Aguenta Coração! escrita por Gyane


Capítulo 18
Capítulo 19




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Narrado por Thiago

Eu vi o rosto da Sarah mudando rapidamente de cor, primeiro ela ficou pálida, ai mudou pra vermelha e por ultimo roxo. Eu podia jurar veria um assassinato diante dos meus olhos se eu não agarrasse seu braço com força impedindo-a de descer a escada, o Pedro e o Beto riam sem parar enquanto eu próprio tinha que me segurar para não cair na gargalhada. Eu vi a Bell prender o riso quando a Sarah lançou um olhar furioso em sua direção.

–Sarah é só uma brincadeira. —Eu disse olhando para enorme faixa cheia de corações no meio do salão comunal.

—“Atenção. O solteirão mais cobiçado da escola já tem dona... Por favor, se afastem do Thiago ou se arrependerão. Sarah. —Ela leu em voz alta. — Você acha que isso é só uma brincadeira.

—Isso porque você não viu aquela. A Bell disse apontando pra outra faixa bem na entrada.

“Aleluia. Não precisamos, mas escutar os gritos da Sarah ela vai estar ocupada beijado o Thiago. Aleluia”

—A isso é demais. —A Sarah disse ficando vermelha novamente.

—Podia ser pior. —Eu tentei acalmá-la.

—Bem pior. — A Dora disse se lembrando da brincadeira que eu e o Beto aprontamos com ela.

—Hã. —As duas garotas olharam para ela sem entender.

—Digamos que o Thiago e o Beto fizeram pior comigo.

A Sarah olhou espantada para mim. Eu apenas dei de ombros.

—O que você fez?

—Ele me fez comer alho. —Ela disse com rancor e eu não pude deixar de rir me lembrando da cara da Dora naquele dia.

—Como? —A Bell perguntou segurando o riso.

—Foi a primeira vez que eu fui ao quarto deles, tinha um tipo de festinha lá, eu nem os conhecia então o Pedro foi tomar banho e esses dois chegaram com uma vasilha de alho descascado e me disseram que era o doce predileto do Pedro, e que eles haviam comprado especialmente pra mim, e se eu não provasse, eles iriam ficar chateados...

—Ai ela tentou nos agradar e comeu...

—Não sentiu o cheiro.

—Acho que ela estava nervosa.

—Todo mundo riu da minha cara enquanto o Pedro tentava me socorrer.

—Eu queria ter visto. —A Bell disse rindo.

—Posso saber quem foi o autor dessa brincadeira. —O Plácido gritou lá em baixo.

—Não fazemos a menor idéia. —O Beto disse segurando o riso enquanto a Sarah abria a boca pra falar, eu tive que tampar a boca da Sarah rapidamente ou ela ira dedar os meninos pro monitor.

—depois a gente se vinga. —Eu não queria ferrar ninguém, e sabia que o Plácido faria qualquer coisa pra ver o Beto pegar uma detenção.

—Ótimo. —O Plácido disse desconfiado já pegando a escada para retirar as faixas.

Só depois que o monitor havia saído de um dos corredores é que eu permitir a Sarah descer a escada, não queria correr nenhum risco.

—Sabia que você estava apaixonada ruiva, mais não imaginei que era tanto. —O Beto zoou e a Sarah ficou roxa de raiva.

—Cala a boca. —Ela gritou.

—Você não tinha nada que fazer isso. —A Dora cutucou o Pedro irritada.

—Podemos ir comer. —A Bell pediu sem paciência.

—Uma ótima idéia. —A Sarah concordou rapidamente para se ver livre daquilo.

—Você quer ir à frente ou atrás Pedro. —O Beto perguntou ainda rindo.

—Dou cobertura na frente. —O Pedro disse.

—Que negocio é esse?—A Dora perguntou parando de andar.

—Precisamos garantir a segurança da Sarah.

—Não quero ver a ruiva parar na ala hospitalar.

A Sarah olhou furiosa pra mim, eu ergui os ombros completamente inocente.

Narrado por Sarah.

