Eu sou seu escrita por Novacullen


Capítulo 2
Capítulo -01


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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PV EDWARD

— Olá! – disse um senhor com cerca de cinquenta e cinco anos ao abrir a porta. Ficando imediatamente apreensivo, uma reação normal para humanos, os instintos deles gritam perto de nossa presença, mesmo eles não tendo ideia de que somos vampiros. Até hoje só vi isso não acontecendo com uma pessoa, a minha Bella, ela nunca sentiu medo de mim pelo tempo em que convivemos.

— Senhor Richard Smith? – papai usa um tom calmo lhe passando tranquilidade.

— Sim. E você deve ser Carlisle Cullen, certo? – Richard fala um pouco na defensiva ainda.

— Sim e essa é minha esposa Esme e esse é meu filho Edward.

— Prazer em conhecê-los.

— O prazer é nosso.

— Entrem e sentem-se, por favor. – pediu Richard educadamente.

Acomodamo-nos e Richard sentou-se no sofá de frente ao nosso.

— Desculpe trazer minha esposa e meu filho é que viemos direto do aeroporto para cá.

— Você que tem que me desculpar por fazer essa entrevista de emprego aqui na casa de Isabella, mas é que por um motivo de força maior não posso me ausentar daqui.

Na verdade foi bem providencial papai ter de vim aqui, assim eu poderia ver Bella mais cedo do que eu imaginava, e a dor da separação teria um fim agora, mas eu havia me conformado antes com isso por saber que eu daria um jeito de entrar na vida dela novamente quando fosse mais velha. E quinze anos depois estou aqui ansioso para revê-la. Como ela estaria aos dezoito anos? Linda aposto, Bella era uma criança linda e adorável o tempo só deve tê-la deixado ainda mais bonita e encantadora.

— Não sei se sabem, mas o hospital é da família Swan, mas com a morte de Charlie e René e sendo Isabella a filha deles a única herdeira e por ser ainda bem nova para assumir o hospital eu como advogado da família estou administrando seus bens até Bella... bom até ela ser capaz de fazer isso sozinha.

— Eu lamento que Charlie e René tenham morrido e deixado Isabella sozinha. – soa papai triste, pela perda de Bella.

Eu também estava, minha Bella está órfã e tão nova ainda. Quando eu decidi que era o momento de voltar para Bella há algumas semanas e descobrimos isso, foi um baque terrível. Não descobrimos muito sobre os Swan, ao que parece eles eram bem reservados, tudo o que descobrimos é que eles haviam se mudado de Chicago poucos meses depois que eu deixei Bella e montaram o hospital aqui em Forks que ao longo dos anos foi crescendo ficando bastante conhecido em toda região e faleceram há três anos, foram vítimas de latrocínio em uma viagem que fizeram a New York. Mas estávamos aqui agora e saberíamos tudo sobre Bella com relação aos quinze anos que se passaram.

— Ela não está sozinha tem a mim. Eu sou mais que um advogado da família, sou amigos dos Swan há anos. E venho cuidando dela desde a morte de seus pais, eu sou o mais próximo que Bella tem de uma família agora.

Tem a mim e minha família também eu quis acrescentar, mas não seria sensato no momento.

— Fico feliz em saber que Isabella não tenha ficado desamparada, mas e a sua família a acolheu também?

Precisávamos saber se ele era confiável, e se os outros da família dele gostam de Bella também, afinal meu bem mais precioso estava nas mãos de um desconhecido para mim.

— Sou viúvo Carlisle. - Richard fica um pouco abalado ao falar, vi que  ainda amava muito a sua esposa.

— Sentimos muito. 

— Obrigado Esme, faz seis anos que sigo em frente, mas jamais vou esquecer minha Sarah.

— Pelo seu tom de voz você a amou muito.

— Ainda amo Esme. Sarah se foi, mas me deixou um filho maravilhoso. – Richard fala num tom mais alegre e um pouco mais relaxado, ele não havia baixado totalmente sua guarda com relação a nós ainda, mas já podia ao menos conversar normalmente conosco.

