai com o povo!

O mais velho se viu perdido por alguns instantes, mas no final das contas acabou grunhindo irritado e passou a escoltá-la até as muralhas externas, onde residiam os poderosos canhões forjados com as chamas que o próprio Fênix criara.

Na verdade, o que tinha ali não eram bem canhões. Eram apenas canos com a aparência de canhão, forjados com o mesmo material das Armaduras Negras. Eles possuíam uma curva para cima na culatra, onde se ajustavam bolas de canhão e que os homens socavam com toda força e cosmo na esperança de que a mira fosse certeira. Eram canhões de cosmo basicamente.

Um dos poucos cavalos existentes na ilha cruzou o caminho dos dois, podia se ver de longe que o animal estava assustado, e mais do que imediatamente o polonês capturou o animal, o acalmou da melhor maneira possível e ajudou-a a montá-lo. Logo o mais velho também pulou na sela e guiou o animal ansioso na direção das muralhas externas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :)

Bjs. L :3

P.S. Meu Cavaleiro favorito é o Ikki (quem não ama o Ikki?) e eu sou do signo de Virgem. Agora imaginem a minha aflição na Batalha do Santuário.



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