Illéa e Nova Ásia: Dois reinos, uma seleção. escrita por Zia Jackson


Capítulo 14
Andy Bittersek


Notas iniciais do capítulo

Olá. `~ le desviando de facas, tomates e tudo o que possa ser lançado contra minha pessoa~ Eu sei que demorei, perdão.
Estou morta de preguiça, então serei breve aqui.
Vamos ao cap :)
Boa leitura.
Próximos caps:
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"Porque eu não quero perder meu tempo [...]

Querido, eu valho a pena."

Worth It- Fifth Harmony

Andy Bittersek, assim como a maioria da selecionadas, estava ansiosa para saber o que acontecera à selecionada que fora chamada por Jonathan. Teria sido eliminada? Ou então ganho um encontro? E, quem sabe, fosse uma bronca?

As fofocas estavam em todas as rodinhas de conversa, não podendo ser diferente na da garota.

— Acho desnecessária toda essa agitação. — Disse Alary Wudlee, uma das garotas que conversava com Andy. — É tão superficial!

— Realmente, não devíamos especular sobre a vida da menina. — Disse Andy. — Mas não irei negar que estou ansiosa e curiosa.

— Todas nós estamos. E se ele a tiver escolhido como rainha? — Carter Mason, outra selecionada, especulou.

— Seria estranho, quero dizer, sequer teve um encontro com ela...

Antes que Alary terminasse sua frase, as portas do salão se escancararam novamente. Apenas uma figura apareceu e, em seguida, desceu as escadas segurando seu vestido graciosamente.

Valerie! — Quem gritou foi Constance. — O que houve?

A garota, que estava visivelmente incomodada por ser o centro das atenções, falou:

— O príncipe disse que haverá um baile e, logo em seguida, uma eliminação. Disse ainda que os encontros com ele começarão amanhã. Bem, não serão exatamente encontros, apenas uns períodos curtos de conversa para que todas nós o conhecermos melhor.

— E quanto aos encontros com Liang? — Alary disse, animada.

— Ele não mencionou nada. E, antes que me perguntem, ele me escolheu aleatoriamente. Queria que uma de nós transmitisse a mensagem para as outras.

— Isso soa um tanto perturbador. — Queixou-se alguma selecionada no fundo do salão. — Como um terrorista que deixa apenas uma vítima viver para que possa alertar a outros sobre o quanto é perigoso e mortal se envolver com o que o ele julga ser errado.

— Srta.Romanoff! — Constance se zangou. — Tenha modos.

— Modos não me faltam, o que me falta é vontade de usá-los.

Algumas selecionadas se espantaram com a resposta, outras tentaram não rir da expressão surpresa de Constance. Valerie pirragueou, mostrando que o assunto ainda não acabara. Quando finalmente houve silêncio, ela continuou sua fala:
— Jonathan também disse que haverá uma novidade, ainda hoje, ele e Liang virão pessoalmente para nos contar.

Se anteriormente as garotas já especulavam coisas, a notícia de Valerie apenas piorou a situação. A teoria de que uma eliminação aconteceria espantava a maioria das garotas.

— Chega! — Gritou Claire Cutter. — Se ficarem assim, terão um infarto antes que possam descobrir a verdade.

Como se tivessem recebido um sinal calmante dos céus, as garotas que antes se desesperavam se acalmaram e respiraram fundo, afastando as teorias brevemente.

— Senhoritas, eu peço para que retornem às suas atividades, em breve a hora do almoço chegará. Nessa tarde serão inauguradas as aulas de economia, então sugiro que preparem suas mentes para os cálculos que estão por vir.

Andy não reclamou, seus boletins sempre foram repletos de notas máximas. Uma perfeita aluna, apesar da bagunça frequente que a enviava à sala do diretor quase que diariamente.

Andy era os dois extemos em quase tudo em sua vida.

* * *

A selecionada de belos olhos esverdeados brincava com a colher em seu prato de comida. Colocara o correspondente à três conchas de sopa e ingerira tudo em cerca de dois minutos. Ela odiava isso, ter tanta fartura sempre a fazia comer até sentir desconforto ou dor, odiava perder o controle sobre sua alimentação: Ora comia demais, ora de menos e, independentemente da quantidade que comesse, sempre jogava tudo para fora em vômito forçado.

Sofria do que chamavam de bulimia.

Abandonando o prato ainda repleto de comida, ela se distanciou da sala de jantar sendo seguida pelos olhares dos prímcipes e de outras selecionadas. Se dirigiu até o banheiro no fim do corredor,pensando em todas as modelos que já vira nas capas de revista.

Sua meta era ser como aquelas mulheres e, apesar da maioria das pessoas dizer que ela tinha um corpo saudável, ela não acreditava.

Como já fizera tantas outras vezes, agachou-se em frente ao vaso sanitário e forçou o próprio vômito. Durante alguns segundos, se manteve na mesma posição, apesar de ter plena consciência de que seu belo e detalhado vestido preto estava relando no chão.