— Desculpa a indiscrição, mas o senhor me pediu para vir aqui para a casa de Isabella, vocês moram aqui com ela? 

— Moramos sim Carlisle, foi a pedido dela, Bella preferiu não sair de sua casa para morar na minha comigo e meu filho. Então como era um momento delicado resolvemos acatar, apesar de saber que todos achariam que estávamos nos aproveitando da fragilidade dela, mas não usufruímos nem do dinheiro e nem dos bens dela como muitos acham. Eu e meu filho não vivemos do dinheiro da herança de Bella, sou um advogado renomado, tenho uma carreira sólida e construí meu próprio patrimônio ao longo do tempo, eu não necessito nem ao menos cobrar por meus serviços de advogado a Bella. E nem que precisasse eu jamais cobraria, considero Bella como uma sobrinha, ela até me chama de tio.

Richard foi tão sincero que meus pais nem precisaram de minha confirmação por meio do meu dom para saber que ele estava falando a verdade. Isso era bom, Bella foi bem amparada por Richard. E teria a mim e minha família agora também.

— Poderíamos conhecê-la? Afinal o hospital no qual eu pretendo trabalhar é dela.

— Eu não sei se seria uma boa ideia Carlisle.

— Porque não?

— É que... – sua fala foi interrompida por uma linda jovem de longos cabelos castanhos avermelhados, rosto em formato de coração, pele de porcelana e inconfundíveis olhos castanhos cor de chocolate que desce as escadas apressadamente. É a minha Bella e está linda como eu pensei que estaria.

— Bella querida temos visita. – Richard chama a atenção dela.

— Ele é mal, ele é mal, ele é mal... – começou Bella a dizer sem parar e se escondeu atrás do sofá.

— O que Bella tem? – perguntei preocupado. Isso não é uma atitude normal.

Richard deu um suspiro pesaroso antes de responder.

— Ela é esquizofrênica.

Oh! Não. Minha Bella não pode estar doente assim.

— Meu Deus! – diz mamãe triste e papai a abraçou.

— Desde quando? – pergunta Carlisle igualmente triste.

— Bom às coisas começaram a não ir bem para Bella com a perda dos pais de uma maneira tão brutal e repentina, eles eram bem unidos, foi um golpe duro para todos nós, principalmente para ela, que ficou depressiva necessitando até tomar medicação para controlar a depressão, mas apesar disso ela eventualmente conseguiu seguir com sua vida adiante, só que, há alguns meses Bella começou a ter um comportamento estranho ficava sempre tensa, ansiosa, o tempo toda desconfiada, se incomodava em ficar na presença de estranhos. A chamei para uma conversa seria, eu precisava saber o que estava acontecendo com ela para poder ajuda-la, mas antes mesmo que eu começasse a falar Bella disse que tinha um homem mal descendo as escadas e se escondei atrás de mim completamente assustada, mas não havia ninguém descendo as escadas só havia eu e ela na sala, a levei ao médico e foi diagnosticado esquizofrenia.

— Não se aproxime, Bella sempre reage mal quando está em surto. – me advertiu Richard quando me levantei indo em direção a ela, eu queria abraçá-la e dizer que tudo ficaria bem.

— Ela não devia estar em uma clínica para se tratar? – perguntei contendo minha vontade de me aproximar mais de Bella. Seu olhar era tão amedrontado que estava me angustiando.

— Temos um médico particular de confiança, ele já vinha tratando dela desde a depressão. E achamos melhor que Bella ficasse num ambiente familiar do que naquele ambiente inóspito de hospital.

Assenti compreendendo sua decisão. Realmente se havia como ser tratada em casa, isso era o melhor para ela mesmo.

— Ele é mal. – diz Bella focando seu olhar no meu, por um momento achei que estivesse lúcida, mas logo seu olhar ficou desfocado de novo.