O Pedro e o Beto estavam zoando de mim pra valer, e o Thiago não dizia nada, só segurava o riso pra mim não perceber.

Tá eu tinha que admitir que quando eu e o Thiago entramos de mãos dadas no refeitório. As pessoas se viravam curiosas pra nos fitar, algumas meninas balançavam a cabeça e enquanto outras apostavam que o nosso namoro não ia durar muito. Eu tinha que admitir que gostei da sensação de ser invejada, afinal o Thiago estava comigo, mas a minha maldita insegurança também me dominava, será por quanto tempo do Thiago ficaria comigo. Tentei não pensar nisso.

—Agora só faltam vocês dois começarem a namorar?—O Thiago disse pro Beto chamando minha atenção.

—Fala sério. Eu não pretendo entrar pro time dos enforcados de jeito nenhum. — O Beto protestou.

—O Beto seria a ultima coisa que eu queria. —A Bell disse com desdém.

—Eu não disse que você tinha que namorar o Beto, mas já que isso passou na sua cabeça. —O Thiago disse com um sorriso triunfante enquanto a coitada da Bell ficava vermelha.

—Acho que é melhor a gente ir pra sala. —Ela disse se levantando.

Os dias foram passando no mesmo ritmo, o Beto e o Pedro sempre me provocando e logo as pessoas pararam de olhar para mim e o Thiago como se tivesse vendo assombração.

 —A manha vai fazer um mês. —Eu disse olhando o calendário.

—Um mês do que?—A Bell perguntou enquanto prendia o cabelo em um rabo de cavalo

—Que eu e o Thi estamos namorando.

—Será que ele vai lembrar?—A Dora perguntou saindo do banheiro.

—Não é uma data importante pra ele lembrar. —A Bell protestou.

—O Pedro lembrou.

—Eu acho que não tem necessidade.

—Eu acho importante. —A Dora protestou. —E você Sarah?

—Eu gostaria que ele lembrasse. —Eu disse tentando decidir se aquilo era importante ou não.

—Acho que isso é pra pessoas inseguras. —A Bell disse ainda diante do espelho. Então isso era pra mim. Pensei.

—Se lembro bem você ficou toda feliz quando o Vitor de deu rosas no primeiro mês de namoro.

—É bom pro ego da gente, mais não fundamental. E depois ninguém consegue se lembrar todo mês.

—Mas o primeiro é importante.

—Você é romântica demais. —A Bell disse fazendo uma careta.

Eu acho que era a garota mais insegura do mundo. Mas quem podia me culpar, esse negocio de namorar o garoto mais galinha de escola mexia com os nervos de qualquer um. Eu sabia que ia ficar bem chateada se o Thiago não lembrasse nosso primeiro mês de namoro. Mas tinha que entender que não era uma data importante.

Desci a escada do salão comunal e o Thiago já estava lá me esperando como sempre fazia.

—Bom dia minha ruiva. —Ele disse me dando um selinho.

–Bom dia. —Eu me pendurei no pescoço dele. —O que vamos fazer hoje?—Eu disse tentado parecer normal. Será que ele havia lembrado?

—Tenho treino hoje depois da aula.

Eu fiz uma careta quanto me lembrei do treino de futebol dele.

—Tudo bem. —Eu disse me afastando.

—Ei. O que foi?—Ele segurou minha mão. —Não vai me ver no treino hoje?

Eu nunca gostei de futebol, geralmente eu era arrastada para lá pela Bell que me usava como desculpa pra ver o Beto jogando.

—Hum. Eu preciso ir à biblioteca, a gente se vê depois do treino. Ta

O Thiago não pareceu muito satisfeito, mas mesmo assim ele sorriu encantadoramente pra mim e vamos para refeitório.

Quando a noite chegou, eu me senti muito mais ansiosa. Eu havia passado o dia inteiro me perguntando se o Thiago só não estava fingindo que tinha esquecido pra me fazer uma surpresa, mas quando eu desci aquelas escadas e vi o Thiago jogando truco com os meninos a minha ficha começou a cair.

