~ Laah aqui ~

Antes de começar, por favor meus amores leiam as notas iniciais que demorei um século pra escrever, seus bando de energúmenos... (sim, sou loca, algo contra?) Kissus de Nutella!

Acordei de manhã sem ressaca, já que tinha intolerância a álcool. Coloquei uma calça jeans preta, uma blusa preta com renda atrás escrita em branco:

Blah,

Blah,

Blah,

NO EXCUSES

° Thank you°

Que seria: “Blá, Blá, Blá, sem desculpas. Obrigado”. Coloquei uma jaqueta preta de couro, e botas de cano baixo marrom. Sai do banheiro da suíte e vi Piper terminando de trançar o cabelo com uma pena de harpia. Ela usava All-Stars pretos de cano alto, calças jeans, blusa regata rosa com desenho da Hello Kitty e uma blusa xadrez de mangas por cima. Ela fazia de tudo para não ser bonita, mas não conseguia. Era uma das únicas filhas de Afrodite assim. Jason entrou no quarto ele estava usando uma calça jeans, tênis de corrida e blusa roxa. Como estava um pouco frio por isso usava uma blusa de frio de moletom cinza.

– Todos estilosos, e essas coisas. Somos chiques. – falei fazendo os dois rirem.

Piper mexeu nuns bolsos de sua bolsa e tirou uma cartela de remédio. Estendeu para mim, mas balancei a mão.

– Não estou de ressaca, obrigada. Tenho intolerância a álcool. – falei e ela levantou uma sobrancelha.

– Não foi o que pareceu ontem, tome por precaução. – ela disse e vi que não adiantaria discutir, peguei um copo de água na cômoda e bebi com o remédio.

Devolvi a cartela para ela e fui arrumar minha bolsa. Hoje eu deixaria de ser deusa, se meu plano maluco desse certo. Tudo para não ser uma arma de Nix e Caos. Suspirei e coloquei minhas roupas na bolsa. Coloquei uma garrafa de água, vinte dracmas e duzentos dólares. Coloquei com cuidado a ambrosia e o néctar, e a adaga de bronze. Fechei a mochila e coloquei nas costas, assim como Piper e Jason. Saímos da nossa suíte e fomos para sala. Nico estava lá junto com Nick assistindo TV.

Meu sorriso amargurou quando lembro que “seduzi” Nick ontem. Sentei do lado de Nico. Ele usava calças jeans pretas, uma blusa de caveira e a jaqueta de aviador. O look Nico de sempre.

– Vocês dois parecem um casal dark. – falou Nick ao meu lado.

Ele usava uma camisa social branca e calças pretas. Franzi a testa e olhei para Nico, em seguida para mim. E entendi. Nós dois estávamos de preto.

– Cale a boca, Roberts. – digo.

Sim, este é o sobrenome dele. Piper riu de uma piada interna que li sua mente para descobrir. Ri também e pisquei para ela.

– O que é engraçado? – perguntou Jason.

Comecei a rir sem motivo.

– Piper assimilou o sobrenome dele com o da Barbie. – ri mais ainda. – Já que ela se chama Barbie Roberts, e ele Nick Roberts.

Nico deu riso abafado já que não ria muito e Jason riu. Olhei o relógio. Dei um sorrisinho e me levantei.

– Vamos Barbie, tá na hora do café. – digo para Nick e todos riem menos ele que bufa.

Fui em direção da porta com eles atrás. Descemos de elevador, e fomos para o restaurante do Hotel. Tudo era muito animado aqui mesmo cedo. Sentamos em uma mesa e o mesmo garçom de ontem veio rapidamente ao meu lado já que estava na ponta. Ele me olhava com adoração. Li seu crachá escrito Tom, e me virei para olhá-lo.

– Eu vou querer panquecas com calda de caramelo, uma bomba de chocolate e coca diet. – Me virei para os outros. – E vocês?

Eles pediram seus cafés e o garçom já ia sair quando chamei.

– Tom? – ele se virou. – Você pode me trazer uma dose do de ontem? Primeiro que a comida.

Ele assentiu e saiu rápido. Me virei para os outros e dei de ombros, como se fosse normal. Nico começou a explicar como era o Casino Lótus e eu não prestei atenção, já que minha bebida chegou. Peguei a taça e comecei a beber distraidamente. Até perceber que todos me olhavam.

