- Por que você não me contou antes? - Nossa, Naruto está tão sério, dá até medo. Suspirei um pouco e resolvi responder.
- Ah... Pensei que iam ficar chateados comigo... - Olhei pra baixo. - Lee não achou nada de mais, ao contrário de você - E ergui o rosto.

Naruto ficou me olhando um pouco feio - muito na verdade -, mas acabei deixando um pouco de lado. Ele suspirou e voltou a falar.

- Não é caso de ficar chatiado, eu conheço Sasuke e posso dizer muito bem que não é saudável trabalhar pra ele. - Explicou. AAAH DE FATO NÃO É!
- Realmente. - Naruto arregalou os olhos. Hmm.... Suspeito. - Calma! Ele não fez nada demais.
- Ainda. - Oh god. - Esqueça, apenas tome muito cuidado com ele. - E foi-se... E eu fiquei ali parada que nem um croassaint ( Coxinha ficou já vulgar demais.)
- OOUW, DÁ LICENÇA AE, TRIDENT! - Gritou a Karin do meu lado. Porra, ela tem noção não?

Olhei pra trás mega bolada, mas acabei dando espaço pra ela beber água, afinal, répteis tem que se hidratar bastante, né?

Pois bem, depois desse papo "cabeça" com Naruto e depois do meu momento salgadinho, resolvi ir assistir aula. Olha, hoje estou com ânimo para assistir ela, coisa rara viu.

O pior disso tudo é quando eu estou com vontade de assistir e tem gente passando bilhetinho, OOH INFERNO! Mano, eu odeio isso no fundo da minha alma. AH LÁ, TAO ME CATUCANDO!

- Psiu, passa pro Lee pra passar pro Shino. - Sussurrou Karin. Virei pra trás só pra confirmar se aquilo era piada. Não, não era. Realmente havia um bilhetinho safado pra ser entregue, lê-se amassado.

Peguei rapidamente da mão dela e, ao inves de passar pro Lee, taquei em direção ao Shino. Mas sabe aqueles momentos from hell's que a Lei de Murphy teima em aparecer? E sempre nesses momentos o infeliz do papel consegue fazer uma parabola para o lado e ir bem em direção a professora.

- HARUNO! - This is me. This is professora puta com a Haruno.
- Diiiiiiz paixão. - E sorri, pelo menos era o mínimo de cara de pau requerida no momento, estou em falta.
- Detenção. - MANO ELA TEM OLHO NO FIOFÓ, COMO ELA SABIA QUE FOI EU QUE TAQUEI O MALDITO BILHETE?
- Mas... - E logo me cortou.
- Nada de "mas"! Aproveita que é sexta e fica lá dando companhia aos que estão de detenção desde de manhã. - Nossa, adorei minha companhia. Os made in favela de manhã. Não é a toa que o Sasuke era de lá. Ah, qual foi, foi engraçado.

Como eu não tinha escolha ALGUMA, resolvi recolher minhas coisas e desistir de ver a aula. Depois que as guardei, Kurenai me deu um papel e fui em direção a porta e logo depois a sala de detenção, oh god.

Quando abri, me senti até nos filmes de adolescentes quando fazem merda. Inspetor dormindo, pessoas bagunçando/dormindo/jogando baralho. Mano, esse pessoal é show, amei!

Com o tio lá dormindo, apenas bati com a mão na mesa pra ele acordar, hihi. Me olhou com mó cara de "vou te morder" e assinou meu nome lá, mimimi, isso vai me causar dor de cabeça depois com a Tsunade, aah se vai.

No momento em que eu me virei, percebi que aqui era dividido por grupinhos: Os góticos no meio, eu até me encaixo já que eles pintam e repintam o cabelo deles de cores bizarras; tinha também os vagabundos sem causa, ou os famosos "fundão da putaria" e pro "grand finale", ou sei la como fala, os fudidos por alguém, no caso eu.

Fui lá e me sentei entre eles, eram eles que estavam jogando baralho.

- EAE MOLECADA GENTE BOA! - E levantei a mão pra cima pra bater em outra, que nem "Hi5". Acredita que todo mudno ficou me olhando? - AH QUAL É RAPEIZE, TOCA AÊ! - E nada.

Como todo mundo é antipático, resolvi abaixar e sentar. Fiquei lá olhando pra eles jogando, todos entendiados, mas jogando.