— Bella sente-se aqui ao meu lado, por favor. – pediu Richard, mas Bella pareceu nem o ouvir e Richard deu um suspiro frustrado.

— Eu poderia ajuda-la também.

— Agradeço Carlisle, mas Bella já está sendo bem assistida. O médico garantiu que é questão de tempo os remédios começarem a reprimir os efeitos da doença, já que felizmente a doença foi diagnosticada bem cedo.

— De qualquer forma, se mudar de ideia é só avisar.

— Eu aviso. E bom voltando ao assunto que lhe trouxe aqui. – diz Richard após checar Bella que ainda estava sentada atrás do sofá, só que quieta agora, mas seu olhar continuava vago. Segurei-me para não ir até ela novamente.

— Confesso que seu currículo foi um dos que mais chamou minha atenção, apesar de jovem ainda apenas com trinta e dois anos, já é especializado em cirurgia geral com nome conhecido no ramo e até administrou um hospital. Estou impressionado com sua carreira. Meus parabéns Carlisle.

— Obrigado.

— Eu preciso dizer que o hospital é mais que uma herança dos pais de Bella, ele é praticamente um patrimônio de Forks. Geralmente pessoas de cidade pequena como Forks é que vão para cidades grandes se tratar, mas aqui é o contrário, pessoas de cidades grandes é que vem aqui em busca de tratamento principalmente os mais pobres.

— Sim o fato de o hospital ser metade filantrópico foi o que me chamou atenção para me candidatar a esse cargo.

— Carlisle você caiu do céu, eu estava precisando urgentemente de alguém com sua visão, que visse além de dinheiro, que trata de vidas com dignidade independente das condições financeiras delas. O administrador que contratei após a morte de Charlie e René até que estava indo bem, mas de alguns meses para cá ele vinha insistindo em reduzir a parte filantrópica. - Richard soa em tom de desgosto, o que nos deu mais uma prova do bom caráter que tem- O que me fez perceber que ele só queria saber de fazer o hospital render não se importando de fato com os mais carentes. Então só posso dizer mais que o emprego é seu.

— Será um prazer ajuda-lo a cuidar desse hospital.

— Fico muito feliz em tê-lo na equipe. – Richard fica aliviado por perceber que pode confiar em papai para administrar o hospital da maneira que ele gostaria que fosse administrado. – Sei que não tem conhecidos na cidade, então considere esse velho aqui um amigo. – Richard agora já está se sentindo todo à vontade conosco, o que era bom, nós iriamos nos ver muito ainda, assim ao menos eu esperava que fôssemos.

— Obrigado e considere-nos seus amigos também.

— Já são e venha nos visitar sempre que quiserem gostei muito de vocês.

— Sim e trarei meus outros dois filhos, minha nora e meu genro que se juntarão a nós em breve para o senhor também conhecê-los.

—Nora e genro? Agora que percebi que vocês não tem idade para serem pais de filhos adultos.

— Quando os adotamos eles já eram adolescentes, além de Edward temos a Alice que é a do meio com vinte e dois anos casada com Jasper e Emmet o mais velho com vinte e três e casado com Rosalie.

— Muito nobre a atitude de vocês adotar e ainda mais adolescentes.

— Eles são muitos especiais. – papai fala orgulhoso de nos ter como filhos.

— E você meu jovem é o único solteiro, então?

Apenas assenti, olhando discretamente para Bella, será que meu status mudaria em breve?

— É o nosso caçula tem apenas dezoito anos. – disse mamãe.

— Já faz faculdade Edward?

— Começo semestre que vem, medicina em Harvard.

Na verdade se der tudo certo com Bella pelos próximos meses eu não iria para lá, vou me transferir para a faculdade de Seattle assim eu poderia ir e voltar todos os dias e ainda ver Bella. Por mim eu não faria mais nenhuma faculdade, já fiz quatro, mas tinha um disfarce humano a manter.

— Seguindo os passos do pai. Que orgulho hein Carlisle?

E papai concordou.

