Um Caminho Diferente para a Vingança escrita por Lindinha


Capítulo 14
Onde a ferida sangra


Notas iniciais do capítulo

Oiii!! sei que sumi mas ando ralando muito! enfim eu amei este capitulo, que esta mais longo kkk) e espero que vocês amem! Vou tentar postar com mais frequencia! Enjoy!



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Ela quase não dormira. Passou o restante da madrugada aconchegada nos braços de Leopold. Os dois em silencio profundo. Por fim, ela acabou adormecendo.

Uma mãozinha delicada tocou o braço dela

–Mamãe? – a vozinha de Arthur era como musica para ela

Ela abriu os olhos e vislumbrou a visão de seus filhos sentados na cama. Quando Arthur viu que a mãe acordara, abriu um delicioso sorriso mostrando os dentinhos de leite e se pendurou no pescoço dela. Snow estava sentada na cama e olhava os dois

–Que horas são? – ela perguntou com voz de muito sono

–Quase dez – Snow respondeu enquanto a rainha sentava na cama

Ela respirou fundo e Snow a ajudou a ajeitar um travesseiro atrás da cabeça

–Por que o palácio esta cheio? – Snow começou – nos mandaram ficar aqui com você, ninguém fala nada...

Regina pensou em inventar alguma coisa, mas decidiu que Snow não era nenhuma criança

–Os gigantes declararam guerra na zona de conflito – Snow levou as mãos à boca com uma expressão de pânico – ainda não se sabe direito dos detalhes, mas já estamos tomando providencias...

Snow pensou por um minuto

–Mas... O acordo...

As palavras de Snow foram interrompidas pelo barulho da porta abrindo. Cora surgiu sob o batente quando a porta se abriu

–Vovó! – as crianças correram para Cora e foram recebidas por um afetuoso abraço

Regina observou a cena. Desde quando sua mãe fazia a carinhosa? Fora as vezes que queria “aparecer” para alguém, ela sempre fora seca como um matagal no inverno. Ali porém estava uma avó visivelmente aliviada de encontrar sua filha e seus netos são e salvos

–Snow! – ela disse dando um beijo na cabeça da menina – Arthurzinho meu menino! – ela sorria aliviada – graças aos céus vocês estão bem!

–Que bom que você está aqui vó! Os...

–Eu soube meu anjinho... Alias, seus pais me chamaram para ficar com vocês aqui...

–E o vovô? – a fala infantil do menininho de pouco mais de um ano era muito fofa

–O vovô ficou cuidando da fazenda querida... Mas logo logo vocês vão vê-lo!

–Como assim “logo logo” mãe?

Regina havia se levantado e vestia seu hobe. Cora encarou a filha

–Meus amores, vão para o quanto da mãe de vocês, já já nós também vamos

–Mas...

–Ah Ah Ah... Sem mas..

Ela indicou a porta que levava ao quarto que na teoria deveria ser o “quarto de dormir” de Regina. Assim que a porte se fechou as duas se encararam

–Você veio rápido – o tom de Regina era de alívio

–Usei métodos que meu genro não aprovaria, mas a ocasião...

–Não sei se nessa situação Leopold desaprovaria o uso de magia mãe – ela levou uma mão à cabeça e reprimiu um enjoo

Cora se aproximou para ampara-la. Seu toque era suave, toque de mãe... Algo que Regina sinceramente desconhecia. Ela guiou a filha até uma poltrona e sentou-se de frente para ela

–Como assim os ataques tem a ver com magia?

Regina suspirou

–É uma longa história

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Leopold analisava a ultima correspondência que chegara há pouco. A situação ficava mais misteriosa conforme as noticias iam chegando. Não havia ataque sangrento em si. As baixas se resumiam à soldados e cidadãos que, antes fieis a um dos trás grandes reis, agora haviam passado para o lado inimigo. O exército que os ameaçava crescia rápido, e tanto ele quanto Midas e George não sabiam como lidar com a situação. A cabeça dele girava. Lidar com magia? Pior, estar por trás de magia? Não... Isso ficara no passado... Num passado doloroso que ele jurara não lembrar. A porta abrindo interrompeu os pensamentos dele

–Gina? – ele se levantou indo em direção à esposa – Você devi... Ah você chegou?

–Como vai Leopold? – Cora entrou e fechou a porta atrás de si

–Aliviado em te ver eu devo dizer... Você deve estar...

–Economize sua saliva Léo – Regina disse se jogando em uma poltrona – Já contei os mínimos detalhes.

Ele franziu o cenho

–Vocês duas conversando numa boa? Assim sem briga? – o tom dele era de ironia

–Muito engraçado caro genro – Cora passou por ele e sentou em outra poltrona em frente à filha – Mas não acho que seja hora para pic...

–Picuinhas familiares, é claro – ele sentou ao lado de Regina trazendo-a para si

Ele e cora se encararam por um momento. Pareciam conversar com o olhar. Regina observou a situação com a pulga atrás da orelha

–Eu estou perdendo alguma coisa?