- GAME! HÁ GANHEI VIADO! UUUUUULL TOMA NO TABACO, HAHA, TOMA NO TABACO! - Uma garota MUITO pirada, levantou e começou a rebolar, MANO ESSAS COISAS A GENTE NAO VÊ TODO DIA.
- Porra, dá pra jogar com você não, Tenten. "Cê" rouba. - Falou um tiozinho ae. A suposta "Tenten", que me lembra uma falsificação de vinte em inglês, ficou com uma cara de cu linda, até gamei.
- Como é? Você que é bocó e não sabe jogar. - Depois levantou o braço. - Toca ae lafadooo. - E bateu junto com a do parceiro no jogo.

Mano, depois eu que sou a doida.

A menina, depois que notou que eu estava lá, olhou pra mim e... Sorriu.

- Oi, Tenten. - E estendeu o braço. - Seu nome é...
- Sakura. - E sorri apertando a mão dela. Ela riu baixinho, muito fofo e voltou a falar - Nos desculpe por não ter falado nada naquela hora, estávamos concentrados no jogo.
- Ah, sem problema, acho.
- Independente. - E agora começava a apontar para as pessoas. - Este é Shikamaru, ou apenas o chame de Shika, ao lado está o Jhony, um retardado qualquer, o gordinho é Chouji, maconheiro sem causa. - O Chouji olhou pra ela MUITO feio, ela riu e logo falou. - Desculpa, Chouji, o alimentado.

Eu ri um pouco e depois logo parei, é parece que o pessoal é animado aqui, acho².

- E ae, veio pra cá por quê? - Perguntou-me Jhony.
- Olha, depende do seu ponto de vista, sabe. - Ele ergueu uma das suas sobrancelhas, então meio que resolvi explicar. - Tipo assim, nego ficou tacando bilhete nos outros, ai chegou em mim pra passar pra um aleatório, nisso eu peguei e taquei. MAAAAAAS, como tudo há um porém, controversa e um etc, a bola caiu, MISTERIOSAMENTE, na professora. Fim. - O Chouji, que estava ao meu lado, meio que coçou o ouvido, junto com Tenten. Hehe, falei alto, né?
- Se fudeu. - E logo depois, Shikamaru cruzou os braços e deitou a cabeça e depois começou a roncar. Olhei pra Tenten TENSA, mas ai ela entendeu.

- Ele tem um distúrbio no sono, toda hora ele dá esse ataque e dorme... É bem repentino isso, é por isso que ele está aqui, ele sempre fica aqui. Tudo porque ele não consegue ficar acordado durante horas. - Se aproximou um pouco e começou a falar baixo. - Já houve casos dele dormir bem na hora das necessidades da natureza.
- Uuuuu... - E nos afastamos.
- É, por isso que ele é chamado de preguiçoso. Mas tadinho, nem é um problema dele né?

E eu reclamava do meu cabelo.

O resto do tempo foi assim, apresentações, histórias, enfim, tudo que poderíamos contar em 30 minutos contamos. Logo depois veio o segundo tempo e por mais que eu negasse, o terceiro e PUFT...

O MALDITO RECREIO COM KARIN. Ainda faço um livro desse: Vinte cinco minutos com sua inimiga, volume um: Como matá-la.

xxxx

Se eu fosse uma pessoa má, eu realmente a mataria e escreveria o livro. Mas se logo no primeiro volume eu a matasse, eu não teria como continuar a saga, né?

Enquanto eu pensava em uma maneira mega eficaz de calar a boca da Karin, eu ia fazendo o sinal da cruz enquanto andava em direção a biblioteca. Afinal, Karin e diabo dá na mesma merda.

Como sempre a porta da biblioteca estava aberta e Hinata estava em seu posto, somente vigiando os nerds e cdf’s que pesquisavam lá. Juro que a primeira vez que entrei aqui foi no meu primeiro dia de exorcismo à Karin.

EEEEEEU pensava que biblioteca fosse um lugar de silêncio sabe, mas a cada vez que eu entrava no lugar, mais alto ficava um choro. Choro não, berro. Parecia até ser daquelas crianças chatas from hell. Como Hinata estava no começo da biblioteca, ela meio que não ouvia, então não mexeu uma palha pra isso, cu.

Como eu sou a defensora dos fracos, oprimidos e fodidos, resolvi ver quem chorava. Em uma das enormes estantes pude ouvir o choro mais alto ainda em meio de berros “Por quê?”. Cara, que pessoa chaaata.

- POR QUÊÊÊÊÊ? – Olhei para o outro lado da estante tensa bagarai, quando vejo Karin sentada no chão parecendo um caqui estragado. Amor, você ta uma bagaça, diz Clô.
- Não que eu me importe com você... – E apoiei minhas mãos nos joelhos me aproximando um pouco dela. – Mas, o que houve? – Oi, ela me mandou um olhar killer, beijos.
- Saia daqui. – Abraçou as pernas. – Não preciso de você.
- AAAH AMOR, MAS EU PRECISO! – E levantei. - Esqueceu que temos um serviço? – Ta, isso pareceu muito duas putas falando, oi o quê?
- Oh Trident, eu estou de TPM, meu namorado terminou comigo, quer sentir minha ira sobre você? - Mulher de TPM é pior que... Não há algo em comparação.