O Thiago provavelmente não fazia a menor idéia de que dia era hoje. Droga de insegurança. Lá estava eu me perguntando novamente se o Thiago ainda gostava de mim como no começo. Eu me sentei do lado dele.

—Você vai desconcentrar meu parceiro assim. —O Beto reclamou.

Eu apenas revirei os olhos enquanto passava a mão nos cabelos do Thiago. Mas o Thiago não desviou os olhos de suas cartas era como se eu não tivesse ali.

—Nem adianta Sarah quando esses meninos tão jogando parece que se esquece do mundo. —A Dora disse enquanto folheava uma revista.

—Já começou. —Eu ouvi a voz irritante da Amanda atrás de mim. —Primeira trocada pelo futebol, depois as cartas quando perceber... Ele já bateu assas. —Ela disse maldosamente.

Eu senti a raiva explodir dentro de mim. E olhei pro Thiago pra ver se ele tinha ouvido, mais o Pedro e ele estavam disputando pra ver quem gritava mais alto.

—Truco. —O Pedro gritou encarando o Thiago.

—Truco seis. —O Thiago se levantou de um pulo gritando mais alto do que o Pedro.

—É disso que eu estou falando. —Ela disse saindo com um grande sorriso nos lábios.

Eu olhei novamente pro Thiago que nem parecia lembrar-se de mim. Ótimo. Eu sentei no sofá e fique olhando para eles me sentindo uma idiota. Ele tinha se esquecido do nosso primeiro mês de namoro, e agora agia como se eu não tivesse do seu lado.

Foi quando eu vi o Artur cruzar o salão comunal e sentar em um dos sofás do outro lado. Uma idéia passou por minha cabeça. Eu sabia que muito provavelmente o Thiago ficaria uma fera comigo, mas eu senti uma necessidade egoísta de fazer ele sentir ciúmes, provavelmente eu estava tentando mostrar pra mim mesmo que ele se importava comigo.

Então eu levantei e fui até o sofá onde o Artur lia um livro.

—Olá. —Eu disse olhando sobre os ombros pra ver se o Thiago estava olhando.

O Artur abaixou o livro e me fitou confuso. Eu me senti horrível naquele momento, não por mim, nem pelo o Thiago, ele merecia, mais sim pelo Artur.

—Esta falando comigo?—Ele perguntou ironicamente.

—Hã... Sim.

O Artur não me respondeu deixando bem claro o quando estava com raiva de mim.

—Desculpa. —Eu não havia notado o quando eu havia magoado. —Eu não queria perder sua amizade.

—Amizade. —ele repetiu mostrando que não era bem isso que ele queria de mim.

–Sim, você é um cara bacana e eu gosto de conversar com você.

—Você só veio falar comigo porque o babaca do Thiago não te deu moral, não é?—Ele disse olhando sobre os ombros para o Thiago jogando.

Eu senti meu rosto corar.

—Desculpa. —Eu pedi de novo. —Mais eu não estava mentindo quando disse que gosto de conversar com você. Eu estava tentando chamar atenção realmente do Thiago, mas agora me dei conta de como senti saudade suas.

Ele olhou novamente pro Thiago que ainda estava concentrado no jogo.

—Também senti falta sua. —Ele disse depois de um longo tempo de silencio. —E se e pra provocar o idiota do Thiago pode sentar aqui.

Eu ia protestar mais me lembrei que eu havia vindo até ali. Então eu me sentei de costa pra mesa que o Thiago estava assim eu poderia olhá-lo pelo enorme espelho na minha frente sem ele perceber. Assim que me sentei eu vi o Thiago levantando a vista das cartas e olhando pra mim, eu não consegui ler a expressão nos seus olhos, eles pareciam tensos, rígidos, mais então o Beto disse alguma coisa e ele voltou a se concentrar no jogo.

De vez enquanto o Thiago olhava na minha direção mais desvia o rosto rapidamente antes que eu pudesse interpretar sua expressão. Eu e o Artur ficamos conversando por horas, relembrando os velhos tempos, e descobrindo que ainda tínhamos muito mais coisas do que o comum.