As dois acordaram do “transe”

–Am? Não amor... Não é nada. Então Cora – ele mudou bruscamente de assunto – Creio que com a sua experiência você saiba, ou pelo menos tenha uma estratégia, do que fazer

Cora deu um sorriso irônico

–Que bom que você me conhece bem Leopold... – eles se encararam novamente – Alias, comecei a contar à Regina a minha estratégia

Ela olhou para a filha como quem passa a palavra

–Acho que você mesma devia explicar – a expressão da rainha mudou... estava desgostosa

–Pelo que Regina me descreveu, a magia que se apossou dos exércitos, bem como dos cidadãos locais, é uma magia negra antiga... Algo que até mesmo no mundo da magia é considerado... Digamos imperdoável... Aliás esse é o nome... É uma maldição imperdoável

Leopold deu uma risada irônica

–Imperdoável? Não sabia que bruxos tinham “código de ética”!

–Não subestime a bruxaria meu caro – o tom dela se tornara sério – Fique sabendo que até para usar magia existe ética

–E você com certeza é mestre em infringir esse código... – ele disse ironicamente

–O que você quer dizer Léo?

Ele percebeu que falara demais. Cora lançou um olhar de ódio. Parecia se controlar para não matá-lo – literalmente – ali mesmo

–Seu marido apenas está tirando conclusões sobre a minha pessoa baseado nos conceitos dele em relação à magia...

–Exato amor... – ele procurou parecer convincente

Regina sentiu cheiro de algo podre no ar, mas não falou nada. Decidiu que resolveria isso depois e fingiu se convencer com a desculpa estapafúrdia dos dois

–Claro... Foi o que imaginei... Enfim... Conte o plano mãe

Cora se ajeitou na poltrona

–Pois bem... Não há como romper uma maldição dessas – o rei e a rainha arregalaram os olhos em pânico – pelo menos não nas vitimas

– Como assim – Regina disse confusa

–O único jeito de acabar com a maldição é destruir quem a lançou, ou fazer com que essa pessoa pare de controlá-los – Cora suspirou – em suma, temos que descobrir onde e, principalmente, quem está controlando essas pessoas

–Mas eles estão atacando...

–Eles tem raciocínio próprio Leopold, mas não controlam seus próprios atos. Um pai facilmente mataria um filho sob o efeito dela

Leopold pensou por um instante

– Mas como vamos achá-lo? Quer dizer ele pode estar em qualquer lugar... Ele pode surgir em nuvens de fumaça!

–O nome é desaparatar meu caro – ela disse como um professor – E sim isso é verdade. Quem lançou a maldição Imperius pode controlar suas vitimas de longe...

–Então é um tiro no escuro... – a voz de Regina faltava – Não há o que...

–Na verdade eu acho que sei quem está por trás disso filha...

Regina e Leopold encararam Cora

–Esse tipo de magia é bem específica... Só conheço uma pessoa em nosso mundo que poderia pratica-la ou ensiná-la...

O casal a encarava espantado

–E você...

–Felizmente – ela cortou o genro – Sei exatamente como encontrar essa pessoa...- o casal meio que pareceu aliviado – Mas... – Cora continuou – Vai ser um enfrentamento perigoso... Por isso acho que seria prudente Regina e as crianças...

–Nem comece mamãe! – ela se levantou bruscamente e começou a rondar o quarto

–Entenda Regina que...

–As crianças pode até ser mãe – ela agora encarava a mãe nos olhos – mas não vou sair daqui!

–Regi...

–Sou sua rainha Leopold! Mais que esposa, mais que mãe sou a rainha e não vou sair do meu posto!

–Filha...

–Você vai e ponto final! – O tom dele era de ordem

–Leop...

–Não quero mais discussões Regina! Você está grávida e tem o dever, como rainha, de proteger meu filho!

–Leop...

–FIM DE PAPO! – ele finalizou quase gritando – Cora, Regina e as crianças partirão pela manhã... Você acha que ela pode dess... dess

–Desaparatar! Sim não há risco para a criança. Levarei os três pela manhã

Regina fechou a cara como uma criança mimada. Era sério aquilo?

–Não faça essa cara Regina! Você sabe muito bem que é o melhor a ser feito...

–Mas Leo...

–Eu sei – ele a abraçou e a olhou nos olhos – mas estou pensando nos nossos filhos... E claro em você... –e deu um beijo no rosto dela e se virou para Cora – Eles irão amanhã bem cedo!

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Ela encarou o acampamento de seu exército. O plano estava indo exatamente como ela imaginara. Logo chegaria a hora de ter sua vingança. Mas tinha Morgana... Ah a jovem irritante... Ela precisara dela para saber os por menores do sistema de proteção da fronteira, mas a menina era irritante demais...

–Encarando sua obra dear?

Ela se virou e encarou seu mestre

–O que é um pintor que não admira sua obra?

Ele se aproximou dela... Droga ele ainda mexia com ela... Porque ela se sentia atraída daquela forma?