Se Karin queria ficar sozinha, não seria EU que faria algo contra. Deixei a bagaça ali no chão e fui fazer minhas tarefas.

Acho que quando estava pra bater o sinal do término do recreio, a cobra resolveu finalmente fazer algo que preste. Eu já tinha adiantado boa parte do serviço: limpei as mesas, joguei fora os papéis recortados na ala infantil e agora estava guardando os livros (Isso é trabalho da Hinata, mas ela teve que ir pro recreio, né?). O que restava pra Karin era varrer o chão, a pior parte.

Quando ela percebeu que euzinha havia dado a tarefa que ela mais odeia, o dragão soltou fogo até pelo reto. Olhei pra trás enquanto guardava o livro e a vi pegando a vassoura e varrendo o chão puta, só faltava fazer um buraco de tanta força que ela estava pondo.

Dei de ombros e voltei pra minha tarefa, até ouvir um baque muito forte de algo no chão. Como eu já havia guardado o livro, virei pra trás tensa que nem cachorro drogado [?]. Porra, ela não sabe varrer um chão sem nem ao menos quebrar... PUTA QUE CAGOU, ELA QUEBROU O VASO DE ESTIMAÇÃO DO KAKASHI!

- KARIN, VOCÊ... – Eu estava boquiaberta enquanto ela estava olhando pro chão ainda abobalhada.
- Eu sei, eu sei. – E já estava chorando de novo. TPM é um reto mesmo.

Comecei a andar em direção aos cacos, tomando muito cuidado pra não entrar no meu tênis chique (Não.). Ela tinha feito um belo de um estrago...

- Que barulho foi esse? – Oh god, essa voz é do diretor, mimimi. Olhamos pra ele e lá estava ele com aquela máscara idiota, apenas deixando seus olhos esbugalhados a vista. FUUUUUUUUUUUU. – O que aconteceu aqui?
- E-EU POS-POSSO EXPLICAR. – Gaguejou enquanto falava. Pareceu a Hinata agora. – Isso é tudo culpa...
- Minha! – A cortei. PORRA, POR QUE EU FIZ ISSO? Karin me olhou assustada. – Foi minha culpa, eu esbarrei sem querer e quebrou, então Karin pegou a vassoura e já estava catando, né, Karin? – E a olhei firme, ela respondeu um sim com a cabeça, mas sua expressa ainda era abobalhada.
- Hm. – Gemeu. – Depois passa na minha sala, Haruno. – E saiu, sério demais.

Passei minha mão em meus cabelos palhas. Eu sabia que eu ia me ferrar de vez, com certeza.

- Por que você fez isso? – Me perguntou suave. AAH, AGORA É NA DELICADEZA.
- Não sei... – E voltei ao que estava fazendo, guardar livros. Ela que se virasse pra arrumar aquela baderna no chão.
- Hey. – Me virei. – Obrigada... Oh, mas não acostuma!
- Nem você. – Sussurrei pra que ela não ouvisse e sorri.


Ae Deus, soma mais um pontinho ae, valeu? Ajudei uma fracassada. HAHAHAHA.

xxxx

E lá estava eu e Ayuuki batendo um papo cabeça enquanto Kakashi conversava com alguns pais. Ainda bem que não são os meus.

- Quer bala? – E abriu um pote que ficava perto do seu computador. Eu que não sou boba nem nada, peguei uma. Ué, tenho que alimentar meus órgãos. – Então eu disse pra ele: “Você é um babaca.”, depois disso nunca mais eu o vi. – E abriu uma bala pra ela mesma e mastigou.

Eu ri. Ayuuki era uma pessoa beem alegre e estava gamadinha no diretor, fact. Ela estava me contando uma história de um cara que estava dando encima dela numa festinha qualquer. Ain que sonho de ter algum garoto dando encima de mim, mimimi.

Começamos a ouvir uns ruídos vindos da porta do diretor. Parecia que ele já tinha acabado o assunto. Olhei pro relógio preso a parede rezando pra ainda ter tempo suficiente pra buscar Shan, maaaaaaaaas... Não vai dar a tempo.

Olhamos pra porta, Ayuuki voltou pro seu posto, sóoo pra não levar bronca. Kakashi saiu e junto com ele duas pessoas. Depois que eles se distanciaram ele apontou o indicador pra mim e depois pra sala dele. É hoje que o ticoticonofubá morre.

