A revolta dos deuses menores - Hiatus escrita por Pudim de Menta


Capítulo 2
Acampamento de inverno - Brisa I


Notas iniciais do capítulo

oieeeee,ela chega no inverno no acamp.
Quero dedicar o cap a Crazy Pony



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No dia seguinte meu pai somente me largou no aeroporto, dali em diante me virei sozinha.

Eu sempre tive tonturas quando ando de avião, fechei os olhos e tive um sonho muito estranho.

Andávamos na neve, eu vi a senhorita Asher (minha professora de matemática), aquela mulher sempre me odiou e sempre sentiu-se acima dos outros.

Ela conversava mais distante com uma professora, senhora Derly, uma senhora simpática na beira da aposentadoria,eu comecei encarar a neve que se acumulava aos meus pés,quando voltei os olhos para as duas docentes que conversavam,claramente a senhorita Asher estava muito irritada com a senhora Derly.

Eu fiquei irritada e sete bolas de neve voaram em direção a senhorita Asher e quando ela virou-se,outra disparou pelo ar em direção a ela e partiu o seus óculos.Todo mundo no pátio começou a me encarar.

A senhorita Asher marchou até mim,com o dedo indicador apontando para mim.

―Senhorita Snow. ―ela pigarreou e uma veia na sua testa latejava. ―o que fez, por que jogou essas bolas de neve em mim?

―não fui eu. ―aleguei.

―claro que foi. ―ela me disse, há vi arremessando. ―alunos quem viu a senhorita Snow atirar bolas de neve em mim?

Alguns alunos ergueram as mãos e daí em diante veio minha expulsão,por desacato a docente,eu sabia que fora eu,mas eu nem tocara na neve,foi como se minha mente a controlasse,mas eu não diria a uma professora “Ah,foi mal é que eu faço umas paradas loucas a respeito da neve,ligue não”.

Acordei sobressaltada, logo eu estava em New York, peguei um táxi e dei o endereço que meu pai passara,quando o taxi parou na estrada deserta,ele me encarou aturdido.

―tem certeza que é aqui que quer ficar? ―ele perguntou.

―tenho! ―respondi e desci do carro e arrastei a mala para fora do porta-malas.

Eu encarei o outro lado da estrada, somente havia uma colina que acabava num portãozinho e muitas plantações de morangos,puxei a mala e subi a colina com esforço,quando passei o portão,havia uma coisa totalmente diferente.

Um acampamento, mas não um acampamento comum, havia dezenas de adolescentes com camisetas laranjadas, havia uma parede de escalada que ribombava e descia larva, os jovens lutavam com espadas e outros atiravam com arco e flecha,haviam cavalos voando, mais ao norte havia uma casa em estilo vitoriano, pintada de azul, segui para lá, talvez eu tivesse que fazer um chek-in.Eu não sei onde eu estava

Talvez eu devesse me sentir amedrontada ou coisa do gênero, por estar em outro país, num lugar estranho, mas pela primeira vez me senti em casa.

Dirigi-me até a casa, ali estava um homem acomodado numa cadeira de rodas, ele tinha uma barba espessa e um cheiro forte de café. Havia um garoto de cabelos loiros e pele pálida, então olhei para as pernas dele, eram pernas de bode, e havia uma menina com o cabelo negro e uma mecha loura platina, não pude ver seu rosto,pois ela olhava para o outro lado e tinha um arco em mãos.Tanto o homem quanto a menina não pareciam ligar muito,pelo outro ter cascos em vez de pés

―olá. ―chamei a atenção deles. ―Sou Brisa Snow, minha mãe deixou um recado, que eu devia para cá, algum dia, que lugar é esse?

―está familiarizada com mitologia grega? ―o cadeirante perguntou.

―sim. ―respondi, a verdade é que meu pai sempre fez estudar mitologia grega.

―eles não morreram, andam por ai, ainda tem filhos, aqui é um acampamento para esses filhos, sua mãe era uma deusa. ―ele explicou.

―prove! ―pedi.

―já não vê prova suficiente?Um sátiro. ―ele apontou para o garoto. Eu deveria reconhecer aquilo era um sátiro, então o homem começou a se movimentar e erguer-se da cadeira,quando ficou totalmente de pé,sua metade não eram pernas, mas o corpo de um garanhão branco. ―Sou Quiron, o centauro.

―Quantos anos têm. ―perguntou a menina que até agora estivera alheia à conversa.

―quinze. ―respondi.

―como ela sobreviveu há tanto tempo? ―perguntou o sátiro.

―tenho uma ideia. ― a menina veio em minha direção e focalizou o olhar para o meu pingente. ―tire o pingente.

Obedeci e então o garoto-bode farejou o ar.

―Você é poderosa. ―ele afirmou. ―um monstro poderia sentir sua aura a quilômetros de distancia.

―eu sabia que era o cordão. ―orgulhou-se a garota. ―um objeto mágico.

―foi presente da minha mãe. ―o coloquei de volta no pescoço.

―ela deve ser seu progenitor divino. ―Quiron explicou.

―qual é essa de cheiro? ―perguntei.

―A senhorita Sally ira lhe explicar. ―Quiron apontou para a garota. ―façam um tour.

―venha. ―ela puxou-me pelo braço e saímos caminhando. ―semideuses tem cheiro, monstros sentem e vem te jantar.

―ok, como sabem que sou filha de uma deusa? ―inquiri.

―se não fosse nem poderia entrar aqui, outra coisa, já foi expulsa de alguma escola, já fez alguma coisa estranha? ―ela perguntou e encarei o punhado de neve no chão.

―sim. ―estendi o braço e agitei minha mão e a neve mexeu-se um pouco,Sally olhou encantada.Ficamos em silencio,havia alguns adolescentes que tinha tatuagens comuns e semblantes mais sérios. ―esse povo não é daqui? ―apontei um deles.

―certo,são romanos,há um tempo havia uma acampamento romano e um grego,mas decidimos nos reunir,pois o acampamento romanos fica numa cidade protegida,eu por exemplo estudo lá e passo as férias de inverno e verão aqui,como alguns de lá ficam aqui e outros daqui ficam lá. ―ela explicou.

―você é filha de qual deus?

―meus pais são semideuses, meu pai é filho de Poseidon e minha mãe é filha de Atena, você vai ouvir falar deles,Percy Jackson e Annabeth Chase. ―ela falou olhando para o chão e continuamos a conversar, ela disse que eu provavelmente seria reclamada na fogueira.

••

A fogueira crepitava em tons alegres e metade dos semideuses se achegavam a ela, eu incrivelmente não sentia frio, o inverno nova-iorquino podia ser rigoroso, mas o frio não me incomodava,as vezes me fazia me sentir bem.

Quiron chamou a atenção de todos os campistas, eu estranhamente havia aceitado aquilo, nem parecera que hoje eu sairá de meu país de origem,e estava num acampamento,na qual minha única amiga tinha avôs deuses,uma mecha loira e um cabelo negro,um olho cinza e outro verde e que agora eu encarava um ser metade cavalo.

―hoje recebemos uma nova campista, Brisa Snow,a façam sentir-se bem vinda. ―Quiron proclamou e eu fiquei de pé,nesse instante pelo menos cinquenta pares de olhos voltaram-se em minha direção,sorri tímida,quando me sentei um floco de neve brilhou sobre minha cabeça,Quiron contemplou o sinal e anunciou. ―Brisa Snow, filha de Despina


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