– O que foi? – perguntei.

– Você está bebendo de novo? – perguntou Jason se apoiando nos cotovelos.

– É bom, sabia? É um dos mais caros. Além de serem muitos raros. Eles são os favoritos dos colecionadores. Dionísio ficaria orgulhoso. – digo apontando para a taça.

Eles me olharam confusos e eu dei de ombros e terminei a taça. Tom chegou com a comida e levou a taça embora antes de perguntar se eu queria outra, nego com a cabeça. Começo a comer e termino minhas panquecas bem rápido por causa da fome, depois partindo para a bomba de chocolate. Li os pensamentos de Nick e ele estava pensando em quanto eu era louca.

Terminei a bomba e a coca junto com os outros. Nick pagou e saímos do Hotel, andando na direção que era o nosso próximo destino: Hotel e Casino Lótus. Passamos por vários hotéis e lojas. Mas sempre tinham cassinos. Chegamos na Strip e fomos reto até parar na frente dele. Respiramos fundo e demos as mãos para não se perder, todos sabiam das instruções: sem comer a flor de Lótus. Minha única dúvida era com a Barbie. Já que ele era imprevisível.

Entramos e aquilo era uma bagunça só. Máquinas de caça Niqueis, jogos de todos os tipos, x-box, games de ultima tecnologia a mais antiga. Vimos várias pessoas jogando, de ternos e roupas chiques até com farrapos que pareciam de outro século.

Fomos até a recepção, ninguém estava tendo problema a não ser Nick que ficou louco com tantas coisas. Jason parecia estar tendo problema para segurá-lo. Puxei a mão de Nico e paramos na frente da moça da recepção. Por precaução eu tinha mudado minha fora para uma mulher de 30 anos. Gastou um pouco de energia mais deu certo porque a moça registrou nossos nomes. Chamei Piper, agora era a parte dela.

– Nos dê a chave do quarto 202. – falou usando bastante charme.

A moça pegou a chave e deu para ela, e depois Piper acrescentou:

– Se alguém perguntar, você nunca nos viu e não nos deu a chave deste quarto.

– Nunca vi vocês e nunca dei a chave, entendido. – repetiu a moça.

Saímos dali e uma dançarina nos ofereceu flor de Lótus, pegamos uma cada um e depois jogamos fora. Seguimos para o quarto. Ele era o mais chique de todos, por que você acha? Zeus usou isso. Era tudo dourado e estilo francês, e quando digo isso quero dizer fofo e chique. Em tons pasteis, com coisas de ouro. Respirei fundo e pedi para eles saírem do quarto só deixando Jason e eu.

Coloquei o colar na cama e o medalhão que eu tinha de Zeus. Jason ficou encostado na porta. Olhei a hora, faltava uma hora, que seria alguns minutos. Mudei minha forma da mulher de 30 anos para mim original, a de 17 anos. Tirei a jaqueta, Jason me olhou sem entender. Tirei a blusa e a calça. Olhei para ele e ele entendeu. Fechou os olhos e deu um sorriso discreto. Tirei o sutiã e a calcinha e subi na cama. Fiquei na frente do medalhão e do colar. Fechei meus olhos rezando aos deuses para estar fazendo a coisa certa. Comecei o feitiço, e fiquei pensando nas coisas que eu já vivi e na ordem que aconteceram.

Quando conheci Apolo, me juntei na caçada, briguei com Thalia, fui para o Acampamento Meio-Sangue, fique no chalé de Zeus, contei meus segredos a Nico, joguei caça a bandeira, meu primeiro beijo com Apolo, meu castelo no Acampamento Meio-Sangue, a luta contra John, a luta para defender o Acampamento, eu beijando John, o momento no ônibus com os garotos, na barraca com Piper, a caminhada até Seattle, quando fiquei bêbada, eu chamando Nick de Barbie e todos nós rindo. Minha vida era tudo o que tinha que ser se resumindo em uma palavra: incrível.

Sorri e terminei o feitiço. Então digo em grego, que desistia de minha natureza divina, que desejava ser apenas uma mortal, apenas meio deusa. Peguei Sombra e cortei meu pulso, na marca de nascença que eu tinha em formato de lua com um raio. Concentrei toda minha força e tirei minha imortalidade. Gritei de dor e cai na cama. Tudo ficou escuro e perdi a consciência.

