Blue Horizon A Luz da Liberdade escrita por Gislane Brito


Capítulo 23
Cap. 23 - Despedaçados


Notas iniciais do capítulo

As poucas vezes que consegui dormir abraçada ao casaco de Micky, eu acordava gritando por causa do mesmo pesadelo: Fogo, separação, desaparecimento e morte...
Numa noite de quase desespero, usei uma faca para cortar os meus cabelos e depois de mais de três dias vagando pelo espaço em minha nave, voltei para Moya!

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O espaço, assim como na superfície do planeta, estava cheio de destroços, só que das naves de guerra dos pacificadores!

A dor que se alastrava a partir do buraco em meu peito ofuscava meus pensamentos. A culpa por ter deixado Micky se responsabilizar pela invasão do computador central sozinho, e por não ter o acompanhado até a sala do computador, me corroia por dentro! Não sabia como iria dizer a Camilly que eu não havia conseguido cumprir minha promessa de proteger o pai dela.

Ficar apenas esperando por um contato dele não era mais uma opção. Com a ajuda de Tarnyn e Karla, rastreei e interceptei as comunicações de todas as naves próximas ao setor procurando por pistas. As poucas naves que haviam escapado do cerco dos scarrans, estavam agora dispersas e os pacificadores sobreviventes eram caçados como animais... Navegamos sob a bandeira da Federação que estava cumprindo uma trégua de um ciclo com o império Scarran, mas para mim a paz ainda era um sonho distante.

As poucas vezes que consegui dormir abraçada ao casaco de Micky, eu acordava gritando por causa do mesmo pesadelo: Fogo, separação, desaparecimento e morte...

Numa noite de quase desespero, usei uma faca para cortar os meus cabelos e depois de mais de três dias vagando pelo espaço em minha nave, voltei para Moya!

Toda a tripulação estava de luto... Aeryn tentava me consolar me contando sobre suas experiências de perda e de como havia conseguido continuar com sua vida apesar delas. John apenas se sentava ao meu lado e me abraçava! Apenas Chiana conseguiu me tirar do poço de apatia quando chegou me perguntando se eu já havia me conformado com a morte de Micky.

_ Eu sei que você está sofrendo, Mary! Mas as chances de Braca ainda estar vivo são quase nulas... Você tem que seguir com sua vida! Quem sabe voltar para a Terra para viver com Cam e D’Argo!

_ Ele está vivo, Chiana. Eu não vou desistir de procurar por MIcky! E pare de falar como se ele estivesse morto! E Camilly ainda não deve saber disso...

_ Sei bem o que um humano é capaz de fazer para ter seu amor de volta... John fez o mesmo por Aeryn quando ela foi capturada pelos scarrans... Mas você já está nesta busca há mais de dois meses! Seus amigos também estão sofrendo! E por sua causa...

_ Vou liberá-los deste fardo ainda hoje, Chiana! Estou deixando Moya...

_ Mary, eu não quis dizer isso...

Ela se levantou para ir atrás de mim, mas quando ia continuar com seus argumentos “pró-superação”, o Piloto a interrompeu.

“Mary, Moya está recebendo uma mensagem telepática de Camilly... Ela já sabe que o pai está desparecido, ela sentiu o pesar de Moya! A menina quer voltar para casa para ajudar nas buscas pelo pai...

_ Oh, meu Deus!... Não era para ela saber disso agora! Piloto, por favor, me deixe falar com Moya.

“Está bem, Mary! Ela pode entendê-la agora...”

_ Moya, por favor, diga a Cam que não desisti de procurar pelo pai dela! Ela não deve voltar para cá... Ainda não é seguro!

“Mary, Moya já enviou sua mensagem para Cam. A menina disse que talvez tenha uma pista sobre o paradeiro do pai...”

_ Uma pista? Mas como?!

