All Of The Ways escrita por Rosenrot


Capítulo 22
Sink or swim


Notas iniciais do capítulo

Oi! Tudo bom com você?
Não sei se meus leitores vão estar lendo isso aqui, não sei como anda o site nem a frequência com que vocês têm lido fics por aqui. Se você está lendo isso, saiba que fico muito feliz e grata!
Eu, de novo, não tenho como pedir desculpas pela demora. Eu já pretendo ir fazendo mais capítulos para postar com um tempo não tão longo entre um capítulo e outro, mas... Bom, só não quero demorar tantos meses de novo para postar. Mas logo, vem as férias, e ai eu juro, que pelo menos três capítulos vou postar.
De qualquer jeito... desculpem pela demora.
Mas, pretendo postar outra história que tem a ver com um hacker em breve, e postei um texto aqui, não sei se algum de vocês viu. O nome é Dyar e não tem continuação, aqui o link caso alguém não tenha visto: https://fanfiction.com.br/historia/712973/Dyar/
Ficaria muito feliz se vocês pudessem ler também e deixar um review lá! Não por que eu quero ter um número de comentários, e sim por que realmente quero saber o que acharam! E agradeço a Blue por ter favoritado Dyar, e a SouEu por estar acompanhando lá. :)
Por aqui, obrigada a Zabelita e Analua pelos comentários! ♥♥ Espero que em algum momento vocês leiam isso.
Finalmente, depois dessa nota quilométrica;
Boa leitura!



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O que eu poderia esperar daquilo eu não sabia bem. Meus olhos passearam pelo menino do cangote. Era tão estranho como eu pensava bastante nele e não tinha um nome em mente. Várias horas do dia ele estava na minha mente, mas eu não podia pensar “Caio, Caio, Caio” ou “Leo, Leo, Leo” ou algo assim. Meu devaneio se desfez assim que pousei os olhos novamente nele e um calor subiu por meu corpo. Acho que acabei por soltar um suspiro um pouco trêmulo.

— Se eu…

Olhei para ele esperando que concluísse a frase.

— Se você…?

Ele largou as roupas no chão e entrou no banheiro caminhando lentamente, como um felino cauteloso, porém com passos firmes. Se aproximou e colocou uma das mãos em meu braço, apenas encostando-a e fazendo um leve carinho de baixo para cima e de cima para baixo. Estava olhando para o chão, mas logo seus olhos âmbar se encontraram com os meus.

— Por que você ficou com aquele cara, Ash?

— Eu estava bêbada. Não sei com quem fiquei. — respondi sem rodeios, mesmo sabendo que eu não devia explicação nenhuma a ele. Na verdade, eu queria que ele soubesse que aquilo não tinha acontecido comigo sóbria.

Não sei como mas minha mão também foi parar no braço dele. Olhei para seus cabelos pretos e molhados. Me lembrei do dia do pôquer. Da lagoa. Dos presentes que me deu. De como já me defendeu... Abracei ele encostando minha cabeça em seu peito. Ele não demorou para reagir, apenas cerca de um segundo, e no outro, seus braços estavam me abraçando de volta.

— O que foi, Ashy?

Apenas mexi a cabeça no peito dele, me reacomodando. Ele deu um beijo na minha cabeça e foi andando para trás ainda me abraçando, dei uma risadinha e apenas fui com ele. Nos aproximamos da cama do quarto onde eu tinha ficado antes.

— Quer deitar?

Assenti com a cabeça, olhando para a cama, ainda abraçando ele.

— Mas minha blusa tá molhada.

Ele me soltou lentamente e andou até o lugar no chão onde havia largado as roupas que ia me emprestar. Pegou a blusa dali e deixou o resto das roupas sobre o criado mudo do lado da cama. Me entregou a blusa, com uma cara séria.

Andei até o banheiro, mas nem fechei a porta, não achava que ele me espionaria ou algo assim. Coloquei a blusa e percebi que era da banda Slowdive. Inacreditável. Um sorriso cansado surgiu e fui com ele até a cama, onde me rastejei e olhei para o m.d.c, que estava de pé, na sua cueca preta, e mexendo nos cabelos, de costas para mim. Ele se virou e me olhou, caminhou até a cama e se deitou do meu lado, não hesitei antes de ir em direção aos seus braços. Comecei a chorar baixinho. Não por um motivo específico, mas por vários bobos que haviam se acumulado.

