FELICITY CORRE! - grita Oliver no mesmo instante em que ele bate no rosto do Josh. Saio correndo feito uma louca, e me escondo atrás do bar. Espio pelo canto e vejo Oliver e Josh lutando, as poucas pessoas que estavam no PUB não já fugiram da bagunça que eles conseguiram fazer em um segundo.

Em um movimento rápido, Josh bate com uma garrafa na cabeça de Oliver, que cambaleia desnorteado. Levanto com a intenção de ataca-lo mas não tenho nem chance, pois ele já está correndo pra fora do PUB e sumindo na névoa branca que a tempestade de neve fez.

– Oliver! - grito ao ter certeza de que Josh não irá voltar. - Está tudo bem com a sua cabeça? - ele me olha ignorante - Entendi, pergunta idiota, você levou uma garrafada na cabeça, é claro que não está tudo
bem... - falo e o ajudo a levantar.

– Que bom que você entendeu. - ele fala e põem a mão na cabeça, quando a tira, ela está manchada de sangue.

– Ah! Vem vamos limpar isso. - Falo o puxando pelo braço e fazendo-o sentar em um dos bancos do bar. - Uma dose de wisky, por favor. - peço ao homem que aparenta ser o dono do local. Na verdade, o único no local.

– Te parece ser uma boa hora pra beber? - ele fala irônico. O homem põem o copo com Wisky na mesa. Eu pego um guardanapo e molho no liquido.

– O Wisky é pra desinfectar o ferimento... Sua anta! - falo e ele esboça um meio sorriso.

– Se preocupando? - Ele pergunta agora com um sorriso de lado, encantador.

– Com a única pessoa que pode me manter viva por enquanto? Logico! Afinal, não sou eu que aprendi a lutar aqui... - respondo no mesmo tom irônico que ele usou.

– Touche! - ele fala. Eu só esboço um sorriso.
Depois de cuidar do ferimento dele, saímos do PUB e ficamos procurando Josh por toda ilha. A tempestade aumentava cada vez mais e a noite já havia chegado a um tempo. Quando começa a chover granizo.

– Ai!... Ai!... Ai!... - Reclama.

– Você vai mesmo falar "Ai" a cada granizo que cair na sua cabeça? - pergunto

– Desculpa se eu sou humano e... OLHA UMA POUSADA!! - ele se interrompe e aponta pra uma casa, com uma pequena placa escrito: "Pousada da Tia Lena".

Corremos desesperados até lá. Oliver toca a campainha.

– Quem... Oh meu deus entrem rápido. - ela começa a falar, mas muda a ver nosso estado. - O que aconteceu com vocês?

– Nós fomos assaltados, levaram nosso carro e junto com ele, nossas malas. - mente Oliver.

– Vem, vamos os arrumarei um quarto. - ela nos leva até um corredor com quatro portas. Abre uma delas. - Esse é quarto de vocês!

– O meu ou o dele? - pergunto.

– Oh! Vocês não são casados? Porque os dois tem aliança? Vocês estão traindo seus parceiros?

– Não... Não! Eu e Oliver somos casados, é que... Estamos estranhando um pouco essa vida de casados. - Minto e ela parece acreditar.

– Nossa... Que susto! - ela põem a mão no peito. - Vocês podem dormir de roupão e amanhã eu trago algumas roupas pra vocês.

– Obrigada! - falo.

Ela sai e fecha a porta. Oliver deita na cama e fecha os olhos.

– Sai daí! Vai tomar um banho que você esta todo sujo. - eu falo irritada.

Ele levanta e entra no banheiro, que no lugar da porta tem uma cortina plastica azul. Pego meu computador e envio o relatório do dia por e-mail para Laurel.

– Pronto, banho tomado, feliz? - fala Oliver me tirando do meu mundinho. Ele esta com um roupão azul meio frouxo. Deixando parte do peito a mostra.

– Muito. Agora vou eu! - falo já entrando no banheiro. Tomo um banho rápido, só pra des-estressar.

Coloco um roupão rosa e saio prendendo os cabelos. Vejo Oliver deitado, na cama. Vou ter que dividir com ele, não tem sofá-cama aqui. Ando até o lado direito da cama e deito. Me cubro com os grossos cobertores. Oliver parece já dormir, então eu decido dormir.

