O sino que anunciava o final da aula tocou. Toda a classe sai correndo em direção a suas casas. Todos, menos uma.

Prazer sou Aoi Tanabe. Tenho 16 anos. Sou uma ruiva com cabelos que vão até meio o das costas e olhos verdes.

Você deve estar se perguntando: “Onde está garota está indo?” Eu respondo. Estou indo para uma cabana de madeira ou, como gosto de chamar, Escola do Hanson. Outros preferiam o termo “macumba”.

-Eu cheguei, Hanson!- Gritei para o homem de cabelos branco acinzentado que estava na cozinha.

-Ah, Aoi. Vá para o porão. Já estou a caminho.

Assim o fiz. Uns 10 minutos depois, Hanson chegou trazendo uma caixa de madeira com tampa de vidro. Merda.

-Hoje iremos voltar a treinar com peixes. - Ele disse. - Acha que consegue desta vez?

-Hanson, sabe que não sou boa com animais aquáticos. Já estamos treinando com peixes há dois meses! Já não basta aqueles dois que eu matei?

Hanson deu um sorrisinho calmo:

-Por isso mesmo. Não poderemos avançar com outro até que domine este aqui. Você tem um dom, só precisa aperfeiçoa-lo. Lembra-se do que eu sempre digo?

-“Para o futuro adiante, treinamento constante”. - Aquiescei.

Hanson depositou o aquário sobre uma mesa. Pela janela superior, que ficava junto ao canto superior esquerdo, entrou um vento forte, que apagou boa parte das velas que iluminavam o porão.

-Eu acendo as velas, e você fecha a janelinha. - Hanson falou.

Peguei uma escada e coloquei junto a parede. Mal subi uns poucos degraus, uma coisa passou voando bem por cima da minha cabeça. Com o susto, despenquei.

-Você está bem?

Assenti e me levantei.

-O que era aquil-

A coisa voadora passou novamente por mim, só que dessa vez parou a minha frente, então pude ver o que era: um pergaminho em branco, cujas laterais brotavam ASAS feitas de PENAS de PAPEL (!!!)!

-Mas que DIABOS é isso?!

Foi aí que algo estranho- mais estranho que as asas- aconteceu. Letras começaram a aparecer no pergaminho, com uma tonalidade dourada. A surpresa só aumentou quando um escudo- um símbolo yin-yang como fundo, e na frente dele havia uma balança divida igualmente em peso, na qual de uma lado ficava um diamante e no outro carvão- surgiu. Afinal, não é todo dia que se é convidada para Alfea.