“Uma leviatã da fronteira dos territórios inexplorados foi abordada por uma nave capitânia pacificadora que pedia auxílio médico. Apesar da leviatã não ter tido condições de fornecer ajuda, os pacificadores enviaram suprimentos para a tripulação sem pedir nada em troca! Os antigos pacificadores jamais teriam sido tão piedosos... Por que eles estariam tão desesperados pela ajuda de um médico? Os pacificadores possuem os médicos mais bem treinados da galáxia!”

_ Às vezes me esqueço que Cam e D’Argo podem se comunicar com outras leviatãs além de Moya! Querida Moya, agradeça a Cam pela ajuda, apesar de sua indiscrição em contar sobre o desaparecimento do pai... Vou investigar esta nave “cheia de gente generosa” e saber para quem eles pediam ajuda médica! Os nossos amigos, os doutores Diagnosians poderão voltar a praticar medicina usando os famosos equipamentos médicos dos pacificadores. Acho que eles não se importariam em nos ajudar em uma missão “humanitária”. Mas vou precisar de sua ajuda para falar com os doutoress. Mesmo com os microtradutores, não consigo entender o que estes compridões dizem!

“Eles nunca negariam ajuda... Eles são muito gratos por nossa proteção.”

_Temos as coordenadas destas naves?

“Sim... Em velocidade de vetor podemos chegar lá em dois dias solares.”

_ Isto é ótimo, Piloto... Espero que eles ainda estejam juntos naquele setor quando chegarmos... Quando estivermos ao alcance de comunicação, gostaria de enviar uma saudação e oferecer ajuda sem alertar os scarrans de nossa presença... John!...

“O que foi, Mary?!”

_ Preciso lhe pedir um favor!

No início, John duvidou que seguir a pista dada por Cam não fosse uma perda de tempo e um risco a segurança da nave. Mas eles não permitiriam que eu e minha pequena tripulação fossemos ao encontro das naves desconhecidas sozinhas.

Então tomei precauções para não esbarrar com os mercenários no caminho, monitorando as comunicações deles e desviando das rotas comerciais. Pedi a Noranti uma de suas famosas poções estimulantes para me manter alerta durante todo o período da missão e me preparei emocionalmente para a possibilidade de não encontrar Micky naquela nave!

Nossa viagem foi tranquila, mas eu tive que controlar minha ansiedade. Então tentei ocupar minha mente com treinamento de luta com Aeryn e os monges tavleks... Nem preciso dizer que eles não “pegaram leve” comigo! Apanhei muito, mas minha mente pareceu ficar mais clara... A nave pacificadora talvez fosse comandada pelos sebacians do Movimento e eles estavam apenas ajudando os feridos de guerra! Mesmo que nós não encontrássemos Micky, tínhamos que ajudar aquelas pessoas...

“Comandante Crichton, chegamos às coordenadas da nave leviatã. Ela está nos saudando!”

_ Piloto, diga a ela que estamos em missão de paz! Pergunte se a nave pacificadora que pediu ajuda ainda mantem contato! Temos como ajudá-los...

“Não, senhor! A nave pacificadora está camuflada e faz silêncio nos comunicadores para evitar as naves inimigas!”

_ A nave deve estar indefesa... Os antigos pacificadores nunca fugiriam de uma boa briga!

_ Então, temos que enviar uma mensagem com uma senha! Conheço uma da época que eu era uma pacificadora!

Karla não estava convencida de que minha senha ainda fizesse algum sentido para aqueles pobres refugiados de guerra. Mas eu tinha que tentar!

Então, criptografei a mensagem e enviei na direção do rastro de partículas deixado pela nave!

Para nossa surpresa, recebemos uma mensagem criptografada com uma contrassenha e as coordenadas de sua atual posição.