—Não olhe agora mais o Thiago esta se levantando da mesa. — O Artur disse me interrompendo, eu obriguei meus olhos ficar preso no rosto do Artur, eu esperei por um longo e agonizante momento, mas o Thiago não aparecia nunca.

–Cadê ele?—Eu perguntei ainda me segurando para não olhá-lo através do espelho.

—Ele esta parado conversando com uma menina. —Um sorriso torto brotou nos lábios do Artur quando ele disse isso. Eu senti toda a cor fugir do meu rosto enquanto meus olhos traidores vasculhavam o salão comunal atrás da figura que eu conhecia tão bem.

—Na escada. —O Artur disse vendo minha aflição.

Droga. Através do espelho eu não podia ver a escada, eu ia me virando quando o Artur me segurou.

—Assim ele vai perceber. —Ele disse ainda com aquele sorriso idiota nos lábios.

Eu voltei a me sentar. Ficamos em silencio, eu queria perguntar um monte de coisa. Quem era a garota? Ele estava rindo pra ela? Ele parecia satisfeito? Ela era bonita? Mais eu não tive coragem, o Artur definitivamente não merecia isso.

—Ele esta vindo. —O Artur disse depois de um tempo que para mim pareceu uma eternidade. Eu soltei uma risada nervosa.

—Posso saber do que esta rindo?—O Thiago perguntou parando do meu lado.

Eu fingi estar assustada com sua presença. Apesar de que meu nervosismo era maior.

—Nada demais, o Artur estava me contando algo que aconteceu. —Eu disse lançando um enorme sorriso na direção do Artur que correspondeu feliz. Eu vi também quanto o Thiago fechou a cara, isso era por ter esquecido. Pensei mentalmente.

—Vamos?—Ele me chamou sem nenhuma cerimônia.

—Nossa. —Eu disse olhando pro enorme relógio que havia no salão comunal. —Eu nem vi a hora passar, o papo tava tão bom que me esqueci do tempo.—Eu disse ainda mantendo minha compostura.—Adoro estar com você.—Eu disse ainda sorrindo pro Artur, e vi o Thiago suspirar furioso. Essa é por você conversar com a garota. Pensei novamente começando a me sentir vingada.

—Pronto. —O Thiago perguntou sem paciência alguma.

—A gente se fala depois. —Eu joguei um beijo na direção do Artur e sai sem olhar pro Thiago. Essa era por que... Não importava.

O Thiago caminhou em silencio pelos corredores que me levava até a porta do meu quarto, antes mesmo de chegar até a ala feminina ela parou de andar e esperou duas garotas passarem.

—Você pareceu se divertir hoje. —Ele disse se encostando à parede.

—O Artur é um cara legal, eu gosto dele.

—Humm. —Ele não disse nada, ficamos em silencio por um tempo.

—Acho que vou voltar daqui. —Ele disse olhando pro chão, eu olhei espanta pra ele, o Thiago sempre me levava até a porta do meu quarto mesmo correndo o risco de ser pego por um dos monitores.

–Você é quem sabe. —Eu disse fazendo pouco caso, mas por dentro me remoendo de aflição.

—Até. —Ele se virou e foi embora.

Narrado por Thiago

Eu abri a porta em um baque fazendo o Beto pular da cama.

—O que aconteceu?—O Beto perguntou confuso.

—Nada. — Eu disse arrancando minha camisa enquanto chutava um travesseiro que estava no chão pra longe.

—Não foi o que pareceu. —O Beto insistiu enquanto eu entrava no banheiro, precisava tomar um banho.

—Cala boca. —Eu gritei já entrando de baixo do chuveiro. Que merda a Sarah estava pensando que estava fazendo falando com aquele filho da puta do Artur.

Assim que sai do banho o Pedro entrou no quarto.

—Sabe o que aconteceu com Thiago pra ele to tão nervoso assim? —O Beto perguntou como se eu não estivesse ali.

—Ciúmes. —O Pedro resumiu tudo em uma única palavra.

—A Sarah estava conversando como Artur. —Ele disse quando o Beto ficou com aquela cara de quem não entendeu.