P.O.V. Jason.

Abri os olhos com o grito de Night. A visão foi muito tentadora, eu sei, mas não era essa a situação. Coloquei as roupas nela deixando apenas sem a blusa, mas com sutiã. Ela estava pálida e inconsciente. Sangue vermelho saia do seu pulso, onde reparei pela primeira vez que tinha uma marca de nascença. Fui até o banheiro daquela suíte chique e molhei um pano e peguei o kit de primeiro socorros. Limpei o pulso dela enfaixei. Ela estava fria, muito fria. Coloquei a blusa com cuidado e coloquei numa posição confortável na cama. Sai do quarto e chamei Nico, Piper e Nick. Eles estavam lutando contra uns caras, provavelmente os seguranças, então coloquei o colar em Night rápido e o medalhão e a peguei no colo. Sai correndo – lê-se voando – do quarto e parei no elevador, com os caras me seguindo. Ele se abriu e vi mais um cara lá dentro, então eu nocauteei ele com o pé da Night, a cena seria engraçada se ela não estivesse desmaiada, e fechei o elevador. Sai lá embaixo e já voei para fora do hotel, e advinha, já era noite.

Tive que passar andando, correndo, pelas ruas movimentadas da Strip. Corri o mais rápido que pude até nosso Hotel. Um segurança me ajudou a leva-la para cima, e quando chegamos no nosso quarto peguei a chave e abri a porta, depois coloquei ela no sofá com cuidado. Sentei ao seu lado sem fôlego pela corrida. Ela não havia nem gemido durante o caminho. Parecia... Morta.

Deixei essa ideia de lado. Precisávamos sair daqui logo. Em pouco tempo os outros chegaram e se jogaram no chão mesmo. Já que Night ocupava boa parte do sofá.

Nico se levantou com os olhos cheio de lágrimas que pude perceber que estava segurando. Ele se aproximou e tocou na mão dela. Ficou mais aliviado, mas não sem lágrimas nos olhos.

– Ainda bate... Bem fraco, mas bate... – ele sussurrou.

– Sabemos o quanto gosta dela. – disse Piper.

– Ele não morreu, precisamos leva-la até o Acampamento. – ele falou ignorando Piper.

– Viaje na sombra com ela, mas durma primeiro. – falei e ele me olhou. – Lá eles vão cuidar dela.

Nico assentiu e deu um beijo na testa de Night depois foi para o quarto. Ninguém comentou nada, sabíamos que o Di Ângelo era muito amigo dela, mais nada. (N/N: ouviram meninas! Somente amigos. Certo ANIE).

Peguei-a com cuidado e puis na cama da suíte. Estava assustado, mas principalmente preocupado com minha irmã. Então só percebi o quanto estava tenso quando desmaiei ao seu lado.

P.O.V. Night

Sonhos. Eu só tinha sonhos. Mas eles vinham com flash. Imagens do que eu fiz enquanto era deusa. Imagens de Nix gritando de raiva. Tudo embaçado. Uma voz cochichando algo que eu não conseguia entender. Então pisquei sentindo os raios de sol na minha cara. Murmurei um palavrão e puxei o travesseiro por cima da cabeça.

Ouvi um barulho ao meu lado e passos apressados. Então alguém sussurrou.

– Night? Você está bem? – era Nico, eu sabia.

Pisquei e tirei o travesseiro da cara, sentindo meu corpo doer por ter ficado muito tempo na mesma posição.

– Ai... Tirando as dores musculares e dor de cabeça, sim. – falei rouca.

Por que eu estava rouca? Olhei em volta e reconheci o local. Era a enfermaria do Acampamento Meio-Sangue. Vi Will Solace, filho de Apolo, entrar correndo. Sentei na cama de hospital e estalei os ossos do pescoço e das mãos.

Ele pegou um copo d’água e me deu. Bebi tudo e ele pegou mais. Depois de vários copos senti a água voltar para minha garganta. Will se sentou ao meu lado.

– Qual o seu nome? – ele perguntou.

– Meu nome era Night, agora preciso muda-lo. – respondi e ele me olhou intrigado.

– Quantos anos você tem? – ele perguntou.

– Em anos mortais tenho 17, e imortais tenho mil. – respondi e ele me lançou o mesmo olhar.

– Qual o dia do seu aniversário? – ele perguntou.

