Era uma madrugada como todas as outras, a vila se encontrava calma e silenciosa, alguns ninjas descansando de algumas missões passadas, enquanto outros estavam substituído alguns dos ninjas em missão.

A lua se encontrava minguante, e uma brisa soprava por toda a vila, as folhagens eram levadas a cada sopro do vento, o céu se encontrava sem estrelas, apenas as nuvens escuras espalhadas, as alas de treinamento estavam vazias, no auge daquela noite provavelmente os ninjas não treinariam.

Mais um grupo desconhecido da vila surgiu em uma das alas desocupadas, onde era cercado por diversas árvores, quase que confundível.

A capa era arrastada pelo chão, enquanto outras eram levadas pela brisa, os passos ficavam marcados no gramado a cada pisada, uma espécie de pássaro voava pela redondeza, como se estivesse de guarda enquanto o grupo desconhecido se reunia.

Três seres pararam um de cada vez, um deles recostou na árvore que era levada fortemente pela brisa, enquanto seus olhos que se identificavam com a lua quando cheia, fitava o lugar onde os demais surgiam.

A capa escura e as nuvens vermelhas, não negavam que eram membros da akatsuki, mas porque aparece logo em uma vila vizinha?

Um outro ser de aparência desconhecida parou diante a dois troncos de árvores, onde Naruto a tempos atrás havia ficado amarrado. O outro a cada passo que dava se ouvia o barulho de correntes o acompanhando, mas nunca se via alguma corrente por envolta dele.

De repente surgiu com as folhagens que eram trazidas pela brisa mais dois membros da organização, que pararam em cima dos dois troncos de árvores ao lado do segundo membro que surgiu naquela noite.

—estão todos aqui. – A voz era irreconhecível, dizia-se o akatsuki com uma voz mais grossa.

—disse para nos encontrarmos com você tão repentinamente, irá referir-se aos ataques... Pinku?

Pinku que estava de cabeça baixa, aparentemente fitando o chão, ergueu a cabeça e deu um suspiro pesado.

—hai, Soyokaze... mandei Busshu Buta, verificar as redondezas de Konoha.

Ao terminar de se pronunciar, uma sombra surge de repente, chamando a atenção dos akatsuki, Pinku virou-se para o mais novo membro que havia chegado.

—então Buta...?

—está tudo okay Pinku, sem sinal de qualquer outro membro.

Pinku nada disse, olhou para a lua minguante e se pronunciou em um sussurro.

—sabem qual nosso objetivo nessa vila... não se apeguem demais ao passado... principalmente você, Mūn Namida. –Pinku pela autoridade da qual falava, sua postura lhe entregava como líder dos outros akatsuki, e pelo modo que todos acatavam, aparentemente sua força era inigualável.

—hai... Pinku-sensei.

Com a voz mais baixa, Mūn Namida calou-se, enquanto lentamente Pinku desaparecia. Deixando os demais parados olhando para o nada.

Quando Pinku desapareceu...

—Soyokaze... nem sempre Pinku tem razão, caso realmente eles venham, será inevitável a morte de muitos.

Soyokaze que continuava sentada sobre o tronco de árvore, colocou a mão sobre seu leque gigante.

—não devemos desacatar as ordens dele, Busshu Buta... Mūn, acredito que você começou a formar laços novamente, faça o que Pinku lhe disse, não se apegue mais ao passado.

Mais um alerta...

—Kurosuna, iremos agora... –Com as palavras proferidas, o homem do leque gigante desapareceu com o vento, havia informado ao ser ao seu lado que foi coberto por uma areia negra e logo desapareceu.

Quando por si desapareceram, o akatsuki Mūn Namida se desescorou da árvore.

—irei guardar o local.

—Namida... –Chamou Busshu Buta... – não vejo problema algum no que Pinku e Soyokaze disseram.

Mūn Namida ficou em total silêncio, enquanto Buta esperava por algo da parte do mesmo.

—Pinku-sensei sabe o que será melhor para mim...

Foi à única coisa que o akatsuki disse, e logo em seguida desapareceu na noite que já se fazia fria. Todos os akatsuki haviam desaparecido, ficando apenas Busshu Buta, olhando para a escuridão vazia.

Pinku andava por uma trilha que era reforçada pelas grandes árvores. A velocidade da qual andava foi diminuindo aos poucos, assim que logo atrás surgiu outro akatsuki.

O akatsuki automaticamente se ajoelhou.

—Yōhei... faça-me um favor.

Yōhei permaneceu calado, em sinal de que faria.

—Mūn Namida está voltando a se apegar novamente ao passado, fique de olho nele e garanta que o mesmo não cometerá nenhum erro... não viemos aqui para criar laços, apenas temos uma missão, nada mais que isso.

—entendo Pinku-sensei.

—apenas mantenha Mūn Namida fora de problemas da qual confundirá sua cabeça, confio à missão a você.

—hai.

Yōhei levantou-se e seguiu caminho oposto, enquanto o barulho das correntes o perseguia, sem sinal de nenhuma corrente.

Pinku ficou parado no meio da trilha, olhando para o céu, que estava coberto entre as folhagens das árvores.

—laços... não será necessário.

Pela manhã Tenten levantou-se rapidamente, tomou um rápido banho e trocou-se, vestindo uma roupa confortável, como uma calça moletom vermelha e uma blusa branca com o símbolo da folha na manga direita da blusa, amarrou um fio onde se encontrava diversas kunais penduradas e calçou suas sandálias ninjas, deixando seu cabelo que batia no ombro solto para que pegasse um pouco de ar.

Saiu apressada de sua residência, da qual morava sozinha quando mais nova. Tenten caminhou pela vila a observando por completo, havia mudado muita coisa realmente... Os braços feridos de Tenten encontravam-se enfaixados, pois o estado ainda não era o melhor, mas aos poucos se recuperava.

—Tenten... –A voz chamou atenção da morena, que virou-se curiosa.

—Hanabi... –Pronunciou sem se surpreender.

—dando uma volta?

—hai, tenho algo a fazer.

—posso te acompanhar?

Tenten ficou em silêncio por uns segundos, e negou com a cabeça, despertando a curiosidade da Hyuuga mais nova.

—sinto muito Hanabi, mas é algo da qual preciso fazer sozinha.

Hanabi riu.

—mal retornou a vila e já tem algo do tipo para fazer...

Mal percebeu Hanabi que Tenten permaneceu em silêncio e séria.

—até mais tarde Hanabi. –Disse Tenten voltando o caminho do qual fazia.

Hanabi ficou parada por uns minutos até tentar entender o comportamento da morena, não demorou muito para vir em mente o seu modo idiota de agir, correu para ver se ainda a encontrava, mas perdeu tempo, a morena de repente sumiu como o vento.

—kuso... que rápida.