Assim que entrei me sentei na cadeira de frente pra mesa dele. Ele não se sentou, ficou vagando pela sala que nem uma coxinha flutuante [?].

- Eu sei que não foi você. – Olhei pra trás e lá estava Kakashi catucando alguns de seus livros, hmm, suspeito. – Vi quando Karin derrubou o vaso. – E se virou pra mim.

Agora to tensa.

- Se... Se você sabia, porque acreditou quando disse aquilo? – E girei na cadeira. Ele suspirou e se sentou na dele, logo, eu tive que me virar de novo.
- Só achei legal da sua parte fazer isso, pensei que não gostasse dela.
- E não gosto, apenas... – Puts, nem sei o porquê eu fiz essa cagada. – Sei lá, fiz por fazer. – Virei o rosto. Ah qual é, sou tímida.
- Enfim... Vou livrar a sua barra, dessa vez! – Ele realçou a expressão “dessa vez”. Nossa, ooh homem doido pra me ferrar.
- Isso quer dizer que eu posso parar de perder meu recreio e ir pra biblioteca? – Dê-me uma alegria, alegre uma pobre, diretor!
- Não. – Morra, infernoso. Fechei a cara e logo sai da sala dele, afinal, ainda tinha Shan pra buscar.

Quando eu já estava perto do portão – a sala do diretor ficava no primeiro andar. -, vi Naruto me esperando. Porra, eu que ainda estava “brigada” com ele, me esperou, aquela paia do Lee que eu estou de bem, foi-se. Cu.

Cheguei perto dele e ele sorriu, acho que ele preferiu ignorar tudo, sabe. Sorri em troca e ele estendeu um braço.

- O que?
- Me dá a sua mochila. – Nuuuuss, ta cavalheiro. Olhei pra ele desconfiada, aaai tinha treta. Entreguei a mochila e ele pôs nos ombros.

Começamos a andar. Ele quieto e eu também. Por que sinto que a cada minuto que passa fica mais suspeito?

- E ae, Sakura, vai fazer alguma coisa esse fim de semana? – Olhei pra ele, mas ele continuava a olhar pra frente. Por que a escola de Shan está ficando tão longe a cada dia?
- Xii cara, tenho que cuidar de Shan. Os pais dele vão para um jantar, então sobrou pra mim. – Finalmente Naruto me encarou, estava sério, mas logo abriu um sorriso.
- Ah... Que tal se eu for pra lá mexer com Shan, hm? – Ele se empolgou, oh god.
- Séria ótimo. – Sorri enquanto entrávamos na escola de Shan. FINALMENTE!

O pinóia do menino estava sentado num banco com a cara mais amarrada do mundo. Quando me aproximei ele se levantou, ainda com a cara fechada e com os braços cruzados.

- DEMOROU POR QUÊ?
- Hey, baixa o tom.
- O meu irmão já tinha até passado aqui. – E virou o rosto para o outro lado
- Quem? Sasuke ou Itachi? – Perguntou Naruto.
- Sasuke, mas como ele percebeu que você ia demorar ele foi embora, aquele nojento. – Porra, Sasuke é foda. Passou aqui e nem pra pegar o menino.

Pus uma mão na cabeça e a outra na cintura. Naruto riu baixo, nem sei por quê. Peguei a mão de Shan e lá fomos pra casa, a dele, claro.

Naruto veio conversando com Shan animadíssimo, acho que ele se dá bem com todo mundo, afinal, quem é que não gosta do Naruto né? Uma pessoa que sempre está ali contigo, por mais que ele tenha suas neoroses, esquisitices e etc.

- Valeu Naruto. – E dei um leve soco no ombro dele. De início ele não entendeu porque eu o soquei assim, mas logo depois ele já estava sorrindo.
- De nada. – E passou um braço pelo meu pescoço e assim ficamos andando. Môo casal feliz, eca.

Finalmente havíamos chegado à casa do pentelho. Naruto devolveu minha mochila e foi embora. Shan tentou convencê-lo a entrar, mas não conseguiu muita coisa não. Ele apenas disse: “Fim de semana eu estou ae.” Em digo que isso motivou demais Shan né?

O dia passou normal. Sasuke se enfornou no quarto e nunca mais saiu. Fiquei brincando com Shan no vídeo game, mas o moleque usa macete pra cassete, perdi todas. Itachi nem deus as caras em casa, hmm suspeito. Nona andou me contando uns podres dele, hihi.

Fui pra casa toda serelepe, até que meu dia foi legal, quando cheguei em casa, vejo um tipo de cena, hmm... Tensa.

- Tia... – Foi a única coisa que eu pude dizer.


Fim.