A nave estava sobre o polo norte de um planetoide orbitando uma estrela anã vermelha nos territórios inexplorados. Quando nos aproximamos, o brilho fraco da estrela refletiu sobre a fuselagem de uma grande nave pacificadora. As marcas de batalha e alguns decks expostos ao vácuo do espaço contavam a violenta história daquela nave. Imaginamos como aquela sucata espacial ainda poderia sustentar vida! Mas a surpresa foi ainda maior quando terminamos a manobra de aproximação e pudemos ver a identificação da nave... Era a Tarvas! A última nave pacificadora que Micky capitaneou...

_ Não pode ser! É a Tarvas... Karla... É a nossa antiga nave!

_ Ela sobreviveu à guerra! Mais ou menos... No estado que ela se encontra, me admira o fato dela ainda conseguir manter uma órbita estável!

_ Piloto, abra frequência de saudação! Diga a eles que estamos enviando ajuda médica e suprimentos!

“Eles estão respondendo, comandante!”

_ Aqui é o Comandante Karim da nave capitânia Tarvas! Agradecemos toda ajuda que puder nos enviar... Nosso hangar principal estará a sua disposição...

_ Karim... Ele é o homem para quem Micky entregou o comando da nave!

_ Piloto, análise tática!

“Quase todas as armas estão desabilitadas, os níveis de energia estão perigosamente baixos e a tripulação é de apenas 25 sebacians... Eles não são uma ameaça!”

_ Todo cuidado é pouco ao se entrar numa nave pacificadora! Recomendo que nosso grupo leve armas ajustadas para tonteio...

_ Está bem Karla... Você, Tarnyn e eu levaremos os suprimentos e os doutores!

_ Nós também vamos, Mary!

_ Não será necessário, John!

_ Nós estamos juntos nessa, irmã! Além do mais, estou curioso para conhecer o lugar onde Braca foi fisgado por uma humana...

_ Está bem, John! Então deixe Chiana de olho nos sensores... O que estamos esperando?! Vamos acabar logo com isso...

Entramos na nave onde conheci meu marido e fiquei chocada com tanta destruição e sofrimento. Os tripulantes pareciam doentes e famintos, mas ainda mantinham a postura de dignidade característica de sua espécie. Enquanto os médicos eram escoltados para os ambulatórios, meus amigos e eu conversamos com o comandante Karim.

_ Oficiais Lux e Storm, pensei que nunca mais as veria de novo!

_ Para nós também é uma agradável surpresa, Comandante! Mas não é necessário nos chamar de “oficiais...” Há muito tempo deixamos este estilo de vida! Pode nos chamar pelos primeiros nomes... Karla e Mary! Estamos entre amigos!

_ Muito bem... Karla, temos muitos feridos precisando de tratamento... Alguns em estado grave! Nosso oficial médico morreu quando fomos atacados pelos mercenários. Seremos eternamente gratos pela sua ajuda!

_ Agradeça ao Comandante John Crichton e a leviatã Moya! Sem eles nunca teríamos chegado em segurança a seu refúgio.

_ Não precisa me agradecer, Comandante! É nossa obrigação ajudar nossos aliados e amigos!

Eu estava feliz em poder ajudar aquelas pessoas, mas eu precisava saber se Micky estava na nave... Mas não me sentia confortável para perguntar! Então pedi para ir pessoalmente ver os outros tripulantes! Karla e John sabiam que eu estava tensa e se ofereceram para me acompanhar.

Andamos pelos corredores e eu lutava para simular uma tranquilidade que eu não sentia há muito tempo... Por onde passávamos, as pessoas nos cumprimentavam com um sorriso e nos agradeciam pela tão esperada ajuda. Chegamos ao grande ambulatório e nos deparamos com um cenário de desolação e dor!

Ex-pacificadores mutilados e doentes deitados em macas enferrujadas, alguns só estavam vivos, pois estavam ligados a máquinas de respiração artificial. Os médicos iam de leito em leito examinando cuidadosamente cada paciente. Me senti mal pelos motivos egoístas que me levaram a mandar ajuda àquelas pessoas...