– 17 de julho. – respondi.

– Qual o nome dos seus pais? – ele perguntou.

– Por que está me perguntando isso? Você perdeu minha ficha? – franzi a testa.

Ele suspirou aliviado e começou a fazer exames físicos.

– Consegue andar? – ele perguntou.

Levantei e quase cai no chão se ele não me segurasse.

– Vou pegar ambrosia e néctar. Já volto. – ele falou saindo da sala.

Sentei direito e levantei uma sobrancelha para Nico que estava chorando ao meu lado.

– O que aconteceu? Pra eu estar aqui e você chorando. – falei.

Ele pareceu surpreso e limpou as lágrimas, então começou a contar o que aconteceu. Ele disse que eu fiquei apagada por dois meses e eu quase desmaiei de novo, não estranhava as dores. Ele disse que eu quase morri várias vezes, mas continuei frágil. Disse também que eu tinha desmaiado no Cassino Lótus e ele me trouxe pra cá.

– Nossa. – falei por fim. – Minha vida é uma aventura.

Ele sorriu pela primeira vez e me abraçou. Retribui e Will entrou na sala. Não perguntou apenas me estendeu a ambrosia e o copo de néctar. Comi e tinha gosto de muffins de chocolate. Bebi o copo inteiro de néctar e devolvi para Will que parecia feliz. Me senti revigorada, mas não menos enferrujada. Ele me fez andar de novo, e eu consegui. Espreguicei e Nico me entregou uma mochila, fui até o banheiro do quarto.

Lavei meu rosto, fiz minha higiene matinal e tomei um banho demorado e relaxante. Coloquei um short jeans e uma blusa regata preta que tinha na mochila. Prendi os cabelos negros num rabo de cavalo, e passei pó para da cor na minha cara. Eu estava parecendo o Di Angelo de tão pálida. Ri com isso e coloquei uma sapatilha rosa. Sai do banheiro e joguei a mochila no Di Angelo. Ri da cara dele e Will me deu alta. Sai da enfermaria e grunhi com o sol na minha cara.

– Você quer comer? – ele perguntou.

Assenti e fomos para o pavilhão, a maioria dos campistas acenavam e sorriam para mim. Jason veio correndo e me deu um enorme abraço. Igual, Piper, Leo, Calipso, Annaneth, a Barbie (Nick) e Percy. Eu estava enferrujada por que quase não consegui me manter de pé.

Fiz uma oferenda aos deuses na fogueira e me sentei na mesa de Zeus com Jason e Thalia que tinha vindo passar um tempo com as caçadoras no Acampamento. Ela me deu um super abraço de irmã e riu da minha cara. Tudo parecia ter voltado ao normal, só tinha uma coisa que eu estava estranhando.

– Eu não sou mais deusa? – perguntei fazendo os dois me olharem.

Quirón chegou nesse momento e sorriu ao ver que eu tinha acordado. Então falou que eu tinha que acompanha-lo até a Casa Grande. Me sentei na mesa da varanda e ele foi para a sua cadeira de rodas.

– Você sabe o que fez? – ele me perguntou depois de um tempo.

– Um ritual para tirar a imortalidade. – falei devagar.

– Não sabemos como, mas ele funcionou. Agora você é uma semideusa, mesmo sendo filha de Zeus e Nix. – os nomes fizeram cair dois raios no céu. – Então você tem os poderes dos filhos de Zeus, misturados com poucos da sua mãe. Você pode morrer, mas suponho que não possa ficar com o mesmo nome já que ele faz referência a sua mãe.

Assenti, eu já havia pensado nisso. Mas que nome escolher... E eu teria sobrenome? Fiquei pensando e tive uma ideia. Jason poderia me adotar! Ele já tinha dezoito, então eu seria da família dele. Agora um nome... Lua? Luna? Não. Nicole? Ri com esse lembrando o Nico. Então... Luana? Luana Grace. Acho que eu gostei.

– Quero me chamar Luana. Por lembrar Luna, que seria lua. Eu pensei e poderia ser da família do Jason, já que ele tem dezoito anos. Poderia me adotar. Então seria Luana Grace.

Quirón sorriu e estendeu a mão, era a primeira vez que ele sorria de verdade.

– Então bem-vinda de volta, Luana Grace. - assenti e apertei a mão do centauro.