Eu: Hum, tia Mikoto , você não tem outro filho?

Mikoto: Tenho. O Itachi ia vir também. Mas de ultima hora ela decidiu ficar na casa do pai.

Tinha me esquecido. Tia Mikoto tinha se separado a uns cinco anos.

Eu: Ah, tá.

Subi as escadas na frente, seguida pelo Sasuke, tia Mikoto e minha mãe, nessa ordem. De tão perto que ele estava de mim, sua respiração batia em meus cabelos e eu a sentia em meu pescoço, me fazendo arrepiar toda. Ele estava me deixando louca, mesmo inconscientemente.

Eu: Aqui, tia Mikoto. Esse será o seu quarto pelo próximo mês.

Mebuki: Espero que goste.

O quarto era simples: uma das paredes era azul, os móveis eram brancos e a cama de casal ficava no meio do quarto. Tinha uma porta que dava para um banheiro, ao lado do armário.

Mikoto: É lindo, Mebuki! Amei! Você sabe que eu amo azul.

Mebuki: É, eu sei. Bem, deixe suas coisas aqui e vamos tomar um café.

Eu: Er... Mãe? Eu não fiz café. Eu não sabia que você ia querer.

Mebuki: Não tem problema. É bom que enquanto eu preparo café, eu e sua tia podemos conversar um pouco.

E eu fico como?! Com esse Deus do meu lado... Sozinha com ele?!

Mikoto: Claro, Mebuki.

Mãe: Saky, mostre o seu quarto para o Sasuke e ajude ele a se instalar.

Tem como piorar?! Sozinha com ele... no meu quarto?! Tem uma cama lá, pelo amor de Deus! Será que ninguém enxerga isso?!

Eu: Hã... Claro! Hã... Vamos descer e buscar as suas coisas. Onde estão mesmo?

Sasuke: Estão na garagem.

Eu e minha boca.

Eu: Er... Então vamos.

Nossas mães desceram na frente e nós fomos direto para a garagem, pegar as malas do Sasuke.

Sasuke: Teremos um ótimo mês juntos.

Eu (ficando roxa): Concerteza. Você vai adorar Vitória (a cidade onde eu moro).

Sasuke: Tenho certeza de que tudo o que eu quero está aqui nessa casa.

Eu (ficando azul): É, aqui em casa nós temo piscina, sauna, churrasqueira... Se você quiser, amanhã podemos tomar um banho de piscina.

Eu preferia mudar de assunto. Era melhor que prestar atenção em suas indiretas. Só que ele insistia no mesmo assunto.

Sasuke: Claro! Amanhã é domingo, e a tia Mebuki chamou a minha mãe para ir à igreja. Poderemos aproveitar a manhã toda.

Gelei. Já não basta eu ter que ficar no mesmo quarto que ele e ter que dividir o mesmo banheiro, ainda teria que passar a manhã toda sozinha com ele?! Estou perdida.

Entrei na garagem e logo depois Sasuke fechou a porta.

Ele ficou me encarando durante um bom tempo. Essa situação estava meio embaraçosa... Quebrei o silêncio.

Eu: Aqui estamos. Onde estão as suas malas?

Ele me puxou para um abraço, e eu não tive por onde fugir. Eu não ia conseguir me esquivar dele por muito mais tempo. Seu perfume era tão bom!

Ele se aproximou mais, beijando o meu pescoço. Perdi a linha de raciocínio. O que eu tinha dito?

Sasuke começou a sussurrar em meu ouvido:

Sasuke: Eu não sabia que tinha uma prima tão linda quanto você.

Eu: Eu não sabia que tinha um primo que poderia me deixar tão louca assim.

Ele começou a rir silenciosamente. Pela proximidade, conseguia sentir ele tremendo enquanto ria. Não consegui ficar sem rir. Parei quando ele mordeu o lóbulo da minha orelha, me causando mais arrepios.

Sasuke: Quem está perdendo a razão aqui sou eu. Você está me fazendo perder a cabeça.

Levantei o seu rosto e me aproximei ainda mais. Parei a minha boca a uns dois centímetros da sua.

Eu: Então somos dois.

Ele já estava se aproximando mais quando eu desviei e sai do seu abraço e avistei as malas. Ele não era o único que poderia me deixar louco! Eu podia brincar um pouquinho, né?!

Eu comecei a rir baixinho e ouvi ele rindo.

Sasuke: Você não vai me escapar, priminha.

Provavelmente não... Não com ele no mesmo quarto que eu. Mas eu queria provocá-lo um pouquinho.

Eu: Ah, priminho, eu não teria tanta certeza.

Sasuke: Mas eu tenho.

Quando me virei para ver o que ele estava fazendo, eu quase engasguei. Ele tinha tirado a camisa e seu abdômen ficou a mostra. Era tudo de bom!

Me recompus antes que ele visse meu olhar cheio de luxúria.

Eu: Vamos levar as coisas lá para cima.

Sasuke: Vamos.

Eu comecei a pegar uma mala, mas ele me impediu. Disse que era muito pesada para eu carregar. Revirei os olhos. Ele nunca me viu depois de um dia no shopping. Ele pegou todas as coisas, e foi quando eu vi que ele carregava um violão.

Eu: Você toca?

Sasuke: Sim.

Tive um treco. Já disse que eu adoro músicos sarados e supergatos?!

Eu: Nossa! Que legal! Você tem uma banda ou coisa do tipo?

Sasuke: Tenho uma banda com o pessoal de onde eu moro. Não é conhecida, então você não deve saber sobre ela.

Abri a porta da garagem e fomos para o meu quarto.