—CARACAS. —O Beto pulou da cama arregalando os olhos.

—O Que foi?!—Eu e o Pedro perguntamos não entendendo qual era o trama.

—Já pensou se aquele infeliz resolve abri a boca?—O Beto falou e o entendimento começou a chegar ao meu cérebro. Mais essa, eu estava começando a pirar.

Narrado por Sarah.

Eu acordei de mal humor. E as coisas começaram a piorar cada vez mais. Aquele definitivamente não era o meu dia. Eu desci a escada e pra minha surpresa o Thiago não estava me esperando como o de costume. Será que ele havia ficado tão chateado por ontem. O arrependimento começou a me penetrar, mais eu tratei de expulsa-lo com a lembrança do Thiago ter esquecido do nosso primeiro mês de namoro.

—Viu o Thiago por ai?—Perguntei pra Dora.

—O Pedro disse que precisava ir à biblioteca e o Thiago e o Beto foram junto.

Mesmo achando que a Dora estava pirando, eu fui para a mesma direção quem sabe o que aqueles três resolveram aprontar. Porque com certeza o Thiago e muito menos o Beto iriam para a biblioteca.

Para minha real surpresa quando entrei na biblioteca eu o vi lá. Tinha algo de muito errado naquela historia. Algo dentro da minha mente gritou. A biblioteca estava completamente vazia. Eu podia ouvir a voz do Beto e... Tinha mais alguém com eles, pareciam que estavam discutindo. Eu andei sorrateiramente até uma das estantes de livro para me esconder, enquanto eu tentava ouvir o que ele estava dizendo.

—Eu to falando sério cara. —Era a voz do Beto, ele parecia bem alterado. —Se você abrir a boca eu arrebento essa sua cara de cavalo.

O que era aquilo?

—E o que eu vou ganha com o meu silencio?—Eu paralisei na hora que reconheci aquela voz, era a do Artur, minha mente deu um nó. Eu não conseguia entender o que significava tudo aquilo. Então eu tentei me concentrar no que ele dizia.

—Se a Sarah ficar sabendo de algo, você é um homem morto, morto eu juro. —Outro choque, eu cheguei acreditar que o meu coração iria parar de bater. Aquela era a voz do Thiago. E que droga eu não podia saber?

—Eu vou pensar no seu caso Thiago. —O Artur disse desdenhosamente enquanto meu estomago embrulhava. —Enquanto isso é melhor você tratar com mais respeito.

—Seu imbecil. —O Thiago gritou evidentemente irritado.

—O que esta acontecendo aqui? — A Sra. Fátima entrou naquele maldito momento interrompendo a discussão.

—Nada. —O Pedro respondeu e o quatro garotos saíram apressados da biblioteca.

Eu demorei mais alguns minutos na biblioteca enquanto tentava juntar o quebra cabeça, mais absolutamente nada fazia sentido. Droga, droga, droga o que estava acontecendo ali.

 

Eu me joguei na cadeira ao lado do Thiago, meu estomago revirava enquanto minha mente passava e repassava cada palavra que havia sido dita naquela biblioteca a procura de algo que eu tinha deixado escapado.

—Sarah. —O Thiago me chamou impaciente agitando a mão na minha frente.

–OI. —Eu respondi o fitando confusa.

—Tudo bem coração?—Ele perguntou colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Eu apenas afirmei com a cabeça.

—Tem certeza?—Ele não parecia convencido.

O que eu diria? O que o Thiago estava me escondendo. Será que ele havia me traído e o Artur sabia disso. Ai meu Deus acho que eu vou enlouquecer...

—Ruiva. —O Thiago chamou novamente.

—O que foi?—eu perguntei mais rude do que queria.

O Thiago olhou espanto para mim.

—Tudo bem mesmo?

— Tudo. —Eu respondi impaciente. — Eu só tenho que devolver o livro na biblioteca. —Eu disse me levantando e saindo da mesa. Eu precisava desesperadamente pensar no que estava acontecendo, ou eu enlouqueceria.


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Notas finais do capítulo

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