[...]

Acordo meio desnorteada. Pisco algumas vezes e me lembro onde estou.

Tento levantar, mas não consigo, tem algo me agarrando. Só então eu percebo, Oliver está com sua mão em volta de minha cintura. Droga!

Toc. Toc. Toc.

Escuto umas batidas na porta. Como estou virada pro outro lado, só escuto alguem entrando no quarto, depositando alguma coisa na penteadeira e saindo. Logo em seguida, sinto Oliver se mexer na cama, ele tira seu braço de minha cintura delicadamente, acho que ele não queria me acordar, levanta, pega algo na penteadeira e entra no banheiro. Aproveito a ausência dele no quarto pra me trocar, com as roupas que Lena havia posto na penteadeira e sair do quarto.

Comprimento Lena, que esta na cozinha e me sirvo de café.

– Dormiram bem? - pergunta Lena.

– Perfeitamente! - falo. - Estamos aqui sem pagar nada. Tem algum jeito de pagar pela nossa estadia? - pergunto. Me sinto mal por mentir pra ela, gostaria de fazer algo pra compensar.

– Ah! Não precisa, eu d Grent, meu marido, ficamos felizes em ajudar casais apaixonados! - ela fala e suspira feliz.

– Que tal pagarmos com um almoço especial? - ouvimos uma terceira voz, uma que eu conheço bem mais do que gostaria: A voz de Oliver.

– Isso seria magnifico! - ela fala alegre. - Vou contar ao Grent! - ela sai andando alegremente.

[...]

Eu e Oliver começamos a preparar o almoço logo em seguida. Sem muito o que fazer comecei a mexer as panelas aleatoriamente.

– Corta essas cebolas! - ele fala grosso.

– Com você falando assim eu não corto nem ar. - eu respondo no mesmo tom.

– Para de birra Felicity! - ele fala virando pra mim com a colher de pau na mão. A colher estava cheia de molho, que voou todo bo meu cabelo. - Des... culpa Felicity? - ele pergunta com medo.

– Não! - falo e quebro um Ovo na cabeça dele. - Agora eu desculpo.

– Me pede desculpas! - ele ordena. Eu faço não com a cabeça e ele avança pra cima de mim me fazendo cocegas. - Pede desculpas! - ele fala.

– Ok! Desculpa! - falo rindo. Só então percebemos a presença de Rose na cozinha, que nos olhava sorridente.

Rose é mulher do John, eles são o outro casal que está hospedado aqui. São pessoas muito boas.

– Eu vou! Pra lá... - ela fala saindo da cozinha apressada.

Quando deu 12:30 todos ja comiam e elogiavam a comida que fizemos. No final do almoço John, pede pra fazer um discurso.

– Esse delicioso almoço feito por Oliver e Felicity veio em um dia perfeito, pois hoje eu e Rose completamos 20 anos de casados. - todos os olham felizes. - E, meu amor, eu quero dizer que nesses 20 anos que estamos juntos eu só passei feliz pois você estava lá a cada dia. Eu te amo! - ele fala e eles se beijam. Todos ficam olhando eles se beijarem por um período de tempo que não parece acabar.

Quando eles finalmente finalizam o beijo, Grent da um selinho demorado em Lena, que sorri vermelha.

– Ei garoto. Beija a sua mulher! - fala Grent chamando a nossa atenção.

– Não! - falo rapidamente. - É que somos envergonhados... - concerto, já que eles me olharam assustados.

– Não precisa disso, somos todos amigos. Mostrem pra nós velhos como é um beijo de verdade. - fala Rose. Todos nos encaram, e visto que não poderíamos fazer nada, Oliver me beija.

O beijo, que começou com um selinho, depois de alguns segundos ele pede passagem com á lingua, eu concedo sem pensar. Não sei por quanto tempo nos beijamos, mas paramos o beijo rapidamente ao ouvir um limpar de garganta.

– Isso é que é um beijo! - fala John. Eu realmente beijei o Oliver? Pera! Eu realmente gostei de beijar o Oliver?