— Estamos indo então. – olhei para meu pai indignado, eu queria ficar mais tempo com Bella. Foram quinze anos longe dela.

Não podemos forçar uma aproximação assim filho, Bella se encontra numa situação delicada vamos com calma a visitaremos mais vezes. — papai fala a mim por pensamento.

Eu assenti discretamente de maneira triste. Papai está certo, mas mesmo assim eu ainda queria mais tempo com Bella.

— Voltaremos em breve.

— Quando desejarem Carlisle, eu os acompanho até a porta.

Despedimos-nos, olhei para Bella uma última vez antes de sair fazendo uma promessa silenciosa de que a ajudaria.

— Céus! Como isso foi acontecer com a Bella? – diz mamãe quando já estávamos no carro.

— Infelizmente não é algo que possa ser evitado, é genético. – papai soa triste.

— Me fale um pouco mais sobre essa doença Carlisle. – pediu mamãe.

— Pessoas esquizofrênicas têm alucinações, a mais comum é que o indivíduo acredita que está sendo perseguido e observado por pessoas que tramam alguma coisa contra ele.

— Por isso que Bella diz que tem um homem mal atrás dela.

— Exatamente querida.

— Tem cura pai?

— Apenas controle filho.

— Ela tem alguma chance de ter uma vida normal?

— Em muitos casos Edward é possível à reintegração social principalmente em jovens com o uso de medicação aliada com a terapia cognitiva específica para transtornos esquizofrênicos, eles aprendem a lidar com os sintomas e a levar uma vida mais normal possível.

— Bella vai conseguir, eu vou ajudá-la pai.

— Todos nós vamos filho. Falaremos para seus irmãos sobre isso e tenho certeza de que vão ajudar também.

— Com certeza que vão querido.

— Para o carro pai.

— Para que?

— Não consigo ir para casa, preciso vê-la um pouco mais.

— Você não pode voltar lá agora.

— Não vou entrar pai, eu só preciso vê-la de longe ninguém desconfiará que estou por perto.

— Tudo bem, mas tome cuidado para não ser visto.

— Pode deixar pai. – saio do carro e corri pela floresta até a casa de Bella, era muito bom que Forks tivesse tantas árvores, assim eu poderia me locomover escondido na velocidade de vampiro. Subi em uma árvore que dava uma boa visão da mansão e comecei a ouvir as mentes de quem estava na casa para encontrar Bella, já que infelizmente eu não podia ouvir a mente dela, o que era uma pena meu dom falhar justo com ela, seria tão útil se eu pudesse ler a mente dela assim eu poderia ajuda-la melhor. Ouvi as mentes dos empregados na cozinha, Richard estava no escritório lendo documentos e tinha uma senhora vestida de enfermeira no segundo andar tentando alimentar Bella que não queria comer.

— Só um pouco. - insistia a senhora e Bella fechou a boca firmemente e negava sem parar com a cabeça.

— Não há nada de mais em sua comida, vou te provar. – disse a enfermeira comendo um pouco.

Ela tem de parar de achar que aquele homem que diz ver envenena a comida dela.— pensou a enfermeira.

— Viu? Não aconteceu nada comigo, agora coma Bella, por favor.

Mas Bella continuava a se recusar a comer.

— Deus menina você não pode ficar sem se alimentar, já perdeu peso por conta disso. – a senhora soa preocupada, mas Bella nem lhe deu atenção.

Terei de por remédio no suco de novo, é o que ela felizmente ainda aceita quando está em crise, pois do jeito que está não vai querer tomá-los por conta própria. — li a mente da enfermeira.

— Está bem tome ao menos o suco. - diz a enfermeira após por o remédio escondido de Bella nele e Bella deu apenas alguns goles.

— Pobre garota. – a senhora diz com pesar, cobrindo Bella quando adormeceu e saiu do quarto.

Saltei da árvore e entrei pela janela rapidamente.

— Eu vou cuidar de você minha Bella. – acaricio o rosto pálido dela.


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Notas finais do capítulo

Até sábado que vem!