Os olhos dele se arregalaram rapidamente, e ele segurou meu rosto delicadamente.

— Não, não, não.

Ele me deu alguns rápidos beijos na bochecha.

— Por que você tá assim?

Me deu outros beijos rápidos na bochecha, dois na verdade, antes de sem querer acabar me beijando quando virei a cabeça. Acontece que esse era para ser um beijinho longo na minha bochecha, mas acabou sendo na minha boca, e não deixou de ser meio longo. Não sei se foi longo por que não nos demos conta, ou por… Por ser. Sei que deu tempo de eu fechar meus olhos, antes de abri-los em surpresa, o que me permitiu ver por um segundo o rosto dele, que estava com uma expressão que não sei bem como descrever. De olhos fechados, me dando um selinho, no qual ele colocou um pouco mais de pressão.

Me afastei um pouco ao mesmo tempo que ele. Estavamos com os corpos entrelaçados em uma cama no apartamento dele, e tinhamos acabado de… nos beijar?

Eu abri a boca para falar algo mas simplesmente apoiou a cabeça no meu peito e soltou uma risada. Uma risada muito gostosa. Eu nunca nem tinha ouvido ele rir daquele jeito. Eu não sei do que ele estava rindo, da situação? Um sorriso começou a se esboçar em meu rosto e acabei soltando uma risadinha também. Nós rimos um pouco, na verdade, eu ri um pouco, porque ele estava rindo bastante até, mas aquilo me fez rir. Ele riu mais um pouco e depois se sentou com um sorriso, mas com seu braço ainda em mim.

— O que você acha da gente ver aquele filme que você queria ver? Isso te deixaria feliz?

Eu dei um sorriso, o braço dele que estava na minha cintura me puxou para cima, e de novo, eu estava encostada nele.

— Não quero ver você triste. — ele falou baixinho na minha orelha.

— É claro que não quer.

— O que?

— Você é muito bom.

Ele sorriu e passou a mão na minha cabeça.

— Não sou assim com quase ninguém.

Fiquei em silêncio. Isso queria dizer que eu era especial para ele..? Por que eu seria especial para ele?

— Ash, o filme?

— Sim, eu quero muito ver.

Ele sorriu e me soltou lentamente.

— Espera ai então.

—————♥—————

 

Estavamos deitados de novo, vendo o filme, mas não abraçados dessa vez. Queriamos ver Submarine, mas não tinha no netflix, então acabamos vendo The Art of Getting By (A arte da conquista). O filme terminou e olhei para o menino do cangote.

Ele me olhou com um sorriso e uma careta.

— Você gostou disso?

Eu acabei fazendo uma careta que deixava claro que não. Ele deu risada.

— Ah, vai, não é tão ruim.

— Como não, menino do cangote?! — me virei para ele, pronta para discutir.

— A parte sobre fazer lição de casa ser quase insignificante, não é tão ruim.

— É claro que não, mas o resto do filme… Eu acho que George é apenas um menino preguiçoso e meio banana.

— Meio banana, Ashton?

Ele deu uma risada.

Continuamos discutindo o filme, e chegamos a conclusão de que era bem ruim mesmo. O menino do cangote ficou me observando enquanto eu tagarelava sobre o por que do filme ser ruim, deu risada, e argumentou comigo.

— Outro dia a gente assiste Submarine.

Sorri. Meu sorriso sumiu quando me lembrei.

A droga da aula da economia. Eu sabia que era só depois das cinco, mas estava com preguiça só de pensar nisso. O menino do cangote nem precisou perguntar nada, porque vi pela cara dele que ele queria saber qual era o problema.

— De repente você não gosta da ideia de ver Submarine? — ele perguntou sabendo que não era aquilo.

Dei risada.

— Claro que não. Eu quero ver sim. Só lembrei que tenho compromisso hoje às cinco, e não estou nem um pouco afim de ir.

— Não vai então, fica aqui.

Sorri para ele.

— Não posso, é a segunda vez que cancelo com ele.

— Ele? — o maxilar dele cerrou, e até se sentou.

— É.

Eu já tinha falado para ele que ia dar aula de economia hoje, e ele tinha chamado o cara de “idiota”. Será que ele já tinha esquecido? A mente dele estava confusa por causa da ressaca..?