Mas, então eu ouvi uma voz familiar. Alguém me chamando pelo nome. Me virei e vi um homem desfigurado e magro, vestindo roupas civis remendadas se levantando com dificuldade de uma cama nos fundos do ambulatório. Eu me aproximei devagar do homem e meu coração parecia querer sair pela boca. O homem me olhava como quem não acreditava no que via e depois tentou esconder a cicatriz de queimadura que cobria metade do rosto. Mas ele não resistiu quando toquei seu queixo e levantei seu rosto.

_ Micky?! Meu Deus, Micky... Eu sabia que te encontraria...

_ Mary! É você mesma?... Você está viva! E cortou os cabelos!

Comecei a chorar e rir ao mesmo tempo... Eu não enxerguei mais o homem desfigurado. Vi apenas o meu Micky! Eu o beijei e o abracei com força, mas ele estava sem forças para retribuir meu abraço...

_ Como você veio parar aqui, Micky?! Procurei por você durante meses... Por que nunca tentou me contatar? Foi o Karim que capturou você?

_ Não... Karim salvou a minha vida! Fui ferido durante a explosão do Comando Supremo e meus captores me disseram que eu era o único sobrevivente! Eles queriam saber onde estavam os últimos eidelons. Eles me colocaram numa cadeira Aurora... Eu não sou mais um anjo, Mary! Não queria que você me visse assim...

_ Você sempre será meu anjo, amor! Eu sei que você deve ter passado por um inferno! Mas, primeiro vamos cuidar de você, está bem?!... Depois você me conta tudo que aconteceu! Pessoal!!! Cam estava certa... Encontramos Micky!

_ Braca... Você deve ser o cara mais sortudo do universo! Seja bem vindo de volta ao mundo dos vivos! Mary nunca desistiu de você... Cara!... Você está horrível!

Tive que chutar a canela de John por causa do comentário de péssimo gosto.

_ É muito bom vê-lo vivo, senhor! Karla disse, o abraçando com os olhos marejados!

_ Vocês estavam me procurando por todo este tempo?... Me perdoem por tudo isso! E Camilly... Ela está bem?

Sua voz estava fraca e trêmula, o que me fazia querer abraça-lo ainda mais...

_ Sim, amor... E muito preocupada com você! Se não fosse por ela, nunca teríamos encontrado você!

Ele estava com um olhar distante e evitava me olhar nos olhos... As cicatrizes provocadas pelas queimaduras no corpo de Micky poderiam ser tratadas, mas as cicatrizes na sua alma talvez nunca desaparecessem por completo. Mas eu estava disposta a fazer tudo ao meu alcance para que ele voltasse a ter uma vida normal.

Enquanto os médicos Diagnosians examinavam Micky, eu pude ver a extensão de seus ferimentos. Ele estava quase cego do olho direito. O pescoço estava com os movimentos comprometidos assim como quase todo o braço direito. A capacidade respiratória havia sido afetada pela fumaça tóxica e pelo calor e os médicos concluíram que apenas um transplante poderia salvá-lo de uma morte prematura. No lugar do buraco que havia em meu peito restou apenas dor... Uma dor que queimava sempre que eu imaginava o tormento que meu Micky havia sofrido nas mãos dos scarrans e mercenários.

Naquele mesmo dia, Micky passou pela cirurgia que salvaria sua vida.

Permanecemos na Tarvas por mais duas semanas até que Micky e os outros sebacians pudessem se recuperar e nave fosse consertada. Os doutores decidiram permanecer na nave Tarvas para continuar a sua missão de ajudar os sobreviventes da Guerra da Aliança!

O comandante Karim não nos disse que Micky estava na Tarvas, pois pensou que a informação não fosse relevante diante das circunstâncias. Mas depois pediu perdão por não ter nos informado da presença de seu antigo capitão. Apesar da raiva que senti, reconheci que se não fosse por ele nunca mais veria meu marido!