–Vejo que você progrediu...

–A maldição imperius não é assim tão difícil meu caro...

Ele deu um sorrisinho irônico

–Principalmente pra alguém tão talentosa como você minha cara...

Ela se desviou dele e caminhou pelo salão. O simples toque dele a desestruturava

–Pensei que você não ia mais se meter?

–E não ia... Mas, contudo, entretanto

–Ah Rumple corta essa... – ela disse com voz de nojo – Você é melhor que isso sabia?

Ele a encarou... Ela era realmente incrível... porem mais fraca e frágil que imaginava

–Vim te dar uma pista sobre seu alvo principal...

–Que seria? – ela cruzou os braços e arqueou a sobrancelha

–Te dar a localização exata do seu alvo... Você vai, acaba com ela... E depois deixa Morgana, que alias tem grande potencial – ele ponderou – se divertir um pouquinho...

Ela acomodou-se uma poltrona e abriu um largo sorriso

–E o que você ganha com isso?

–Digamos que... – ele se aproximou dela e sussurrou –Você vai me dever uma

Ela pensou um pouco. O quanto perigoso seria aceitar uma proposta assim de Rumplestilskin? Ma quem ta na chuva é pra se molhar...

–Tudo bem... Sente-se

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Leopold estava sozinho no escritório. Tentava absorver a conversa com Cora... Um inimigo que só pode ser derrotado se alcançarem o chefe. Um uso de magia... Ah porque ela tinha que ser necessária... Por que todas aquelas...

–Interrompo? – Cora havia entrado no escritório

–Onde está Regina ?

–Com as crianças. Está explicando que os três vão ter de ir para a fazenda ficar com o avô por um tempo...

Ele se recostou na cadeira e a encarou

–Você precisa se mais cuidadoso...

–Não precisaria falar nada se não fosse essa situação!

Cora olhou ironicamente para ele

–O passado não é só meu Leopold, é seu também...

–Isso foi abolido há tempos Cora!

Ela bufou ironicamente

–Ora, por favor, Leopold! Eu e você sabemos os métodos que Eva usou pra te fisgar

–Não fale nela! – ele esbravejou

Ela porem se manteve serena... E isso o irritava profindamente

–Não foi só pelo fato de ter me entregado que ela ficou com você... E até onde eu sei você descobriu da pior forma!

–Você era uma bruxa! Era o meu dever!

–E ela também! – ele fechou a cara e ela riu de satisfação – Vem cá... Não aqui... – ela sussurrava – doeu muito descobrir que ela não só praticava como pretendia ensinar sua filha um dia? Doeu descobrir que seu amorzinho não era nenhuma santinha?

–Doeu tanto quanto te entregar!

Ela deu uma risada irônica

–Estamos só nos dois aqui meu caro, não precisa fingir. Você e eu éramos amigos de infância... Ta que meu pai era um simples moleiro, mas você mesmo assim era meu amigo... E quando Stuart me conheceu e eu quase me tornei uma duquesa você destruiu tudo!

Ele parecia consternado

–Eu... Achei... Você

–Você acha mesmo que eu mataria Stuart? O homem da minha vida?

–Eu... – ele estava atordoado, zonzo

–E ela te convenceu direitinho... Você gamou na lealdade dela... Alguns goles de poção do amor e pimba! – ela estalou os dedos - Ela era a rainha! Enquanto eu fui para a sarjeta e veja a ironia, fui salva por aquele que, provavelmente hoje ameaça o seu reino! E ai ela não conseguia engravidar – ela ria – Ah como me dou satisfação saber disso! Uma poção com a pessoa certa e pronto! Que venha Snow White! Ah se seu povo soubesse quem era Eva...

Ele reprimiu o choro. Não podia e nem queria dar esse gosto a ela

–E você resolveu se vingar casando sua filha...

–Não seja despeitado que você aceitou! – eles se encaravam – Aceitou estar com minha filha, para reparar seu erro comigo no passado! E sim eu queria isso! E me alegrei mais ainda quando percebi que você está de quatro por ela!

Ele respirou fundo e um breve e torturador silencio se fez

–Me apaixonei por Regina... eu amo sua filha

–E esse amor está em minhas mãos...

–Ela te odiaria...

–Ela já me odeia – Cora disse com desdém – Mas talvez me entenda se eu contar a verdade...

–Você não faria isso! – eles se encaravam. As respirações ofegantes

–Não pretendo destruir o que Regina tem... Além disso, me consola saber que agora você ama desesperadamente, mas não é amado da mesma forma! Sim porque se você acha que minha filha te ama, engana-se!

–Como você...

–Alguma vez ela te disse eu te amo?

Ele engoliu em seco e ela sorriu

–Vou despachá-los amanhã por volta das nove. Esteja acordado caso queira se despedir

E dizendo isso ela saiu batendo a porta atrás de si. Ele se afundou na cadeira e desabou a chorar. A bruxa sabia onde o calo doi


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Notas finais do capítulo

E agora? Que revelações!!!



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