— Você está bem? Não tá com dor de cabeça ou sei lá?

— Não, tinha até esquecido da ressaca.

Dei risada e me sentei.

— Você tá esquecido, hein.

Tomara que ele esqueça nosso pequeno incidente então… Ele se deitou de novo e passou a mão pelo cabelo. Olhei para o relógio, eram 11 horas e minha barriga já estava roncando.

— Onde você vai almoçar hoje? — perguntei.

Ele olhou para mim e não disse nada. Ficou me olhando e depois fechou os olhos.

— Ei, m.d.c.

Ele abriu um olho, mas voltou a fechá-lo e depois tateou até alcançar meu pulso. Me puxou me fazendo deitar.

Franzi a testa.

— Dá pra responder minha pergunta? Folgado.

— Eu não sei onde vou almoçar, Ash. São onze da manhã.

— Eu tô com fome.

— Você quer comer agora?

— Bom, se eu não tivesse sido coagida a ir buscar um bêbado em um bar, eu não ia estar com fome agora.

Ele fechou os olhos e franziu a testa.

— Desculpe por isso.

— Sabe, eu ainda não entendi muito bem o que aconteceu…

— Eu só quis beber um pouco.

— Mas a gente bebeu ontem. Você não precisava ficar no bar até de manhã, ou sei lá o que você fez.

— Precisava sim, Ashy.

— Mas por que?!

Ele murmurou alguma coisa que nem entendi.

— Tá.

— Você ouviu o que eu disse? — ele levantou uma sobrancelha.

— Não.

— E não quer saber o que eu falei?

— Não.

Ele deu risada e ficou sorrindo.

— Ok, senhora temperamental. Por que a gente não toma um brunch?

— Brunch?

— É, não sabe o que é?

— Claro que eu sei, idiota.

Rolei na cama e enfiei minha cara no travesseiro. Levantei o rosto o suficiente para conseguir ver ele.

— Mas a gente vai agora?

Ele deu de ombros.

— Por favor não.

— Mas você não tava morrendo de fome?

— Sim, mas minha preguiça é maior.

Ele deu risada e se levantou. Eu queria perguntar onde ele ia mas acabei esquecendo, visto que meu cérebro se ocupou com outra tarefa, que no caso foi ver ele se levantando. Eu tenho hormônios e sou menina, não é como se ele fosse especial. Ele andou preguiçosamente e pegou uma camiseta preta lisa, calça de moletom cinza e saiu andando do quarto. Eu até iria atrás dele, mas como eu disse, a preguiça vence. Enquanto ele não voltava dei umas cochiladas. Abri os olhos com ele entrando no quarto com umas panquecas em uma bandeja que parecia ser um café da manhã.

— O que é isso?

— É pra você, preguiçosa.

— Ah, que fofo! Não precisava.

Me sentei esfregando um olho, com um pouco de sono.

— Desculpa, eu te acordei?

Era tão estranho ouvir aquela voz grossa que geralmente me irritava dizendo coisas tão fofas.

— Não precisa pedir desculpa, idiota. — falei isso de um jeito fofo e sorrindo.

Ele se sentou do meu lado e começamos a comer. Ele se levantou do nada.

— Ah, perai.

Saiu do quarto e voltou com o celular. Colocou uma música. Stay do Lewis Watson. Nem me contive e falei de boca cheia mesmo.

— Há, não acredito!

Ele deu risada e me passou o celular. Passei os olhos pela playlist, tinha tudo o que eu conhecia e o melhor, muita coisa que eu não conhecia. Finalmente alguém que fosse me mostrar música ao invés de eu mostrar música pra pessoa. Sorri para ele que estava me observando reagir ás músicas da playlist dele.

— Eu queria saber seu nome nessas horas.

— Você vai saber meu nome na hora certa, Ashy.

— E você acha que isso vai acontecer logo?

— Espero que sim.

Ele se levantou de novo, já tinhamos acabado de comer. Voltou com um violão.

— Diz o nome da música que eu toco pra você.

Dei um soquinho no braço dele.

— Para, assim vou me apaixonar por você.

Ele deu um sorriso de canto me olhando com aqueles olhões amarelos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler e se quiser/puder/tiver vontade, deixe seu comentário! :)
Até



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