O tratamento para remoção das cicatrizes e o transplante de pulmão haviam sido um sucesso. Micky estava quase completamente recuperado dos traumas físicos quando retornamos para Moya.

Em nenhum momento o pressionei a contar o que havia acontecido durante os meses em que ele esteve desaparecido. Ele decidiu nos contar por conta própria quando se sentiu preparado para reviver aquelas terríveis lembranças:

_ No dia da missão no Comando Supremo encontrei com o nosso informante! Mas ele não tinha a intenção de me ajudar a fugir. Estava tudo planejado, Mary!... A autodestruição do prédio, a libertação de todos os prisioneiros de guerra, a minha captura... Ele era um agente de um uma seita de fanáticos scarrans que acreditam que os eidelons detêm o conhecimento da arma definitiva. E que nós, do Movimento de resistência tínhamos conhecimento da existência dos últimos descendentes vivos dos Antigos! Eles queriam que os Scarrans quebrassem a aliança com os pacificadores e que também fossem enfraquecidos no processo! Eles sabiam que eu fui um pacificador de alto escalão e, mesmo estando muito ferido, eles me colocaram na cadeira Aurora. Mas antes, eles me contaram que vocês haviam morrido na explosão e que eu estava sozinho. A notícia de sua morte, Mary,me fez quase desistir de viver... Mas eu tinha que me manter vivo por nossa filha! Eles até cuidaram de meus ferimentos para que eu resistisse por mais tempo a tortura. Mas então, eu inundei meus pensamentos com minhas lembranças de nossos melhores momentos juntos e impedi que a cadeira extraísse de minha mente a informação que Camilly é uma dos descendentes dos eidelons! Eles realmente acreditavam que você estava morta, se não, eles teriam tentado usar você para me fazer contar tudo que eu sabia sobre os antigos.

_ A crueldade destes lagartos do inferno não tem limites... Será que eles estavam mesmo procurando por nossos filhos? Se eles são mesmo os herdeiros dos eidelons, significa que você salvou suas vidas, Braca! Você é muito mais forte que eu imaginava... Graças a Deus!

_ Nossos filhos têm mesmo algo a ver com os antigos! Estes dons que eles possuem... A telepatia, a resistência à tortura, tudo isso deixa bem claro que eles são mesmo muito especiais! Estes scarrans fanáticos devem pensar que nossos meninos poderiam ajudá-los a dominar a galáxia... Tem maluco para tudo neste universo! Até que o último destes fanáticos seja detido, nossos meninos não estarão seguros... Até lá, eles devem continuar na Terra... Nem consigo imaginar o terror que esta cadeira infernal deve ter infligido a suas vítimas... Vou pessoalmente propor ao Conselho da Federação a busca destas cadeiras aurora até que a última destas malditas... Coisas sejam destruídas.

Depois de meu desabafo, Micky continuou.

_ Karim atacou a nave scarran e um dos disparos abriu um rombo no casco. Meus carrascos e eu fomos lançados no espaço. Mesmo estando muito avariada, a Tarvas conseguiu destruir a nave scarran a tempo de me resgatar da morte certa.

_ Serei eternamente grata ao Comandante Karim por isso...

Micky segurou minha mão e me puxou para junto dele.

_Meu amigo, Karim tornou possível nosso reencontro! Mary, seu amor me salvou, salvou nossa filha e provavelmente salvou a galáxia!

John como sempre, tinha um comentário bem humorado para fugir de um momento constrangedor:

_ Piloto, diga que já estamos chegando às coordenadas do wormhole... Meu estômago está dando voltas! Se demorar mais um pouco acho que vou vomitar...

Para evitar ficar olhando para a cara de inveja de John, sugeri a Micky terminássemos nossa conversa na Blue Horizon.


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Notas finais do capítulo

A agonia de Mary parece não ter fim!

Comentem aí, pessoal...
Fiz uma modificação neste capítulo, pois havia um grave erro de continuidade!



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