Filha da Noite e do céu escrita por LayL


Capítulo 3
Treinando


Notas iniciais do capítulo

Para Sweet Natty e Ana di Angelo, espero que gostem! Obg pelos comentarios



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Capitulo 3

Quando eu senti que todas estavam dormindo, sai lá fora e peguei um arco e aljava que estavam guardados.

Desejei ir para um lugar a 100 metros dali. Era melhor treinar para não passar vergonha amanhã. Soube pela posição da Lua que eram 1:00 hora da manhã. Mirei em uma árvore á 10 metros de distancia de mim, puxei uma flecha da aljava e posicionei no arco, respirei fundo e mirei bem no meio da árvore, puxei a corda e soltei a flecha passou raspando na lateral da árvore. Bufei, não podia ser tão difícil assim, fiz a mesma coisa outra vez, e assim quando estava na décima segunda tentativa, consegui acertar o meio da árvore. Bom já não era sem tempo, olhei pra Lua já passava de 2:00 horas da manhã.

Ri sem humor. Sou muito ruim. Joguei o arco e a aljava no chão, é pelo visto essa não vai ser minha arma. Girei meu anel no dedo, e de repente me lembrei do que minha mãe me disse antes que eu saísse do Tártaro: “Esse anel vai lhe proteger, mas não fale dele pra ninguém.”

Tive uma ideia, girei o anel no sentido ante horário e disse a palavra que me veio na minha mente:

– Sombra

O anel se transformou em uma espada preta. Balancei a espada na minha frente, ela parecia que cortava a noite e se misturava com as sombras. Senti o poder daquela espada, e nem o Raio Mestre de Zeus me intimidava tanto, decidi que era melhor esconder aquela espada de todos, até de meu pai.

Desejei que a espada virasse uma lança, e assim foi feito. Uma lança negra enorme. Por fim desejei que ela voltasse a ser um anel. Fechei e abri a mão olhando aquele anel, não parecia grande coisa na minha mão. Melhor assim, ninguém desconfiaria.

Peguei a aljava e o arco e treinei um pouco mais. Já eram quase 3:oo horas da manhã quando voltei pro acampamento, já estava um pouco melhor, mas não muito.

Estava dormindo quando alguém jogou água em mim, lancei um raio sem perceber e acabei jogando Thalia a quase 10 metros pra fora da barraca. Corri atrás dela.

– Você esta bem? Foi sem querer - disse quando cheguei perto dela.

Thalia se levantou, com um olhar fulminante. Estava com um buraco na blusa e as calças mais rasgadas do que antes. Ela gritou e lançou um raio em mim, eu o segurei e joguei pra cima até sumir.

Thalia bufou.

– Exibida – murmurou baxinho.

– Não me acorde mais assim e estamos bem. – digo a ela enquanto seguíamos de volta pro acampamento.

Todas as garotas estavam la fora querendo saber o que aconteceu.

– Vou trocar de blusa, e você vai tomar café da manhã. Depois vamos treinar – ordenou ela pra mim.

Concordei com a cabeça e fui até as meninas. Julia, a filha de Afrodite, me chamou pra um canto.

– O que foi aquilo? – perguntou ela.

– Acabei jogando um raio sem querer em Thalia, ela me acordou com um balde d’água.- dei de ombros.

Julia riu e me entregou um monte de roupa.

– Ártemis mandou você vestir isso. – disse ela enquanto saia pra se juntar as outras garotas.

Fui pra cabana e me troquei. Uma calça jeans preta, uma blusa cinza escrita em brilho Keep Calm and in the name of the moon i will punish you, que seria “Mantenha a calma e em nome da lua eu vou puni-lo” e uma blusa de frio camuflada de tons de cinza escuros e claros.

Coloquei as botas de cano baixo marrom, e prendi o cabelo.

Me olhei em um espelho que tinha na barraca, e vi que no meu cabelo tinha uma mecha prateada. Olhei meu colar de lua crescente, igual ao que dei a Apolo...Meus olhos agora estavam iguais aos de Ártemis, prateados e azuis elétricos. Com certeza era por causa da espada. Lembrei da minha mãe com cabelos pretos e prateados como o céu a noite, pele azul e cheia de estrelas e olhos prateados, usando um manto preto. Bem intimidadora.

Coloquei brincos de lua crescente. Estava pronta. Sai lá fora. Todas param para me olhar, era como se estivessem vendo uma deusa, o que eu era, só que elas não sabiam.

Peguei o arco e a aljava, e puis nas costas, e uma adaga presa ao cinto.

– Bem, o que eu faço? – perguntei.

Ártemis saiu do meio da multidão de garotas e me olhou com os olhos brilhando de aprovação, só que quando seus olhos passaram pelos meus olhos e foram parar na minha mecha prateada que ia do topo da cabeça até as pontas, seus olhos demonstraram preocupação e ela fez um sinal para mim conversar com ela depois, concordei.

– Vamos ver se sua mira é boa, que tal Night? – perguntou Ártemis.

Sorri pra ela. Um pouco mais confiante do que eu me sentia.

– Vamos nessa. – digo.

Ártemis colocou um alvo a 10 metros de mim, e disse pra mim começar do fácil. Puxei uma flecha da aljava e encachei no arco mirei no meio do alvo e disparei. Acertei.

– Pegue sua flecha um pouco mais rápido – aconselhou Ártemis.

– Ok – digo.

Pego a flecha e encaixo no arco em menos de um segundo e atiro no meio de um outro alvo, a 20 metros, acertei certinho. Pego outra mais rápido ainda e acerto no meio da flecha que tinha jogado antes.

– Assim? – perguntei sorrindo

– Muito bom, agora naquele mais longe.

Olhei o alvo para qual ela se referia, a 100 metros de onde eu estava. Ainda bem que eu treinei hoje. Peguei a flecha na mesma velocidade e atirei, não acertei no meio certinho, mais foi bom. Fiquei a tarde inteira treinando. No fim do dia estava como uma profissional.

Estava suada quando Ártemis me dispensou. Fui para um rio mais próximo. Cheguei la e tirei a roupa, mergulhei na água. Ainda bem que tinha levado minha túnica, a vesti, enquanto lavava a blusa que Ártemis tinha me dado, e a calça, no rio. Sequei com uma rajada de vento bem forte, me troquei e guardei a túnica na mochila. Quando cheguei ao acampamento das caçadoras elas já estavam indo tomar banho pra jantar, aproveitei o tempo para dar uma volta na floresta.


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Notas finais do capítulo

O que me dizem?



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