Deu a descarga, enxaguou a boca com água e um antisséptico bucal que estava sobre o mármore da pia. Fitou seu rosto no espelho, levemente oval e pálido, com os olhos verdes azulados e um nariz levemente arrebitado. Era a cópia perfeita de sua mãe, Lorelay.

Respirou profundamente e tomou coragem para reabrir a porta e voltar ao salão. Andy geralmente era animada e extrovertida, mas nos momentos em que passava sozinha no banheiro ela se transformava em outra pessoa.

Ao abrir a porta,se deparou com uma criada ruiva de baixa estatura.

— A senhorita se sente bem? — Indagou. — Escutei barulhos vindo do banheiro e fiquei me perguntando se a comida lhe fez mal.

— De modo algum. — Respondeu Andy. — A comida estava maravilhosa.

— Então por que parecia vomitar? — Indagou novamente, preocupada.

— Assunto pessoal.

A criada pareceu adivinhar o que acontecera e assumiu um semblante triste.

— Isso é terrível. No castelo, temos ótimos médicos que poderiam te ajudar a passar por essa fase.

Andy ficou calada.

— Se precisar de uma amiga, é só procurar pela criada Aurea. Melhoras e boa sorte, senhorita.

— Obrigada. — Respondeu Andy, sorrindo. — Irei precisar.

A criada apressou-se e recomeçou sua caminhada, com os braços cheios de lençóis.

* * *

Já de volta à sala de refeições, Jonathan bateu sua faca levemente em sua taça de vidro. Quando todas as selecionadas prestaram atenção no rapaz, Liang se levantou e se pôs ao lado do companheiro de seleção.

— Temos um comunicado importante para as senhoritas, algo que mexerá com todo o castelo. — Disse o príncipe da Nova Ásia. — Deixarei Jonathan com a tarefa de dar as boas novas.

— Obrigado, amigo. — Disse Jonathan. — Estragou meus planos de roubar sua sobremesa.

As garotas emitiram um leve riso.

— Por nada. — Respondeu Liang ironicamente, porém em tom de brincadeira.

— Enfim, irei contar logo a verdade. Informo, com todo o prazer, que o primeiro baile da seleção já tem data marcada e até mesmo um tema.

Todos explodiram em um coro de animação.

— O tema escolhido. — Prosseguiu Liang. — Foi a época vitoriana. O evento será na semana que vem, ao por do sol da sexta feira.

— Preparem seus corpetes e leques, senhoritas. — Jonathan disse, sorrindo. — Porque,após essa bela festa, teremos uma eliminação.

A notícia afetou a todas. A seleção finalmente parecera real,assim como a ameaça de perde-la.

E, se dependesse de sua vontade, Andy não sairia dali tão facilmente.

* * *

Bônus

Finnick Prior estava esgotado, além do longo turno de serviço ao castelo, seu chuveiro queimara e ele teve de se banhar na água gelada. Como se tudo isso não bastasse, seu xampu preferido acabara.

O dia não era um dos melhores, de fato. Ao longe, ele viu quem procurava. — Katie! — Gritou, alegre.

A amiga, que segurava com dificuldade um saco de farinha, se limitou a sorrir. O rapaz saiu correndo e, quando estava perto o suficiente a abraçou. — Eu não havia te visto hoje! — Reclamou ele.

— Fiquei trabalhando no quarto de uma das selecionadas. — Disse ela, como se isso explicasse tudo.

Katie era bonita: Estatura mediana, um porte físico magro, mas sem extravagâncias, longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor.

— Por que carrega tanta farinha, vai usar maquiagem? — Provocou.

— Ora, cale a boca. — Ela retrucou,rindo. — Sabe que não gosto desse tipo de coisa.

— Aposto que esse tom de farinha é tendência no mundo da moda. — Continuou ele. — Segundo fontes confiáveis, deve-se usar a farinha até mesmo nos cabelos.

— Essa fonte é meu irmão?

— Karl é um estilista nato, se quer saber.

— Ah, claro. — Ela riu. — Como estilista, meu irmão é um ótimo guarda. Karl era, além de colega de quarto e de profissão , amigo pessoal de Finnick. Katie e Jake eram seus dois irmãos mais novos. A família carregava em seu sobrenome a marca da tragédia, já que os pais morreram antes que os filhos completassem a maioridade. Karl teve então que buscar trabalho e encontrou uma belíssima oportunidade para servir à realeza. Então, ele e sua irmã encontraram o sustento no grande palácio. Na época, Kat tinha apenas treze anos e cresceu em meio às criadas. Por esse fato, era uma maravilhosa criada, tão experiente quanto qualquer mulher idosa.

— Vou levar esse saco até a cozinha, já volto. — Disse ela.

— Que grosseria a minha, deixe que eu levo.

— Não precisa,Finn.

Ele tomou o saco das mãos da garota e apoiou em suas costas. No mesmo instante, uma pontada de dor cortou todo o seu corpo.

— Como sempre, um burro de carga. — Reclamou Kat. — Assim você vai acabar com problemas na coluna.

— Eu não me importo, gosto de ajudar as pessoas.

Katie sorriu e, pelo menos naquele instante, a dor valeu a pena para Finnick.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Animadas para o baile?
Bjus